Navegando a noite inteira
Sob estrelas lá do céu,
Procurando a companheira
Que deixou meu peito ao léu...
Publicado em: 19/12/2009 19:13:59
Última alteração:16/03/2010 09:56:50
NÉ MEU NÃO...
Bem que te avisei minha vida
Quando estavas em meus braços
Que nosso amor assim tão quente
E um tanto descontrolado
Só podia dar nisto mesmo
Meu ventre prenhe já não disfarça
Minha mãe já perguntou
Porque estou assim tão gordinha
Temendo que seja barriga d’agua
Quer recorrer a medicina
E agora o que é que faço?
Já estou pra sair da linha
Meu pai desconfiado
Só me olha com o rabo do olho
Com pulga atrás da orelha
Meu Deus vai ser um sufoco!
Quando descobrir que explora-te
Esta minha mina de ouro
Agora precisas decidir
Aqui, agora e neste instante
Se querer fugir comigo
Espera-me mais adiante
Depois nos compreenderão
Que somos dois amantes
Se não quiseres assumir
Não sei o que poderá correr
Papai é cabra da peste
Valentão e forte como o que
Vai querer te capar
E sem isto posso morrer
Não falo deste caso
Pergunte ao teu marido,
Pois se ele faz descaso,
Não quero estar vencido.
Depois de perder prazo,
O tempo anda perdido.
Você mesmo me disse
No banho aquele dia,
Que mais que te pedisse,
Que você não daria
Na ponta da peixeira,
Eu vazo cá pra sul,
Não posso dar bandeira,
O mar ficando azul,
Em plena quarta feira,
Eu conto este segredo,
Decerto a noite esfria,
Não posso mais ter medo,
É sua a fantasia,
O filho não é meu
Garanto todo dia,
Bem que eu queria fosse
Mas disse não podia.
É tudo o que mais quis
Ter filho/ uma alegria
Porém amor eu fiz,
A tal vasectomia...
GELIS
MVML
Publicado em: 29/08/2007 20:33:11
Última alteração:29/10/2008 15:34:49
Percebo nos teus olhos, tanto frio;
Certezas, já não tenho, nem as sei.
Amores são segredos, vou vazio,
Lembranças desse tempo em que fui rei.
Agora, que não temo mais, vadio.
Confesso que não penso e nem pensei,
Em meio a temporais, inunda o rio,
Por onde tantas vezes naufraguei...
Não quero nem sentir meu pensamento,
A verdade doída me maltrata,
Velhice vai chegando, meu tormento,
A dor que sempre trago, não desata
E traz, toda a saudade e sofrimento...
Nem posso reclamar da vida, ingrata,
Nem posso maldizer, um só momento.
Prazer que não reluz, hoje me mata…
Publicado em: 12/12/2006 22:03:45
Última alteração:30/10/2008 09:12:36
Eu te amo querida
Além do que pensas,
A vida se perde,
Sem dar recompensas
Distante de ti
Sem ter mais um rumo,
É fruta que morre
Sem semente ou sumo.
É barco que vai
Sem cais nem chegada,
É noite que morre
Sem ter alvorada,
A sorte se amarga,
Pior que jiló,
Te peço, não deixes
Meu coração só.
Beber desta boca
Gostoso veneno,
Amor me domina,
Em teu corpo, pleno.
E assim, por favor
Não vá nunca mais,
Sem ter teu carinho,
Meu mundo sem paz...
ML
Publicado em: 01/03/2008 17:48:44
Última alteração:22/10/2008 17:05:24
Naufrago amor/ Em meus olhos
Submerso em mim/ tanto carinho
à tona meus desejos/ incessantemente
proa inversa. / buscando o teu mar...
Mara Pupin/Marcos Loures
Publicado em: 21/03/2007 17:34:28
Última alteração:28/10/2008 05:44:10
NASCI PARA TE AMAR
Não quero este jogo
De fogo e extintor,
Amor quando afogo
Nos braços da dor
Afaga, alaga e amarga.
Melhor ficar só
Se a vida é jiló
Prefiro ser cana
Sacana e safada
Que bem lambuzada
Conhece e não teme.
E se treme, se geme
É só por prazer.
Puxa a cadeira,
Balança os quadris,
Senta na cama,
Cavalga comigo.
Nasci pra te amar
Âmagos, entranhas
Mas estranhas
Meus toques
E guardas, estoques,
Para que a terra,
Transforme em adubo...
Publicado em: 06/10/2007 11:04:26
Última alteração:29/10/2008 15:08:37
Nascido joão de barro,
Fiz uma casinha pr’ela;
A danada tirou sarro,
Tranquei até a janela.
Solução pra casamento,
Quando o troço dá quebrante;
Dar três fora e uma “dento”,
É melhor ter uma amante...
Jornal velho e repetido,
Não serve mais para nada.
É melhor não dar ouvido,
Ou troco de namorada...
Fabriquei uma viola,
Fiz dois traços, distração.
Passarinho na gaiola,
Não sabe cantar mais não...
Jogo de carta marcada,
É tremenda sacanagem.
Não vou dar essa mancada,
Casamento é só bobagem...
Publicado em: 22/08/2006 18:46:39
Última alteração:30/10/2008 11:04:29
Nascido no sertão lá das Gerais,
" Se voltares a batucar samba no peito
com certeza esse será partido alto;
mas não venhas fantasiado de outro jeito
com plumas, paetês e um sapatão de salto."
CHAPLIN
Nascido no sertão lá das Gerais,
Bebendo água no poço, sem ter filtro,
Eu quando noutro campo vou, me infiltro,
Procuro por sereias sensuais.
Um vaso não se quebra, nem se muda,
Assim vou prosseguindo a minha lida,
Prazeres encontrados na perdida,
É boca que com boca sempre gruda.
Olhando para os lados, de soslaio,
Amores; coleciono num balaio
Lacaio dos anseios femininos.
Assim amigo eu sei, também tu és,
E falo sem frescura ou rapapés
Que temos irmanados os destinos...
Publicado em: 17/02/2009 21:13:13
Última alteração:06/03/2009 06:22:37
Natal, quando me lembro que passava
Ao lado quem sempre desejara,
A jóia mais bonita e assim tão rara
Que, sempre meu caminho iluminava
No dia de Natal me renovava
A esperança de viver, um dia, em paz.
Sem tê-la aqui do lado, um incapaz,
Arrasto meu viver amargurado.
Porém ao ver o céu iluminado,
Nos braços, o bom Deus, eu sei, a traz...
Publicado em: 29/11/2006 23:40:50
Última alteração:26/10/2008 23:12:46
Nasceu há tanto tempo o Redentor
Aquele Deus Menino abençoado
Trazendo por mensagem, puro amor
Além de perdoar cada pecado
Libertação em forma de louvor...
Publicado em: 22/12/2009 09:28:41
Última alteração:16/03/2010 09:58:56
Natureza tem seu preço
Pernilongo é bicho chato,
Vou mudar meu endereço
Ou destruo o meu sapato...
Publicado em: 16/01/2010 20:24:09
Última alteração:14/03/2010 21:05:16
Nasci naquela soleira
Nasci naquela soleira,
E morri em Paquetá.
Vida cai, vira goteira,
Eu transei com o luar...
Chora boi, chora boiada,
Nessa estrada devagar.
Vida segue empoeirada,
Sem vontade de casar...
No meu circo da saudade,
A fera nunca mordeu.
Vou voltar para a cidade,
Antes dela que do meu...
Cigarro de palha batida,
Na gaiola da Maria.
Muita coisa tá perdida,
Seja noite ou seja dia...
Publicado em: 22/08/2006 17:05:00
Última alteração:30/10/2008 11:04:04
Nasci no sertão de meu Deus
Nasci no sertão de meu Deus, perto de uma curva do Rio Solidão, lá pros lados da Serra da Borborema.
Criado ouvindo o gemido da ema, o mugido do gado faminto e as lamúrias e ladainhas de minha avó.
Filho do nada e de Inalda, moça bonita que partiu para o Rio de Janeiro e morreu no cais do porto.
Assassinada por um estivador apaixonado. Enterro de pobre, vida de pobre, prostituta envelhecida precocemente.
Boi, gado, boiada, fome...
A vida me maltratando com as esporas do destino cravadas no lombo, a mão pesada do patrão, as marcas das amarras e das surras. Moleque matreiro, boi indomável, dei muitas e muitas rasteiras no corisco do azar.
Mas o pequeno boiadeiro cresceu, virou o rei da vaquejada naquelas terras, terras do Coronel Antonio Carlos, velho cruel e protetor.
Os amigos eram protegidos, mas os desafetos, bala e carabina, fuzil e estricnina, morte e sofrimento.
Varrendo todo o sertão da Bahia, égua baia, vida baia, no cocho da esperança, o sal penetra fundo e inunda de sede quem tenta a sorte.
Rei das vaquejadas, meu futuro estava traçado, montando os cavalos bravos e rompendo o sertão de Minas, lá no Jequitinhonha, acabando no mar, como o Riacho que norteava a vida, o riacho da Solidão.
Seu moço, não quero agradar a ninguém, se quiser pode ir embora que não me importo não, mas se quiser me conhecer, é melhor preparar o estômago e agüentar o tranco.
Filho de prostituta e do nada, sou víbora também, não sei suportar arreio, de tanto chicote não temo mais nada, nem a espora dos coronéis nem os anéis das Marias nem das Joanas.
Quero, antes, a liberdade do vento na cara. Essa marca nas costas lembra um A, mas não é marca do gado que não sou mais, é marca do chifre do touro bravo que montei, sangrando.
Liberdade, me falam que estás na bandeira mineira, eu acredito, pois é a minha bandeira, ainda que demorada.
De morada fiz o meu mundo nessa terra sem dono, sem rei, meu reinado.
Meu mundo é o novo, onde não existe mais gado, nem laço, sem cansaço e servidão.
Sem serventia, sem valentia, somente o vento na fuça, o vento tragando tudo. Me inundando de alegria.
Não quero ser coronel, nem quero coronel, não quero jagunço, nem gado e nem montaria.
Quero poder voltar para o Rio da Solidão, buscar minha avó, encontrar Inalda, minha mãe, atravessar o caminho do estivador no cabaret da praça Mauá, quero poder ser de novo um menino, sem marcas e sem esporas.
Quero ser o rei, reinado de menino, reisado e romaria, rota nova, vagando pelo sertão.
Ser tão e tão ser, certo no incerto da vida.
Espera sem espora, sem expor a cara pra tanto tapa. Tapados os olhos, os óleos sagrados de Deus nas costas, onde o A da cicatriz sumiu. Os calos da mão sendo substituídos pelos claros do caminho.
Viver em disparada, sobre meu cavalo correndo pelo sertão, desse reinado sem rei...
Publicado em: 07/10/2008 15:21:17
Nasci naquela tapera - Sextilha
Nasci naquela tapera,
Perto da curva do rio,
Onde à noite tanta fera,
Traz mais forte seu bafio,
Derrubando, sem demora,
Sem temer nem ir embora...
Tanta dor que me tempera,
Não me deixa mais vazio,
De tocaia, vou de espera,
Conheço vela e pavio.
Nem todo ovo que se gora,
Nem todo gosto d’amora...
Joguei cravinote longe,
Matei onça de empreitada,
Minha mãe fugiu com monge,
Pelos palpos dessa estrada.
Não tem mais como pereça
Virou mula-sem-cabeça!
Puxei forte da peixeira,
Sangrei mais de dez safados,
Fiz da morte, coisa useira,
Cantei rimas desfiados,
Fiz das primas meu deleite,
E não há quem não me aceite...
Sou peste sem pestanejo,
Desejo toda morena,
No meu sonho sertanejo,
A dor de longe, me acena,
Quem quiser ser a mulher,
Tenho casa de sapé.
No umbigo da montaria,
Atrelei minha placenta,
Vou correndo a fantasia,
Quero ver quem me agüenta,
Sou, de lado, vou de banda,
Vendo sangue na quitanda...
Tropecei nesse defunto,
Esquecido no relento,
Tanta coisa que fiz junto,
Meu olhar mais remelento,
Trago o gosto da remenda,
O luar faz minha tenda...
Mas não temo nem temia,
Venda nova nem fracasso,
Mingau da vida rugia,
No poleiro do cangaço.
Fiz mais três combinação,
Quisera ser Lampião!
Teimoso qual cascavel,
Escorpião da caatinga,
Roubando o brilho do céu,
No véu da noiva respinga,
Cascata da melodia,
Dourando essa cercania...
Meu falar enviesado,
É difícil traduzir,
É que, nele, vem atado,
O que melhor vai luzir,
Tradução de coração,
É brotado de emoção.
Vingança tem saliência
Coça na mão e no coldre,
Se for boa eficiência,
Traz logo, cheiro de podre.
Urubus descendo ao chão,
Querem dizer proteção.
Não virei mais à tardinha,
Nem de noite mais virei,
Na calada, vai sozinha,
A rainha desse rei.
Que não tem nem pode ter,
Contas para receber.
Já cumpri meus mandamentos,
Já te fiz meus rapa pés,
Nas feridas, sei ungüentos,
Misturando tantas fés.
Mastigando tais mezinhas,
Riscando com ladainhas...
Minha manta sei de couro,
Como é de couro o chapéu
Na boiada, meu estouro,
É o estorvo do meu céu.
Buscapé buscando gente,
Queima tudo, de repente.
No repente da viola,
Eu puxei minha peixeira,
Arrebentei a sacola,
Fiz promessa a vida inteira,
Nada consegui depois,
Na boiada, fui os bois...
Ferido de morte triste,
Aposentei o meu laço,
Esqueci tudo que existe,
Abandonado sanhaço,
Fui marcado sem perdão,
Tanta dor no coração.
Agora tô sossegado,
Já não tenho mais vontade,
Acabei envenenado,
Por essa estranha maldade,
Que matou o matador,
Essa praga: o tal amor!
Publicado em: 15/08/2006 21:59:52
Última alteração:30/10/2008 19:32:29
Nas verdes folhas da primavera esquiva,
Beijada ao vento de espumosa praia,
Rendas de luz o coração aviva,
Assim que a lua, no horizonte raia...
Dama da noite, exótica e lasciva
Que sobre a terra, a palidez desmaia,
E de seus raios, lá do céu, cativa,
Desce rendosa e fulgurante saia...
Estranhas vozes de animais ecoam
Pelos vastos caminhos, cor de prata,
Entre as montanhas, circundando a mata.
E os pirilampos que no céu revoam,
Num bailado de luzes, vêm traçar,
A paisagem dos sonhos, ao luar...
MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 03/11/2007 16:13:08
Última alteração:02/11/2008 21:54:09
Nas voltas e ponteios
Nas voltas e ponteios
Mineiro coração
Tomando a direção
Seguindo doces veios
E quando vão alheios
Ao medo em sedução
E nele o quanto é vão
Entorna sem receios
Os ditos e os carinhos
Os olhos sem espinhos
A lua sobre nós
O tempo em vendaval
Amor um ritual
Também se trama algoz.
Publicado em: 05/06/2010 11:12:17
Nascente de um rio
Olho d’água entre pedreiras
Mata verdejando...
Publicado em: 13/08/2008 21:22:06
Última alteração:19/10/2008 20:05:50
Nasceu flor no meu jardim,
Com perfume diferente
Floresceu dentro de mim,
O amor que é só da gente.
Publicado em: 06/02/2008 21:27:51
Última alteração:22/10/2008 17:48:36
Nasceu Rei, este menino
Que hoje está preso na cruz,
Redentor, o seu destino,
Maior que todos, Jesus...
Publicado em: 03/03/2008 19:51:57
Última alteração:22/10/2008 14:05:33
Amando quem não ama-me, mas ama
Amado por amada a quem amei.
Atento que jamais eu a terei
Na cama que reclama uma outra chama.
Rejeitas meus defeitos, isso sinto,
Consentes nos defeitos de quem amas.
As teias que faziam nossas tramas,
Não queimam pois é tal vulcão extinto...
Um dia se quiseres quem te queira
Talvez possa escutar meu coração.
Não posso mas irei pedir perdão,
Por nunca permitires uma beira.
Qual cego apaixonado vou amando
A mando de quem sabe que não és.
Trocando, e merecendo, mãos por pés,
Vou vendo que não segues meu comando.
Esperança faz trama assaz constante
E brinca como quem não me obedece
Na teia que esperança tanto tece,
Talvez, um dia, eu seja teu amante!
Publicado em: 01/12/2006 21:16:09
Última alteração:30/10/2008 19:11:41
Nas minhas fantasias
Nas minhas fantasias, te vi solta,
As marcas do teu beijo em minha boca,
São labaredas, queimam. Minha escolta
Procura navegar a nave louca...
Mas teimo em estampar minha revolta,
A voz que grita aflita, fica rouca...
Meu tempo que perdi, nada edifica
A dor que já sangrei, me dignifica
Não resta nem sequer teu telefone,
Meus versos que joguei garganta abaixo,
Das noites que passei, quedei insone,
Procuro, tantas vezes, e nada acho,
Quem dera fosse assim, um Al Capone;
Das trevas que passei, um simples facho...
Terias, com certeza, mais respeito.
Amar demais passou a ser defeito!
Vomitas imbecis tais impropérios,
Fazendo dos meus versos, teus faróis,
Das mortes que cultuas, cemitérios,
As notas que queimaste sob os sóis...
Vagando não te temo. Necrotérios
Esperam quem zombava nos lençóis...
A vida fez comédia mais sem graça.
A morte, sutilmente, nem disfarça...
Mas teimas, tuas queimas virão lentas...
As asas assassinas são vorazes,
Na chama que te chama, não esquentas,
As dores que me trazes são audazes;
Nas portas, nas cadeiras, onde sentas
Cortando fortemente essas tenazes...
Não quero nada sinto, nem prazer,
As horas que disfarças sem querer...
Cigarros vou fumando sem ter pressa,
Na fumaça percebo tua cara.
Não pretendo nem quero essa conversa,
A maldita cachaça me enganara.
Sentimento profundo, vil. Ora essa!
A boca que me cospe se escancara,
A noite que não tarda, não te viu,
A mão que te servia vai servil...
Perdeste tanto tempo, mas ganhaste,
Essa batalha torpe que me inventas.
As noites que sequer enluaraste,
Na porta das lembranças são sangrentas...
Não podes reclamar nem que ficaste,
Pois são mais convulsivas, violentas...
Na porta da senzala que mabrigas,
As velhas, costumeiras, vãs, intrigas...
Não sei mais o teu nome, nem me importa...
Carpi teu corpo, morto na memória,
Fechei a tua casa, tranquei porta,
Jamais vou reviver a nossa história...
A boca que cuspiste já vai torta,
Tristezas que traduzes, minha glória!
Pútridas as manhãs que me feriste,
Nessa tua gaiola, nem alpiste...
Me restam pois somente esses segundos,
Não quero reviver tais leviandades,
Irei te perseguir por tantos mundos,
Mataste, bem cruel, felicidades...
Nos mares, caçarei, té nos profundos,
Abismos onde houver as claridades...
Não sinta-se feliz nem satisfeita,
A vingança será mais que perfeita...
Veneno que bebi já faz efeito,
A cabeça rodando vem a paz...
Olhando pro teu corpo no meu leito,
Não quero mais saber se sou capaz...
As horas que se passam, tudo espreito.
Consigo distinguir lá: Satanás!
As mortes que refiz são libertárias.
As dores que senti, se foram, várias...
Meus últimos segundos esvaindo...
A morte acaricia meus delírios
Teu corpo, nossos corpos já vão indo...
Cobertos estarão por belos lírios
Amei-te... Foi demais, e foi tão lindo...
Valeram enfim todos meus martírios...
Vivi profundamente meu desejo...
Despeço-me com calma, nesse beijo
Publicado em: 07/10/2008 16:37:47
Nas minhas matas mineiras,
Nas minhas matas mineiras,
Nunca fui um caçador,
Nas minhas noites festeiras,
Eu perdi um grande amor!
Publicado em: 21/12/2008 23:31:08
Última alteração:06/03/2009 13:48:23
Nas Igrejas, a riqueza
Se espalhando pelo altar
Cristo viveu na pobreza,
Do seu lar, um lupanar...
Publicado em: 03/03/2008 19:57:27
Última alteração:22/10/2008 14:09:16
Nas línguas que se procuram
Rara rima em precisão
Tantas mazelas se curam
Nestes lábios que se dão...
Publicado em: 01/03/2008 22:29:00
Última alteração:22/10/2008 13:37:37
Nas locas bocas bebem
O gozo esparramado
Nas ramas do gramado
Nas lamas e motéis
Nos tramas sem pecado
Divinos carrosséis.
Fuder tua buceta
Cometas desmaiando
Enquanto a gente goza
Fanáticos desejos
Apopléticos espasmos
Poéticas putarias.
Cuzinho, boca e xana
Matando a minha sede
Depois deitar na rede.
E a festa recomeça...
Publicado em: 14/08/2008 12:48:13
Última alteração:07/10/2008 15:02:11
Nas mãos este gatilho
Que em trovas eu aperto,
O amor seguindo o trilho
Te quer sempre por perto...
Publicado em: 20/08/2008 21:11:08
Última alteração:19/10/2008 20:29:20
Nas noites indormidas te procuro
Em todas as estrelas e luares...
Por todos os caminhos, nos altares,
E nada, simplesmente é tudo escuro!
Amada, no delírio em que me deixas,
Não vejo solução p’ra minha vida,
A cada noite sempre mal dormida,
Meus versos se repetem, tantas queixas...
Espero teus olhares mais clementes
Perdão pelos meus erros, se os cometo.
Nas ondas deste mar que me arremeto,
As dores das saudades, vis serpentes...
Por que me apaixonei, tão forte assim?
Se nem na minha morte há salvação
Salve-me dessas garras da paixão!
Como? É simples! Se deite junto a mim!
Publicado em: 07/12/2006 19:50:12
Última alteração:30/10/2008 09:41:23
nas horas em que procuro
teu carinho meu amor,
sendo claro ou sendo escuro,
aparece aquela dor...
Publicado em: 16/01/2010 14:25:06
Última alteração:14/03/2010 20:48:07
A flor que desejo,
Distante de mim.
No sonho que vejo,
Eu te canto assim:
Nas curvas do teu sorriso, capotei o coração.
67
Mote
Nas curvas do teu sorriso, capotei o coração.
Veja só que prejuízo,
Eu tive na direção,
Nas curvas do teu sorriso,
Capotei meu coração.
Marcos Coutinho Loures.
Se eu gostei da capotagem?
Eu garanto que repito,
Teu sorriso, uma miragem,
Num cenário tão bonito.
Publicado em: 20/11/2008 13:40:11
Última alteração:06/03/2009 18:43:58
As tênues borboletas, liberdade...
Nas asas delicadas, belas cores...
Voando, carregando veleidade
Trafegam, constelares, meus amores...
Lactescências lunares, qualidade
Ímpar, as borboletas buscam flores...
Nesse encontro sutil fragilidade...
Vital, mágico encontro, sem pudores...
Diluídas fantasias vaporosas,
Lepidópteros mostram o caminho..
Mesmo com os espinhos, belas rosas
Desejam borboletas, pleno cio.
Meu coração abrasa, sou vadio...
Pressinto meu prazer nas tuas asas
Asas que incendeiam, loucas brasas,
As asas mansas asas siderais,
Todo sereno encanto... Fazem ninho...
Ah! Vento te levou p’ra nunca mais...
Publicado em: 12/12/2006 17:40:05
Última alteração:30/10/2008 09:12:43
Nas asas do Amor
As asas da nossa alma procuram, inevitavelmente
A mansidão e a tranqüilidade dos céus.
Asas da alma, asas dos anjos e de Pégasos
Todas as asas do amor.
Amor alado,
Sem pés
Que o prendam
À realidade.
As asas do amor!
São as asas da alma,
Livres e libertárias.
Só o amor liberta,
Mas ao mesmo tempo
Nos aprisiona.
Só o amor nos faz crescer
E ao mesmo tempo
Nos rejuvenesce.
Só o amor cura,
Mas nos fere e nos maltrata
Como nada, neste mundo.
Amor é antítese em si próprio.
Brota e aborta.
Mata e arrebata.
Eterniza e é, muitas vezes, fugaz
Amor embeleza e adorna.
Transforma, recupera.
Mas, ao mesmo tempo,
Escravizando-nos
Degenera e deforma.
Só tem uma coisa
Que mata mais que o amor:
A sua falta.
Ou, o que é pior,
A indiferença!
Publicado em: 05/12/2006 15:46:19
Última alteração:27/10/2008 21:25:23
Nas batalhas do amor
Por cima dessas mágoas que causaste
Em termos mais doridos que trocamos
Amamos e portanto desarmamos
As armas do combate, mas trocaste.
Vencido por verdugos sentimentos
Abates meus amores no combate.
Amando essa guerrilha me marcaste
Com lanças e terríveis sofrimentos.
Não quero combater a quem desejo,
No afã de me mostrar como se fere
Esfera desdenhosa que interfere
E causa sensação de nojo, pejo...
Rendeste meu amor em pouco tempo
Só pude, em desespero, te esperar.
Temperas teus desejos sem amar
E sempre que procuras, contratempo.
Atado sem sair, perdendo o espaço,
Disfarço meu cansaço desta luta.
Amor que se deseja e se reputa
Na disputa revela o seu fracasso!
Publicado em: 02/12/2006 09:20:31
Última alteração:30/10/2008 19:11:24
Nas águas do Amor
Banhando o lindo seio em minhas águas,
A bela criatura não sabia
Que em braços destas braças minhas rias
As lágrimas corriam, minhas mágoas...
Vertido neste rio que, em cascatas,
Amor não permitiu felicidade,
Ao ver a triste chama da saudade
Em meio a minhas dores fluo em matas.
Depois desses milênios solitário,
Revejo uma esperança na nudez
Nos carinhos que faço em bela tez
Nos beijos que transbordo, temerário...
Em meio a meu desejo temo enchente
Embora se secarem os meus olhos,
Alegrias vertendo, como em molhos
Talvez do triste rio, vire gente.
E abrace tão formosa criatura
Fazendo destas luas novos trilhos,
Das lágrimas nascendo nossos filhos,
Minha alma verterá água tão pura...
Publicado em: 30/11/2006 17:59:56
Nas águas do rio-mar
Água doce bebe sal,
Meu amor; fui encontrar,
No além-mar, em Portugal...
Publicado em: 19/01/2009 17:40:22
Última alteração:06/03/2009 07:16:40
Não Vivo Sem Amor
Procurei o meu espelho
Nas gavetas da saudade
Estou ficando mais velho
Isso eu já sei de verdade
Porém o peito é moleque
Salta esse tempo e se ri.
No tempo eu pisei no breque
Tanto amor que já vivi.
Coração, sangue vermelho,
Da cor da tal liberdade...
Nas ondas que não navego
Nos mares que Minas tem.
Amor quanto te carrego,
Mesmo sozinho ele vem.
Pega nas mãos do mineiro
Que Minas abandonou
Tomando meu peito inteiro
Por pouco não me matou.
Mas amor eu nunca nego
Sem teu amor, sou ninguém...
Venha minha namorada
Amar a vida comigo
A vida sem ser amada
Correndo grande perigo
Por isso minha menina
Minha sina é ter você
Senão a vida termina
Senão é melhor morrer
Viver sem amor é nada.
Viver sem amor? Não consigo...
Publicado em: 02/01/2007 07:52:31
Não vejo mais perigo
Não vejo mais perigo
Nem temo a madrugada
Se estou, amor, contigo
A lua toma a estrada...
Publicado em: 20/08/2008 21:12:24
Última alteração:19/10/2008 20:29:26
Não te vi, nem pretendia
Não te vi, nem pretendia
A noite não traduz dia...
Versejando fantasia,
Esqueci da melodia...
Amar demais a Maria,
Que sei, jamais, amaria...
Todo amor que se cumpria,
A dor que no peito estia...
Não te vi, nem pretendi,
Jamais pude estar aqui,
Por tanto tempo vivi,
O teu amor esqueci!
No teu livro tanto li,
Depois de tudo perdi
O prumo. Meu souvenir,
É saber que estás ali...
Não te vi nem pretendia,
Jamais pude estar aqui,
Versejando fantasia,
Por tanto tempo vivi!
A noite não traduz dia,
Não te vi, nem pretendi,
Esqueci da melodia
E prumo, meu Souvenir...
Publicado em: 11/10/2006 21:39:58
Última alteração:30/10/2008 19:29:46
Não Te Esqueci
Eu amo tanto
Amor que tenho
É meu encanto
É meu empenho
Nas voltas todas
As bocas tantas
Nas tantas rodas
Amor que plantas
Colhendo flores
Nosso jardim
Nossos amores
Amor em mim
Amor que é sorte.
Forte e sereno
Meu rumo norte
Que é tão ameno.
Amor que fosse
Se não viesse
Amor tão doce
É minha prece.
Te quero amor
Não te esqueci
Por onde for
Estou aqui...
Publicado em: 01/01/2007 23:42:06
Última alteração:30/10/2008 08:40:46
Não sou bombeiro, mas sei como apagar e seu fogo.
110
Mote
Não sou bombeiro, mas sei como apagar e seu fogo.
Como bom caminheiro,
Eu já sei qual o meu jogo,
Mesmo não sendo bombeiro,
Posso apagar o seu fogo.
Marcos Coutinho Loures
Meu amigo me permita,
Um conselho vou te dar.
Quando a mulher é bonita
É melhor deixar queimar...
Publicado em: 20/11/2008 17:51:53
Última alteração:06/03/2009 17:05:21
Não sou cabra mentiroso,
Não sou cabra mentiroso,
Eu falo sempre a verdade
Nos carinhos caprichoso
Mal provou já deu saudade
Publicado em: 20/08/2008 19:45:44
Última alteração:19/10/2008 20:26:15
Não sou defunto, mas adoro uma coroa.
