terça-feira, 10 de abril de 2018

VANDA

Mares e marés, matas, cachoeira

O canto da promessa já se cala.

A dor que me tortura a vida inteira

Batendo nesta porta, entra na sala...


E traz a tempestade verdadeira

Que pesa em minha vida, dura mala

Que toma em meu destino, a dianteira.

Calando-me não deixa sequer fala.


Quem sabe encontrarei no fim da vida

Depois de tanto amor em despedida

Depois da solidão que me comanda...


No cimo das montanhas, meu cansaço,

A peregrina persigo, nenhum traço

Mostra-me onde encontrar a amada Vanda!


MARCOS LOURES

Nenhum comentário: