Quando te vi depois de uma balada,
Tão bêbada de sol e de esperança.
Chegando desigual trouxe alvorada
Em réstias e luzeiros, que festança!
Um resto com a face deformada
Encontra seu espelho. A vida avança
No rosto da mulher desfigurada
Moldada dos pavores na lembrança.
Querendo descansar e tão somente
Fazer do quase nada algo que preste,
Assim eu te encontrei, podre semente
Que tem no meu amor, fértil terreno,
Da merda que nós somos, que se infeste
Amor dos excluídos, forte e pleno.
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