10
Mote
Não sou defunto, mas adoro uma coroa.
Panela velha – eu pergunto,
Faz ou não comida boa?
Ainda não sou defunto,
Mas adoro uma “coroa”...
Marcos Coutinho Loures
A mulher é como um vinho,
Não é bênção nem milagre,
Só melhora com carinho,
Mas se não: vai pro vinagre...
Publicado em: 19/11/2008 13:58:38
Última alteração:06/03/2009 19:01:25
Não sou doce como o mel Tampouco manso. Sou feito das procelas
Não sou doce como o mel
Tampouco manso.
Sou feito das procelas
Das tempestas
E do vento audaz
Que por sobre as montanhas
Não se permite calmaria...
A boca que beija
Morde e também assopra.
Fornalha em intensa ebulição
Destilando um sorriso
Quase plácido
Mas não patético.
Trago os espinhos,
O pé vai calejado,
As mãos também
Pelos rastelos da vida
Há muito ruíram-se os castelos,
Só não percebeste...
Fartura do nada
Ensimesmando um sonho.
Palavra algoz
Agridoce
Embriaguez.
Não sou romântico,
Nem estético,
Mas adoro o prazer.
Hedônico
Quero morrer
Nos braços da mulata
Em pleno campo de batalha...
Publicado em: 05/10/2008 21:25:53
Não sou frágil nem sou forte,
Não sou frágil nem sou forte,
Sou somente um sonhador,
O meu barco perde o Norte
Descaminhos de um amor...
Publicado em: 19/01/2009 17:42:31
Última alteração:06/03/2009 07:16:32
Não sou índio, mas adoro
Não sou índio, mas adoro
Tua cor quase urucum,
De saudade quando choro,
Procurei não vi nenhum...
Publicado em: 06/01/2009 18:51:38
Última alteração:06/03/2009 12:12:37
Não sou mar que se navegue
Não sou mar que se navegue
Se não sabes navegar,
Coração vai sempre entregue
Àquela que saiba amar...
Publicado em: 03/11/2009 13:20:19
Última alteração:17/03/2010 16:22:24
não sou Papai Noel, mas já estou de saco cheio!
165
– não sou Papai Noel, mas já estou de saco cheio!
Trova - MCL
Se encontro abelha no mel
Eu dou bronca e me chateio,
Eu Não sou Papai Noel,
Mas ando de saco cheio...
Contra trova ML
Companheiro “bom de taco”
Acompanhe o pensamento,
Se já tá cheio seu saco,
A culpa toda é do vento...
Publicado em: 23/11/2008 20:29:01
Última alteração:06/03/2009 16:49:22
Não sou relógio, mas gosto de fazer hora.
111
Mote
Não sou relógio, mas gosto de fazer hora.
Estou com pressa, meu bem,
Mas não vou partira agora,
Não sou relógio, porém,
Eu gosto de fazer hora...
Marcos Coutinho Loures
Tempo passa, passarinho,
Que deixou pra trás a grade,
Sem ter pressa, de mansinho,
Encontrei a liberdade...
Publicado em: 20/11/2008 17:55:17
Última alteração:06/03/2009 17:05:17
Não sou sanfoneiro, mas toco a noite toda.
105
Mote
Não sou sanfoneiro, mas toco a noite toda.
Como bom caminhoneiro,
Só durmo de manhãzinha,
Eu nunca fui sanfoneiro,
Mas toco a noite inteirinha.
Marcos Coutinho Loures
Troco a noite pelo dia,
Mas eu juro não me canso,
No quintal de Ana Maria,
Eu quero afogar meu ganso.
Publicado em: 20/11/2008 17:37:51
Última alteração:06/03/2009 17:06:00
Não sou sereno, mas gosto da madrugada...
Mote
Não sou sereno, mas gosto da madrugada...
Como o meu dia é pequeno,
Passo as noites pela estrada,
Eu sei que não sou sereno,
Mas gosto da madrugada!
Marcos Coutinho Loures
Toda noite no volante,
Madrugada não descanso.
Pois eu sei que ali adiante
O teu colo – amor; alcanço...
Publicado em: 19/11/2008 14:38:01
Última alteração:06/03/2009 19:00:46
não suporto mais mentira
e não gosto de fofoca,
peixe do rio se tira
quando é isca uma minhoca...
Publicado em: 17/01/2010 13:59:59
Última alteração:14/03/2010 20:16:34
Não te amo mais, mas ainda te amo...
Suspiras por alguém que não te quer,
Pressentes, com tristeza e tanto medo,
Que embalde tentarás um novo enredo,
Usando teus segredos de mulher.
Não sabes que a Fortuna, tão ingrata,
Por vezes se alimenta dos enganos.
Se perdes, por acaso, verdes anos,
Ao veres, teus cabelos quase prata.
Não deixes que estas falsas esperanças
Dominem os teus dias mais felizes.
Ciúmes, com certeza já me dizes,
Por teres desprezado as alianças
Que um dia, tresloucado, ofereci.
Desculpe se te trago, inda no peito,
Amar parece ser inda um direito
Embalde, com certeza eu te perdi.
Mas saibas que não quero mais a chama
Que, um dia, incendiara minha vida.
Eu sei de que minha alma estás perdida.
No fundo é meu amor que ainda te ama!
Publicado em: 28/11/2006 22:56:49
Última alteração:30/10/2008 19:15:50
Não serás minha semente,
Não serás minha semente,
Pois não aprendi plantar,
Minha vida vai contente,
Tanta luta por lutar.
Amando de tarde e noite,
Consegui sobreviver,
Solidão foi meu açoite,
Foi embora, ao ver você!
Da dama amada da festa,
Nada ajuda a recordar,
A tristeza abriu a fresta;
Essa porta, vou fechar...
Computador que computa,
Computador esqueci,
Computada a força bruta,
Vou computando daqui...
Bocas beijo sem ter nojo
Bocas que riem de mim,
Nessas bocas vou ao bojo,
Bocas vermelho-carmim...
Tens tentado me iludir,
Eu bem sei que isso é verdade,
Tanta vida só por ti,
De falsa felicidade...
Vascaíno, é meu cunhado,
Mas já me deu outra pista,
Vivendo assim, enganado,
Ele é anti-flamenguista...
Publicado em: 13/08/2006 20:32:27
Última alteração:30/10/2008 11:03:37
Não se engane, ame
Não se deixe enganar
Tudo nessa vida é frágil
O tempo urge
Mas seja ágil
Senão...
Os erros são os berros da verdade
Sem eles não as conhecemos.
Mas manera...
O tempo que passa
Confere essa esperança
Que nem sempre se alcança
Mas um dia a gente cansa
E nada mais terá sentido...
Duvido que se acabe,
Não cabe mais no mundo
O viver sem ter o sonho
O sonho de viver
A cada dia um novo tempo
Contratempo contrariedade
Contra a seriedade dê um riso
O paraíso é por aí...
Mas não se deixe enganar
Principalmente por você mesma;
Senão qualquer coisa vira lei
Qualquer erro se perdoa
Machuca e nem percebe
Daí vira pecado
E tô fora...
Adeus.
Não minta para você
Isso a violenta de tal sorte
Que começa a morte
E nem santo prá dar cura.
A vida fica escura
E depois, amargura
Solidão
E pecado
E jura
E perjúrio
Arrependimento
Volta como o vento
Que traz a tempestade.
Esfria toda a alma
E nunca mais se acalma
Vira tsunami
Mas ame
Verdadeiramente ame!
Aí todos os meus versos serão vãos.
Publicado em: 26/11/2006 13:05:33
Última alteração:30/10/2008 19:17:35
Não se esqueça meu amor,
Quero a noite só pra mim,
Vai fazer muito calor,
Eu prefiro é mesmo assim...
Publicado em: 19/12/2009 19:48:43
Última alteração:16/03/2010 09:55:13
Não se preocupe...
Quem se ocupa não preocupa
Age!
E na ação reage e se liberta.
Esteja certa
A porta aberta exige a chave
Mas a chave sem porta de que vale?
Meu vale quer montanha
Cabelo que se assanha
No vento me faz livre
E me livre Meu Senhor
Da opressão
Da prisão
Do senão
Do não
Eu quero o passarinho
Que cantava liberdade
E sem ter sequer saudade
Da gaiola escapou
Deixa que a noite vem
Inevitavelmente vem
E sempre trará dia
E sempre trará noite
E sempre trará dia
E sempre trará noite
Mesmo depois da nossa morte
Sempre trará dia...
Então preocupar-se por quê?
Besteira sofrer.
Besteira – asneira
Burreira!
Barreira se transpõe ou faça a curva
Leve o guarda chuva e, se tiver, galocha.
Na coxa da morena
Eu deitei o meu poema
Acordei nesse marasmo...
Vontade de fazer nada
Nada mais pode prender
A alma em liberdade.
Se amanhã não vier
Outra vem,
A noite continua
E o mundo também...
Publicado em: 26/11/2006 12:56:58
Amor não traço sabendo desta trama
Nunca foi isso o que eu esperava
No fundo não percebia a mágoa
Que simplesmente o sim negava.
Mas a navalha que penetra na carne
Expõe os nervos prontos para a sangria
Em cada beijo, a certeza do tapa.
Mas não sofras mais
Resta muita coisa.
Tenho alegrias nestes corte, riso e sorte;
Até a própria morte, suporto.
Porto forte, vaso quebrado
E pronto para o esterco...
Publicado em: 31/12/2006 10:13:18
Última alteração:30/10/2008 09:34:48
Não quero que tu penses em meus versos
Apenas como fossem mensageiros
Deste Cupido há tempos destroçado.
É necessária toda a fantasia
Decerto eu acredito em algum sonho.
Mas sei destas mentiras espalhadas
Que virarão verdades mais solenes;
Os corpos são vendidos numa esquina
Amor é o comércio mais antigo.
Os pobres transformados em carneiros
Matando a fome eterna dos leões
Que dormem nos Congressos, nas Igrejas
E fazem deles suas refeições.
Assim como não posso imaginar
Um homem que acusado de pedófilo,
Pagando uma fortuna em extorsões,
No mínimo este dinheiro foi roubado.
Não quero e nem consigo compreender
Apenas retratando nos meus versos
O quanto posso ver da realidade.
Nos dias tão modernos, digitais,
Vendidos como carnes, animais,
Os pobres do planeta pagam caro.
O tempo vai mudando de estação,
Inverno se transforma no verão,
E as fábricas produzem seus brinquedos
Seus jatos, automóveis e folguedos
Com o sangue dos pobres desgraçados.
Vingança de um deus bom e verdadeiro
Que adora os puxa-sacos de plantão,
Trazendo para alguns tanto dinheiro
E o resto se vendendo num leilão...
Falar do amor, decerto é meu destino,
Gritar que eu amo a quem já saiba amar.
Roçando na morena sexo e gozo,
Também sem isso, amada, o que fazer?
Não quero que tu penses que eu desisto,
Um trovador boçal, inda resisto
E luto nas trincheiras que conheço.
Perdoe estas palavras, são sinceras,
Não quero te negar as primaveras
Apenas vomitando sobre as feras,
Aprendo o verdadeiro e sacro amor...
Publicado em: 16/11/2007 16:23:50
Última alteração:02/11/2008 21:50:40
Não quero passar vergonha,
Não vem tentar me enganar,
Esse disfarce, cegonha,
Você quer é me bicar...
Publicado em: 13/10/2006 16:06:46
Última alteração:30/10/2008 10:36:08
Adeus.
A Deus peço perdão
Por não te perdoar.
Tantas vezes tentei
Entender os teus erros,
Tantas quantas foram possíveis
Mas, depois de tanto tempo,
As crisálidas mortas,
Acaba-se a borboleta
E somente a tristeza.
Essa, ao voar, leva a minha alma.
Mas ainda resta-me um canto,
E isso me basta.
O canto que deixaste
Num canto abandonado da casa.
No sótão.
A chuva caindo não me deixa
Outra saída senão sair.
Em busca de meu passado,
Em busca de nossos momentos
Felizes.
Mas, de nada valeram.
Apenas aumentam a certeza
De que errei.
De que erramos
E de perdemos a maior oportunidade
De sermos felizes.
Não posso te perdoar.
Foste a minha maior esperança
A minha grande aposta na vida.
A realização de tantos sonhos
Que acalentei desde menino.
Não posso te perdoar,
Ah! Isso não!
Podes me pedir o que quiseres,
Menos o perdão.
As nossas noites inesquecíveis
Na nossa cama, no nosso quarto,
As estrelas invadiam tudo
E me deixavas mudo
De tanta emoção e prazer.
Os nossos dias, maravilhosos,
Em que estávamos, sem saber,
Uniformizando a alma.
Pelo menos eu cria nisso.
Mas passou...
As vezes que saímos para jantar
Luz de velas e tudo o que tínhamos direito.
Direito...
É, realmente, tudo mudou.
As estrelas continuam,
Os céus continuam,
E acho que só isso.
Ah! Não! Espere.
Eu também continuo
Te amando...
Publicado em: 10/12/2006 14:14:58
Última alteração:30/10/2008 09:14:16
Não precisa assim “se achar”
Pois tu és a mais querida
Meu amor foi te buscar
Redenção em minha vida....
Publicado em: 01/03/2008 22:19:51
Última alteração:22/10/2008 13:36:58
Não precisa ter vergonha,
É gostoso eu te garanto,
Quanto amor a gente sonha
Com prazer e tanto encanto.
Publicado em: 03/03/2008 23:25:25
Última alteração:22/10/2008 14:24:54
Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
Pablo Neruda
Não preciso do pão, a fome passa,
Não preciso da luz, não temo o escuro.
Nem alegria; circo, rua e praça,
Nem sensação de um ar que seja puro.
Mesmo esperança... tonta e velha farsa,
Eu não temo o chão, frio, pobre e duro.
Trazendo para o sangue esta fumaça
Das fábricas, dos carros... isso; aturo.
Não preciso da boca que me mente,
Não preciso do mar, estrela e lua.
De nada necessito, nem de gente...
Das ruas entupidas, não preciso.
Nem alma quando inútil já flutua.
Mas nunca me retire o teu sorriso...
Publicado em: 15/04/2007 19:04:01
Última alteração:15/10/2008 18:41:10
Não acredito que um indivíduo possa progredir espiritualmente, enquanto aqueles que o cercam estão sofrendo
Autor --> (Gandhi)
__________________________________________________
Não posso ser feliz se estás sofrendo.
A dor que te maltrata sempre atinge,
E aos poucos vai também me corroendo.
De negro uma esperança amarga, tinge.
Querida, amor me toma num crescendo
E forma em mil sentidos uma esfinge.
Porém nossa amizade concebendo
Impede que eu não veja. A cruz que finge
Jamais ter existido em cicatriz
Exposta em tua pele mostra tudo.
O céu nunca terá claro matiz
Corado em sofrimento de quem amo.
Por vezes eu me calo, fico mudo.
Mas saiba companheira, por ti clamo!
Publicado em: 01/04/2007 13:04:37
Última alteração:27/10/2008 19:01:33
A Flor do Sonho, alvíssima, divina,
Miraculosamente abriu em mim,
Como se uma magnólia de cetim
Fosse florir num muro todo em ruína.
Florbela Espanca
Não posso conceber como chegaste
Trazendo no teu canto uma esperança
A quem por tanta dor; vivo desgaste,
Já não sobrara um sonho de aliança.
Agora quando vejo-te qual haste
Que traz nesta presença nova dança
Pergunto a Deus por onde tu andaste
Imersa em catedrais, minha lembrança...
Tu és o meu sustento e minha glória,
U’a majestosa estátua perolada,
Reverte todo o rumo de uma história
Fadada à solidão, erma e vazia,
Minha alma se encontrando extasiada
Roubando da esperança uma alegria...
Publicado em: 20/03/2007 06:40:18
Última alteração:15/10/2008 22:51:56
Não percebes quanto eu quero
E por isso sobrevivo,
Tanto tempo que eu espero
De ser teu no amor, cativo...
Publicado em: 01/03/2008 22:53:50
Última alteração:22/10/2008 13:41:25
Não percebes quanto eu quero
E por isso sobrevivo,
Tanto tempo que eu espero
De ser teu no amor, cativo...
Publicado em: 20/11/2008 08:01:16
Última alteração:06/03/2009 18:50:26
Não pergunte ao coração
Se ele tem algum desejo
Por não ter sequer razão,
Bobeou pediu seu beijo...
Publicado em: 19/12/2009 20:04:31
Última alteração:16/03/2010 08:45:58
não perturbe o sossegado
nem tampouco acorde cedo,
diz assim o meu cunhado,
mas teimoso eu nunca cedo...
Publicado em: 17/01/2010 11:08:27
Última alteração:14/03/2010 20:29:37
Não me mintas eu te imploro,
Por favor não faça assim.
É por isso que hoje choro,
Tanta dor existe em mim...
Publicado em: 11/11/2006 11:57:01
Última alteração:30/10/2008 10:45:50
Não paro de te desejar,
de querer viver na pele
tudo com você,
o que sonhamos
Navegando por mares de emoções,
amor, ternura, paixão, excitação...
Regina Costa
Por um mar feito emoção
Em desenhos mais felizes,
Ao sentir o que me dizes
Tantos gozos se farão
E decerto esta amplidão
Muito além das cicatrizes
Sem as nuvens tristes grises,
Maravilhas tecerão
Meu desejo é teu anseio
E adentrando cada veio
Descobrindo toda loca,
O teu corpo ensandecido,
Num instante, num gemido,
Majestoso me provoca.
Publicado em: 23/07/2010 14:30:13
Não mando a sogra pro inferno, porque tenho pena do diabo.
47
Mote
Não mando a sogra pro inferno, porque tenho pena do diabo.
Torço pro frio do inverno
De minha sogra dar cabo,
Não mando a velha pro inferno,
Pois tenho dó do diabo.
Marcos Coutinho Loures
Capetão conhece sogra?
Isso é coisa mais noviça.
Mas Cão mordido por cobra,
Já não pode ver lingüiça...
Publicado em: 20/11/2008 10:00:19
Última alteração:06/03/2009 18:48:39
Não me cabe mais falar
Não me cabe mais falar
Da emoção de estar contigo,
A saudade faz chorar
Quem perdeu o seu abrigo...
Publicado em: 06/01/2009 18:44:46
Última alteração:06/03/2009 12:12:58
Não me canso de buscar
Teu amor só para mim,
Vou ao sol, chego ao luar,
Por favor diga que sim...
Publicado em: 19/12/2009 19:37:26
Última alteração:16/03/2010 09:55:34
Não me deixe mais sozinho
Solidão aperta o peito,
Pois amor é como vinho
Passa o tempo ele é perfeito...
Publicado em: 17/01/2010 13:48:17
Última alteração:14/03/2010 20:17:29
Nessa curva da saudade,
Encontrei meu bem querer,
Procurei felicidade
A razão para eu viver.
Mas, me deixaste sozinho,
Coração tão miudinho...
Foste buscar n’outros braços,
Aquilo que eu quis te dar,
Meus olhos ficando baços,
Silêncio no meu cantar.
Me negaste teu anel,
Por que foste tão cruel?
Quis te dar minha amizade,
Nem isso quiseste ter,
Para falar a verdade,
Eu preferia morrer,
A viver sem teu carinho,
Meu coração pobrezinho...
A vida segue doendo,
Eu, na vida vou tão só,
Na vida, sigo morrendo,
E ninguém, de mim, tem dó.
Quero somente te ver,
Não consigo te esquecer...
Marcada por essa sina,
Minha vida não tem graça.
Sem saber, és assassina,
Culpada pela desgraça,
Que se abate sobre mim,
Não sabes que és tão ruim...
Meu amor, por caridade,
Não me deixe morrer não,
Me mande essa novidade,
Ajude meu coração.
Fale que gosta de mim,
Não me deixe, triste assim...
Publicado em: 11/02/2007 19:53:27
Última alteração:30/10/2008 07:30:37
Não me diga mais adeus,
Nem me fale de saudade
Eu quero ser mais feliz.
Buscando nos olhos teus
Verdadeira claridade...
Não me diga que não devo
Procurar o teu caminho
Seguindo o teu rastro amor.
Tudo o que da vida levo,
Não deixa ser mais sozinho...
Eu quero o gosto da sorte
Sorvendo minha alegria
Tramando um canto, futuro.
Nosso amor me faz mais forte,
Se invade de poesia...
Nos teus seios o meu cais
Nos teus olhos meu farol
Tudo que te quero enfim,
Vivendo te amar demais
Esse amor, meu vivo sol!
Publicado em: 18/01/2007 22:00:45
Última alteração:30/10/2008 07:59:00
Não me diga adeus, diga-me até logo.
129
Não me diga adeus, diga-me até logo.
Quando parto, os olhos seus,
Tornam a carga mais leve,
Por isso, não diga adeus.
Diga-me sempre, até breve.
Marcos Coutinho Loures
A palavra é mensageira
De tristeza e de alegria,
Quando for a derradeira,
Mata toda a fantasia...
Publicado em: 21/11/2008 12:09:01
Última alteração:06/03/2009 17:01:56
NÃO ME DIGAS ADEUS!
Tudo o que tive de fazer, já fiz
Para falar-te deste amor imenso!
Pensei que fosses crer, mas hoje penso
Que, infelizmente, não serei feliz.
Muitas vezes, o peito arfante e tenso,
Deste amor te falar, buscou e quis;
Mas não levas a sério o que ele diz
E fazes meu sofrer enorme e denso!
- Não vejo explicação! Por que preferes
Fugir desta maneira, se é verdade
Que tentas render-me e que me queres?
- Não me digas “adeus”! Assim ferida,
Minha alma levará esta saudade
Do amor que não me deste, nesta vida!
MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 27/08/2008 13:06:45
Última alteração:17/10/2008 17:13:44
Amiga, não perguntes por que choro!
A vida não me deu sequer escolha...
O vento me carrega, junto à folha
Onde escrevi meus versos. Hoje imploro
À solidão que deixe-me, recolha
Os restos que largaste sem decoro...
O mundo me trancou na triste bolha
Onde emolduras... Onde me demoro!
Amiga, não te peço que me escutes,
Apenas não desejo que me esqueças...
Das jóias que ganhei na triste vida,
Tua amizade é pedra mais divina!
Na vida que por hora descortina,
Nas guerras que pedi, comigo lutes...
Batalhas que perdi, me convalesças..
A luta que forjei, já vai perdida...
Publicado em: 11/12/2006 04:44:38
Última alteração:30/10/2008 09:13:24
Não me esqueço de teus olhos
Que iluminam meu jardim,
Arrancando urzes, abrolhos
Deitam flores sobre mim.
Publicado em: 19/01/2009 17:35:21
Última alteração:06/03/2009 07:16:57
Não me esqueço um só momento
De quem tanto eu adorei,
Só deixando o sofrimento,
Sem castelo, não sou rei..
Publicado em: 13/08/2008 18:57:15
Última alteração:19/10/2008 19:59:29
Não importa que outro suba escadas que já desci...
97
Mote
Não importa que outro suba escadas que já desci...
O leão não perde a juba,
Este jornal eu já li,
Não me importa que outro suba,
Escadas que já desci.
Marcos Coutinho Loures
Já matei a minha sede,
Nos riachos que tu bebes,
O retrato na parede
Representa as velhas sebes.
Publicado em: 20/11/2008 15:50:13
Última alteração:06/03/2009 17:06:38
Não julgue livro pela capa, nem mulher pelo sorriso.
22
Mote
Não julgue livro pela capa, nem mulher pelo sorriso.
De um erro ninguém escapa,
Mas evitá-lo é preciso;
Julgar livro pela capa
E a mulher pelo sorriso...
Marcos Coutinho Loures
A verdade, com certeza,
O sorriso não revela,
Encontrei tanta beleza,
Na mulher, mesmo banguela...
Publicado em: 19/11/2008 16:46:04
Última alteração:06/03/2009 18:59:33
Não Mais Irei
Meu amor
Que procurei
Nas luas e no mar
Na constelação
Fui perceber
Trama tanta dor
Eu fui saber
Mas vi que amor
Difícil de encontrar
Existe em algum lugar.
Sem amor
Onde irei saber
Ninguém verá passar
Andando só
Nada posso ver
Que viver é melhor...
Não veja em mim
Sou simples fim
Tão longe do luar
Onde nada mais há
Nas ondas deste mar,
O mundo em mim
Onde nada natural
Possa existir.
Nem sei.
Se pode resistir
Se pode existir o meu luar.
Sem senão,
Não posso mais lutar
Não vejo em mim.
Um coração que especular
Desarma e não sangra
Sabendo enfim
Batendo sem parar;
Não sei
Como voltar
Mas não virei
Se não mais luar
Omito, mas se assim,
Se eu quiser
Sempre sem depois
O que teve um fim
Nem sei dizer...
Publicado em: 31/12/2006 15:44:05
Última alteração:30/10/2008 08:40:50
Não há //Por um momento
frieza no olhar//na cálida alma
de quem teme// algum receio
se queimar//em rendição
Marcos Loures // Mara Pupin
Publicado em: 03/04/2007 19:31:22
Última alteração:28/10/2008 06:06:10
Não há do que temer, vem namorar.
O quanto é bom viver amor que gesta
Louvando em plena glória, um belo altar,
No precipício insano, mergulhar
Depois só descobrir o gozo intenso,
Que a cada novo dia, eu me convenço,
É toda a plenitude em que o Bom Deus
Criou humanidade por amor,
E faz pelo prazer o recompor
Da vida entre os mais ricos ou plebeus...
Publicado em: 04/11/2008 11:42:54
Ao ver-te tão bela, na praia sereia,
Sabendo que a noite trará nova lua
Correndo na praia brincando na areia,
Teu corpo me encanta, tão bela assim nua.
Não fujas sereia
Não fujas de mim.
Te dou lua cheia
Amor carmesim...
Na praia deserta correndo se agita
As ondas na areia, sereia tão minha.
O vento que canta, paixão tão bonita,
A noite incendeia a vida adivinha...
Não fujas sereia
Não fujas de mim
Te dou lua cheia
Amor grande assim...
Cabelo macio, vento te chamando
Na lua tão cheia, sereia me encanta.
Manhã tão bonita, teu nome clamando
A vida clareia nem a dor me espanta.
Não fujas sereia
Não fujas de mim
Te dou lua cheia
Todo amor enfim...
Publicado em: 16/01/2007 15:59:45
Última alteração:30/10/2008 09:35:00
Tantas vezes, camarada
A gente sofrendo à toa,
Tem coisa que vale nada
Tem muita coisa que é boa,
Tem pedregulho na estrada
Tem espinhos no caminho,
Vez em quando uma topada
Noutras vezes tão sozinho...
Mas te falo sem ter medo,
Que esta vida nos ensina,
Se reparar um segredo,
Que tantas vezes domina,
A gente sofre demais,
E tem muita decepção,
Vai perdendo logo a paz,
Vai fechando o coração...
Observando nossa vida,
Sua atenção eu lhe peço,
Se esta sorte está perdida:
“Fracasso é mãe do sucesso!”
Publicado em: 31/05/2007 20:36:47
não desejo a mesma sorte
para quem desejo bem,
minha vida, minha morte,
qualquer hora ela já vem...
Publicado em: 16/01/2010 14:59:00
Última alteração:14/03/2010 21:05:32
Não destrua a contraprova
Nem disfarce por favor,
Trovejando nesta trova
Trovoada em nosso amor...
Publicado em: 17/06/2008 22:36:51
Última alteração:19/10/2008 21:03:56
“Puta que pariu,
Pisa no freio Zé”
César e Paulinho
Não entre em desespero, caro amigo.
A vida traz doridas fantasias.
Tu sabes que estarei sempre contigo
Lutando contra o mal, todos os dias.
Se um sonho mavioso, eu já persigo,
Também sei que este brilho tu querias,
Porém se condenado ao desabrigo
Terás com quem contar, disso sabias...
Mas vá mais devagar, pise no freio.
Que a vida mostrará uma saída.
Eu digo: não precisas ter receio
Compartilhamos sempre nessa lida,
Entendo na verdade, teus anseios,
Mas deixe que ela siga, vã, perdida...
Publicado em: 18/07/2007 15:39:14
Última alteração:14/10/2008 15:31:19
Não espero pela sorte
Que bem sei jamais virá,
Mas também não quero a morte,
Quero a vida aqui ou lá.
Publicado em: 19/12/2009 20:03:29
Última alteração:16/03/2010 08:46:04
Não deixe que se acabe
Vontades e desejos
Amor que tudo sabe
Aguardo por teus beijos.
Publicado em: 22/10/2008 17:07:02
Não deixe que se acabe
O dia sem o brilho
Do encanto onde polvilho
O quanto já nos cabe,
O manto se traçando
Em paz e calmaria
Tramando a cada dia
Encanto em raro e brando
Desenho por fazer
Nas tantas pedrarias
Onde lapidarias
As gemas do prazer
Dourando o meu destino
Aonde eu me fascino.
Publicado em: 06/07/2010 19:59:13
não deixei que ela se fosse
solidão dói e machuca,
mas amor logo acabou-se
a minha alma está maluca...
Publicado em: 16/01/2010 13:35:34
Última alteração:14/03/2010 20:49:47
Não deixe que a vida te maltrate
Não deixe que esta vida te maltrate
Pois ela passará e não mais volta
Não deixe que essa dor nem a revolta
Que sempre insistirá, aos poucos mate
Os sonhos que inda restam no teu peito
Assim o mundo não dará nenhum direito
E sempre, com certeza irás sofrer...
