sexta-feira, 13 de abril de 2018

VELHAS CASAS

Um passageiro solto sem destino...
O rosto enlameado de saudade...
No canto que propus, eu desafino...
O resto que ficou, sem qualidade.

O parto que neguei, verde citrino,
Batuco do meu jeito, tento tarde.
No tanto que tentei não tento tino...
Nas tendas que teimaste, tempestade!

Nocivos nossos vícios são velados...
Passivos nossos passos são passados...
Nos trâmites tramitas teus tesouros...

Me mandas das manadas seus estouros...
Um passageiro alado, sem ter asas,
Meus olhos embaçando velhas casas!


MARCOS LOURES

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