domingo, 13 de maio de 2018

ASOPO

ASOPO


Um filho de Oceano, o rio Asopo
Ao ter a sua filha seqüestrada,
Ousando contra Zeus, no quanto enfada
Tortura se aproxima do seu topo,

O deus mais poderoso nesta fúria
Trazendo ao rio o velho leito brando,
E assim deveras quando mergulhando
No infausto desenhado em cada incúria,

E Sísifo que enfim denunciara
A Zeus como este audaz, e vil raptor,
Na insânia sem perdão e em tal pavor
Ao próprio inferno fora em sorte amara,

Égina levada para uma ilha,
Oenone, neste rumo inda palmilha.


MARCOS LOURES

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