Por isso companheiro, não permita
Que a dor que sempre traz e nos habita
Te faça sem querer entorpecer
Amigo os meus segredos não disponho
Meu barco nunca posso naufragar
Sem cais sem mar amar somente amar
E depois disso tudo, estar tristonho...
Vista a saudade louca e não disfarce
A praça, a massa remanso e certidão
O campo, o monte livres sem paixão
Demonstram cada dia nova face...
Tua vida, esperança
Alcança e dança
A dança da esperança;
Que nunca cansa
Apenas avança
E na trança da menina
O mundo não termina
Determina
Se faz
E não mais...
Além de tudo o barco vira
Se estira e se fira
Se não tiver
Safira
Nem esfirra.
Apenas saiba que te amo
E basta
Já me machuca muito
Saber disso!
Publicado em: 26/11/2006 15:08:17
Última alteração:30/10/2008 18:52:23
Não dê chances para a dor,
Não permita o sofrimento,
Velho peito sofredor
Não suporta este lamento...
Publicado em: 19/01/2009 13:55:52
Última alteração:06/03/2009 07:17:40
Não consigo mais fingir
Tanto amor que ainda trago
Só queria te pedir
Mesmo falso; algum afago.
Publicado em: 23/01/2009 18:01:47
Última alteração:06/03/2009 07:06:36
Não Consigo Te Esquecer
Ah! Fica aqui, comigo, amor...
Não suporto mais a dor
Se tu fores; solidão...
Eu peço nunca me abandones
Minhas noites são insones
Se perder essa ilusão...
Ah! Meu desejo é ser feliz,
Teu olhar tanto me diz
Desse amor que quero ter...
Eu quero tanto amor, querida,
Sem te ter; que vale a vida?
Sem te ter; melhor morrer...
Sim, como é bom viver contigo,
Eu preciso deste abrigo,
Que em teus braços sei que vem...
Eu quase nada sou sem ter
Teu amor para viver,
Sem te ter não sou ninguém...
Ah! Meu amor que é tão imenso,
No teu colo sempre penso,
Tanto quero teu querer.
Ah! Minhas noites tão vazias
Recordando aqueles dias
Não consigo te esquecer...
Publicado em: 04/01/2007 17:28:06
Última alteração:30/10/2008 08:40:22
Eu carrego na lembrança
Tanto amor, tanto querer,
Inda tenho uma esperança,
Que jamais irá morrer...
Publicado em: 18/12/2009 14:13:23
Última alteração:16/03/2010 10:34:17
Não choro se a vida
Não choro se a vida
Percorre outro tanto
E quando me encanto
Encontro a saída
Se tanto perdida
Ou mesmo entretanto
No parto no espanto
Nas ânsias urdida
Peçonha diversa
Ao nada se versa
E gera o vazio,
Assim também sou
Se nada restou
Também me recrio.
Publicado em: 23/05/2010 18:02:51
Nada trago do passado
Nem saudades sequer dor
Coração apaixonado
Um eterno sonhador...
Publicado em: 15/01/2010 17:00:08
Última alteração:14/03/2010 20:59:41
Cem
Mil
Milhão...
Vou sem.
Publicado em: 16/01/2010 09:40:36
Última alteração:14/03/2010 21:02:15
Pois responda minha amada
Se o teu pai já se irritou
Se não teve namorada
Como foi que ele casou?
Publicado em: 02/03/2008 11:16:48
Última alteração:22/10/2008 13:47:55
Namorar mulher casada é ter compromisso com a morte.
81
Mote
Namorar mulher casada é ter compromisso com a morte.
Se és mesmo compromissada
Neste amor vou dar um corte,
Namorar mulher casada,
É ter contrato co’a morte.
Marcos Coutinho Loures
Na aliança com a vida,
Eu não quero mais problema,
Se a mulher é a saída,
Compromisso vira algema...
Publicado em: 20/11/2008 14:29:17
Última alteração:06/03/2009 18:42:29
NAMORO/
Mote- Namoro com mulher casada, tem gosto de 45...
Namoro muito, na estrada,
Mas, com casada, não brinco:
Namorar mulher casada,
Tem gosto de quarenta e cinco...
Não tenho medo de nada,
Essa verdade não cala,
Mesma que seja casada,
Atirando, chupo a bala...
MARCOS COUTINHO LOURES
MVML
Publicado em: 17/10/2007 20:40:02
Última alteração:03/11/2008 20:51:
Namoro com mulher casada tem gosto de um 45
60
Mote
Namoro com mulher casada tem gosto de um 45
Namoro muito, na estrada,
Mas, com casada não brinco,
Namorar mulher casada,
Tem gosto quarenta e cinco.
Marcos Coutinho Loures
Onça bonita diz tudo,
Com certeza uma onça parda,
Mas pra matar o chifrudo,
Eu carrego uma espingarda...
Publicado em: 20/11/2008 12:23:56
Última alteração:06/03/2009 18:46:40
NÃO ACORRENTES
NÃO ACORRENTES
Admiração tamanha
Quando o vento sopra
Forte ou fraco levando folhas
Nos campos e objetos na cidade.
Árvores descabelam-se
As barracas soltam-se nas praias
Os animais desorientam-se
E os pássaros serenam no vôo.
Não adianta me chamar
Porque não irei por ai
Irei por aqui
Em sentido contrário.
Levo o meu pensamento
Como guarda-chuva
Se chover.
Mas irei por aqui.
O meu pensamento
Integra o meu corpo
Onde está localizado, não sei.
Mas não irei por ai.
Não está acorrentado
A qualquer apelo
Ou sentimento
Mas acoplado.
Acorrente meu ser
Mas, aí, o pensamento voa separado
Acompanhando não o vento
Mas o contratempo ainda que isolado.
ÍTALO MANNARINO
Publicado em: 07/09/2008 19:17:39
Última alteração:08/09/2008 00:18:53
Não acorde a má sorte, se ela está dormindo...
46
Não acorde a má sorte, se ela está dormindo...
Siga em frente, firme e forte,
Só coisas boas curtindo,
Mas não desperte a má sorte,
Se acaso estiver dormindo...
Marcos Coutinho Loures
Mas o que posso fazer,
Condenado ao desabrigo,
Se a má-sorte, em desprazer
À noite dorme comigo...
Publicado em: 20/11/2008 09:56:10
Última alteração:06/03/2009 18:48:43
Não afoga tanto beijo
Não preciso isso temer,
Se eu me afogo no desejo
Desafogo? Bem querer...
Publicado em: 01/03/2008 22:56:05
Última alteração:22/10/2008 13:41:31
NÃO AGUARDAREI
OUÇO A MINHA VOZ
FALANDO SÓ.
QUANDO LHE FALO
FALHO.
VOZ SEM SONORIDADE.
POR QUE OUVI-LA
SE SOMENTE EU
POSSO ESCUTÁ-LA?
NÃO AGUARDAREI SUA RESPOSTA
SE A VOZ É MINHA IMAGINAÇÃO
SEM IDEAIS E IDÉIAS
SEM VIDA E FORÇAS.
LEVAREI COMIGO ESSA VOZ
CALADA, PORQUE CALADO CALEI
AS IDÉIAS E OS IDEAIS QUE SONHEI
MAL VESTIDOS NA SOLIDÃO.
E SE SÓ OUÇO A VOZ
DO MENDIGO MALTRAPILHO
DE IDEAIS E IDÉIAS
POR QUE AGUARDAR SUA RESPOSTA?
ÍTALO JOSÉ MANNARINO
Publicado em: 19/08/2008 21:31:23
Última alteração:19/10/2008 20:19:36
Se queres me censurar, não e digas nada!
Mesmo que quisesses, não serias capaz de mudar os sentimentos nem serias a última a condenar o amor que sinto por ti!
Mesmo sabendo que contrario as leis de Deus e as leis dos homens, amando-te assim, é inútil tentar te esquecer, pois este amor é mais forte que minhas crenças e me alucina, fazendo-me um joguete do fogo das paixões que ele desperta!
Que digam ser ele uma falta de respeito a tudo e a todos, mas eu te quero como jamais quis alguém em toda a vida!
Sem ele, não conseguiria viver e a ninguém nem a ti, dou o direito de me julgar, pelo que sinto!
Podes pedir que não mais me aproxime de ti, que me afaste de teus lábios e do toque macio do teu corpo, vindo ao encontro do meu, em ânsias incontidas.
Podes pedir-me tudo, mas não tem o direito de impedir que eu vá pela vida, carregando comigo este amor impossível, desesperado amor, a que me entreguei com todas as forças de minha alma!
E mesmo que pedisses, de nada valeria, pois tudo me ensinaste mas contigo não aprendi como fazer para te esquecer!
Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 02/04/2007 14:25:55
Última alteração:23/10/2008 20:25:58
Nada posso contra o vento
Que se forma em vendaval,
Coração batendo lento,
De um amor procura aval...
Publicado em: 13/08/2008 18:53:39
Última alteração:19/10/2008 19:59:13
nada posso mais fazer
nem tampouco ser feliz
se a verdade diz prazer
minha vida contradiz
Publicado em: 16/01/2010 19:33:32
Última alteração:14/03/2010 20:46:42
nada além de uma ilusão
nosso amor nada valia
como chuva de verão
houve só pancadaria...
Publicado em: 17/01/2010 16:01:42
Nada além de uma ilusão,
Tão somente o que restou,
Meu navio coração
Em teus mares, naufragou...
Publicado em: 13/08/2008 18:49:07
Última alteração:19/10/2008 19:58:54
nada além de uma saudade
o que resta de nós dois,
tanto amor, uma verdade,
sem deixar nada depois...
Publicado em: 17/01/2010 10:28:16
Última alteração:14/03/2010 20:40:36
nada além de uma saudade
maltratando o velho peito,
passarinho não quer grade,
vai, liberto, satisfeito...
Publicado em: 17/01/2010 11:13:17
Última alteração:14/03/2010 20:29:08
Nada além desta ilusão
É o que sobra deste amor,
Desfilando o coração,
Passarela feita em flor...
Publicado em: 17/01/2010 15:30:54
NADA DE NOVO SOB O SOL
Remendos nos paletós
Das víboras escondidas
Permitem perceber
As armas que elas guardam
Entre as mãos e penas
Meninas em motéis
Michés debitados
Na conta do poder.
Barganhas que se fazem
Frases e farturas
Curas milagrosas
E a merda continua.
Um bêbado tocando
Saxofone
Nas noites do Brasil.
Publicado em: 22/11/2007 11:31:55
Última alteração:29/10/2008 12:37:18
Nada disso tem valor
Se não vejo quem eu amo,
Como colherei a flor
Se a saudade quebra o ramo?
Publicado em: 17/06/2008 22:14:04
Última alteração:20/10/2008 01:15:42
Nada é impossível quando se ama!
Os enganos que, hoje, faço
São causados pelas dores
Que vieram dos amores
Que perderam forte laço.
Esperando teu abraço,
Vou vivendo sem prazer
Meu amor, como é incrível,
Viver um sonho impossível
Como é possível viver?
Assim vou ficar louco
Sem saber se tu desejas
Embora, nestas pelejas,
O possível seja pouco...
Publicado em: 03/12/2006 00:10:45
Última alteração:30/10/2008 10:20:23
Nada Mais Que Um Simples Beijo!
Amor que me arrebata e me corrói.
Jaz seta em velho peito sofredor,
Que vai de tanto embalde, sem amor,
E sempre que soluça, me destrói.
Amor embarco tolo em seus navios
Sem rumos em temíveis maremotos.
Distante dos juízos mais remotos,
Desata a lucidez, não deixa fios.
Amor envelhecido sem sucesso
Em formas de tormentas faz carinho.
Sem ter amor talvez morrer sozinho
Pareça o meu destino, meu progresso.
E nada que me impeça uma loucura!
Nem mesmo se farsante ou insincero,
Dê-me somente um beijo! Nisso espero
Talvez a solução, a minha cura!
Publicado em: 06/12/2006 15:46:50
Última alteração:30/10/2008 19:09:46
Na varanda a lua cheia
Na varanda a lua cheia
A viola e o seresteiro,
Meu amor quando incendeia
É pior que fogareiro...
Publicado em: 15/01/2010 17:06:31
Última alteração:14/03/2010 21:51:25
na verdade Satanás
se disfarça muito bem,
o diabo sempre audaz
atrás de dinheiro vem.
Publicado em: 03/03/2008 20:28:04
Última alteração:22/10/2008 14:11:53
Na verdade, minha amada,
O que viste? Uma miragem,
Eu estava em plena estrada,
Como é longa esta viagem...
Publicado em: 20/12/2009 07:51:53
Última alteração:16/03/2010 08:44:29
Na viola que ponteio
Os meus dedos escorrendo
Eu me lembro do teu seio.
Devagar, jamais correndo...
Publicado em: 20/08/2008 19:46:54
Última alteração:19/10/2008 20:26:20
Na subida, Deus me ajuda; na descida Deus me acuda...
34
Mote
Na subida, Deus me ajuda; na descida Deus me acuda...
Deus está sempre a meu lado
E, na subida, me ajuda;
Mas, peço, quando embalado,
Que na descida me acuda!
Marcos Coutinho Loures
Água desce morro abaixo
Fogo sobe morro acima,
É só acender o facho,
Que a morena entra no clima...
Publicado em: 20/11/2008 08:21:03
Última alteração:06/03/2009 18:50:49
Na ponta dessa caneta,
Na ponta dessa caneta,
Escrevo meu bem me quer,
Amor virando cometa,
Nos olhos desta mulher...
Publicado em: 13/10/2006 15:27:17
Última alteração:30/10/2008 10:37:34
Na ponta do cravinote
Na ponta do cravinote
Ou na boca do fuzil,
Meu amor dando pinote
Tanto amor reproduziu.
Publicado em: 02/03/2008 11:26:08
Última alteração:22/10/2008 13:48:33
na parede do meu quarto
na parede do meu quarto
pendurei fotografia
se dos olhos eu me aparto,
vejo a moça todo dia...
Publicado em: 16/01/2010 13:34:37
Última alteração:14/03/2010 21:05:49
na partida, um lenço branco
na partida, um lenço branco
na saudade, um choro amargo,
é por isso que sou franco,
meu amor eu nunca largo...
Publicado em: 17/01/2010 11:20:23
Última alteração:14/03/2010 20:28:43
Na magia deste amor, Força nobre e soberana
Na magia deste amor,
Força nobre e soberana
Eu sou um navegador
Que em teu corpo já se ufana
Das conquistas destes mares
Delicados ,divinais
Minha deusa, em teus altares,
Nossos ritos sensuais
Por te amar demais, assim,
Ser teu par, minha querida,
Vou cantando até o fim,
Grande amor da minha vida!
Publicado em: 09/10/2008 12:26:06
Na mão direita // Esperança
a primavera // fonte de amor
espera feliz // seduz a alma
a roseira // pura de afeto...
Marcos Loures // Mara Pupin
Publicado em: 02/04/2007 20:05:08
Última alteração:28/10/2008 06:07:19
A lua magistral e amargurada
Vaporosa reflete meus anseios
Nessa alvura sem par, teus belos seios,
A minha mão passeia, delicada,
Buscando teu prazer. Oh! Minha amada...
No brilho dessa lua, belas rosas
Que tramam nos espaços seus perfumes.
Encharcando a minha alma, sem ciúmes,
Percebo nos caminhos, olorosas;
As flores sem espinhos, maviosas.
Tuas rosas fogosas, dos desejos;
Em meio aos meus desejos arvoradas
Esperam pelas luas nas estradas
Que tramam as delícias destes beijos.
Meus sonhos mais secretos vão pairando
Por sobre belas rosas e sob a lua.
As mãos que te encontraram toda nua
Em meio a poesia, mergulhando....
Publicado em: 15/12/2006 19:17:49
Última alteração:30/10/2008 08:44:33
Na lanterna desse olhar
Na lanterna desse olhar,
Refletiu todo meu céu;
Do meu amor quero o mar,
Tenho aveia, quero o mel...
Vasto mundo, coração,
Sou Raimundo de Maria,
Procurando solução,
Solução que rimaria...
Publicado em: 22/08/2006 16:59:33
Última alteração:30/10/2008 11:04:01
Na linha do horizonte, um navio parecia um pequeno ponto, quase invisível...
Dentro dele, alguém partia e a minha saudade acompanhava aquele ADEUS.
Quando naquele ponto desapareceu, no encontro do azul do céu com o ouro do mar, a noite chegou sobre a Terra.
Só me ficou a lembrança daquele pontinho, quase invisível, na linha do horizonte...
Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 24/02/2007 18:09:23
Última alteração:27/10/2008 19:45:40
Na força da amizade é que percebo
O quanto sou feliz por ter você,
Amar uma pessoa, assim concebo,
Além do que desejo e que se vê
É ter uma esperança ressurgida
Que faz valer até a própria vida.
Somamos nossos dons e nossas sortes
Quando encontramos almas parecidas.
Os passos se tornando bem mais fortes,
Para os problemas todos, as saídas
Se tornam bem mais fáceis. Minha amiga
Que Deus permita sempre: assim prossiga.
Publicado em: 30/05/2007 06:42:50
Última alteração:29/10/2008 17:16:14
NA FORÇA DA AMIZADE
Honestos sentimentos demonstrados
Permitem que se molde o pensamento,
Depois de tantos dias enganados,
Liberto agora vai meu pensamento.
Apoios e carinhos espalhados,
Não são palavras soltas neste vento.
Na força da amizade, vejo a fronte
Do sol que se incendeia no horizonte...
Publicado em: 01/11/2007 15:35:23
Última alteração:29/10/2008 14:49:35
Quem tem uma amizade que se preza
Não teme os descaminhos desta vida.
Encara os seus problemas com firmeza
E tem a mão mais forte e decidida.
Prepara sem temor sua defesa
Encontra; dos problemas, a saída.
Na força da amizade é que concebo
Sorte que quando dou, também recebo...
Publicado em: 29/11/2007 06:22:09
Última alteração:29/10/2008 12:38:25
Na festança que fazemos
Para quem queremos bem,
Comemoramos decerto
Mais um ano em que se tem
Companhia de quem sabe
Tanto nos fazer feliz,
Neste teu aniversário
Coração em festa diz
Do quanto nós te queremos,
Minha amiga e companheira,
Pois contigo desfrutamos
Alegria verdadeira.
Mais um ano, eu te desejo
De total felicidade,
É tão bom poder dizer:
Minha amiga de verdade!
Publicado em: 09/10/2007 18:46:53
Última alteração:27/10/2008 19:26:16
Na Central, eu não me esqueço
Coração foi onde eu pus,
Vou lembrar teu endereço,
No Méier, Dias da Cruz...
Publicado em: 15/01/2010 21:18:07
Última alteração:14/03/2010 21:02:58
Na casa antiga, de telha Décimas
Na casa antiga, de telha,
Rede posta no quintal,
Roupa quara no varal,
Amor traz forte centelha
Trazendo a lua vermelha;
Fazendo brilhar o sol.
Tudo vai agindo em prol
Da felicidade ativa,
Dos meus olhos és cativa,
Nossa vida no arrebol...
Publicado em: 13/08/2006 17:20:32
Última alteração:30/10/2008 19:59:35
Na boca traz um sorriso,
Um aperto em cada mão,
Meu amor não tem juízo
Maltratou meu coração...
Publicado em: 13/08/2008 18:59:50
Última alteração:19/10/2008 20:01:43
Na brasa de teus olhos // Desvendo mistérios
Carinho e desejo.// pedindo teu corpo
Ventania // ardente chama
De fogo...// e prazer...
Marcos Loures // Mara Pupin
Publicado em: 05/04/2007 22:21:40
Última alteração:28/10/2008 06:05:19
Vou cantando sem parar
A alegria de poder
Do teu lado caminhar,
Desfrutar tanto prazer
Que é difícil de encontrar
Mas gostoso de viver.
Minha amiga, na amizade,
Encontrei felicidade!
Publicado em: 04/11/2007 22:49:25
Última alteração:29/10/2008 14:31:29
Na batalha da vida
Que eu não procure aliados na batalha da vida, mas a minha própria força. Rabindranath Tagore
A vida pode ser uma quimera
Trazer dificuldades todo dia.
Sua alma parecer triste e vazia.
A noite sugerir que é insincera.
As pedras revoltosas do caminho,
O medo transtornar o seu juízo
Distante se mostrar o paraíso,
A rosa lhe espetar com seu espinho...
As portas se fecharem sem motivo,
O mundo desabar tão de repente.
A boca que lhe beija, da serpente.
O vento que acalmava está nocivo.
Cadáveres dispostos sobre a mesa,
As duras tempestades e procelas.
As cores se perdendo de aquarelas,
O mundo lhe negando a sobremesa.
Os vermes passeando no seu colo,
As larvas espreitando o seu sorriso,
O sonho em derrocada, morto o siso.
Crateras revirando todo o solo.
A morte parecer a solução,
O gosto da tristeza tão amaro.
A fera lhe sentir, vir pelo faro
A pele decompor-se em podridão!
O cheiro da sulfúrica excrescência
A bicada do abutre, figadal,
As chamas percorrendo todo astral
Em busca dos seus restos, penitência.
O corvo que não larga seu destino,
A marca da pantera em sua face.
A vida lhe negando seu disfarce
Matando, mais cruel, o seu menino...
Os olhos engolidos no banquete
Oferecido aos deuses em delírio.
A vida lhe negar qualquer colírio
E trazer a sua alma num joguete.
Mas saibas que não pode mais contar
Com quem sempre esperara estar contigo
Saiba que se encontrar qualquer perigo,
Encontre suas forças p’ra lutar!
Publicado em: 22/11/2006 22:25:21
Na boca da menina eu mato a sede
Bebendo gota a gota devagar,
Depois já deitadinhos nessa rede,
De novo, a gente volta a namorar...
Publicado em: 09/02/2008 14:14:04
Última alteração:22/10/2008 17:47:26
Ninguém acertou na mosca
Final de campeonato, jogo entre Pedra Roxa e Santa Martha. Estádio lotado!
Na arquibancada, estavam sentados Dadinho e Gilberto quando, ao perguntar as horas para um sujeito que estava sentado na carreira atrás, tiveram uma surpresa no mínimo agradável.
Zezinha Muriçoca, uma das mais belas e desejadas garotas de Pedra Roxa estava sentada dois degraus acima.
Sentada e usando uma minissaia extremamente convidativa e reveladora.
Reveladora não era a palavra correta, já que tal visão gerara uma dúvida atroz.
Gilberto que tinha se aposentado precocemente no futebol, depois dos episódios já descritos sobre a confusão dos bombons e do apelido, não titubeou.
Afirmou peremptoriamente que a deliciosa moçoila estava usando uma calcinha preta.
No que foi, imediatamente, desmentido por Dadinho. Calcinha preta que nada, estava era mesmo sem calcinha!
Calcinha preta pra cá, sem calcinha prá lá, a discussão estava esquentando.
Até que resolveram apostar, aposta entre irmãos, coisa de dez reais, por aí.
Para que não houvesse mentiras e isso Beto não admitia, amigo incondicional da verdade que era, decidiram pedir ajuda a Pedro Gambá, a essas alturas um abstêmio totalmente confiável.
Pedro, imediatamente aceitou a missão “delicada”.
Iria chegar até bem perto de Zezinha Muriçoca e decidiria a questão.
O jogo tinha começado e todo o público estava empolgado com a atuação do time de Santa Martha, todos, exceto Zezinha que estava preocupada com o time de Pedra Roxa, além de Gilberto e Dadinho, mais preocupados com as calçolas da garota.
Pedro Gambá estava demorando e Dadinho, desconfiado, solicitou que alguém fosse chamá-lo.
Quando foi encontrado, olhar fixo entre as pernas da incauta moça, pediu um instante e que iria descer em seguida.
Dez minutos depois, eis que surge o juiz da partida entre Gilberto e Dadinho.
Ansiosos com o final da contenda, perguntaram em solilóquio ao famoso Pedro Gambá.
-E aí? Quem ganhou?
Pedro, para surpresa de todos, deu um veredicto inusitado e inesperado.
-É, para falar a verdade, deu empate!
-Como? Empate?
-Não é calcinha preta e nem ela está sem calcinha...
Aquilo que vocês viram, é MOSCA...
Publicado em: 27/08/2006 22:31:28
Última alteração:26/10/2008 22:41:23
Neste cigarro eu te vejo
Neste cigarro eu te vejo
Sumindo nas espirais,
Meu amor tanto desejo,
Mas sei: não me queres mais...
Publicado em: 19/01/2009 18:07:30
Última alteração:06/03/2009 07:14:40
O meu corpo te procura
E deseja mais ainda
O que a noite já deslinda
Desenlaces da loucura,
Tanta luz rara ternura
Quando amor, amores brinda
E saudade já se finda
Nestes laços em brandura.
Ao tecer teu corpo ao meu
Enalteço e no apogeu
Eclosões num mar profundo
De teus méis maravilhosos
Em delírios, vários gozos
Eu também ora me inundo.
Publicado em: 23/07/2010 14:19:07
Neste oceano da vida,
Neste oceano da vida,
Encontrei minha sereia,
Comecei na despedida,
Aranha prendeu na teia...
Publicado em: 13/10/2006 18:52:43
Última alteração:30/10/2008 10:35:55
Neste Ano Novo
Tempo chegou
Tudo rodou
Passou o tempo
Em contratempo
Tempo voltou
E fez do tempo
O tempo inteiro
Buscando o termo
Mas tou feliz
Neste ano novo...
Se nada sou
Se somo nada
Se nada temo
Se cimo tenta
Se tento cisma
Se vejo o nada
Se nada avisa
Se a brisa sou
Nada abisma
Neste ano novo.
Se valsa nada
Se nada avança
Se tempo amada
Amada avança
Na dança atada
Atada essa asa
Casa aberta
Alerta e fogo
É novo jogo
Neste ano novo...
Ano não passa
Passas a vida
A vida caça
E se esfumaça
O canto, o carma
E no canto arma
Arma não alma
Ama não calma
Alma me chama
Neste ano novo...
Publicado em: 31/12/2006 13:21:07
Última alteração:30/10/2008 08:41:22
Neste beco sem saída
Neste beco sem saída
Se eu pudesse; passarinho,
Salvaria a minha vida
Procurando por teu ninho...
Publicado em: 06/01/2009 18:53:10
Última alteração:06/03/2009 12:12:02
Neste beco sem saída
Neste beco sem saída
O que faço, meu amor?
Sem ter paz em minha vida
Aquarela perde a cor...
Publicado em: 19/01/2009 17:50:21
Última alteração:06/03/2009 07:16:07
NESTA DATA QUERIDA
Nesta data tão querida,
Coração vai disparado,
Bendizendo a tua vida,
Quero estar sempre a teu lado,
Pois teu braço forte abriga,
Uma imagem tão amiga...
Publicado em: 28/08/2008 13:15:12
Última alteração:17/10/2008 14:23:05
Eu quero que tu saibas da festa que se promete tanta, no coração da gente. O teu aniversário representa além de simplesmente uma data comemorativa, um marco. Após ter te conhecido, eu realmente comecei a acreditar ser possível uma felicidade. Tu tens este dom e dele eu concebo toda a poesia que vejo no dia-a-dia. Dizer-te parabéns é redundância. Mas o que a vida é senão essa busca por calmaria e paz? Meus parabéns!
Publicado em: 20/03/2008 14:50:26
Última alteração:21/10/2008 22:20:44
NESTA DATA QUERIDA
Nesta data tão querida
Eu só posso te dizer
Embeleza a nossa vida
Sua festa é meu prazer.
Publicado em: 02/03/2008 17:49:50
Última alteração:22/10/2008 13:57:32
NESTA DATA QUERIDA
Minha gente, vamos nessa
Que o momento é de alegria
Amizade já confessa
Todo o bem que eu te queria
Mais um ano se completa,
Entre muitos que virão
A minha alma está repleta
E feliz meu coração...
Publicado em: 01/04/2008 17:53:32
Última alteração:21/10/2008 16:47:20
Nessas mal traçadas linhas Tanta coisa por dizer.
Nessas mal traçadas linhas
Tanta coisa por dizer.
Escrevo minhas cartinhas
Com amor e com prazer.
Publicado em: 23/10/2008 11:29:45
Nessas noites-solidão
Sem luar e sem viola,
Ponteando uma ilusão
Trago estrelas na sacola...
Publicado em: 12/08/2008 13:50:48
Última alteração:19/10/2008 19:50:15
Nesse amor dente por dente,
E também olho por olho
Se coçou sua cabeça,
Pode esquecer do piolho...
Publicado em: 07/08/2008 15:01:13
Última alteração:19/10/2008 22:18:54
Nesse mundo tão louco em que vivemos,
Uma tristeza imensa nos invade;
E pouco a pouco, assim nos esquecemos
Que existe paz, amor, fraternidade...
E, sem colher, da vida, os bens supremos
E sem provar do vinho da amizade,
Esmagamos os sonhos que tivemos,
No alvorecer de nossa mocidade...
Porém, nesta existência singular,
Pelos caminhos vou, plantando flores,
No incansável mister de versejar...
E posso ver nos versos, que são tantos,
Ir diluindo os muitos desencantos
De vidas que só provam dissabores...
MARIA FEIJÓ
MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 08/11/2007 13:35:19
Última alteração:02/11/2008 21:50:10
Nesse rio de amor!
Delicie-se somos fadas,
Absolutamente tuas, a
Saciar teus desejos,
Cobrir-te de beijos e gracejos
Nesse rio de amor!
Regina Costa
Sendo um sol com duas luas
Em superna natureza
Adentrando com destreza
Duas deusas belas, nuas
E deveras tu flutuas
Dos anseios sou a presa,
E se tanto a correnteza
Trama as sortes, raras, duas.
