Navalha e canivete na cintura
Bornal trazendo um resto de esperança,
A faca penetrando esta amargura
À margem do riacho da lembrança.
Tomando no boteco se depura
A dor de ser refém desde criança
De um medo que ancestral vira amargura,
E sempre que ele pensa vem e alcança.
Nas manhas do moleque já crescido,
Manhãs adormecidas na saudade,
Restou talvez, quem sabe, uma amizade,
Do tempo que se fora, transcorrido
Nas léguas dos caminhos não trilhados,
Dos sonhos que mal teve, abandonados...
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