Tocaia que se faz: ponta/peixeira
Na beira de uma estrada sem destino.
Assim, por vezes paga-se a besteira
Que traz amor malandro em desafino.
Clarão de espada, sina traiçoeira
Guardada numa esquina, desatino.
Não posso permitir que a pasmaceira
Destrua cada sonho de um menino
Que foi e não será jamais, quem dera,
A vida não renova a primavera
Apenas temporã, outra florada,
Criado em lamaçal, pântano, mangue,
Conheço o gosto em sal, suor em sangue
Mas cismo em percorrer a mesma estrada...
Nenhum comentário:
Postar um comentário