O Copo
No teu seio, transportas tanto alento,
Ajudas mitigar tanto calor,
Afagas com carinho, o cão sarnento,
Permites seduzir, brindar amor.
Nos ritos transportando o que é bento,
Servindo sem temer servo ou senhor,
Em todos os momentos tens assento,
Te fazem mensageiro até da dor...
São muitos que preferem ver vazio,
Eu sei que estás, deveras, meio cheio.
Se na tristeza, manso, acaricio,
Na alegria, te invado, sem receio,
Sorvendo-te qual fora fera em cio,
Sem temer sequer críticas d’alheio...
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