sexta-feira, 30 de setembro de 2011

30/09/2011

Nos braços deste sonho aonde um dia
Vivesse tão diversa liberdade
E sei do quanto a vida desagrade
Quem tanto noutro tom nada teria,

Cenário onde disperso a poesia
E marco sem sentido a lealdade
Deixando cada luz desta cidade
Na mais ferina rota. Tão sombria.

Não pude e nem quisera após o todo
Vencer o quanto traga neste engodo
A farsa mais sutil e desvairada,

Depois do que inda trago sem proveito
Ainda quando inútil tempo aceito,
A luta no final não dita nada.

2


Distante deste mar que em turbulência
Expressa a verdade em alma pura
No tanto sem destino que perdura,
A vida não traria esta ingerência

E o verso que anuncia esta inclemência
Ditando no final esta amargura,
A luta se mostrara e me tortura
Gerando o quanto possa em insolvência

Meu rumo se desnuda noutra face
E sei da sordidez quando moldasse
A rústica presença do meu ser.

E nada do que traga nova luz
Transforma o meu momento e reproduz
A fúria sem sentido do viver.

03




Nas mãos do imenso amor vejo o passado
Jorrando feito em fonte turbulenta
E sei do quanto possa e me apascenta
A luta que se mostra a cada lado,

Apenas num momento quando evado
Procuro o todo na alma e se fomenta
Palavra transtornando, virulenta
E o canto traduzindo o vão recado.

A sorte se imiscui nesta senzala
Uma alma solitária nada fala
E gera outro cenário em tal rudez,

A luta se anuncia a cada passo
E sei da melodia que inda traço
Embora no final; mais nada, vês.

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