Encantado cavaleiro
Neste canto enluarado
Ao sentir a cada lado
A presença de um luzeiro,
Entranhando-se de luz
Também luzes reproduz.
Publicado em: 23/07/2010 14:56:17
Nesse vaso sanitário
Nesse vaso sanitário,
Me lembrei bem de você.
Flutuando fica hilário,
Não consigo lhe esquecer...
Toda vez que penso em ti,
Lá vem a dor de barriga.
Um danado piriri,
O resto, bem, é lombriga...
Minha sorte tá lançada,
Nos dados da solidão.
Amor é carta marcada,
Sempre sofre o coração...
Jogatina, Tina joga,
Joga tanto sem parar...
Na tina que Tina roga,
Nunca praga de rogar...
Na manhã do meu amor,
Entardece essa beleza.
Anoiteço em teu calor,
Vou vivendo realeza...
Publicado em: 22/08/2006 18:56:10
Última alteração:30/10/2008 11:04:36
Nesses cigarros que fumo,
Nesses cigarros que fumo,
Te vejo nas espirais,
Meu amor grudou, fez grumo,
Não te deixarei jamais...
Publicado em: 15/10/2008 21:56:56
Nesses cigarros que fumo,
Nesses cigarros que fumo,
Te vejo nas espirais,
Meu amor grudou, fez grumo,
Não te deixarei jamais...
Publicado em: 21/12/2008 23:25:46
Última alteração:06/03/2009 13:48:16
Nesta ânsia de viver, por vezes penso Como é difícil perceber o sonho. O mundo me promete ser imenso,
Nesta ânsia de viver, por vezes penso
Como é difícil perceber o sonho.
O mundo me promete ser imenso,
O que me resta é meu olhar, medonho!
Embalde tantas vezes me pergunto
Onde estará essa mulher vibrante?
Depressa, no silêncio, mudo assunto
Encontro seu fantasma, delirante!
O sonho que procuro, se esvaiu...
Mundo... Em tolos fantasmas me desfaço...
A força que pressinto traz ardil,
Em plena tempestade não disfarço...
Mendigo alguns olhares, vida nega...
Procuro pelos cantos, nada encontro.
O brilho do passado inda me cega,
A vida traz em si, um desencontro...
Quem dera transformasse dor em ouro.
O medo não seria companheiro,
O aço penetrando fundo, o couro.
Vasculho por espaços, mundo inteiro...
O beijo que recebo, solidão!
As vagas que navego, meu naufrágio.
Embalde procurei, peço perdão.
A morte de repente, meu adágio.
Vencidas as quimeras, vou sozinho...
O pranto não decorre da saudade.
Revôo deste pobre passarinho
Por sobre toda a paz desta cidade.
Ser feliz parecia meu direito.
Pesados olhos, canso-me da luta.
Revejo quanto tempo em desrespeito
Vivi, ao me guiar por força bruta.
Deram-me tão somente sensações
Da vida tão inútil sempre a esmo..
Meu canto enfim se forma sem ter paz.
Motivo desta angústia, sempre o mesmo.
A coragem de viver, não tenho mais...
O manto que me cobre, soledade...
O frio que me dobra, sem promessas.
Um vento em tempestade já me invade
Virando minhas luzes às avessas.
Em plena negritude, um pesadelo...
Imensos fogaréus rolam espaços,
O mundo se desfia qual novelo,
Diabólicos miasmas abrem braços
Abarcam os meus pés e não os soltam;
A noite esmigalhando, me sufoca.
Os mares, em procelas, se revoltam.
Fantástica pantera sai da toca,
Os olhos do passado me mirando.
O beijo das quimeras, louca prenda.
O universo vomita, procurando
Meu caminho, meu passo e minha senda.
Desesperado, nada me sustenta.
Em fogo me enveredo por caminhos
Distantes...A minha alma, louca, tenta
Encontrar noutras terras novos ninhos...
A vida se demonstra vã, embalde...
Os furacões, tufões, a tempestade.
Viver me parecendo ser a fraude
Divina, um louco blefe, falsidade.
Vejo-me sem ter porto nem saída,
O cais se revelando tão distante.
A morte se mostrando, sorridente;
A ponta enegrecida da navalha,
O frio revelando-se, envolvente...
Minha pele, poreja e se retalha.
Nos poros destilando podre sangue,
Acaba-se,em delírios a esperança...
Entretanto, do pobre e néscio mangue,
Um ser maravilhoso já me alcança.
Nos olhos redenção de primavera.
Nos lábios, o desejo descoberto,
A mansidão distante nega a fera
Que morre em coração, puro e aberto.
Vejo-te, minha luz e salvação.
Surgida no momento mais mordaz...
Nos olhos, a promessa do perdão,
Sorriso delicado de quem ama.
Risonho, meu caminho, pede paz,
Apagas, num segundo a negra chama...
Publicado em: 13/09/2008 20:49:23
Última alteração:17/10/2008 13:27:53
Nem sequer pressentiria
Tanto amor quanto me queres
Facultando à luz do dia
Todo o sol que inda me deres...
Publicado em: 06/01/2010 14:43:02
Última alteração:15/03/2010 11:48:04
Nem que chova canivete
Nem que neve no sertão
Um amor não se repete
Não rebrota o mesmo grão...
Publicado em: 12/08/2008 13:39:59
Última alteração:19/10/2008 19:50:08
Nem casado com mulher feia eu dirijo sossegado.
145
Nem casado com mulher feia eu dirijo sossegado.
Toda mulher, volta-e-meia,
Cai nas garras do pecado,
Nem casado com a feia,
Eu dirijo sossegado.
Marcos Coutinho Loures
Eu concordo, companheiro,
Na verdade eu não me iludo,
Neste mundo é corriqueiro
Já ter gosto para tudo...
Publicado em: 21/11/2008 13:25:46
Última alteração:06/03/2009 16:58:43
Nefastas, minhas noites se esgarçando
Nos ringues da vida, entre as cordas,
muita porrada levei de adversários,
talvez vikings guerreiros e corsários;
aprendi a ir comendo pelas bordas.
Das rendas que fizeram a mortalha,
corroidas pelos vermes no caixão;
da carne que rasgava qual navalha,
deixaram-me os amores traição.
As águas turbulentas sob as pontes,
cenários de infelizes horizontes,
traduzem meu amargo desatino.
Tornei-me um triste peregrino
buscando tua voz suave e mansa...
Afogo-me na areia da esperança!
Chaplin
Nefastas, minhas noites se esgarçando
Medonhas fantasias. Podridão.
A morte se declara e desde então
O tempo entre meus dedos escoando...
O Amor, um cruel vândalo tomando
O que restou da estúpida ilusão,
Naufraga a minha torpe embarcação
Sem regras, sem o leme e sem comando.
Os corvos sobre mares de heliantos
Crocitam no horizonte e já são tantos
Que nublam mesmo em pleno meio dia
O céu que tolamente azulejei,
Grisalha realidade toma a grei
E entorna a tempestade em agonia...
Publicado em: 02/01/2009 12:48:28
Negar o amor?
Tenha certeza, amor não te neguei
Nem posso imaginar, esteja certa.
Trazendo na minha alma de poeta
O brilho desta lua, negarei?
Amor em minha vida sempre esteve
Nos versos que te faço e que não lês
Em todos os meus dias, toda vez,
Fazendo com que a dor me seja breve.
Amor está nas preces que remeto
Aos céus, quando implorando teu perdão,
Nos dias onde a torpe solidão
Me cobra todas luas que prometo.
Estás nas minha noites mais vazias
Estás nos meus momentos de ternura
Estás até na minha desventura
E mesmo nas saudades vivas, frias...
Estás nas tempestades e nos ventos
Nos beijos da quimera e neste sol,
Na cama que não durmo, em meu lençol
Em todos os meus loucos pensamentos.
Amor, meu companheiro de viagem,
É força que me traga e me enfraquece
É rumo que se perde e me enlouquece
É medo que me dá toda a coragem!
Publicado em: 30/11/2006 19:33:51
Última alteração:30/10/2008 10:23:52
Tantas vezes solidão fez companhia
Beijando, na madrugada, a boca do triste dia
Que sinto que não viria
Se não fosse essa vontade
De voar pela cidade
Em tua companhia.
Mas estás?
Existes?
Nada sou senão o resto
Do que penso que não resta
Mas no fundo, a dor empresto,
Alma empoeirada,
Na gaveta.
Fluindo como um cometa
Que volta à estaca zero.
Sei que sinto mas não quero
O sabor do novo dia.
Vivendo desesperado
Esperando amanhecer.
Alma vagando no espaço
Que sempre embaraço
E canso de tentar.
Amor amara amara
Amarras desta noite.
Madrugada sempre avisa
Que toda dor se precisa
No amor que nunca mais vem.
Perdido sem ter ninguém
Vasculho minha gaveta
E nada que me remeta
Ao sonho desse verão
Que sempre foi mais distante
Meu amor foi o bastante
Para que nada mais
A não ser os ais
Longe do cais
Nunca mais.
Nunca.
Mais....
Publicado em: 13/12/2006 21:57:49
Última alteração:30/10/2008 09:12:12
Tem coisas que ninguém explica, e aquela era uma delas. Como é que eu tinha dormido ali?
Não me lembro de nada vezes nada. Só sei que tinha saído de casa para ir até o cinema.
Do cinema me recordo um pouco, acho que o filme, espera aí. Filme, mas qual filme?
O telefone tocara; bem, disso eu me recordo telefone maldito, sempre tocando nas horas mais estranhas e incômodas;
Ela estava dormindo do meu lado, ela e o telefone.
Mas daí em diante, o vazio, não total porque tinha o cinema e o filme.
Desses dois e mais nada.
A cabeça girava e eu estava ali.
Na casa, bem naquela casa.
O amor tinha sido antes e distante.
Naquele instante ficara o vazio.
Somente o vazio do que não fora, aborto total.
Gigantesca roda da vida dando voltas e mais voltas.
Mariana estava longe, perdida em seus casarios.
Mas retornara em Mariana, moça bonita e tresloucada.
Casamento marcado, alianças compradas e o vazio. A morte do amor, segundo ela, foi difícil entender, aceitar e nem perdoei bem ainda.
Recebi outro beijo, desejo à flor da pele e Renata, é renée, renascida, renata.
Esperanças e Renata são sinônimos.
Mas o telefonema e essa cama desarrumada me confundiram.
Nessa confusão, quem sou o que sou, e o que significa isso tudo?
Bêbado não estava, nem beber estava bebendo, somente fumava fumaça e fumaça, tosse e cansaço. Mas álcool, nada.
E como chegara até esse quarto?
De repente, o barulho do chuveiro me alertou.
Não estava sozinho e nem poderia estar, que imbecilidade!
A vaca devia estar se lavando, tomando um daqueles banhos demorados que tanto me irritavam.
Vaca, piranha, pilantra, safada. Mariana!
Mas o cheiro não era familiar, era um daqueles perfumes estranhos que não conseguia identificar.
Coisa nova, perfume novo, cama antiga, desilusões idem.
O relógio de sempre, marcava 8 horas da manhã. E o meu trabalho?
Caramba, essa vadia me fez perder a hora, tudo bem, me arrumo e vou embora.
Procuro minha roupa, cadê roupa?
No chão, por baixo da cama, sobre a poltrona da sala, nada de roupa.
Não, eu não viera nu para cá, ninguém vai ao cinema nem sai de casa nu.
Isso estava muito confuso.
O celular toca, vou atender, Renata.
Fala-me de coisas que não consegui captar direito, algo assim como espera para jantar, minha ausência, essas coisas.
Onde estivera?
Francamente respondo que não sabia, acho que tinha ido ao cinema, mas acho.
Qual filme? A resposta vaga deixou um tchau como fim de papo e, talvez, fim de romance.
Mas, fazer o quê?
O chuveiro continuava aberto, tento levantar, a cabeça roda. Ressaca sem ter bebido.
Noite comprida, dia também. As recordações giram junto com a cabeça.
Realmente Mariana tinha sido meu grande amor, mas, que vá para o inferno!
Tenho vontade de xingar a vagabunda e começo a gritar. Ou pelo menos, é o que penso fazer. A voz sai baixinha, lenta, como um gemido seco, contido.
Recordo-me das noites em vão, esperando Mariana, compensada pelas noites maravilhosas em claro.
Noites regadas a muitos e raros prazeres.
Dane-se, isso passou, acabou...
O chuveiro foi desligado.
O barulho cessa, mas o coração dispara taquicárdico.
Sabe-se lá o que se fazer nesse instante.
Sinto o gosto estranho de ferro e de estanho, trincando os dentes e arranhando a garganta.
A porta está se abrindo, Mariana, sua cadela, vou acabar contigo!
Quando a vejo nua, começo a entender o que vivera.
Quão forte fora esse sentimento. Amor regado a rancor e ódio,
Gosto violento de tristeza e desamparo misturado com o prazer inesquecível.
Mas, ao vê-la, de súbito a força perdida ressurge e, num átimo me atiro contra a porta, abro-a e saio correndo.
Na portaria do prédio, confusão e voz de prisão.
Nada entendo, não compreendo o porquê.
Homicídio. Mas de quem e como?
As mãos algemadas são arrastadas e, sem resistência, sou levado de volta ao quarto.
Agora percebo a cena terrível. O quarto todo revirado, o corpo ensangüentado na cama, a cabeça inerte pendendo para o meu lado.
Os olhos de Mariana abertos, e o vazio no olhar.
Vejo minhas mãos, agora reparo no sangue, nas marcas de sangue na minha roupa.
E aquela sensação estranha me acompanhando, rumo ao cárcere.
Onde a voz de Lenora repete num cruel solilóquio: “never more, never more”...
Publicado em: 14/02/2007 18:03:57
Última alteração:30/10/2008 06:45:38
Aquela sexta-feira foi um pesadelo
Tomei um grande susto ao ver aquele estorvo
Um abutre enorme, rubro, calvo, torvo
Dizia-me assim: " Alguém quer muito vê-lo!"
Disse a mim mesmo meu drama é qu'eu absorvo
Problema por demais.Então vou derretê-lo
Meu gato, ao me ver, deixou o seu novelo
Arrepiou-se ao ver entrar aquele corvo...
Que então pousou sublime e se mostrando irônico
Por sobre o teu retrato, imagem feita em prata
Deixando-me assustado e quase até afônico.
O corvo num crocito audaz e tão tenaz
Dizia este refrão que tanto me maltrata
Apenas tão somente: o mesmo Nunca Mais
GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 16/08/2007 20:21:05
Última alteração:05/11/2008 15:44:00
Numa amizade temos corações
Diversos num ritmo de expressão.
Trazendo para os dois as emoções
Formando tão somente uma emoção.
Neste milagre vejo uma saída
Para as dores terríveis desta vida.
Em almas parecidas, gemelares
Os passos são comuns, os sonhos idem.
Ocupando assim dois ou mais lugares
Multiplica por certo todo o bem.
Façamos da amizade uma bandeira,
Na luta pela paz mais verdadeira.
Publicado em: 29/09/2008 21:18:59
Última alteração:02/10/2008 14:48:30
numa trova de alegria
não faz bem chorar de dor,
e por isso a fantasia,
rega o peito sonhador...
Publicado em: 16/01/2010 14:59:48
Última alteração:14/03/2010 20:47:38
Numa trova de saudade
Eu plantei o meu jardim,
Já nasceu tranqüilidade
Vou com ela até o fim.
Publicado em: 01/03/2008 19:59:14
Última alteração:22/10/2008 17:07:51
Nunca boto na cumbuca,
Se é vazia, a minha mão.
Teu amor já me machuca
Maltratando o coração...
Publicado em: 07/08/2008 14:57:17
Última alteração:19/10/2008 22:22:11
Notícias
Ela acordou bem cedo, o sol não tinha vindo;
A roupa no varal quarando, pede sol
No rádio que escutava, as notícias chegavam.
Notícias doutro tempo onde fora feliz.
Sempre se repetia aquele mesmo fato.
O rádio prometia, a vida, então negava.
A mesma novidade, esperança não morre!
Parecia que o rádio havia se esquecido
Que o tempo nunca pára, as coisas sempre mudam!
O marido se fora em busca da morena,
Uma vizinha antiga, o caso também era...
Tudo bem, nunca amou! Dera graças a Deus!
Um homem não tem dona... é bicho do sereno!
A revolta maior foi a televisão.
Comprada em prestação. Novela? Nunca mais!
Ainda bem que tinha o rádio que gostava.
O rádio e a notícia: a notícia de sempre...
Publicado em: 17/11/2006 20:52:52
Última alteração:30/10/2008 19:01:08
Noturno
Onde estás meu amor? E por que foste embora?
Minha janela aberta aguarda essa presença
Pois tudo está tão triste...Espero recompensa
Da prenda que não veio. A solidão demora...
Meu canto rasga o céu numa esperança em prece.
O mau jardim distante, esquece-se da flor,
A cada novo sonho, um mínimo rumor,
Meu peito enamorado aos poucos desfalece.
Percebe que não vens... E não virás jamais.
Em torno dessa lua o grito doloroso,
A minha alma chorosa, um espectro andrajoso,
Procura por parada, a vida nega o cais...
Tantas vezes sozinho. Em busca da verdade,
A dor dessa saudade espreita na tocaia...
O meu mar tão distante, a fina areia a praia...
Só me resta essa cruz, a dor da soledade...
Um dia fui feliz, um breve dia assim.
O beijo amaciado, a mansidão da noite...
O vento que soprava espera teu pernoite
Trazendo, no horizonte, amor que não tem fim...
Mas nunca regressaste espero-te cansado...
A solução da vida, a paz tão almejada.
O tempo vai passando, e não me sobra nada.
Meu leito de viúvo, a cama, o triste fado...
Nas cinzas do cigarro, imagem espectral,
Um resto de conhaque o pensamento voa..
Uma alma dolorida embalde inda ressoa,
A noite vai passando ... Inferno sideral.
O meu canto tristonho, amargura da vida.
O meu peito vazio, a noite sem ninguém.
Tortura o vento frio, aguardo pelo bem
Que sei que não virá, a noite está perdida.
Sou preso em dissabor, do amor que nunca tive
Quimera que me mata, a noite sem desejo.
O manto que me cobre, o sonho que versejo.
O templo que carrego, a saudade revive...
A marca mais profunda, imensa cicatriz,
Em brasa tatuada, espessa e dolorida,
Um bem que nunca veio, uma gota de vida
Num oceano imersa, e como ser feliz?
Publicado em: 19/11/2006 19:13:00
Última alteração:30/10/2008 18:58:38
Onde estás meu amor? E por que foste embora?
Minha janela aberta aguarda essa presença
Pois tudo está tão triste...Espero recompensa
Da prenda que não veio. A solidão demora...
Meu canto rasga o céu numa esperança em prece.
O mau jardim distante, esquece-se da flor,
A cada novo sonho, um mínimo rumor,
Meu peito enamorado aos poucos desfalece.
Percebe que não vens... E não virás jamais.
Em torno dessa lua o grito doloroso,
A minha alma chorosa, um espectro andrajoso,
Procura por parada, a vida nega o cais...
Tantas vezes sozinho. Em busca da verdade,
A dor dessa saudade espreita na tocaia...
O meu mar tão distante, a fina areia a praia...
Só me resta essa cruz, a dor da soledade...
Um dia fui feliz, um breve dia assim.
O beijo amaciado, a mansidão da noite...
O vento que soprava espera teu pernoite
Trazendo, no horizonte, amor que não tem fim...
Mas nunca regressaste espero-te cansado...
A solução da vida, a paz tão almejada.
O tempo vai passando, e não me sobra nada.
Meu leito de viúvo, a cama, o triste fado...
Nas cinzas do cigarro, imagem espectral,
Um resto de conhaque o pensamento voa..
Uma alma dolorida embalde inda ressoa,
A noite vai passando ... Inferno sideral.
O meu canto tristonho, amargura da vida.
O meu peito vazio, a noite sem ninguém.
Tortura o vento frio, aguardo pelo bem
Que sei que não virá, a noite está perdida.
Sou preso em dissabor, do amor que nunca tive
Quimera que me mata, a noite sem desejo.
O manto que me cobre, o sonho que versejo.
O templo que carrego, a saudade revive...
A marca mais profunda, imensa cicatriz,
Em brasa tatuada, espessa e dolorida,
Um bem que nunca veio, uma gota de vida
Num oceano imersa, e como ser feliz?
Publicado em: 26/04/2008 21:50:53
Última alteração:21/10/2008 13:37:22
Quando vejo teu corpo divinal,
As tardes passam sempre mais felizes...
As dores esquecidas num bornal,
Escondem-se fugindo, más atrizes...
No teu rosto, manchetes de jornal,
As cores do universos, seus matizes...
Pergunto ao vento: Posso te encontrar?
Me respondendo, aponta pro luar!
Quando te percebi, voavas livre...
Meus olhos reflexivos, te buscaram.
De todas essas coisas que já tive,
As horas te esperando não passaram...
O amor que de teimoso, sobrevive,
Nasceu quando meus olhos te encontraram...
Voavas pelos céus qual fosse um anjo;
Na vida sempre quis o teu arranjo!
Fortuitas madrugadas, passo cego.
Na busca violenta e sem demora...
Os mares que não sei, nem os navego,
A vida me parece, vai embora...
Procuro e satisfaço, um atroz ego;
Minha alma, num suplício, vem e chora...
Os dedos que desfiam esse canto,
Acariciam t’a boca e teu manto!
Melindras meus amores com teu riso...
As forças da natura sempre invejam...
Pois quando ris, tão bela e sem aviso,
As tempestades loucas já trovejam.
Comemoram teus lábios tão precisos,
Amores mais divinos, pois, farejam...
Quem dera não tivesse mais tristezas.
Te traduzir beleza em fortalezas...
Foste íris, pupila, até retina...
Sem te ter, para que saber do mundo?
A luz que me irradias, cristalina,
O céu que te concebe é mais profundo...
Azulejas meus dias sem rotina,
De ternuras sem fim, então me inundo...
És maciez de pêssego querida.
As tuas mãos acalmam minha vida!!
As vagas estendendo os seus abraços,
Encontraram –te linda como a lua...
E rasgaram, ferozes, os espaços.
Sem saber que essa vida continua.
Então vens, apertando os velhos laços,
Uma deusa caminha pela rua...
Sempre serás, revives Afrodite,
Nova estrela brilhando no Zenite!
Publicado em: 20/09/2006 19:53:22
Última alteração:30/10/2008 19:31:42
> Faz parte do meu sonho sem surpresas
> O amor que tantas vezes procurei
> Vencendo em calmaria estas defesas
> Fazendo da esperança a nossa lei...
Publicado em: 07/09/2008 20:50:34
Última alteração:17/10/2008 14:32:15
Nosso Tão Grande Amor
Respiro tua boca, minha amada...
Encontro meus desejos em teus olhos...
A poça que passamos, já tampada.
Os meus delírios trago nesses molhos...
Resta somente Minas e Maria...
Não quero cavalgar por outra banda.
A vida transbordando poesia,
Se não me amares, tudo se desanda!!!
Dançando tua festa velho tango.
De tantas sutilezas fiz meu fado.
Das dores, de tristezas, sempre mango,
Me trouxeste, verdades, fero cardo....
Riste de meus carinhos, fonte crua...
A porta que me abriste fechas tonta...
Não desejo que esta festa seja a tua,
Mas a sorte que lanças, está pronta!
Respiro cicatrizes que me deste.
Uma farpa que machuca, também cura.
Desdenhas meus remédios, lepra, peste.
A noite que entranhaste vai escura...
Respiro meu destino sem certezas,
Preciosa partilha nunca fui...
Em desastres desabam as belezas
Meu castelo de sonhos, sempre rui...
Vieste tão sutil, meu horizonte!
Marcaste com batom o meu destino...
Secaste, bem depressa, vida e fonte.
Lograste fatalmente, perco o tino...
Embriagado desses olhos trágicos.
No desamparo sigo sem conforto...
Quem vivia morreu momentos mágicos.
Quem sonhei sobrevida, quedou morto!
Inútil ar, inútil vento, nada...
Minha barca desperta novos mares.
A boca que beijei escancarada,
Mastiga todos sonhos, meu altares!
Ensinaste insensata tanta dor,
Vergastadas cortando minha pele.
Dessa mesma maneira, vil condor,
A boca que me morde me repele...
Sangraste minhas noites tão selvagem...
A morte que prometes sempre negas.
As dores não respeitam a triagem,
Hidras se multiplicam, velhas pegas...
Nosso caso abandona todo senso.
Nas ondas que profanas somos parto.
Amor que já morreu de tão imenso
De tanta poesia ficou farto!
Publicado em: 21/12/2006 23:20:34
Última alteração:30/10/2008 08:43:51
Deixei a porta aberta pra você,
Depois de tanto tempo... Onde? Cadê?
Aguardo esta resposta, mas não vem...
Vontade de ficar, meu bem, agora,
A vida vai chovendo bem lá fora,
A porta escancarada, mas, ninguém...
Abri essas janelas do meu peito,
Talvez escute o vento, me endireito
E aguardo novamente, no meu quarto...
A sombra do que fomos, vai entrando,
Aos poucos me beijando, me tomando...
E durmo, satisfeito, imenso, farto...
Publicado em: 04/03/2007 20:04:59
Última alteração:30/10/2008 06:15:21
Deitada sob estrelas a nudez
Que tanto procurava e não sabia
Mal noite terminava concebia
O canto que de tanto amor se fez.
(Deitada sob a relva estremecendo)
Prazeres nas angústias e ternuras.
A boca sequiosa, a carne viva.
Tão mansa delicada e tão passiva,
As tramas dos desejos, mais escuras
Ao ver a mansidão quase que morta
De quem sofrera tanto por amor,
Te beijo com carinho, calma flor
Que vaga pelo espaço, mar aporta.
Não temo ter saudades mas te adoro,
E sinto que partindo me matou,
A sombra do que fui, o que restou,
Dessa mortalha em festa, me decoro...
Publicado em: 13/12/2006 16:23:29
Última alteração:30/10/2008 09:12:17
NOSSOS BEIJOS DE AMOR
Beijos e carinhos
Desejos entre lances
Entrelaces
Passos, pernas
Bocas mãos.
Êxtases
Absolutos...
Publicado em: 30/09/2008 20:22:07
Última alteração:02/10/2008 13:58:03
Lábios
Hábeis
Túneis
Óstios...
Tentáculos
Bocas
Tocas
Rocas
Roucas
Imensidão...
Imersos
Versos
Versões
Diversos
Verões
Eterna primavera...
Publicado em: 16/06/2008 20:31:39
Última alteração:20/10/2008 21:53:47
Pode ficar tranqüila
Eu cuido com carinho
Teu coração não fica,
Amor, jamais sozinho.
Encontrou outro aqui
Que bate em mesmo tom.
Deixando mais Alegre
Ecoando este som.
Em terras capixabas,
Um coração mineiro
Batendo bem mais forte,
Agora mais festeiro
Encontra a sua sorte,
Matando esta tristeza,
Olhando para o norte
Percebe a fortaleza.
Morena delicada
Que tanto me faz bem,
Estou já te esperando,
Por favor, agora, vem...
NOSSOS DUETOS
UM PALCO SEM PLATEIA TU ASSUMES?
TEUS VERSOS SÃO MENSAGENS DE CULTURA
LUA CHEIA TORNANDO A NOITE CLARA
TUAS OBRAS JÁ ECOAM ALÉM DOS CUMES.
RECEBA MINHA MENSAGEM FIRME E FORTE
DE UM ANO BEM FELIZ DE MUITA SORTE
A TI E TUA FAMÍLIA QUERIDO AMIGO
AGRADEÇO TUAS PARCERIAS COMIGO.
JR PALÁCIO
Convite à contradança mais gentil,
Gerando esta amizade maviosa;
A lua dos poetas, caprichosa
Derrama sobre nós brilho sutil
E faz com que sejamos mais felizes,
Bebendo da esperança, seus matizes...
Publicado em: 29/12/2008 17:58:36
Última alteração:06/03/2009 13:46:57
Nossos Mares, nossos amares
Amor minha perfeita experiência
De ser feliz ao menos por um dia
Em seus braços meu risco de alegria
E nas suas asas próspera excelência.
Sabendo que me queres a ventura
De ser não tão somente sofrimento,
Viver a fantasia em um momento
E ter n’alma a certeza que me cura.
Embora naveguemos outros mares
Que são diversos mas porém se vertem
Na mesma dimensão em que convertem
De nossa escuridão belos luares.
Não somos passageiros sem destino,
Vivemos nossos casos separados,
Porém se nossos mares encontrados
Transformam calmaria em desatino.
Por isso não te quero eternamente
E ternamente sempre te terei,
Não quero teu reinado nem t’a lei
Quero poder amar-te, simplesmente...
Publicado em: 30/11/2006 15:30:32
Última alteração:30/10/2008 10:24:45
Querida.
Olhando as pessoas que passam, noto que estão com muita pressa! Mal o sinal de trânsito muda de cor, lá vão elas, agitadas, pelas ruas e pelas calçadas, sem dar atenção à coisas aparentemente sem importância.
As vitrines que se expõem e as árvores perfumadas e floridas da primavera, tudo parece muito distante da realidade de cada uma delas.
Mas será que essa pressa tão grande pode ser justificada?
Será que o medo de chegar atrasado ao emprego ou de perder a próxima condução é mais importante que um momento de luz e de encantamento, nos caminhos da vida?
E ao pensar de todas essas coisas, eu me lembro de ti.
Pudesse eu fazer voltar o tempo juro que não deixaria passar os momentos de felicidade que poderíamos ter tido, trocando-os pelas excessivas preocupações com as coisas da vida.
