Saudade me consome e não perdoa...
O mundo desabando pouco a pouco,
O grito na garganta quase rouco,
A minha asa, quebrada já não voa...
A voz desta saudade, triste ecoa
E solta nos espaços, fico louco.
E nada me consola nem tampouco
A liberdade que sonhei revoa...
Vivendo do que fomos, vou morrendo.
O manto que me cobre, se perdendo
A vida me maltrata, duro alcaide...
Espero tua volta meu amor,
O teu braço será meu redentor.
Retorne meu amor, minha Zenaide!
MARCOS LOURES
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