terça-feira, 10 de abril de 2018

ZÉLIA

Na noite que deixaste tanta dor

Meu peito procurando liberdade

Tantas ruas, esquinas da cidade

Em cada madrugada, em cada flor...


O medo se transforma num pavor

E toda minha força na saudade...

Quem me dera ter toda a claridade

Que perdi, numa noite de terror.


Estou tão solitário, o vento frio..

Quem me dera voltasse meu estio.

No meu jardim nascesse outra bromélia,


Mas a vida, cruel, não mais afaga.

Meu caminho distante, noutra plaga,

Onde adormece a bela, amada Zélia...


MARCOS LOURES

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