Acima de tudo, colocaria o nosso amor, o sonho lindo que se perdeu nos desencantos da vida...
Todas as coisas que conquistei, por andar no mesmo passo apressado dessa gente que passa , não tem mais valor; pois te perdi!
E como o tempo não volta, fico a observar as pessoas que, na sua pressa, acabam se esquecendo das coisas mais importantes desta vida.
E assim, volto a ouvir a canção trazida pelo vento, a canção que me faz recordar de nossos momentos, inesquecíveis momentos de amor!
Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 04/02/2007 17:01:37
Mexendo com meu mastro, carinhosa
Insana, tua língua me lambendo
Na ponta de meus dedos, umidade
Hedônica vontade de te ter
Abertas, tuas coxas... Que delícia!
Desejo penetrar cada orifício
Entregue a uma voraz necessidade
Levando estas vontades ao delírio.
Imerso no teu corpo, penetrando
Cios se procuram mais sedentos
Invadindo com fome e sem descanso.
Orgasmos repetidos e vorazes.
Sabemos desfrutar de cada toque
Amando sem limite ou preconceitos.
Mulher maravilhosa, seios fartos,
Ouriça meu tesão e quer de novo.
Receba cada gota do meu gozo
E guarde com volúpia, num sorriso.
Na boca e no teu sexo, frente e atrás
Até que a noite venha... Eu quero mais...
NOSSO DIVINO AMOR
Dancemos.
A noite promete
A dança que sempre
Quisemos, sonhamos,
Vivemos e somos,
Danças e danações
Que tramam
Sonhos
Medos
E desejos...
Dancemos
Tantas alegrias
Na dança que sempre
Pedimos, torcemos,
Sofremos e temos
Danças e tentações
Que tramam
Sonhos
Segredos
E desejos...
Dancemos
Subimos muito além
Da dança que temos
Choramos, rodamos
Giramos, amamos,
Danças e expressões
Que tramam
Sonhos
Prazeres
E desejos...
Nossa dança
Danação
Tentação
Expressão
Do mais
Divino
Amor!
Publicado em: 04/01/2007 15:22:57
Última alteração:30/10/2008 08:05:46
Nosso Entardecer
O entardecer...
Belo e radiante sobre o mar de safira.
Relembro de tanto que vivemos e perdemos no poente da vida...
Éramos crianças quando o amor se fez presente, nas pueris brincadeiras e folguedos.
Amor sem maldades, nos beijos dados escondidos entre as mangueiras que tinhas no quintal de tua casa.
Passando o tempo, crescemos juntos, amamos juntos e fomos pouco a pouco descobrindo as dores e alegrias do amor.
Primeiro beijo, primeira trama, primeira transa, primeiro filho.
Primeira dor, primeira briga, discórdia, mas superamos...
Interessante como conseguíamos construir e destruir com uma facilidade indizível os nossos castelos e sonhos...
Mas resistimos. A tudo e a todos.
Outono e fim da tarde chegando, começo a ver, no espelho, as nossas rugas e nossas marcas indeléveis de uma vida que se passou.
Não conseguia entender que aquela mulher que estava do meu lado fosse a mesma que a infância e a adolescência trouxe.
Marcada como eu pelo tempo e, pior, com o relacionamento evoluindo para a morosidade e monotonia inevitáveis.
Como não consegui entender isso, meu Deus?
Havíamos descoberto, depois de tanto tempo, a verdadeira essência do amor: a mansidão e a calmaria sem medo e tempestades que nos leva em segurança para o outro lado do oceano.
Porém a busca inevitável pelo meu eu adormecido e morto há tempos, fez com cometesse o pior de todos os erros, e fui buscar em outras bocas a juventude que havia perdido e não mais encontrara em ti...
No começo, maravilhado pelo frescor da pele dura, do sexo explosivo, do amor incontrolável, da paixão gigantesca e indomável, acreditei que poderia reiniciar o dia.
E confundi oeste com leste achando que o sol que se punha estava prestes a nascer.
Ledo e caro engano...
A dor veio e me trouxe a certeza de que a noite é inevitável.
E, depois de tantos erros, estou de novo aqui, com as malas da saudade carregadas, cheias, te pedindo perdão e esperando que tenhas a certeza de que te amo.
Aprendi a te amar e aprendi a amar contigo.
Não quero que me perdoes.
Quero apenas que me entendas.
E, se quiseres, estaremos juntos para enfrentar a noite inevitável.
Assim, já que aprendemos a repartir o brilho do sol, possamos apreciar a beleza da lua e das estrelas.
Até a inevitável partida rumo ao outro dia.
Que jamais será nosso.
Com a certeza de que fomos felizes durante toda a caminhada, exceto nesse entardecer alucinante e inebriante, onde perdi meu girassol...
Publicado em: 21/12/2006 17:27:10
Última alteração:27/10/2008 21:19:24
Esta moça é tão sapeca
Que me deixa sem resposta
Quando um beijo ela sapeca
Nesse amor a gente aposta
Tem boquinha de boneca
Do jeitinho que se gosta,
A danada da moleca
Toda noite já me encosta.
Rala e rola, rola e ralo
Jogo feito, deus me acuda.
Ela engole até o talo
Não precisa nem de ajuda
Vai bebendo no gargalo,
Com a boca mais miúda
Quando fala quer o falo
Minha gente não se iluda
Esta moça me conquista
Requebrando o popozão,
A rainha está na pista
Vai chegando até o chão,
Tanto amor que ela irradia,
Com carinho e com encanto,
É melhor que a “Melancia”
Com certeza, isso eu garanto...
Publicado em: 14/05/2008 20:31:22
Última alteração:21/10/2008 14:43:01
Falar de tanto amor, meu paraíso,
Da divindade imensa que é Cupido,
Sabendo que a vontade é te rever
Em cada novo sonho que tiver,
Pois saibas da delícia, ser feliz,
Roubar cada matiz do amanhecer.
Nesta viagem louca que fazemos
Beijando tua boca, elos fortes.
As setas nos apontam novo dia,
Cometas que despontam, nosso céu.
No mel de uma alegria sem limites
Em mim, toda a certeza de ficar
Recebo o teu carinho mais audaz
E teus beijos mais sôfregos - com sede,
E nós ali deitados sobre a rede
Naquele vai e vem doce demais...
Um beijo... um momento... e,... quero mais!
Então foi sobre a mesa, e na parede,
Pergunto: "Do que gostas?" e tu "Lê-de...
Vê-de bem com teus olhos este cais
Aonde meu saveiro se aportou
E todo o meu passado vislumbrou
Em luzes tão distantes... Na verdade,
No fogo de teu corpo, me incendeio
E sinto teu calor em belo seio,
Revigorando um sonho: a mocidade
GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 08/08/2007 22:57:35
Última alteração:05/11/2008 16:51:45
Eu quero neste amasso
Amassar teu vestido,
Levantar tua saia,
Um carinho atrevido....
Garanto que não tem
Sequer um carrapato,
Por isso pode vir,
Pro morro ou para o mato.
Se der coceira eu coço
Te ajudo, meu amor,
Coçando de mansinho,
Provocando o calor
De um jeito diferente
Trazendo um arrepio
Que sobe em alvoroço
Acabando com frio
Depois na cachoeira
Deitando sob a lua,
Sereia de água doce
Maravilhosa e nua...
Eu já perdi meu medo
Do velho capador.
Eu quero é me esbaldar
No nosso imenso amor...
Procuro neste mundo amor imenso
Que possa me alegrar sem sofrimento.
Nos braços que sonhei; tão delicados,
O mundo que, deveras sempre tento.
Eu lembro-me que tive em minha vida
Amores que nem sempre me quiseram,
Os olhos tão cansados esta luta,
Aos poucos, meus sentidos não puderam...
Lutei assim, com várias vaidades
Daquelas que se foram friamente,
Decerto meus destinos se perderam
No canto que sonhei, tão de repente...
Amada como é bom estar aqui
Ao lado de teus olhos sonhadores.
Amor que traz igual ao que pensei,
São mudas que fizemos destas flores.
Portanto não se esqueça, meu amor.
O sonho que tu trazes é o meu.
Do imenso amor que sei que tu me trazes,
Por sermos tão iguais; me convenceu!
Publicado em: 21/01/2007 15:17:10
Última alteração:30/10/2008 07:57:40
NOSSO IMENSO AMOR
Te quero toda hora
De noite, na aurora
Não canso de querer
Amor, de amar você!
Contigo sou feliz
A vida é uma festa
Felicidade empresta
À voz que aqui te diz
Um tom de alegria...
Eu amo essa folia...
Na qual nos divertimos
Dançamos e sorrimos
Bem juntos caminhamos
Em beijos e abraços
Trançando os nossos passos
Na embriaguez d´alma...
Meu bem, como eu te amo!
Confesso e não me engano!
Eu quero o teu amor
Amor que me domina
E faz brotar a vida
Riqueza desta mina,
Amor que sempre traz
Um gosto soberano
Que tanto me inebria
E mata um desengano.
Feliz de quem possui
A paz que conhecemos,
Assim nos entregamos,
Por isso percebemos
Que tudo o que se fez
O que inda há por dizer
Não pode traduzir
Esse imenso prazer!
ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 07/07/2007 20:01:09
Última alteração:05/11/2008 20:13:00
Meu amor eu te desejo,
Exposta em bela nudez,
Nesta foda em que eu prevejo,
A total insensatez.
Tua boca delicada,
O meu pau esfaimado,
Bem gostosa, bem safada,
Por você estou tarado.
Teu grelinho intumescido,
Minha língua vai audaz,
Te lambendo tão voraz.
Eu te quero mais sacana,
A buceta raspadinha,
A palavra mais profana,
Tua gruta meladinha.
Nossa foda é maravilha
Tua bunda tão gostosa,
Teu cuzinho a doce trilha,
Vem comigo, amor e goza.
Eu te quero bem vadia,
Minha deusa, uma bacante,
No teu corpo louca orgia,
Na luxúria inebriante.
Minha porra com teu mel,
O teu gozo no meu leite,
Juntinhos vamos ao céu
Venha ser o meu deleite...
Publicado em: 14/10/2007 19:24:13
Eu trouxe lá de Minas, broa e queijo,
Depois doce de leite, goiabada,
E dando em tua boca doce beijo
A festa se mostrou tão encantada.
Trazendo para nós farto desejo
Na data tão feliz comemorada
Tocando uma viola na varanda,
Meu peito apaixonado já desanda...
Meu amor quando me lembro
Do nosso amor, afinal.
Era quase que dezembro,
Tava chegando o Natal.
Foi então que conheci,
Tanto amor guardado em mim.
Logo, meu amor te vi,
Eu falei, agora sim!
Te pedi pra namorar,
E você quase fugiu,
Foi difícil segurar,
Quase que me escapuliu...
Já faz tanto, tanto tempo
Que quase não lembro mais.
Pra você um passatempo,
Mas amor era demais...
Tua mãe não me queria,
O teu pai inda não quer.
Decidi, naquele dia,
Vai ser minha essa mulher!
Estou feliz, nunca nego.
Eu te quis meu bem pra mim.
O problema é que carrego,
Todo seu gênio, ruim...
Tirante isso, querida,
Inda estou apaixonado.
Nossa vida é divertida,
Tirando o dente quebrado
Com o pau de macarrão,
Quatro costela afundada,
Mas amor, minha paixão,
Pra quem ama, quase nada...
Publicado em: 07/02/2007 14:52:55
Última alteração:30/10/2008 07:34:58
Nosso Beijo de Amor
A minha alma está cheia de tristeza.
Eu sei que partiste e não mais regressarás, fazendo com que um sino dobre em meu peito.
Numa Ave Maria eterna e sofrida.
Não mais me importa a noite e tampouco o dia, apenas passo o tempo.
Não desejo mais luz e nem a treva, apenas existo.
Resisto!
O vento que prometia certo alento não veio.
A chuva que poderia limpar as poeiras do passado se escondeu dentro das nuvens, abortada.
As águas que estão correndo dos meus olhos não bastam para apaziguar a seca do meu coração.
Seca absurda e eterna.
Sede de amor que não veio nem virá.
Ah! Quem me dera poder ter ao meu lado aquela que se foi e não mais voltou.
Mas um eco distante dentro em mim repete a todo momento que isso não tem volta.
Exponho cada verso meu e nada mais recebo, a não ser o vazio.
Triste vazio que jamais será preenchido por ninguém.
E amo, sei que amo profundamente.
Amo quem não será e jamais teria sido se não fossem os meus sonhos e o beijo.
Único beijo que, hoje, percebo ter sido dado em um momento de total inexpressividade, um acaso.
O excesso de álcool ou de lua,
Apenas isso...
Mas foi meu único, nosso único...
E repercutiu dentro de mim como um caleidoscópio.
Formando várias estrelas que morrem, a cada dia, por falta absoluta de luz.
De brilho...
Mas teu amo!
Eternamente e fielmente, como sei que jamais alguém te amará.
Eterno beijo.
Que não durou um minuto, mas eternizei dentro de mim.
Minha sombra e meu alimento.
Meu martírio e delícia.
Desejo e tormento.
Nosso beijo...
Publicado em: 21/12/2006 17:03:53
Última alteração:27/10/2008 21:19:32
Recordações me tomam totalmente
De um tempo mais feliz em nossas vidas...
Nas emoções guardadas e sentidas
Um mar de amor que volta; calmamente...
Por vezes me recordo deste adeus
Que agora percebi ser até já.
Em breve nosso amor renascerá,
Eu vejo no brilhar dos olhos teus...
Teu beijo, uma ternura, um doce afago
Pressinto nisto tuda, a calmaria,
Que chegou entranhada em alegria,
Soprando leve brisa em manso lago...
Publicado em: 27/02/2007 18:45:56
Última alteração:30/10/2008 06:10:14
Nosso beijo mais guloso
Te garanto que incendeia,
Prometendo festa em gozo
Deixa rubra a lua cheia
Publicado em: 03/03/2008 22:26:08
Última alteração:22/10/2008 14:23:35
Na boca que beijara
Amor que procurei
Amar é coisa rara
Por isso, mergulhei.
Mergulho neste amor
Do jeito que puder,
Te peço por favor,
Vem ser minha mulher!
Te fiz uma promessa
Não posso te negar,
Agora vamos nessa,
Eu não posso esperar.
Rimar amor com dor
Um verso que não quero,
Por isso, meu amor,
Vem cá, eu já te espero...
Se somos o que somos,
Eu sei que tanto quis
Da fruta tantos gomos
Vem me fazer feliz.
Amada como é bom
Viver nosso desejo.
Chocolate e bombom
Delícias deste beijo...
Publicado em: 10/02/2007 11:02:50
Última alteração:30/10/2008 07:32:05
Quero sim, quero teu beijo,
moreno que amo e desejo,
e se for no céu da boca...
Ah! então eu fico louca
Moça bonita meu beijo
É feitinho pra você
Minha amada se te vejo,
Falta pouco enlouquecer.
Minha vida não seria
Quase nada se não fosse
Tanto amor tanta alegria,
Nesse beijinho mais doce...
Quero o beijo manso e forte
Meu amor, é o que preciso,
O seu beijo é passaporte
Pra entrada do paraíso!
HLuna
Marcos Loures
Nosso caso de amor
Teu nome quase sai sem sentir
Como se fosse um lapso
Um átimo, um ultimato.
Eu sei que vou te amar
Em barcas e em bocas
Em núpcias e nos partos.
Nas partidas e nas chegadas
Mesmo às cegas, mesmo vãs.
Não valem as promessas
Nem mesmo os vales
Que serão descontados no fim
Da noite.
Teu nome quase me escapa
E não posso mais.
Não mais.
Sem ter término
Sem tempo.
De terminação.
Determina ação
Determinação
De te saber
Minha ação
Meu ato
E minha esperança
Encalacrada no peito.
Eu sei que irei amar
O amor que me trouxe
A ti nesta noite fria e tão vazia.
Onde nada mais poderia
Senão o gosto que ficou
Da maçã.
Viveremos assim, ao mesmo tempo
O que somos, imaginamos e sangramos.
Nessa total diversidade una e coesa.
Reflexos de nós mesmos
Multiplicados neste espelho
Que trazemos dentro de nós.
Desgraçadamente morreremos sempre
E renasceremos sempre
Num eterno amor
Numa roda viva
Num moto perpétuo.
Vítimas desse espelho
De nossas almas gêmeas
E disformes.
Publicado em: 02/01/2007 19:05:07
ENTRAVES,
ENTRANHAS
EXPOSTAS...
CICATRIZES
ATRIZ
ATOR
À TOA
À TONA
ATÔNITOS
ATÔMICOS
SOMOS
TEMOS
VAMOS
PARA ONDE?
Publicado em: 23/05/2008 10:28:08
Última alteração:21/10/2008 06:38:23
A vida tumultua
A gente se perdendo
Matando a nossa lua
Escuro me envolvendo
A deusa outrora nua
Segredos não desvendo
Minha alma pela rua
Esquinas e motéis
Buscando noutros méis
Sabores que esqueceste.
A solidão reveste
O céu, farta neblina.
Eu abro esta cortina
Mergulho em ilusões
Estrelas tão distantes
Sangrando as emoções.
Publicado em: 30/07/2008 11:54:45
Última alteração:19/10/2008 21:53:16
Brigas
Intrigas
Vasos quebrados
Elos partidos
Partida e o nada
Como resultado...
Vagar sem destino
Vergar sob o peso
Do corte
Dorido
Falido
Fadado
Ao vazio...
Publicado em: 31/07/2008 16:43:52
Última alteração:19/10/2008 22:06:20
Alma ferida
É fera incontida
Ferrenha partida
Não deu mais em nada
Aguardo o final
Que sei afinal,
Por ser tão normal
Termina em pizza...
Publicado em: 16/01/2010 12:35:45
Última alteração:14/03/2010 21:27:11
Nessas noites sem luar
Em que tanto me perdi,
Meu amor hei de encontrar
Tanto amor tenho por ti.
Não duvides deste canto
Que me encanta, minha sina.
A lua, trazendo seu manto,
Cedo, cedo te alucina.
Os teus olhos, tão profundos
São da cor do meu desejo.
Vasculhar todos teus mundos
Ir em busca do teu beijo;
Não tenha medo da lua,
Ela abrasará teu sol.
Amor bom não se recua
Nem teme qualquer farol.
É força que permanece
Em canto que dediquei,
É tanto amor, nossa prece,
Pois amar é nova lei.
E renovo uma esperança
A de ter comigo, aqui,
Novo sonho, nova dança,
Nesse amor que concebi.
Feito do sol e da lua,
Feito da lua e do sol.
Radiando a lua nua,
Lua, eterno girassol!
Publicado em: 04/02/2007 14:18:41
Meu anjo...
Deixe sair a voz de seu coração,
Permita-me seus lábios entreabertos.
Olhe dentro de meus olhos,
E deixe que eu leia o teu silêncio.
Quero gritar a todos que te amo,
Mas preciso que o faças comigo.
O céu e as estrelas já conhecem nossa música,
Falta-nos apenas a linguagem humana.
Vamos escrever nossa história eterna?
Te quero sem arroubos ou inquietudes,
Sem pensar em tempo ou idade,
Estejamos na juventude ou na maturidade.
Quero escrever nossa história.
Faço-te um convite:
De te esperar na lua;
nas águas do mar;
Dentro de mim.
Na lua...
Deixaremos nossos rastros pelo firmamento.
Nas águas do mar...
Iremos mergulhar e descobrir nossa vida encantada,
Depois na areia deixaremos nossas pegadas.
Dentro de mim...
Descobrirás meu maior segredo,
Que é de estar sempre ao teu dispor.
Meu anjo aceite todos esses convites,
E verás nossa vida mais feliz.
Eu quero que tu sejas minha amada,
Vivendo eternidade a cada dia,
Saiba: tu és meu anjo e minha fada,
Sinônimo de eterna fantasia...
Marcamos nossos passos pelos céus,
As nuvens servirão de testemunhas,
Estrelas deslindando brancos véus
Te quero muito mais do que supunhas...
Amor que se transborda e nos faz crer
Que o mundo é mais bonito e sensual,
Descubro-te guardada no meu ser,
Amar o teu amor é natural.
Estou aqui, amada ao teu dispor,
Gritando a todo o mundo, o nosso amor...
Aracelly Loures
Marcos Loures
Publicado em: 03/03/2007 12:45:49
Última alteração:06/11/2008 11:32:23
Vestígios de tristeza em meu olhar
São marcas indeléveis, cicatrizes.
Cansado de pedir e de implorar
Na busca por momentos mais felizes,
Vontade de poder recomeçar
Nos campos mais fecundos que predizes.
Percebo em tua mão um novo alento,
Trazido pala voz de calmo vento...
Publicado em: 22/10/2007 19:37:29
Última alteração:29/10/2008 15:15:06
Vestígios deste amor? Nunca mais os terei...
As cordas que rebento, esquecem-se dos nós.
A dor qual vil quimera, erguida, faz a lei...
Meu rio, assoreado esquece-se da foz.
Esboço minha queixa, aguardando meu fim.
Meu canto que brilhava, embalde, sem festim...
Publicado em: 24/04/2008 16:56:00
Última alteração:21/10/2008 13:26:34
Galo cantando, manhã,
O sol vem devagar, manso,
Meu amor sem amanhã,
Maremoto no remanso...
Rotas loucas
Lanças soltas
Olhos doces
Da mortalha
Que me espera
Após a chuva.
Trovas
Tramas
Tremas
Trinos
Tiros
E tonéis.
Barricas
Barricadas
E guerrilhas.
Ilhas distantes
Atóis
E nós
Abandono
Sem dono
E sem rumo.
Porta
Torta
Estreita
E cadê solução?
Publicado em: 08/01/2009 19:00:10
Última alteração:06/03/2009 11:43:26
Meu amor, tanto te quero
Quanto quero o meu querer,
Se eu te escrevo, sou sincero,
Vejo em ti tanto prazer
Que a vontade é te sentir
Junto a mim, o tempo inteiro,
Coração vil bandoleiro,
Vem em versos te pedir
Que jamais esqueça quem
Tantas vezes foi teu par,
Pois sem ti não há ninguém
Nem estrelas nem luar.
Noite escura diz saudade
Deste amor que foi demais;
De que vale a liberdade
Se não sei de porto ou cais
Onde encontre ancoradouro
O meu peito sofredor,
Só desejo este tesouro
Cristalino: o teu amor!
Ladrilhei cada alameda
Dos meus sonhos com teus beijos
Um carinho me conceda;
Vem matar os meus desejos!
Publicado em: 05/05/2009 21:34:15
Última alteração:17/03/2010 19:58:35
Nosso amor que se completa
Toda noite nesta chama,
Faz a vida ser repleta.
Nossa cama já nos chama
Nos inflama e nos comporta
De desejos vai repleta.
De alegria, abrindo a porta
Ao coração do poeta...
Bela lua continua
Espiã, se delicia,
Tua silhueta nua,
Num delírio, me extasia...
Vou sorvendo cada gota
Que completa o nosso amor,
Nossa fonte não se esgota
Sem temor, dor ou pudor.
Depois de tudo o descanso
Deitadinha no meu colo,
Novamente vou e danço,
Em nosso amor me consolo
Das dores que a vida trouxe
Dos medos que conheci,
Neste mar imenso e doce,
Neste amar, eu me perdi...
Quero a boca tão molhada
Desejosa, pede um beijo.
Minha mulher adorada,
Já é nosso o meu desejo...
Vem rodando numa aurora,
Lua procura por sol,
Eu te quero, vem agora.
Deixa eu ser teu girassol!
Publicado em: 29/08/2007 20:07:58
Nosso amor, tantas delícias
Repartidas em conjunto
No delírio, nas carícias
Dormiremos sempre junto...
Publicado em: 03/03/2008 22:58:46
Última alteração:22/10/2008 14:26:36
Estrela tão brilhante me fascina
E toma todo o sonho num instante,
Com raios tão fogosos, radiante
Deitada nesta cama de menina...
Sonhando com uma ilha tão deserta
Que tenha ali somente o seu amor...
Querendo o companheiro encantador
Na areia traz a lua por coberta...
Distante, o pensamento corre milhas
Por mares nunca dantes navegados,
Olhares desejosos são trocados,
E num instante voam, caçam ilhas...
Publicado em: 01/03/2007 09:57:53
Nosso amor, uma quimera,
Nosso caso, confusão,
Procurando a primavera
Encontro logo o verão...
Publicado em: 17/01/2010 12:55:43
Última alteração:14/03/2010 20:22:44
Minha vida vai passando
Do teu lado, devagar.
Tantos verbos conjugando,
Viver, sofrer e lutar...
Viver por ti minha amada
Vou sofrendo de ciúmes,
Mas a rosa mais cheirada
A que tem muitos perfumes,
Lutando por esta rosa,
Vou fazendo o meu jardim,
A minha vida orgulhosa
Por ter você só pra mim...
Publicado em: 19/04/2007 12:08:05
Última alteração:29/10/2008 17:43:59
De mármore coluna trabalhada.
Na sala e no teu quarto, o vento espalha...
A manhã ao chegar traz, orvalhada,
O gosto desse dia de batalha,
No gesto que me mostra a caminhada,
No corte e nesse fio da navalha...
Vou amar-te e no fim não terei nada,
A não ser essa mágoa que me orvalha...
Rocio se anuncia em novo dia.
Nas areias o mar, ondas, se espraia.
Quem me dera viver da fantasia.
Da morena, ventando salta a saia,
O remendo pior que a sacristia.
Nosso amor invadindo toda a praia...
Publicado em: 18/01/2007 18:52:15
Última alteração:30/10/2008 07:59:05
Quantas noites não durmo em solidão,
Lembrando de teus lábios, nossos beijos...
Vivendo em nosso amor tantos desejos
Entoados n’acordes da paixão...
Tu és a cicatriz mais comovida
Que nunca mais deixou de latejar
Marcada em cada noite de luar,
Carrego-te em amor por toda a vida...
Te peço que retorne, por favor;
Meus olhos sem teus olhos não enxergam
Por mares tão distantes já navegam,
Deságuam simplesmente em nosso amor...
Publicado em: 27/02/2007 17:01:13
se há escuro ou em meio ao nevoeiro.
Eu creio, eu acredito em tuas juras,
o amor é meu constante companheiro.
Possamos nós, seguirmos juntos o tempo inteiro,
indiferentes às vozes más e às censuras.
Minha luz, eu sei, sempre procuras
se há escuro ou em meio ao nevoeiro.
Gozemos, pois, do amor suas doçuras,
querido amigo, meu eterno companheiro.
Eu te conheço, sei que tens a alma pura,
em ti vislumbro um porvir alvissareiro.
Minha luz, eu sei, sempre procuras
Qual fora uma falena em noite escura
Atrás do intenso brilho de um farol,
Minha alma a todo tempo te procura,
Tu és o raio intenso, claro sol.
Amor iluminando a nossa trilha,
Num ato de carinho e de partilha...
Seguirmos, par a par sem dar ouvidos
A tais censuras más, por certo insanas.
Os passos que encetamos, decididos
Em busca de manhãs mais soberanas.
Futuro, do teu lado, alvissareiro,
Amor nosso, sincero e verdadeiro...
HLUNA
Marcos
Publicado em: 03/06/2007 19:31:01
Sarcásticas palavras, sacros ritos,
Oráculos semeiam tempestades.
Desvendo teus segredos, ecos, ocos,
Em ósculos e toques antros, astros.
Entranho meus caminhos nestas sendas
Revelo meus desejos, sexo e gozo.
Eróticas mortalhas que desnudo,
E vou mudo, adentrando os teus palácios.
Ágeis dedos buscando grácil fonte
Exímias emboscadas, travas, trevas.
Em movimentos sábios, pompoir,
Até que ordenhe o leite em leito doce.
Último movimento aplaca a sede...
Publicado em: 17/09/2007 22:03:15
Última alteração:29/10/2008 15:30:50
CHUVA BATUCANDO
JANELA DO MEU PEITO
AOS POUCOS DOMINANDO
LEITO, AFOITO, COITO
E BENZEÇÃO.
AÇÃO, ORDENHA
DESORDEM- LENÇÓIS.
SOIS O QUE SÓIS,
SOU O QUE SOA.
RESSONA E TRANSITA.
CHUVA MANSA
REMANSOS, COLO.
SOLO AGRADECE
E A GENTE TAMBÉM...
Publicado em: 03/10/2007 17:05:41
Última alteração:29/10/2008 15:09:22
O quanto que vivemos no passado
Em busca da alegria feita em gozo,
O dia se mostrando disfarçado
Em sonhos foi deveras temeroso.
O mar em que mergulho, tão salgado,
Não deixa mais um sonho mavioso.
A faca me entranhando na garganta
A força tão horrenda se quebranta...
Publicado em: 19/11/2007 22:51:28
Última alteração:29/10/2008 14:47:48
Como posso te deixar
Te deixando, abandonarei minha razão de viver
O que farei com tudo que sinto?
Sou tua flor, não devo esmorecer;
És minha metade, meu amor, desejo
Quero ser para ti, tua vida, tua maior razão
Não quero despedida
Quero que para sempre vivamos esta paixão!
Não deixe que este amor acabe um dia,
Pois nele se reflete uma esperança
Que alguém enamorado já previa,
No brilho fabuloso que me alcança
Felicidade em plena fantasia,
Convido-te, querida para a dança
Aonde nossos corpos formam um,
Prazer igual ao nosso? Sei nenhum...
ISABEL NOCETTI
ML
Publicado em: 26/11/2007 20:28:44
Última alteração:29/10/2008 14:47:43
NOSSO AMOR.
Poesia ...
Companheira que inebria
nos momentos de solidão
e pra não perder a razão,
tu, Poesia,
sempre presente
na vida da gente ...
(ivana)
No sonho audaz
A vida traz
E quero mais
Da imensa paz
Que é nosso cais.
Assim jamais
Me perderei.
Farta alegria
A poesia
A cada dia
Nos inebria
Na fantasia
Que esse amor cria
Te encontrarei.
Publicado em: 05/03/2008 19:55:28
Última alteração:22/10/2008 15:21:14
Minha canção que te canto,
Nascendo na mesma fonte
Que transmite teu encanto
Lá na linha do horizonte.
É canção bem mais ligeira,
É cantar desse cancão,
Que canta a vida inteira,
Que se chama coração...
Sem este canto, querida,
Já não posso mais viver,
Cantarei amor e vida
Até a tarde morrer.
No poleiro da saudade
Coração descansa, enfim.
Todo amor que é de verdade,
Coração contou pra mim.
Namorar felicidade
No canto que fiz, enfim...
No campo ou na cidade,
Quero teu amor, assim...
Publicado em: 03/02/2007 17:40:16
Última alteração:30/10/2008 07:38:08
Amor senso comum em contra-senso,
Sentido vivo imerso em mar imenso
Soergue quem se abate em luta insana.
Em fases diferentes nos semeia
Ênfases tão diversas; fogo ateia
Engana mesmo quando desengana.
Amor é virtual e vencedor
Amor é tão real quanto essa dor
Que dorme em sobressaltos e inferniza
Amor que não se cuida e nem se adoça
Abrindo pra si mesmo triste fossa
Não sobrevive nem à leve brisa.
Porém o nosso amor é força intensa
Que traz no próprio amor a recompensa
Da vida que sonhamos sem percalços.
Andamos por milênios e mil ares
Milhares de cometas e luares
Os pés humildemente vão descalços..
Quem dera todo ser assim pensasse
E em puro amor sincero se encontrasse
Sem ter por que e nem fazer sofrer...
Amada tão amiga e companheira,
Amar é muito mais que uma bandeira
É misto de esperança e de prazer...
Não deixe que a quimera nem te arranhe,
Perceba que por mais que a gente ganhe
Talvez um só sorriso seja a glória
Perdoe quem perdeu felicidade,
No nosso amor tão pleno de amizade,
O fato de existirmos é vitória...
Cravo e Rosa
Rosas vermelhas,
Centelhas,
Espelham as rosas.
Moscas voando
Moças passando
Meu cadáver espera...
Meus cravos...
A rosa. Brigamos...
Morte/amores.
Quebranto...
Publicado em: 01/10/2008 16:21:13
Última alteração:02/10/2008 13:47:36
Gestando uma canção em brado forte,
Ouvir a tua voz me emociona.
Nascendo a cada dia em nova sorte
Criar um verso assim impulsiona
Alçando num momento, traz um norte
Libertário, voltando sempre à tona
Valor deste poeta que é de porte.
E a Musa que jamais o abandona
Sempre mitigará dores do corte.
Recebe com carinho estes meus versos
Eu sei que embora pobres, são tão veros.
Instigas a voar por universos
Semeando teus cantos mais sinceros...
Publicado em: 29/10/2008 20:41:10
Última alteração:02/11/2008 20:28:01
Cacos do que fomos
Gomos desta fruta
A luta foi em vão.
E o vão que agora vejo
Cratera insaciável
Devora cada sonho
E molda amargo fim.
Palavras são armas
Que desabas sobre mim...
Publicado em: 25/11/2008 18:49:27
Última alteração:06/03/2009 16:41:49
Riscos que corro
Enquanto percorro
Estrelas de luz.
Ao vê-la a meu lado,
O sonho enredado
Delírio traduz...
Publicado em: 02/01/2009 19:19:04
Última alteração:06/03/2009 13:27:49
Nosso amor: peripécias da alvorada
Trazendo sua paz tão esperada
Na cama que dormimos, ou tentamos...
Teu beijo me embriaga e sem ressaca,
Nos gumes mais gostosos desta faca
Com todo o meu prazer, já nos cortamos...
Tu és o meu jardim, bela açucena,
Por Deus esculturada: Amor morena,
Tu és o meu riacho cristalino!
És a mais bela moça do cerrado,
A flor que me deixou apaixonado,
Meu sonho que carrego, de menino...
Teu cheiro tão gostoso de mulher,
Fazendo já comigo o que quiser,
Eu fico alucinado e perco o rumo.
Da flor quero o perfume mais gostoso,
No teu desejo espero o pleno gozo,
Da fruta mais morena, eu quero o sumo
Publicado em: 04/01/2009 20:29:27
Última alteração:06/03/2009 13:25:16
Quando em teus braços dormi,
Não soube mais explicar
Tudo que enfim eu senti,
Vontade de mergulhar
No mar de tanto prazer,
Que em ti pude conhecer...
Tua boca maravilha
Tua pele maciez,
Hoje sei não sou uma ilha,
Nosso amor, assim se fez,
De toda a felicidade
Que encontrei, tanta saudade...
No teu colo tão cheiroso,
Sentindo teu respirar;
Deste amor sou vaidoso,
Vontade de sempre estar.
Nos braços da bela flor,
Eternizando esse amor...
No que pude perceber
Amor não trouxe saída
Agora sim irei viver
Nos teus braços toda a vida.
Sem querer fugir de ti,
Até morrer, fico aqui!
Publicado em: 07/02/2007 16:05:24
Última alteração:30/10/2008 07:34:15
Eu pressinto nosso amor
Que me traz a juventude
Encantado, bela flor
Que perfuma nosso amor
Sem saber o que é temor
Sem temer uma atitude
Deixando pleno de amor,
Trazendo-me a juventude...
Eu te quero minha rosa,
Quero ser teu colibri.
Eu te vejo tão formosa.
Na beleza desta rosa
Minha alma tão orgulhosa
Tanto amor que nunca vi
Eu te quero minha rosa
Eu serei teu colibri.
Publicado em: 13/08/2007 15:16:42
Última alteração:29/10/2008 17:20:26
NOSSO AMOR
Amor que encanto
Que te tomou
Que fez o riso
Que mal me cabe.
Trazendo o beijo
No teu desejo
Meu paraíso.
Amor sincero
Que tantas vezes
Me torturou
Te quero o bem
Teu belo rosto
Me dê teu gosto,
Por ele eu sou.
O vento frio
Não veio mais
Tanto calor
Já faz aqui
No jeito manso
Peço o remanso
Do nosso amor.
Amada lua
Viçosa e bela
No céu desponta
Cobrindo o campo
De luz tão clara
Beleza cheia
Que me incendeia
Seu pirilampo.
Publicado em: 25/08/2007 19:09:10
Última alteração:29/10/2008 15:35:45
Buscando te encontrar, qual girassol,
Os olhos se perdendo enamorados,
Tu és minha rainha amor e sol.
Meus dias vão passando iluminados
Numa promessa imensa de esperança
Fazendo de meu canto quase um hino
Louvando o nosso amor que não se cansa
De ser o sentimento mais profundo
Que trago desde os tempos de menino
Vivendo para ti cada segundo...
Publicado em: 31/08/2007 21:01:40
Última alteração:29/10/2008 15:34:06
Rodando num carrossel
Nosso amor ganhando o céu,
Num audaz redemoinho
No teu vestido de estrelas
O meu canto passarinho
Em prazeres mil revelas...
Publicado em: 10/01/2008 14:14:57
Última alteração:22/10/2008 19:43:25
Meu amor em fortaleza
Ninguém pode derrubar
Desfraldando esta beleza
Encontrei pleno luar...
ML.
Publicado em: 01/03/2008 20:49:35
Última alteração:22/10/2008 17:11:58
Quero prosseguir
Sem nada a perder
Tentando viver
Eu venho pedir
Um cheiro gostoso
Um beijo bem dado
No amor revelado
Assim tão formoso.
Sentindo o perfume
Da rosa tão rara,
Que sempre me ampara
Acende este lume.
E vamos sem medo
Que a noite virá
Trazendo pra cá
Um fino segredo
Do tempo encantado
Do príncipe exato
Que fez deste trato
Destino, seu fado.
Princesa, eu te quero
Deitando esta sorte
No amor que é tão forte
E sempre sincero.
Agora este tempo
Mostrando o caminho,
Salvando este ninho
De atroz contratempo.
Eu quero esta sina
De ser manso assim,
Do sonho sem fim
Que cedo alucina.
Vem logo menina
Me nina, te peço,
Amor que confesso,
Pra sempre domina.
E faz deste mundo
Um mundo melhor,
Amar sei de cor,
Não perco um segundo.
Mergulho profundo
No mar dos desejos,
Tomando teus beijos
Contigo eu me inundo.
E vamos seguindo
O raio da lua,
Que assim continua
Mais forte e mais lindo...
Publicado em: 31/03/2008 21:20:15
Última alteração:21/10/2008 20:15:41
Sublime sensação de água mais pura
Amor se faz sensato e mais suave.
A mão que me acarinha, em tal ternura
Transporta em liberdade tal qual uma ave.
Se temos nossas asas mais abertas
Distâncias que cobrimos mais completas.
Publicado em: 09/04/2008 21:48:12
Última alteração:21/10/2008 18:20:35
A moça
Que remoça
O coração
Adoça
Com
Palavras
Os meus sonhos.
Se eu ponho
Meu cometa
Nos teus braços
Depressa
Quero ter de novo
Os laços
Que atando
Nossos corpos me diziam
Da vida que valia sempre a pena
Agora
Tão distante
Nada vejo,
Somente
Esta vontade
Este desejo...
Publicado em: 22/04/2008 21:52:27
Última alteração:21/10/2008 13:22:28
Desejos
Que se escondem
Em nós dois.
Nos olhos
Transportando
Poesia.
Publicado em: 26/04/2008 15:26:15
Última alteração:21/10/2008 13:34:32
Em amores, me maltrato
Cada vez mais sofredor
Sofrendo por esse amor
Procuro pelo retrato
Guardado numa gaveta
Que nem sei onde é que está.
Muito menos se está lá
Ou então numa maleta
Que deixei na penteadeira
Ou talvez no porta mala
Quem sabe deixei na sala,
Procurei a casa inteira!
Fui ao quarto de visita
E na sala de jantar,
Já cansei de procurar,
A minha alma andando aflita.
Vasculhei o quarto inteiro
Todo lado e todo canto,
Teu amor foi meu encanto...
Já procurei no banheiro?
Foste minha companheira
Tanto tempo nos amamos...
Mas tantas vezes brigamos.
Me lembrei! ‘Stá na lixeira!
Publicado em: 29/04/2008 19:45:43
Última alteração:21/10/2008 14:27:25
Vem cedo com tenção de embasbacar-se
Aquele que não teve nem tesão.
Fogão a lenha, moça se incendeia
Delícias sempre faz: fornicação.
Sou grosso, na verdade sou caipira
E gosto de tomar umas garapas.
Acendo com vontade minha pira
E pira quem achar que isto é bobagem.
Atiro meu desejo em uma cama,
Fazendo da mulata uma rainha.
Vencendo o que de noite já se sabe
Brincando e colocando de mansinho.
Desculpe se pareço assim selvagem,
Bestagem sempre é bom e dá prazer.
Agora, me perdoe se a linguagem
Que eu uso, te arrepia pra valer...
Publicado em: 14/05/2008 14:10:21
Última alteração:21/10/2008 14:39:45
Imerso em imensidão
De gozos e licores
Atores principais
Em motes sensuais
Rumando ao paraíso
Pulsando em mesmo ritmo,
Ourives dos prazeres
Lapidas com ternura
A mão que te procura
Encontra os campos
Úmidos, rocios desejados,
E trêmulos seguimos
Morrendo e renascendo
A cada novo orgasmo.
Sentindo em todo espasmo,
Divina inundação...
Publicado em: 14/08/2008 10:23:36
Última alteração:19/10/2008 20:08:21
Meus rastros em teus passos se perderam
Mergulho em teu espelho e me confundo
Mosaicos, labirintos que sabemos
Vivendo nosso amor doce e profundo
Reféns de nossos sonhos somos dois
Irmanados na mesma sombra e traço.
Mesclados entremeios siameses,
Unidos pelo amor, eternamente...
Publicado em: 22/08/2008 17:13:37
Última alteração:17/10/2008 17:06:34
No veneno da raiz
O matiz em que sereno
O pleno que eu não quis
Supremo creme e cerne
Concerne a quem quiser
Vencer ou ser vencido.
O prazo acaba amanhã.
Devolva ao menos o frasco...
Publicado em: 24/08/2008 21:55:01
Última alteração:17/10/2008 17:07:10
Ao nosso amor, servi a vida inteira,
Sem ter ao menos paga nem vitória.
Não mais pretendo noite merencória,
Nem flecha de Cupido tão certeira.
Não vejo mais futuro nestes planos
Não quero ser servil nem ser tão vil
Que pense que este sonho pueril
Traduza tão somente meus enganos.
Imagem que pensara redentora,
Esvai-se na fumaça do tormento.
Quem trama esse terrível sentimento
Não é, hoje, nem sombra do que fora.
Por isso minha amada não lamente
A culpa, com certeza não foi sua.
A vida sem seus braços, continua;
Minha alma é que alimenta esta serpente!
Publicado em: 13/09/2008 22:19:12
Última alteração:17/10/2008 13:29:05
Do pranto que surgia fez-se riso
Das trevas renascido paraíso
E a vida sem sentido se promete
Aos sonhos maviosos me remete.
Confesso não saber mais o que faço
O mundo que vagueia perde o traço
E, manso vou buscando teu perdão,
Que salva e regenera o coração.
É bom saber-se vivo neste outono
Às margens deste rio, do abandono,
Depressa aprenderei a navegar
Nas ondas deste encanto, nosso mar.
Que faz das ventanias, calmaria
E mostra tanta força, a poesia,
Que nasce nos castelos doloridos
O sol que nos raios repartidos
Fecunda a doce terra da esperança.
Fortalecendo a vida em aliança.
Bem antes do que a noite se convença
Raio solar me diz: viver compensa!
Publicado em: 18/09/2008 10:10:42
Última alteração:03/10/2008 13:57:51
Entranho
Sonho
Estranho
A dor
Corpos
Unidos
Bocas
Atadas.
Loucas
Manhãs.
Afãs
e desejos...
Publicado em: 22/09/2008 09:14:35
Última alteração:02/10/2008 19:53:28
Na ponta do cravinote,
Nas abas do meu chapéu,
Nos dentes deste serrote,
Na beiradinha do céu
Minha vida é meu mote,
Não posso zombar da sorte,
Se estou vivo é que sou forte,
Experimentei seu corte
Arrebento pedra e pote,
Não há conta que se anote,
Nem destino que me note,
Nem cavalo que se esgote,
Não vou fugir neste trote,
A cobra já me deu bote,
Mergulhei no teu decote,
Se naveguei peço bote,
Me enterrar pede culote,
Agarrei no seu cangote,
Da vida nunca se embote,
Na caça virei coiote,
Sou um príncipe consorte,
De tristeza vendi lote,
Não há coisa que me dote
Nem amor que me conforte,
Nem certeza que comporte,
Praticando tanto esporte,
Não sei lidar com bedel,
Nem vasculhando o farnel,
Nem rasgando esse papel,
Nem se for Papai Noel,
Nada mais triste ser réu,
A dor que mata, cruel,
Menina me dê anel,
Vou andar assim ao léu,
Vou fazer o meu cordel,
Caldo de cana e pastel,
Da noiva roubei o véu,
A levei até bordel,
Pensava que era Bornéu,
Mergulhei que nem ilhéu,
Amargando vida e fel,
Fui parar lá no Borel...
Menina namoradeira,
Se bobear dá bandeira,
Vai deitar na minha esteira,
Não vai ficar de bobeira,
Quem da minha rosa cheira,
Vem correndo, de primeira,
Não pode pensar besteira,
Fica sem eira nem beira,
Vai virar xepa de feira,
Nem me vem bancar a freira,
Pode vir, moça faceira,
Vou bancar a faxineira,
Eu vou te lavar inteira,
Pensa que sou lavadeira,
Arrombei tanta porteira,
E deitei na cumeeira,
Eu bati na caneleira,
Já te fiz chá e chaleira,
Eu te dei chá de cadeira,
Em plena segunda feira,
Amor batendo pedreira,
Não deixa na geladeira,
Penetrar, fazer carreira,
Vou trepar na trepadeira,
Nem adianta a romeira,
Minha mulher verdadeira,
Vem dançar o Zé pereira,
Se pingar vira goteira,
Pode vir qualquer maneira,
Vamos dançar esse xote,
Nosso amor é fogaréu...
Publicado em: 20/10/2006 21:46:59
Última alteração:30/10/2008 19:29:10
Minha amada, como é bom
Escutar a tua voz,
O nosso amor tem o dom
De ser tudo para nós.
Se garantes teu amor,
Eu já perco meus temores,
Se me der o teu calor
Eu irei por onde fores.
A cigana me enganava
Eu bem sei, hoje por que
O que por certo guardava
Era ciúme d’ocê.
Vou buscando o teu caminho,
No meu caminho,querida,
Eu nunca mais vou sozinho,
Tenho em ti, toda essa vida
Meu amor já trouxe um canto
De alegria para mim,
Agora quebrou-se encanto
Eu serei feliz enfim.
Com a minha companheira
Aquela que Deus me deu,
Vou passar a vida inteira,
Nesse amor que é seu e meu.
Vou fazendo esses meus versos
Me lembrando do teu beijo,
Viajando os universos
Com prazer e com desejo.
Quero ser o teu marido,
Venha ser minha mulher,
Nosso destino cumprido,
Seja lá o que Deus quiser!
Nosso amor jamais me ilude
Desta luz ninguém se afasta
Pra que eu quero plenitude?
O pouco de ti me basta!
Publicado em: 18/02/2008 22:05:04
Última alteração:22/10/2008 17:24:55
Nosso amor jamais se acaba,
Disso posso ter certeza
Nossa casa não desaba
Enfrentando a correnteza.
Publicado em: 01/03/2008 21:17:18
Última alteração:22/10/2008 13:28:12
Nosso amor pegou quebranto
Mau-olhado e ziguezira
Só colhendo desencanto
Onde se plantou mentira
Publicado em: 07/08/2008 16:01:27
Última alteração:19/10/2008 22:20:28
Da amizade feita amor,
Eu encontro aroma e espinho
Jardineiro quer da flor,
Seu perfume e seu carinho...
Publicado em: 07/08/2008 16:28:12
Última alteração:19/10/2008 19:39:22
Quero viver um amor
Sem cobranças, sem passado
E que vá por onde eu for,
Sempre, sempre do meu lado.
A vida me trouxe o sonho
E depois, cedo, cobrou,
Amor que fora risonho,
Era vidro e se quebrou...
De papel, a fantasia,
Qual balão de São João,
Acabou com alegria,
Entristeceu coração.
Chove chuva pequenina,
Vai molhando o meu quintal
Todo amor dessa menina
Enchendo o meu embornal.
Menina que bom te ver,
Sempre estou apaixonado
Contigo quero viver,
O resto, deixa de lado...
A chuva foi apertando,
E eu ficando aqui com medo,
Meu amor foi se acabando,
Que pena, que era tão cedo...
Mas espero sua volta
Cada dia mais espero
A mão do coração solta
Tanto amor que já venero.
Um dia passa depressa
Um mês demora a passar
Trair é qual sarna, começa,
E nunca mais quer parar.
Por isso, moça bonita
Acorde e bem ligeiro
Pois de outro laço de fita
Comecei sentir o cheiro.
Meu amor não faz mais isso
Eu te peço, por favor,
Amor que tanto cobiço
Cobiçando um novo amor...
Não vejo mais a saída
Tudo, tudo não me importa.
Esperando noutra vida
Encontrar a velha porta.
E sair devagarinho
Em busca do novo sol,
O meu amor, coitadinho,
Transformado em girassol.
Nas penas do passarinho
Minhas penas batem asas.
Procurando por um ninho,
Queimou as asas nas brasas...
E de novo sem sentido
Meu amor pesa de lado.
Por isso está resolvido
Entre nós, tudo acabado...
Publicado em: 10/12/2006 15:20:19
Última alteração:30/10/2008 09:14:10
Na estrada longa da vida,
De tanto amar; perdi rumo,
Deita comigo, querida,
Da laranja eu quero o sumo!
Vou espremer a laranja
E te dar um copo cheio.
Isso para mim é canja,
Não tenhas qualquer receio.
Tanto amor assim, eu topo,
Senão eu fico maluco,
Mas não quero só um copo
Vou beber todo esse suco,
Toda noite, de mansinho,
Meu amor vem me ninar,
Como um pobre passarinho,
Vou, no teu colo, aninhar.
Bebo toda essa laranja
E também o laranjal,
Inda depois tomo a canja
Nesse amor sensacional!
HLuna
Marcos Loures
Publicado em: 06/03/2007 23:31:51
Nosso amor é como um vício
Que não canso de provar,
Maravilha desde o início,
Nunca mais vai terminar...
Publicado em: 19/12/2009 19:51:17
Última alteração:16/03/2010 09:55:07
Nossas Noites... Belas Noites
Vamos sair pelos bares, luares e mares, dançando e roubando
As estrelas, morrer de rir.
Se não ligo me ligo te atiço, no viço me atrelo e castelos e fadas
Terminam dançando em motéis.
Nos céus e nos pés as asas sem freios, receios, nos devaneios...
Terminam nos seios da paz...
Vamos nas chamas, nas almas, nas camas, lamas e nas tramas...
Estrelas dançando com seios expostos.
E postos nossos desejos nestas ondas.
Os gostos confusos, sabores profusos,
Sem fusos, horários.
Apenas marcas que cismam em latejar.
Amas a noite e o cais, amar peço mais
E mais e mais, até jamais.
Nos filhos que faço, aço e traços de delicada noite.
Não se grita nem se gira, nem tortura
Atira, me agarra e a noite fortuita e quase vã
Termina num quarto qualquer,
Na chama e na fumaça.
Que vem dos cigarros,
Das mansas maçãs que beijo e acaricio.
Vicio e propício aos precipícios, mergulho...
Nas ondas e nas fundas abissais.
Dos abismos quero mais
Quero mais
Quero mais
Quero mais.
E a noite recomeça...
Publicado em: 31/12/2006 15:03:59
As rugas vão traduzindo
O que na vida passamos,
Alegrias, dia lindo,
Que depois nos lamentamos,
Pois a sorte nos sorrindo,
Tanta vez; abandonamos,
Esperança que deslindo,
Mas depois não desfrutamos,
Dia novo; o sol luzindo,
Mas por dentro nos nublamos,
O amor quando vem vindo,
Dele vamos escapando,
O temor, tão grande, infindo,
Nas rugas vamos contando.
Nossa face nos traindo,
Vento forte, nunca brando...
Publicado em: 17/01/2010 11:58:56
Última alteração:14/03/2010 20:23:39
]
Querida, sem ninguém
Durante muito tempo
A vida se passando
Somente em contratempo
Eu vi no teu olhar
O brilho do desejo
Sossegue aqui comigo,
Adoro te dar beijo...
Depois fazer carinho,
Beijar o teu umbigo,
Tu sabes que é gostoso,
Embaixo? O que persigo...
Os outros que vierem
Só querem ter prazer.
Eu te darei meu ninho
Também meu bem querer...
Não deixe-se enganar,
Amor não é banal
Depois nunca se esqueça
Homem? É tudo igual...
O que eles querem, tolos,
Desta morena boa,
É gota bem mansinha
Apenas a garoa...
Mas eu, pegando fogo,
Te falo na verdade,
O que eu quero de ti
É toda a tempestade!
Não te quero amante por um dia
Nem um sonho que jamais se realiza
Quero ter-te amor, pra toda vida
Por amor, em história, mais bonita
Quero o vero do amor, que sorva a vida!
O bem do amor procuro nos teus olhos
E sinto abrir a porta do meu peito,
Janela sem tramela nem ferrolhos
O mundo que eu queria satisfeito
Matando no canteiro maus abrolhos,
Percebo uma esperança que em meu leito
Virá qual fosse estrela bela e guia,
Com toda a mansidão da poesia...
ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 10/11/2007 12:32:48
Última alteração:31/10/2008 15:38:15
Um riso solto na noite
Em meio a tanto prazer
Um grito solto na noite
Bem longe do amanhecer
Nas rondas pela cidade
Procurando te encontrar
Vivendo da claridade
Que roubamos do luar.
Um riso solto na noite
Em meio a tanto vagar
Um grito solto na noite
Encanto de te encontrar...
Querendo, sempre, te amar.
Nas rondas pela cidade
Por tanto tempo sozinho,
Vivendo sem claridade
Sem ter lua ou ter luar
Um gosto doce na boca
Vontade de te beijar
Um gosto manso na boca
Bebendo do teu sonhar
Toda a minha mocidade
Procurei o grande amor
Que parece a claridade
Por tantas vezes negou.
Agora que te encontrei
Não quero mais ser sozinho.
Amor que tanto te amei
De tanto que fui sozinho
Agora que já te achei
Sozinho não serei mais.
Amar como sempre amei
Amor que veio demais
A vida vai se passando
Nas rondas que não mais faço
De tanto que vou te amando
Nas nossas noites, cansaço.
E risos, gritos, a boca,
E a dança que não termina
Sempre vem e me alucina.
Nas nossas noites de amor...
Publicado em: 02/01/2007 16:17:40
Última alteração:30/10/2008 09:09:24
Amiga que tanto quero
Numa amizade sem fim.
Vivemos mesma saudade
Que já doeu tanto em mim.
Interessante essa sorte
Que traz amigos pra vida
De tanta dor e ferida
Amigo nunca se importa.
Abre sempre a nossa porta
Cura, e já nos cicatriza.
Não deixa nenhum momento
De viver com sentimento
Consentimento de Deus.
Amiga de tantos breus
Que passamos pela noite
Nunca mais saber de açoite
Abraço teu coração
Sem sequer pedir perdão
Pelos erros que cometo
Pois sei que perdão foi dado
Desde que sei ser amado,
Nada mais eu te prometo,
A não ser uma certeza
De que tudo nessa mesa
Da vida, felicidade
Constrói-se numa verdade.
A nossa franca amizade!
Publicado em: 16/12/2006 10:55:59
Última alteração:30/10/2008 08:44:15
Eu plantei e semeei
samambaia no cupim;
eu não tomo amor dos outros
pra ninguém tomar de mim.
Meu amigo camarada
Não acredite em lorota
Fofoca e coisa inventada
De todo lado já brota.
Não vou mexer com comadre
Isso não faz meu feitio,
Fique tranqüilo compadre,
Essa verdade eu te fio.
Tudo bem que ela é bonita
Belezura igual não vi,
Mas essa história é só fita,
Amigo bom está aqui.
Eu não olho pra mulher
De amigo meu, companheiro,
Mesmo se a danada quer,
Eu sou leal, verdadeiro.
Tua mulher quando passa,
Com aquela mini saia,
Todo mundo não disfarça
Eu quero que um raio caia
Na cabeça do Lucindo,
Isso se eu tiver mentindo...
Eu não olhei para as coxas
Dessa morena faceira
Aliás; as marcas roxas
Bem na parte dianteira
Daquelas perna roliça
Que causa tanta cobiça
Foram causadas por quê?
Eu preciso te dizer
Que tudo que o mundo faz
Pra poder causar peleja
É causado pela inveja.
O que eu quero é só ter paz!
A primeira trova é da região Central de Minas Gerais
Publicado em: 23/03/2007 19:43:17
Última alteração:30/10/2008 06:46:54
Por nada, meu bom amigo...
Não precisa agradecer.
Na alegria ou no perigo,
Meu ombro você vai ter.
Já cruzei muitas cidades,
Já vi mortes, ví ruínas,
Larguei as frivolidades,
Me afastei das calibrinas,
Pois vi amigos vencidos,
Traindo ou sendo traídos,
Contando e sendo esquecidos,
De vergonha, foragidos...
Amizade é um bem precioso;
Não se vende, troca ou engana!
Ela pede amor zeloso
E humildade franciscana!
De tudo que aconteceu
Guardei a melhor lição:
Amigo é o mesmo que eu,
A extensão da minha mão!
Pois só Deus sabe, querida,
Como estou feliz agora.
Coisa rara nesta vida,
Nossa amizade vigora.
São tantas coisas que penso,
São meus versos por dizer.
Desculpe, estou meio tenso,
Emoção de te escrever.
Tu bem sabes, no começo,
Que é sempre tão complicado.
Muito mais do que mereço,
Tu estavas ao meu lado.
Devo muito do que sou
E do que, talvez, eu seja
A quem tanto me ajudou,
Que tanto bem me deseja...
Sou um pobre trovador,
Que, explodindo de emoção.
Agradece, com fervor,
Amiga do coração.
Tantos caminhos passei,
Outros tantos vou passar.
De tudo que já cantei,
Inda tenho pra cantar,
Devo muito a ti, bem sei.
Doce raio de luar!
Kathleen Lessa
Marcos Loures
Publicado em: 08/02/2007 20:45:19
Noite que tanto sonho, dos amores,
De nossas loucas mãos que se procuram
Nesses momentos santos que nos curam
E livram nossas vidas dos pavores.
A noite desta lua em que te caço,
Os raios penetrando em nosso quarto.
Encontram-me, cansado, feliz farto,
Em todos os prazeres do cansaço.
Na noite das estrelas que me trazes,
No chão que caminhando me deslumbras
As noites tão amadas que vislumbras,
Se fazem quando, enfim, fazemos pazes.
Noites que derramam sobre o mar,
Um brilho deleitoso e tão marcante
Permite doce noite, nosso amar,
Pois a noite, também é nossa amante...
Publicado em: 11/12/2006 23:49:23
Última alteração:30/10/2008 09:31:16
Véus, veludos pudores e bacantes...
Nesta purificante conjunção,
Nos seios e delírios dos amantes,
Tempestuosamente, uma monção..
Os fulcros destas festas delirantes
Se embasam num delito da paixão.
Nas luzes, os partícipes farsantes,
Escondendo qualquer uma emoção...
As volúpias carnais loucas brindando,
Nas formas mais banais deste rodízio.
Os sonhos mais febris se revelando.
Desejos procurando,sem demora
Vivendo este prazer que me devora
As bocas vão sorvendo cada gota,
A roupa que vestia pousa rota.
Numa oração feroz a Dionísio...
Publicado em: 14/12/2006 00:32:18
Última alteração:30/10/2008 08:45:41
Nossa noite não termina,
Nem agora nem depois
Esse amor que nos domina
Sabe muito de nós dois..
Publicado em: 03/03/2008 22:54:17
Última alteração:22/10/2008 14:28:37
Quero o gosto da boca
Na boca nos lábios
Nos dentes cravados
Mordidas.
Lambidas
Soltas explorando paladares
E cheiros.
Sabores
Sentidos...
Êxtases e delícias
Carícias...
Quero o gosto do veneno
Ameno e sereno
Que a noite nos traz
Em paz e convulsão
Quero o desejo afoito
Sangrante
Inerente
Incerto
Do coito
Da moita
Remota
Dos sonhos...
Quero a menina
Que nina
E acaricia.
Quero o amor
Suave e contradizente
Que corta e lambuza
Que usa e confunde
Que funde e separa
Que ampara e refaz.
E quero, enfim
Ser pai e ser chão
Ser viga e ser vão
Na servidão
À paixão..
Publicado em: 01/04/2007 17:38:16
Última alteração:30/10/2008 06:46:46
Todas as mulheres que passaram por mim, durante a vida, tinham feições estranhas e desconhecidas.
Olhavam-me com os olhos perdidos no horizonte e, a cada encontro distanciavam-se mais e mais, até desaparecerem para sempre..
.
Quando te vi pela primeira vez, foi bem diferente:
Tive a nítida impressão de que te conhecia, em algum lugar e de algum tempo, perdidos no emaranhado das minhas lembranças.
Ao te falar das minha certezas, o teu sorriso familiar mostrou-me que, de alguma forma, o destino havida colocado, à minha frente, aquele amor que determina todos os meus passos, nos caminhos do existir, nesta vida e nas vidas anteriores, através dos séculos de mistérios que nos envolvem.
Naquela noite em que, pela primeira vez, nós nos encontramos, a madrugada chegou trazendo a chuva que nos viu abraçados e lavou toas as impurezas de nossas almas
Na seqüência de nosso amor, purificados pela chama do desejo, encontrei em teus lábios todos os sonhos impossíveis... E quando ,pela primeira vez, o amor se fez, vivi a sensação da eternidade, num momento de infinito prazer.
Mas, pela primeira vez, descobri em teu olhar, o mesmo olhar de todas as mulheres...
E co’o olhar perdido no horizonte sem fim, vi teu vulto desaparecer nas brumas do passado, enquanto ressoava no camarim de meu desespero, a última palavra de nosso amor: adeus...
Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 08/02/2007 13:58:57
NOSSA SAUDADE /
A sodade é matadeira
Concordo cocê, cumpadre!
Aperta a nossa garganta
E em pranto faiz alarde...
Não fosse doce a lembrança
De nóis, num sobrava nada!
Mas nessa vida marvada,
Onde o bão,nunca perdura,
Quanto mais a vida avança,
Mais sodade em avalancha...
A saudade é penuginha
Que arranhando o coração
Na verdade já se aninha
Nos tomando de emoção
Vai voando uma avezinha
Feita de libertação
Da tristeza que foi minha
Agora é recordação...
ANA MARIA GAZZANEO
MVML
ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 08/09/2007 18:49:56
Última alteração:04/11/2008 20:11:57
A brancura suave lembra a neve...
Minha alma embevecida vem, suplica,
Em meio a delirante sonho, breve,
Não tem porque, jamais se sacrifica,
Voando sem destino, afinal fica.
Espera pelo altar manso que eleve...
Brandura de tua alma, calma e rica,
Trazendo a calmaria... Quem se atreve
A erguer-se contra essa alma que adocica
Do mel que se produz e santifica.
Vem, trazendo esperanças de mudança...
Me leva por caminho mais distante.
Convida tão festiva a nova dança,
Rodando sem temer uma esperança.
Nossas almas penetram-se em conjunto...
Tatuam-se de forma inebriante,
Conversam, calmamente o mesmo assunto:
Minha alma de tua alma, sua amante...
Publicado em: 15/12/2006 17:20:15
Última alteração:30/10/2008 09:11:35
Minhas palmeiras ao vento
têm a cor da esperança
panejando sem lamento
e com alma de criança.
Eu sei, não tarda a bonança,
que virá num acalento.
Minhas palmeiras ao vento
têm a cor da esperança.
Terra linda, alumbramento,
Dias de luz e festança
Quem aqui tem nascimento
vive alegre e não se cansa.
Minhas palmeiras ao vento...
Tenho a certeza nos olhos, horizonte e esperança, tenho a força nas mãos, calejadas e na alma esperançosa.
Tenho a vida na luta e a memória de meus mortos, num espaço de tempo que mais parece uma eternidade, tenho o porto e o barco, o campo e a cidade.
Cidade de tantos guetos e favelas, de gritos e aflitos, nos morros e nas ruas.
Tenho o sangue dos meus pais, avós e camaradas, correndo nas minhas veias, pelas artérias do meu corpo e continente.
Tenho a angústia do que não vi, do que não vivi e, na verdade anseio.
O seio da morena forte, os dentes cravados na carne macia, o amor louco e voraz das manhãs de preguiça.
Tenho o gosto que atiça os ventos das mudanças, nas mãos o tempo que nunca veio, mas estás se aproximando.
Tanto tempo perdido, mas a vida se vinga e traz novo sabor, um cheiro de terra molhada, de fruta levemente apodrecida, derretendo na boca.
Meu canto de amor à essa Terra, diversa e una, única e plural; do gado no curral, na infância sofrida entre enxada e ancinho.
Tento meu canto insolente e insone, por meio de um resto de luz atravessando a porta. Inundando o quarto
Acordando meus desejos e sensibilidade.
Merguho no brilho da luminosidade calma e constante, recebo o beijo da manhã seducente e obscenamente lúdica.
Me banho na cachoeira do final do arco-íris, na cútis da moça bonita, cabocla voraz, audaz e desnuda.
Minhas palmeiras se foram, deixaram o eucalipto, mas o grito de libertas ainda ecoa, forte ressoa e invade a manhã.
Meninos, eu vi; no canto dos passarinhos, o canto dos aflitos que, ecoava oco, mas hoje é respondido, de forma ainda tímida, mas tenaz.
Nas senzalas restantes, nos quilombos e aldeias, nas mãos dos sofridos e discriminados.
No berro dos sem-terra, sem-teto, mas com esperanças, ouço o grito dos açoitados, massacrados, prostituidos, exilados na própria terra, cultivada e cultuada, com suor e dignidade.
Mas também ouço o alarde, o alarme soando, tentando calar. A mordaça e o tronco renascem lá longe, na mão dos capitães do mato, dos senhores de engenho, nos donos da terra.
Maioria faminta das merendeiras, faxineiras, engraxates, domésticas, que invadem as escolas, os sonhos, a esperança.
Mártires se foram, hoje não são mais tão necessários, por serem muitos;
pelo furor dessa mudança na dança do poder, pela mulher que cresce e ocupa os espaços, pela sensibilidade do amor, da fragilidade da paz e da solidariedade dos pobres.
Meu amor se banha no rio, vermelho, mar vermelho, atravessado; em busca do refúgio do futuro
Como me orgulho do socialismo!
Como estou aprendendo a amar esse país! A entender meu povo, minha gente, meus irmãos;
Aos Dom Hélder Câmara, aos Pedros Tierra, aos homens de bem.
A Frei Betto, a Betinho, a todos os que foram e estão e virão.
Muito obrigado, o sonho se aproxima da realidade e nessa estaremos em corpo e alma, com a calma dos sábios, do povo sábio que se sabia sabiá; feito pra cantar livre, sem medo de ser feliz.
HLuna
Marcos Loures
Publicado em: 13/02/2007 20:10:53
Última alteração:06/11/2008 12:08:28
Amiga, como é bom saber teu nome
Por vezes, nas escadas, corrimão...
É minha companheira.
Meus pensamentos sempre te procuram
Nas horas mais ingratas desta vida.
Está, comigo, inteira.
Não vejo mais a vida sem teu braço,
Apoio para a queda e para o tombo.
A força soberana.
Que sempre traduzi nestes meus versos
Falando do carinho que te tenho.
Jamais me engana.
Eu quero esta certeza, toda a vida,
Nos espinhos cruéis, meu curativo,
Amor que é de verdade.
A força que se emana do teu ser,
O brilho que jamais se apagará.
O da eterna amizade!
Publicado em: 04/02/2007 16:52:06
Última alteração:30/10/2008 07:37:37
Vem cedo me falar do quanto queres
Vencendo tantos medos que encontrares
Altares, algazarras, catedrais
Palavras imbecis, velhos boçais
Que compram tua carne por tão pouco.
Amiga não se importe com teu pus
Aonde eu pus meus sonhos, verte igual
Se tantas vezes somos mesmo sal
Salgamos nossos mares, algas, urzes.
Somando o quase nada que nós somos
Sementes esquecidas neste solo,
Teu colo eu necessito e nada mais,
Apenas mesmo espelho, sumidouro.
Publicado em: 14/11/2007 17:36:39
Última alteração:29/10/2008 12:36:19
Seguindo a fantasia, este cometa
Eu perco totalmente rumo e norte.
Felicidade intensa é minha meta,
Jogando então os dados, tento a sorte
A vida se perdendo, vai inquieta,
E no fim desta história resta a morte.
Mas tenho uma esperança que me invade
Nos braços delicados da amizade.
Publicado em: 23/11/2007 12:24:38
Última alteração:29/10/2008 12:37:35
Às vezes nem percebo mais quem sou,
Deixando os meus caminhos no passado,
De tudo o que a criança já sonhou,
O mundo me deixou mais afastado.
O canto de esperanças não vingou,
Tampouco o que restara deste brado.
Apenas minha amiga foi constante,
Trazendo um lenitivo num instante...
Publicado em: 24/11/2007 16:47:02
Última alteração:29/10/2008 12:38:02
Um simples trovador
Somente um repentista
Trazendo em canto simples
O que minha alma avista
No céu que foi nublado
Um brilho renasceu,
Do tanto que fui triste
Ao ver sorriso teu
Refiz minha cantiga
Meu mote já mudou,
De tudo o que passei
Quase nada restou
Somente o firme braço
Mostrando que a verdade
É feita de carinho
E plena de amizade...
Amiga, me desculpe
Se o verso não encanta,
Porém na realidade.
Minha alegria é tanta
Que a voz meio embargada,
Com certeza gagueja.
Sorte demais pra ti.
Minha alma te deseja...
Publicado em: 15/12/2007 17:16:54
Última alteração:23/10/2008 08:54:03
Quem dera se eu pudesse, num momento
Voltar a te encontrar querida amiga,
Vencendo em alegria um vil tormento
Sabendo da ternura tão antiga
Que sempre emoldurou minha esperança
Trazendo a maravilha em aliança...
Publicado em: 29/03/2008 10:59:14
Última alteração:21/10/2008 20:35:14
A causa que eu bem sei de nossas mágoas,
Distante da amizade que professo,
É toda a sensação de estar ausente
Da plenitude em paz, andando avesso.
Mas tenho nos teus olhos, minha amiga,
Certeza de que um dia voltarás
Trazendo em tua mão bendito fruto
Que mata a nossa fome e satisfaz;
Pois tendo neste alento, um velho encanto,
Fulgor que conheci e não me esqueço,
Ao fim da tempestade encontrarei
Contrapartida a tudo o que ofereço.
Publicado em: 27/05/2008 14:05:46
Última alteração:21/10/2008 15:20:42
Amizade sã / Alegre de ver você / passar no Recanto
Poeta Galega
Ao sentir tanta alegria
Por te ver aqui por perto,
Coração já se extasia
A tristeza então deserto...
Publicado em: 03/09/2008 18:02:01
Última alteração:08/09/2008 04:44:30
Não quero mais valentia
Nem tampouco tempestade,
No tanto que me cabia,
Só cabe nossa amizade
Meu amigo já te conto
De tudo o que já vivi,
Sofrimento foi desconto
De toda amor que perdi.
Companheiro não me esqueço
Das palavras que dizia,
Esse amor eu não mereço,
Mas custou a teimosia.
Moço pobre, moça rica,
Num dá certo não senhor,
Quando a coisa se complica
O dinheiro tem valor.
O seu pai é proprietário,
Eu sou simples cantador,
Na hora desse honorário
Toda a conta me sobrou.
Quando a moça viu a casa
Com telhado de sapê,
A paixão que fora brasa
Começou a arrefecer.
E depois de rachar lenha
Com a mão tão delicada,
Por mais amor que me tenha,
No final não sobrou nada.
Arroz e feijão na cuia,
Beber água lá do poço,
Guardar milho lá na tuia
Piorou este alvoroço.
Mas te falo camarada,
Cada beijo bem cheiroso,
Valeu toda esta jornada,
Eta bichinho gostoso!
Mas agora que findou,
E voltei à realidade,
Graças a Deus, me sobrou,
O bão de tudo, amizade!
Publicado em: 12/09/2008 13:38:39
Última alteração:17/10/2008 15:02:53
Amiga, quanta saudade!
Quanto tempo não a vejo.
Tu sabes que, na verdade,
Tua amizade desejo.
Não apenas ser fiel,
Nem apenas te adorar,
Conceber um novo céu
Muito mais que sei amar.
Quero a tua mansidão
E teu companherismo,
Amiga, em meu coração,
Não permite nunca abismo.
Nos passos mais complicados
Que a vida nos prometeu
Nossos laços mais atados,
Tanta dor já se venceu...
Eu quero ter a certeza
Que te ofereço, querida,
De não haver maior beleza
Nem amor, na nossa vida,
Que nos trague claridade
Brilho e felicidade
Que nossa pura amizade...
Publicado em: 29/09/2008 21:51:43
Última alteração:02/10/2008 14:48:03
Crivado de emoção e de alegria,
Meu peito vem trazendo luz tamanha,
No canto feito em paz e fantasia,
A noite iluminada mostra a sanha
De quem por longo tempo não sabia
Da força da amizade em que se ganha
A paz e uma esperança benfazeja,
Dois bem que quem batalha sempre almeja...
Publicado em: 24/10/2008 15:13:11
Última alteração:02/11/2008 20:33:00
Os meus sonhos me levavam
Aos caminhos da amizade,
Tantas luzes encontravam
Mais perfeita claridade,
Esperanças desfilavam
A trazer felicidade,
Minha amiga vou contigo
Coração procura abrigo.
Na certeza de que um dia
Noutro dia nascerá
Inundando de alegria
Quem decerto encontrará
Todo o bem que assim queria,
Toda a beleza que já
Procurara a vida inteira
Nos teus braços, companheira...
Publicado em: 02/11/2008 19:50:33
Última alteração:06/11/2008 12:12:16
Menina amiga minha
Amiga que se mostra
Exposta a cada chuva
Nas curvas do caminho
Aposto que tu sabes
O quanto amor nos cabe
Na trave das esperas
Esferas concentradas
Estradas que percorro
Correndo atrás do tempo,
No vento e na promessa
Da festa costumeira
Nas eiras e beiradas
Escadas e montanhas
As sanhas quando assanhas
Acendem fantasias.
E crias mil lugares
Pomares de esperança
Altares da emoção
Na dança avança a noite
E tento disfarçar,
Espero pela porta
Aberta que permita
A moça amada amiga
Pepita dos meus sonhos
Chegando de mansinho,
Posseira e transgressora.
Senhora do que trago
Melhor dentro de mim...
Publicado em: 05/01/2009 12:51:16
Última alteração:06/03/2009 12:34:28
A vida que em momentos já desanda,
Trazendo uma tristeza feita em lava.
Alvoroçando estrada outrora branda,
Deixando no caminho amarga trava,
Formando desventura tão nefanda,
Que mais profundamente me cortava,
Os golpes mais cruéis já recebidos
Turvando em treva imensa os meus sentidos.
A marca da tristeza afigurada
Mostrando tão somente a desventura
Restando em nossa vida quase nada,
A noite ressurgida em treva, escura,
A sorte em outros tempos bem fadada,
Agora vai mudando de figura
E traz desesperança como marca,
Naufraga em solidão a minha barca
Os sonhos que tivera, espedaçados,
O mundo se pintando em fingimento,
Os dias vão passando, transtornados,
Sobrando tão somente um vão tormento,
A seca dissemina sobre os prados,
Da esperança sequer um bom momento,
As águas já secando em plena fonte
As nuvens mais sombrias no horizonte...
A morte já mandando o seu recado,
Encontra a cada curva, outro perigo,
A dor vai ecoando em alto brado,
Um passo para frente e não consigo,
Atado aos elos duros do passado.
Quem sabe em ilusão ressurja um dia
Nos brilhos da alvorada: fantasia?
Mas sinto vir o vento da amizade,
Em mansa sensação de calmaria,
Trazendo para a treva, claridade,
Raiando em emoção santa alegria,
Quem sabe ser possível liberdade,
Além do que pensara, até sabia,
Refazendo o meu canto, em novo verso,
Alçando em pensamento outro universo...
Publicado em: 09/01/2009 14:34:00
Última alteração:06/03/2009 07:32:42
Declino a fronte e durmo no teu colo,
Apascentando assim, desesperanças.
Viajo por planetas, outros mundos,
Que guardo nos meus sonhos, nas lembranças
Do nunca ter passado ou ter vivido,
Mas sempre ter guardado dentro em mim.
Amiga, como é bom poder dizer
De tudo que vivi no amor sem fim
Vigílias e torturas, caos e risos,
Nas ocas esperanças, claridade;
No pranto que não seco e coagula,
Na gula de viver. Tua amizade...
Publicado em: 13/02/2009 20:02:31
Última alteração:06/03/2009 06:37:02
Começo do ócio meu a envergonhar-me
Depois desta labuta que enfrentei
Vivendo sem motivos, enfadonho,
No vago coração eu me enfronhei.
Depois deste vazio por herança
Do amor que nada trouxe e só levou,
Olhar perdido a esmo, sem destino,
Minha alma neste instante já nevou.
Mas tenho no calor de uma amizade
Um cais perfeito em forma de promessa.
Num vício que me toma e me domina,
Amor em amizade se confessa.
Publicado em: 20/02/2009 16:13:21
Última alteração:06/03/2009 01:56:51
Se cada passo
Firmando o laço
Nos faz sorrir
Até cantar
Meu verso amigo
Buscando sempre
Num forte abrigo
Sorriso imenso
De quem eu penso
Estar comigo
Querida amiga
A vida esfrega
E tanto nega
Quanto periga.
O pacto feito
O parto afoito
Partida dói
Medo corrói
Sangrando o peito.
A dor destrói
Quem nunca sabe
Também não cabe
Nem explicar
Que o vento forte
Que traz o norte
É nossa sorte
E mostra o rumo.
No seu perfume
Deixando espinho
Amiga o lume
Vem de mansinho
E um vagalume
Invade o ninho
Mostrando sempre
Nosso caminho...
Publicado em: 25/07/2007 09:24:48
Última alteração:29/10/2008 17:18:25
Uma amizade imensa, mas remota,
Precisa ser deveras bem cuidada,
Amor em amizade se denota
Paisagem tão divina e desejada.
Assim uma esperança sempre brota
No peito de quem tem por bem amada
Aquela cujos braços estendeu,
E a dor em alegria converteu...
Publicado em: 18/10/2007 19:48:47
Última alteração:29/10/2008 14:51:56
Por vezes, solidão em nossos dias
Chegando como a noite sem estrelas,
Por certo nós pensamos em contê-las
Mas elas, tão distantes e tão frias...
A lágrima que insiste em não cair,
Contida na tristeza mais cruel
Tampando esta visão do belo céu
É nuvem que não cansa de cobrir.
Sozinhos, neste mundo da saudade
Achamos que encontramos o final,
Porém nos resta o brilho sem igual
E salvador que emana da amizade!
Publicado em: 28/02/2007 15:04:02
Última alteração:30/10/2008 06:10:32
Procuro sempre a tua companhia
Em meio a tempestades, vendaval,
O canto se transforma em alegria,
Palavra de carinho sem igual.
Iluminando assim, em fantasia
Deixando para trás o temporal.
Nos braços de quem quero tanto bem,
O gozo da amizade agora vem...
Publicado em: 23/11/2007 20:00:39
Última alteração:29/10/2008 12:37:42
Lutando contra a forte correnteza
Na qual nosso destino se abrigava,
Querida ao perceber a dura empresa
Minha alma, sem querer já se entregava
Aos braços da amizade que se preza
Mudando o meu caminho feito em lava.
Agora ao perceber quanto me amparas,
A vida preparou firmes aparas.
Publicado em: 17/11/2007 08:55:34
Última alteração:29/10/2008 14:32:47
Eu quero inspiração do canto livre
Que dentro de meu peito sobrevive
Fazendo de meu verso um instrumento
Que traga tal deleite a quem precisa
Da forma mais suave e mais concisa
Palavra que não seja solta ao vento.
E quanto mais distante o meu sonhar
Trazendo uma alegria que é sem par
A quem mereça ter felicidade,
Nas curvas desta estrada, do caminho,
Certeza que jamais irei sozinho
Pois trago bem comigo esta verdade
Que fala deste amor e da amizade
Que traz tanto calor e claridade
Nas asas deste canto passarinho.
Amiga sobrevôo mil países
E sei deste teu céu tantos matizes
Em forma de ternura e de carinho.
Aos poucos teu calor vou navegando,
Eu sinto que estarei sempre cantando
Mesmo nestas horas onde periga
O sonho de justiça que tramamos,
No mundo mais feliz que imaginamos,
Que eu possa te encontrar de novo, amiga...
Publicado em: 24/02/2007 16:48:00
Última alteração:30/10/2008 06:48:07
Nas estradas desta vida
Quando a dor faz moradia
Matando a sorte querida
Nos sangrando todo dia.
Quando a besta da saudade
Nos invade sem ter pena
Quando a tal felicidade
Nem de longe nos acena.
Quando amargo nos domina
E não deixa mais sorrir
Pensando ser nossa sina,
A vontade de partir.
Quando a ponte desmorona
E nada mais nos sustenta,
Tanta dor voltando à tona
A barragem se arrebenta.
Quando os olhos vão tristonhos
Dá vontade de chorar,
Os sonhos são tão medonhos
Não consegues nem sonhar...
No fundo da escuridão,
Aparece a claridade,
Nos tomando o coração,
Neste beijo da amizade!
Publicado em: 13/02/2007 18:56:49
Última alteração:30/10/2008 06:44:52
Encontros
Entre pontos
Que pensávamos
Paralelos
Nos elos
Dos olhos
Atando
Correntes
Sentes.
Sinto.
Somos
Vivemos.
Somamos,
Sabemos
Dos mesmos
Remos
Sem ermos
Sem esmos.
Sementes...
Publicado em: 13/05/2008 17:55:35
Última alteração:21/10/2008 14:36:09
Despido desta luz, já me extravio
E nada mais me leva, só instinto,
Se queres a verdade, sempre minto
No fundo só roubaste o meu pavio.
Agora que acendeste este luzeiro,
Não deixes que a fornalha nunca apague,
Bem sei que vez em quando, tanto blague
Esconde nosso caso verdadeiro.
Nas esporas teu corcel perdeu o rumo,
Pantera desdentada inda me beija.
O mundo que sonhei não se deseja
Nem mesmo permite novo aprumo.
Regresso em nossa noite enluarada,
Vasculho no teu corpo cada canto.
A fonte do que sempre deu encanto,
Encontro seu caminho, minha amada.
E vamos retornar à noite calma,
Deitados e sangrando sem ter nexo,
Amores que traduzem nosso sexo,
Nos dando, num momento, uma só alma!
Publicado em: 29/11/2006 20:49:00
Última alteração:30/10/2008 19:12:36
Nossa amizade, encanto que domina
A vida a cada passo que for dado.
Beber desta amizade, rara mina
Da qual já se prevê um Eldorado,
A voz de uma amizade determina,
Um dia que virá iluminado.
Sentindo em cada verso um belo lume,
Nas mãos de minha amiga, um bom perfume..
Amiga me permita que eu te siga
Estrela que me guia pelo espaço
Trazendo para o peito esta euforia
Reforça esta emoção em cada traço
Vivendo a plenitude em poesia
Uma alegria imensa a todo passo.
Coração se esfuzia e faz alarde,
Nas trilhas deste amor feito amizade...
Minha amiga, mina rara
De total felicidade,
Mina rara, amiga cara,
Como é bom ser de verdade!
Se te vejo todo dia,
Mesmo assim, tanta saudade.
Amizade é nosso canto,
Nosso encanto, nossa paz.
Impedindo todo espanto,
Amizade sempre traz,
A vontade de ser tanto,
E portanto ser bem mais...
Nas pegadas que deixamos,
Nas estradas desta vida.
Se pararmos, reparamos,
Nas horas mais doloridas,
Com amigos, flutuamos,
As pegadas? Divididas...
Publicado em: 08/02/2007 21:45:57
Última alteração:30/10/2008 07:34:55
Por vezes nos tomando insegurança
Açoda e não permite a liberdade,
Rumo que priorizo, o da esperança,
Faz-se sempre nas alas da amizade.
Trazendo uma alegria em contradança
Alçando bem mais perto, a Cristandade.
Perceba quanto Cristo foi amigo
Talvez a paz esteja mais contigo.
A dor que tantas vezes incomoda,
Batalha violenta e belicosa,
Aos poucos sem saída se acomoda,
Esterco para o amor, perfeita rosa.
Ciranda da alegria, infante roda;
Que faz a nossa vida perfumosa.
Assim, na soberana recompensa,
Nossa amizade seja a nossa crença.
Publicado em: 25/05/2007 20:29:59
Última alteração:29/10/2008 17:44:54
O meu verso de amizade
Agradece todo dia
Pelo amor à liberdade,
Solto a minha fantasia
E buscando na verdade,
Tanto bem que enfim queria,
Vislumbrando a lealdade
Que permite esta alegria,
Vou alçando um canto breve,
E louvando cara amiga,
Coração batendo leve,
Reforçando sempre a viga
Que nos deixa em base forte,
Enfrentar a tempestade,
Agradeço enfim a sorte
De ter a tua amizade!
Publicado em: 06/09/2007 09:33:36
Última alteração:29/10/2008 15:32:47
Borbulhando em meu cérebro as vontades
De ter algum prazer na minha vida,
Recebo desafetos; como prêmio.
A sorte vai ficando assim, perdida.
Mas tendo quem me ajude a caminhar
Eu sinto ser possível a mudança
Galopa o pensamento em campo aberto
Trazendo para o verso uma esperança
Que molda-se decerto na amizade,
De uma pessoa bela e camarada;
Mulher que me mostro um novo dia
Depois do turbilhão na madrugada...
Publicado em: 25/09/2007 19:00:49
Última alteração:29/10/2008 15:12:10
Nos frios gelos e nos sóis me queimo
Ardentes emoções; deixei pra trás.
O tempo me mostrou em fina lança
Que a vida se pretende ser em paz.
Marcados pelos medos, temperança
Mostrando-se distante em meu caminho.
Refém de uma saudade indescritível,
Andei por tanto tempo mais sozinho.
Porém ao ver a luz no fim do túnel,
Tonéis de mel em gozo, liberdade.
No céu iluminado pelos raios
Que emana todo o bem desta amizade...
Publicado em: 26/09/2007 19:28:56
Última alteração:29/10/2008 15:11:49
Não digo: morrerei em tua ausência!
Pois não seria justo fazer isso.
Tu és a vida, e dela eu aprendi
Que jamais perderá a força e o viço
Quem conheceu pessoa tão amiga
Que mesmo tão distante não se esquece
Do amigo que bem sabe tanto quer
E o fato de existires enaltece.
Poder ao relembrar em cada dia
Todos ensinamentos que deixaste,
É como uma oração em homenagem
A quem na minha vida se fez haste.
Publicado em: 29/09/2007 15:36:34
Última alteração:29/10/2008 15:10:54
Meu amigo; quero a sorte,
Que trama nos véus
A felicidade
Para os olhos meus...
Vivendo os luares
Esses meus luares
Tão alvos luares.
Meus olhos ateus
Percebem a vida
Que vai mais cansada
Tanta dor da vida
Dando em quase nada.
Simplesmente nada
Amor que decida
Meu amigo, quero a sorte
Sem temer a morte
Sem medo de vida
Sem saber do porte
Da minha ferida
E que seja consorte
Na boda da vida...
Publicado em: 04/10/2007 21:28:39
Última alteração:29/10/2008 15:09:15
Abençoados todos os que sentem
Uma ventura imensa a cada dia.
Não deixe que a tristeza assim te impeça
De ter dentro de ti, plena alegria.
Amigos caminhando lado a lado,
Formando uma falange contra o mal,
Enfrentam toda a sorte de problemas,
Com força tão sublime e sem igual.
Não vejo quem consiga destruir
A quem em amizade traz a vida.
Batalha que é difícil combater,
Numa amizade nunca está perdida.
Por isso é que eu me encanto, companheira,
E cada vez mais forte uni meus laços
Contigo, camarada em confiança,
Firmando com vontade nossos passos...
