Visitando os cadáveres que trago
Percebo que não foram de verdade
São marcas das mentiras sem afago
Do canto que remota a mocidade.
Amor que se promete sem estrago
Avança sem saber felicidade
O mar que me trouxer tranqüilidade
Morrendo nem salgado nem amargo.
Espero nova sina em menos sal
Salvando meus recados na lixeira
O canto que te trouxe em festival
Aprendo esta lição que é verdadeira:
Adeus não se declara no final,
Constrói-se, na verdade, a vida inteira
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