segunda-feira, 9 de abril de 2018

AMOR

Amor, que se fazendo em meus cuidados

Se torna quase sempre um instrumento

De sonhos e de cantos mais velados

Ecoa no meu peito um sentimento.


Divinos os teus rastros que percorro

Amares nunca dantes percorridos

Escapo numa escarpa, monte, morro.

Rochedos dos meus sonhos vãos, perdidos.


Mas, sendo quem não fora, quem me dera

Ser mar e navegar teu coração

Buscando em meu outono, a primavera


Pedindo, nos meus versos, teu perdão.

Amor que me maltrata, mata e cura,

Perdi a minha vida, na procura...


MARCOS LOURES

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