sábado, 14 de abril de 2018

HEMORRAGIA

Não venha me falar do quanto existe
Do medo ainda vivo nos estúpidos
Momentos onde mesmo em toscos, cúpidos
Olhares se percebe ao fundo o triste.

Esquadros e compassos, réguas tês
E tanta engenharia não permite
Que o sonho ultrapassando algum limite
Diverso do que teimas e não vês,

Acuda esta versão aonde o nada
Transgride e traz no olhar terror e dolo,
E quando vez por outra em vão me imolo
A história há tanto tempo degradada

Esvai-se enquanto a vida se perdia
Na torpe sensação de hemorragia...

MARCOS LOURES

Nenhum comentário: