Apascentando o medo, cruel fera
Que deixa a imensa marca, mais profunda
E sei do quanto abarca o que me inunda
Deixando sem proveito esta quimera
A luta poderia ser sincera
Ou mesmo na ilusão que ora redunda
Na farsa mais atroz quando confunda
A solidão com toda a rude espera,
Negar o que pudesse e ser além
Do tanto quanto venha e nos convém,
Resulta neste incauto caminhar.
Presença impertinente de um passado
Há tanto noutro encanto desejado
E morto sem saber onde o buscar.
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