Quando falo de saudade
Logo me vem tua imagem
Percorrendo esta cidade
A cada rosto miragem
Vejo essa boca pequena
Em cada curva da estrada
Minha vida, de serena.
Transformou-se revoltada
Numa grande tempestade
Que não tem mais paradeiro
Dolorosa de verdade
Te procuro o tempo inteiro
Quando acordo tão sozinho
Vou procurando te ver
Já não tenho meu caminho
Já não consigo viver
Quero te ter bem comigo
Pra me dar alento e amor
Pois sem ti eu não consigo
Encontrar mais o calor
Do que foi feita essa vida
Vida minha em tua feita
Minha vida vai perdida
Sem a tua nessa espreita
Nem espero mais ter vida
Se não tiveres por mim
Vida minha triste lida
Sem tua boca, carmim.
Quero o sol da madrugada
Quero a lua desta tarde
Vou morrendo sem ter nada
Vou vivendo de saudade.
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