Um pobre cantador sertão afora,
Viola é derradeira camarada,
A noite que adormece enluarada
Deitada na varanda; clama agora
Estrela matutina que decora
O céu maravilhoso da alvorada,
Em serenata, sonha quase nada
Apenas ilusão, tudo devora.
E canta em sinfonia com mil grilos
Aguarda que a janela seja aberta.
O sol já quer surgir, rua deserta,
A solidão promete seus asilos
Depois de tão sinceros madrigais...
A lua voltará? Tarde demais...
Nenhum comentário:
Postar um comentário