segunda-feira, 9 de abril de 2018

ZENAIDE

Saudade me consome e não perdoa...

O mundo desabando pouco a pouco,

O grito na garganta quase rouco,

A minha asa, quebrada já não voa...


A voz desta saudade, triste ecoa

E solta nos espaços, fico louco.

E nada me consola nem tampouco

A liberdade que sonhei revoa...


Vivendo do que fomos, vou morrendo.

O manto que me cobre, se perdendo

A vida me maltrata, duro alcaide...


Espero tua volta meu amor,

O teu braço será meu redentor.

Retorne meu amor, minha Zenaide!


MARCOS LOURES

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