Publicado em: 09/10/2007 15:36:52
Última alteração:29/10/2008 14:45:02
Amizade, companheira
Não é flor tão corriqueira
Que se encontra a vida inteira
Basta querer procurar.
Amizade é laço forte
Que quem tem, encontra a sorte
Sobrevive até na morte.
Não é fácil de se achar...
Amizade, minha amada,
É produto duma estrada
Tão longa e tão bem cuidada,
Não se pode descuidar...
Amizade, meu amor,
Tem raridade de flor
Somente bom lavrador
Tem poder de cultivar!
Publicado em: 13/10/2007 21:45:12
Última alteração:29/10/2008 14:47:01
No tempo que se passou
A saudade machucando,
Desta tristeza que sou,
A noite desesperando.
Com meus pés nesse grilhão,
Meu pensamento transtorna.
Toda a vida, a sensação
De dor que não se contorna.
Se mostra tão dolorida
Esta noite que passei,
Toda a alegria da vida,
Decerto já nem mais sei...
Mas te vejo, minha amiga,
És companheira de fato,
Grudando com forte liga,
De ti, eu nunca me aparto,
Afeito a tanta dureza,
Chegado a tanta maldade,
Só em ti tenho a beleza
Na certeza da amizade!
Publicado em: 14/10/2007 18:33:11
Última alteração:29/10/2008 14:47:06
Encontrei em ti grande fortaleza,
A proteção divina nesta estrada,
Palavra sempre dita com franqueza,
Noite mais bonita e iluminada,
De uma amizade imensa, tal certeza
Permite que eu prossiga meu caminho,
Mais forte e mais feliz, nunca sozinho...
Publicado em: 18/10/2007 16:51:20
Última alteração:29/10/2008 14:51:58
Deixando uma tristeza bem distante,
Fazendo dos meus sonhos, esperanças.
Vivendo em teu carinho, ao mesmo instante
Que um verso mais liberto aos céus, tu lanças,
Olhando o brilho raro e deslumbrante,
Voltamos novamente a ser crianças.
Meu peito de alegria comemora
A fonte que se entorna e mostra agora
A limpidez sincera deste amor,
Que nada pede e paz nos oferece,
Mostrando a maravilha do pendor,
Trazendo para a vida, como em prece,
O braço que se mostra redentor,
E um dia em perfeição, assim se tece.
Palavra de consolo e tão serena,
Na força da amizade já se acena.
Depois de atravessar duro deserto,
A lua soberana em várias fases,
O coração se mostra mais aberto,
Encontra no caminho um santo oásis,
O passo que em outra hora fora incerto,
Afirma-se, sublime; noutras bases.
E assim, na caminhada não se cansa,
Percebe bem mais próxima, esperança...
Eu agradeço a ti, querida amiga,
Por dares mais sentido à minha vida.
Nesta amizade eu sei da firme viga
Em toda plenitude concebida,
Ao permitir que andança em paz prossiga
Demonstra neste túnel, a saída.
A par do que possamos conhecer,
Eu venho agora aqui te agradecer.
Vencer tantas tristezas que encontrei,
Alçando bem mais forte um canto breve,
Mudando o meu destino, a sacra lei
Deixa minha carga bem mais leve,
Contigo; toda dor eu vencerei,
E um passo mais audaz, assim se atreve,
Atado nos seus laços, amizade,
Conhecerei em paz, felicidade...
Publicado em: 21/10/2007 22:14:10
Última alteração:29/10/2008 15:08:15
Nossa amizade é festa em nosso peito,
Resolve tantas vezes, os problemas,
Quem tem amigo sabe, satisfeito,
Que o coração merece tais emblemas.
Nas dores que vierem, dá-se um jeito,
As almas se encontrando, mesmos lemas.
Amiga em regozijo, o meu prazer
De um dia, em alegria, te saber...
Publicado em: 24/10/2007 21:09:56
Última alteração:29/10/2008 14:29:03
Estrada que eu passei tão arenosa,
Com dores e tristezas acenando,
Na curva do caminho, perigosa,
Vontade- ser feliz- já capotando,
Porém a mão sincera e generosa
Nos olhos de uma amiga demonstrando
Que o dia pode ser alvissareiro
No canto de amizade, verdadeiro...
Publicado em: 27/10/2007 12:35:27
Última alteração:29/10/2008 14:29:58
O tempo de viver já consagrado
A quem em amizade logo venha,
Trazendo o mundo em paz e sossegado,
Sabendo; da alegria, a sua senha,
O mundo em amizade, aventurado,
Não tendo mais espinho que o detenha
É como se o caminho já mostrasse
E em paz, tranqüilidade, repousasse...
Publicado em: 05/11/2007 21:24:48
Última alteração:29/10/2008 14:31:35
Amigo em cada laço do passado
O mundo mais feliz se transmudava,
Meu rumo que se fez sempre ao teu lado
Tanta amizade, imensa demonstrava,
Mudando com certeza um triste fado,
Tanta felicidade se hospedava
No peito que vencendo as duras feras
Eternizou nas almas, primaveras...
Publicado em: 12/11/2007 22:43:31
Última alteração:29/10/2008 12:35:52
Nos teus lábios descobri
A delícia de viver,
Sempre estou perto de ti
Meu amor, meu bem querer...
Publicado em: 03/03/2008 21:30:24
Última alteração:22/10/2008 14:16:37
Nos teus lábios mato a sede
E desejo sempre mais,
Embalado nesta rede
Imagino um doce cais...
Publicado em: 03/12/2008 10:44:59
Última alteração:06/03/2009 16:09:03
Nos teus olhos eu percebo
O fascínio feito em mel,
De teus lábios quando bebo
Adentro as portas do céu...
Publicado em: 02/03/2008 10:59:26
Última alteração:22/10/2008 13:47:25
Nos teus olhos tanto brilho
A beleza de um farol
Vou seguindo cada trilho
Chegarei depressa ao sol.
Publicado em: 07/01/2009 05:46:13
Última alteração:06/03/2009 12:07:25
Procuro nos olhos teus
O brilho que salvará
Um facho belo de luz
Que noutro lugar não há
Que me traga toda a paz,
Onde esse amor estará,
Sem ter medo, sem saudade,
Nos desejos, tantos beijos,
Trazendo felicidade,
Nos teus olhos, belas contas,
Tantas luzes; irradias...
Em tua alma, tanta luz...
Procuro nos olhos teus,
O lume que me trará
O sonho que se produz
De tanto brilho por lá
Que me faça mais feliz
Onde meu amor está
Sem ter medo, sem tristeza,
Nos meus sonhos, belos olhos,
Trazendo toda clareza
Destes olhos, que me contas,
Tantos sonhos que dizias...
Em tua alma, pura luz...
Procuro nos olhos teus
Essa paz que quero achar,
De tanto que me seduz,
O brilho do teu olhar,
Sou decerto, tão feliz,
Por poder sempre te amar.
Sem ter medo, sem descanso,
Nos teus olhos, tantos sonhos,
Trazendo todo o luar,
Nestes olhos, quantas contas,
Tantas coisas; prometias,
Pr’a minha alma, tua luz!
Publicado em: 30/12/2006 14:02:16
Última alteração:30/10/2008 08:41:35
Nos teus braços
Meu amor,
Nossos passos,
Campo e flor
Sigo os traços
Pr’onde for
Teu feitiço
Fogo intenso
Compromisso?
Sempre penso.
Amor-viço
Vício imenso..
Quero o fogo
Deste jogo...
Publicado em: 07/08/2008 11:26:25
Última alteração:06/10/2008 19:25:13
De minha inspiração tristeza e sonho
Das horas que passamos, de tão puras,
Vivendo nosso amor que sei risonho,
Embora em tantas noites mais escuras
Encantos e desejos que se tocam,
Sabendo que virão as desventuras,
Amores nos amores se retocam
Nos salvam destas mágoas, amarguras...
Agruras deste amor que me tomava
Entre verdades tolas e receios,
Ao mesmo tempo em que tocava
A maciez gentil destes teus seios...
Aurora em maravilha transportava
Clarão do novo dia que sonhei,
Ao ver a criatura imaginava
Em quanta fantasia me esbaldei...
Quem sonha não revela os seus segredos
Transborda em tantas formas de prazer.
Não quero mais viver os velhos medos,
Apenas o teu corpo percorrer
Sagaz e mais gentil explorador
Sabendo decorar os arvoredos,
Das matas em delícia deste amor,
Vivendo em fanatismo teus enredos...
Quem dera não tivesse tal tristeza
Que sempre me invadindo não me larga,
Cabendo nesse mundo a fortaleza
Que impede nossa vida tão amarga.
Eu quero desvendar essa beleza
Envolta nos teus rumos e paragens,
Não sei se mais terei essa certeza
Que traz em nossas vidas as roupagens
Decerto me protejo nos meus versos
Envoltos nesta capa de ilusão,
Contando tantos sonhos adversos
Protejo dessa dor meu coração,
Assumo por caminhos mais diversos,
O medo de viver em solidão,
Sabendo que terei os universos
Que trazes com a força do perdão...
Amada não me deixe assim tão só,
A vida não será mais este lago
Da mansidão perfeita, laço e nó
Que sempre determina o teu afago,
Amada eu te implorando santa dó
De quem sempre viveu sem ter ninguém
De quem jamais saiu do imenso pó
E vive na esperança desse bem...
Querida não desejo a liberdade
Envolta nos delírios mais ferozes,
Talvez possa me dar a claridade
Que sempre me protege das atrozes
Garras inerentes da saudade
Vagando tanto tempo nos teus braços,
Aguardo tolamente tal verdade
Que impedirá a vida dos cansaços...
Não deixe que o amor seja atingido
Por tantas heresias e penumbras,
De todo grande amor, maior sentido,
São cores e desejos que vislumbras
Ao fim de tanto tempo sem olvido,
Querida não me traga tantas garras
Não quero mais amor tão mal vivido
Nos medos e nas teias, nas amarras,
Que sempre dominaram nossas vidas.
Agora, neste outono em que me vejo,
As horas não seriam tão compridas
Se fosse realizado esse desejo
De termos nossas sortes já cumpridas,
Na fonte que não seca, manso beijo,
Nas nossas horas todas tão queridas,
Porquanto tanto luto assim, pelejo!
Venha pelas sendas mais bonitas
De todos os caminhos, minha rosa,
De todo o mal da vida, não permitas,
Que a dor sempre te engane pois, vaidosa
Não vê que se desaba tudo aqui
Nas asas machucadas e feridas,
Nas noites mal passadas e sofridas
Dum pobre sonhador, teu colibri....
Publicado em: 24/12/2006 10:27:37
Última alteração:30/10/2008 08:43:12
Tantas dores a vida nos promete
São montanhas diversas, ventanias...
Ao passado, a tristeza me remete
Fazendo transtornar as melodias
Da festa, serpentina com confete
Nos meus ultrapassados carnavais.
O tempo que se foi não mais repete,
A alegria vivemos, nunca mais!
Das dores que acumulo pela vida,
A ausência desta luz que já morreu,
Da minha mocidade, despedida...
Não há mais sequer lua que inda brilhe
No meu céu sem estrelas, puro breu,
Por mais que essa tristeza inda me trilhe
Meus braços enfrentando a dura lida
Esperando esse amor que maravilhe
E, tornando meu dia bem mais claro
Traga-me amor sincero e bem mais raro,
Vivos nos belos olhos teus, querida...
Publicado em: 12/12/2006 14:55:10
Última alteração:30/10/2008 09:31:58
Nos teus braços me arremeto
Num momento de loucura
Tanto amor eu te prometo
Com carinho e com ternura.
Publicado em: 01/03/2008 20:35:41
Última alteração:22/10/2008 17:13:13
Nos teus braços sigo
Passarinho voa,
Pela noite afora,
Coração à toa
Bate sem juízo
Não quer mais parar,
Encontrei a paz,
Que fora buscar
Nos braços serenos
Da moça morena
Na boca gostosa
A vida se acena
Feliz e mais pura,
Audaz sensação
De viver em glória
Inverno e verão
Sabendo que um dia
Talvez seja logo,
Nos braços queridos,
Meu amor afogo
E guardo o sorriso
Perfeito e formoso
De um beijo trocado,
Cabelo sedoso
Da moça morena
Menina bonita
Coração dispara
E louco se agita.
Nos requebros da morena
Aprendi a ler desejo,
A vontade então acena
Esperando por teu beijo...
Publicado em: 17/06/2008 22:13:09
Última alteração:20/10/2008 01:15:37
Te amo,
tu me amas,
doce benção.
Sigamos, pois, então
na vida afora
falando deste amor
que é glória, é luz.
É um salvo-conduto
é nossa cruz.
Nas bênçãos deste amor
Amor que tanto quero
Espero a cada dia
Um dia que virá.
Virá nos lábios teus
Teus olhos, salvação
Ação de benção rara.
Amar sem ser amaro
Amar sem ter amarras
Nas asas da alegria.
Do dia que sei claro
Do amor em quem me amparo
Amarro minha sorte.
Sem corte ou cicatriz
Todo o bem que já se quis
No qual sou mais feliz..
HLuna
Marcos Loures
Publicado em: 22/04/2007 13:13:40
Última alteração:06/11/2008 08:47:49
As horas se passavam piedosas
Arcanjos revoando nos meus sonhos,
Plantando no canteiros belas rosas,
Promessas de futuros mais risonhos.
Manhãs que serão sempre mais formosas,
Calando pensamentos tão tristonhos.
Nos braços da amizade vou ao céu,
Montando na esperança, o meu corcel...
Publicado em: 04/12/2008 15:42:06
Última alteração:06/03/2009 16:05:12
As horas se passavam piedosas
Arcanjos revoando nos meus sonhos,
Plantando no canteiros belas rosas,
Promessas de futuros mais risonhos.
Manhãs que serão sempre mais formosas,
Calando pensamentos tão tristonhos.
Nos braços da amizade vou ao céu,
Montando na esperança, o meu corcel...
Publicado em: 09/11/2007 21:41:02
Última alteração:29/10/2008 14:48:08
Nos meus olhos d’água
O sofrer da vida inteira
Seu amor nele deságua
E logo fecha a torneira...
Publicado em: 02/03/2008 18:15:39
Última alteração:22/10/2008 13:58:43
Nos meus olhos o horizonte
Vai tomando toda a cena,
Quando o sonho assim se aponte
Traz paisagem serena...
Publicado em: 04/03/2008 21:33:39
Última alteração:22/10/2008 15:02:04
Retrato de esperança afigurado
Nos olhos de uma amiga, traz ternura,
Frio amargor ficando no passado,
A vida se mostrando bem mais pura.
No verde dos teus olhos, vai pintado
O mar que enobreceu velha pintura.
De todas as palavras que professo,
Nos laços da amizade, amor confesso...
Publicado em: 31/10/2007 21:28:19
Última alteração:29/10/2008 14:30:18
Vereis meu canto alçando a nossa sorte
Mudando o nosso rumo, estou prevendo
Que a vida se refaça em novo norte
Nos laços da amizade me envolvendo.
O sonho da alegria, o meu suporte
Às duras tempestades vai contendo.
Deixando para trás a dor extrema,
Mostrando esta amizade que é suprema...
Publicado em: 09/11/2007 19:20:01
Última alteração:29/10/2008 14:32:11
Trazendo para nós tanta nobreza
Uma amizade faz engrandecer
O coração que emana uma pureza
Permite na verdade perceber
O quanto se deseja e que se preza
Quem sabe com carinhos proteger.
Nos laços da amizade eu descobri
O quanto necessito, assim, de ti...
Publicado em: 10/11/2007 18:01:41
Última alteração:29/10/2008 12:35:43
Na vida tantas vezes, desabrigo
Encontro em meu caminho, frágil chama
Que traz no dia a dia tal perigo
Deitando a solidão em minha cama.
Percebo no teu braço tão amigo
O quanto a vida muda a sua trama
Nos laços mais sublimes da amizade,
Trazendo para nós felicidade...
Publicado em: 22/11/2007 15:21:19
Última alteração:29/10/2008 12:37:22
Fazendo rebrilhar minhas esporas
Montado no cavalo da esperança
Adentro cada campo que se mostra
Aberto ao canto lento da lembrança.
Fugindo do que fora desespero,
Tempero minha boca com a tua.
Vibrando na beleza deslumbrante
Da moça aqui deitada, intensa e nua.
Corcel que galopando a noite inteira
Insaciável busca por estrela
Aonde possa amar em carrossel,
Atado sem jamais poder detê-la...
Publicado em: 25/09/2007 19:29:44
Última alteração:29/10/2008 15:11:57
Abandonas as ondas e me mordes.
Me mordes nas ondas que abandonas.
Somos ondas e mares,
Moréias e marés.
Somos abandono...
Fino sono.
Soníferos.
Sonhos feros,
Feras vozes,
Vorazes!
Publicado em: 27/09/2007 18:48:31
Última alteração:29/10/2008 15:11:24
Rondas e rodas
Lendas e modas
Modos e giros
Bocas e tocas,
Grutas e grotas
Rodando sem fim.
As mãos se procuram
As línguas torturam
Tonteiam e clamam,
Nas chamas que chamam
Nos olhos que miram,
Atiram desejos
Em beijos e seixos.
Desleixos na cama,
Gargalos e trocas,
Locas e rumos,
Somas e sumos.
Prumos e planos,
Plainos e montes,
Fontes e sede,
Rede ou esteira
Cheiro e perfume.
Partos e portos.
Filhos e trilhas.
Os mares, ilhas
As maravilhas
Fomes e comes
Tomas e dás.
Na frente, atrás
Novo volteio
Romãs e seios.
Veios e vias...
E assim continua...
Publicado em: 29/09/2007 19:34:08
Última alteração:29/10/2008 15:10:32
Debaixo da coberta, dos lençóis
Nos jogos mais profanos, me envolveste,
Tocado pela força destes sóis
A tua pele nua me reveste
E vamos atrelados noite afora,
Até que chegue impávida, outra aurora...
Publicado em: 14/12/2007 21:43:34
Última alteração:23/10/2008 08:28:28
Noturnas
Rondas
Soturnos
Medos
Anéis
Saturnos,
Tristes
Noturnos
Além dos turnos
Onde rodando
Cometa, estrela
Beleza em tê-la
Rainha bela,
Velas abertas,
Mares distantes
Luas constantes
Tão delirantes
Amanheceres.
Seres exatos,
Em finos pratos,
Rumos e tratos.
Nas cercanias.
Quintal e fruto
Pomar e sorte,
Desfruto a vida,
Afasto a morte.
E quero o colo
Consolo e beijo.
Fonte desejos
Belos horizontes.
Montes claros,
Raros brilhos,
Doces trilhos,
Mel e boca.
Toca, acolho,
Soma e rumo.
Romãs e seios
Rios, veios
Amor, simplesmente.
Amor...
Publicado em: 10/04/2008 21:39:23
Última alteração:21/10/2008 18:23:31
Côncavo e convexo
Perfeita harmonia,
Brilhos e reflexos,
Sutis fronteiras
Grávidos de luz.
Publicado em: 22/05/2008 13:37:12
Última alteração:21/10/2008 15:17:26
Num balaio de gatos
Atos pernas coxas
Ritos
Riscos
Ariscos
Vamos noite adentro.
Corpos
Suores
Tremores
Ardências...
Vicejas
Desejas
E tentas
Atentas
Atentos
Não perdemos
Momentos
Sequer
Se queres
O querer
Que tanto desejamos
Atrelados
Estrelados
Constelares...
Publicado em: 31/05/2008 20:56:46
Última alteração:20/10/2008 20:10:11
Facetas várias,
Promessas, ritos
Rios que buscam
A mesma foz
Na placidez de um lago...
Publicado em: 21/08/2008 19:54:27
Última alteração:19/10/2008 20:32:22
Marcas entre facas
Aços, olhos
Óleos
Vistos.
Pré vistos
Pensamentos
Previstas ilusões...
Alço pares
Alçapões
Galgo espaços
Ouço o não
E teimo,
Retomo
E o tombo é maior...
Publicado em: 26/08/2008 18:38:44
Última alteração:17/10/2008 17:08:14
Inda guardo as cartas
Mapas de um amor
Mesmo amareladas
São testemunhas vivas
Do quanto foste minha.
Cartas perfumadas
Jogadas na gaveta
Remontam ao passado
Aonde fomos livres
Libertos das algemas
Dos medos e das tramas.
Saúdam a saudade,
Emolduram tua face
Sem disfarces, sem mentiras.
Podaste nossos sonhos,
Mesmo que enfadonhos
Fados prometiam,
Fartas serventias
Falsas ventanias
Frágeis liberdades.
Cartas, cortes, curvas,
Crepúsculos, ósculos,
Músculos e máscaras.
Caras palavras
Caras diversas,
Dispersas palavras.
Algozes promessas
E festas depois,
Frestas abertas,
Matando nós dois...
Publicado em: 06/10/2007 14:35:41
Última alteração:29/10/2008 15:08:28
Menino, quero a festa.
Sombrio, quero a morte
Garoto quero a pipa
Falante, papagaio.
Gestante, quero o verso.
Delírio, um universo.
Covarde, quero a lança
Intrépido quero o bote.
Destino, quero a sorte,
Poeta, me dês mote.
Confete, carnaval
Moreno, quero o sol,
Gelado quero a lua
Penado peço alma,
Postado um e-mail
Pacote quero fita.
Cinema quero filme
Restante quero o todo
Lodo quero o tombo
Arroubo quero a calma;
Arma quero a bala.
Bala quero o doce.
Doce quero a boca
Boca quero o beijo.
Beijo peço a língua
Língua quer tempero
Tempero diz pimenta
Pimenta e calor.
Calor me dá Maria.
Maria me dá filho
Filho quero cinco
Cinco quero os dedos,
Dedos teu anel
Anel diz casamento
Êpa! Tô fora....
Publicado em: 07/12/2006 18:13:54
Última alteração:30/10/2008 09:16:09
Eu vivo
nos bairros escuros do mundo
sem luz nem vida.
Vou pelas ruas
às apalpadelas
encostado aos meus informes sonhos
tropeçando na escravidão
ao meu desejo de ser.
São bairros de escravos
mundos de miséria
bairros escuros.
Onde as vontades se diluíram
e os homens se confundiram
com as coisas.
......
Agostinho Neto
Nos ermos das favelas, guetos, vilas,
Andando pelas ruas, sem ter rumo.
Nas praças, nos botecos, ruas, filas,
Entorpecido vivo o pó e o fumo.
Escravo das misérias que destilas,
Negando e proibindo cada aprumo.
Embora queres crer iguais argilas,
Sangrando não me resta nem o sumo.
Eu vivo e coabito com o nada,
Do nada em que cheguei, nada me resta.
A fome escurraçando a liberdade
A podridão que serve como escada,
Aos poucos demonstrando: nada presta,
Senão talvez, um rito de amizade...
Publicado em: 25/08/2007 19:48:16
Dormência...
É esse amortecer que é tão sentido
e evoca um fim pra cada dor que é fato
o arauto, o sinal claro: estou perdido!
E eis que percebo a falta até do tato...
Aninho em mim mesmo o que era tido
aquém do ouvir sereno e assaz recato
e não escuto o som há muito ouvido!
É certo que na boca o antes regato
achou de ficar seco e eu vi-me junto
ao ponto cego do existir oculto
e o cheiro já nem sinto, é dissipado,
é fato consumado, é fim de assunto;
agora me procuro e nem qual vulto
eu encontro a mim mesmo, estou velado.
Ronaldo Rhusso
Nos ermos de meu ser busco encontrar
Em meio a meus escombros a verdade,
Percorro descaminhos, realidade,
E nada está de fato em seu lugar...
Na sôfrega batalha para achar
Algum sinal com tal sinceridade
Afastando afinal a obscuridade
Aonde eu possa enfim me desnudar,
Percebo neste espelho que me trazes,
Os olhos embaçados, mas audazes
Da fera envelhecida e já sem dentes.
Mas que inda crê na força de outras eras,
No inverno vou buscando primaveras,
Velando a minha imagem entrementes...
Publicado em: 20/12/2009 20:34:54
Última alteração:16/03/2010 10:01:45
Nos espaços mais serenos
Esta lua quis brilhar,
Mas ao ver tantos venenos
Mergulhou em outro mar...
Publicado em: 07/08/2008 14:48:27
Última alteração:19/10/2008 22:18:06
Nos canto das ingrenage
Nas istrada da sodade
Incontrei meu bem querê,
A vida trais crueldade,
Apercuro pur vancê
Nos canto das ingrenage
Nas bêra dessas viage...
Moça bunita dá jeito,
Num dêxa os óio chorá
Amor prá sê mai perfeito,
Num pode os óio alagá,
Eu perdi minhas bagage,
Nos canto das ingrenage...
Incomendei um vistido,
Prá moça linda vestí,
O meus amô é sufrido,
Das dô qui tanto vivi,
Rebentô essas barrage,
Nos canto das ingrenage...
Tantas noite que chorei,
As mágua num derum paiz,
Eu jamais esquecerei
Tanta dô a vida traiz,
Parece que é pilantrage,
Nos canto das ingrenage...
Maria me deu um bêjo,
A sodade machucô,
Minha vida é só desejo
De vortá pru meus amô,
Mas já fiz tanta bobage,
Nos canto das ingrenage...
Num tenho medo de nada,
Nem de cabra valentão,
Minha viola é espada
Nas noite do meu sertão,
Num suporto fardunçage
Nos canto das ingrenage...
Meus óio já tá cansado,
Destas coisa que inventáro,
Eu sô cabra bem casado,
Mai gosto deste açucaro,
Vivê nessas vadiage,
Nos canto das ingrenage...
Nos canto das ingrenage
Eu termino a cantoria,
Já falei munta bobage,
Vô pegá na muntaria...
Eu termino essa viage
Nos canto das ingrenage...
Publicado em: 13/10/2006 19:14:16
Bailando em teu corpo
Meu corpo procura
O porto seguro,
A mão da ternura,
Do chão antes duro,
Semente se apura
E amor salta o muro,
Reparte em brandura
Além do futuro,
Esquece a tortura,
Amor eu te juro,
Eu quero esta cura
Que traz tanto apuro
Que entranha a loucura
Dos corpos unidos,
Vencidos os medos,
Distâncias, temores,
Amores sutis,
São qual vendavais
Dilúvios divinos
Eu quero teu cais,
Prazeres tão finos,
De novo, bem mais,
Causar desatinos,
Unido nós vamos,
Os mesmos destinos.
Recatos
são deixados
pelos cantos
recantos
explorados,
maravilhas.
Trilhas desejadas
e cumpridas.
Vidas entrelaces
e prazeres.
Somos
gomos
desta mesma
fruta.
Embates
em bares
e lares,
alhures
aqui,
laços
lenços
lençóis
sóis
e suores.
E assim
passageiros de nós mesmos
vagamos infinitos
em nós dois...
Meus rastros em teus passos se perderam
Mergulho em teu espelho e me confundo
Mosaicos, labirintos que sabemos
Vivendo nosso amor doce e profundo
Reféns de nossos sonhos somos dois
Irmanados na mesma sombra e traço.
Mesclados entremeios siameses,
Unidos pelo amor, eternamente...
Somando os corações viramos um,
Toando em mesmo ritmo, vamos juntos.
Colhendo as esperanças no caminho
Carpindo nossas dores e alegrias.
Nas sombras que deixamos, só vejo uma,
Atada noutra sombra que não vejo.
Unidos caminhantes, andarilhos,
Os trilhos, as pegadas, rastros unos.
Arcando com os sonhos que, comuns,
Nos levam ao etéreo num segundo.
Num zoom eu te percebo espelho meu,
Sou teu e tu também, juntos seguimos
Nos ímãs que nos atam, atraídos
Dois pólos que diversos nada afasta.
Encosto meus desejos, tuas asas,
Alçamos infinitos, mesmos rumos...
Publicado em: 10/10/2007 20:52:58
Última alteração:29/10/2008 14:45:52
Nos canteiros da esperança
Eu plantei meu bem querer,
Na alegria que se alcança
Dá vontade de viver.
Belas rosas perfumadas,
Ofereço pra você,
Nestas manhãs orvalhadas,
Lhe procuro, mas cadê?
Quem me dera um passarinho
Que cantasse nosso amor,
Nunca mais andar sozinho,
Cada passo, encantador.
Minha boca te procura,
Os meus lábios querem beijos,
Tanto amor, tanta ternura,
Vem matar os meus desejos!
Publicado em: 03/10/2008 14:02:43
Eu quero estar nos braços da amizade!
Abrir meu coração sem nenhum medo
E quando me sentir em algum degredo
Ter um ajuda de boa vontade...
Estar também na gran felicidade
Ou quando estiver triste - estiver quedo
Poder compartilhar qualquer segredo
Virando estrela no esternidade
Meu verso vai buscando estrela guia
Na qual, da qual, vivi cada esperança.
Louvando uma amizade em poesia,
No passo sempre dado em segurança,
Amigo me permita em alegria
Dizer que a vida em festa nos alcança.
GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 13/09/2007 18:48:13
Última alteração:04/11/2008 17:04:05
NOS BRAÇOS DA AMIZADE
São duras as batalhas
Que a vida nos propõe
Os cortes mais profundos
Na mesa sempre põe
O resto da amargura
Pior do que jiló
Roubando uma esperança
Deixando a gente só.
Sem timoneiro, um barco
Se perde na viagem,
Apenas ilusões
Eu trago na bagagem
Mas sei que poderei
Contar sempre contigo,
De tudo o que sobrou,
É bom te ter amigo.
Com tantos sofrimentos
Só resta, na verdade,
Um canto que consola
Nos braços da amizade...
Publicado em: 07/07/2007 17:36:11
Última alteração:29/10/2008 17:17:54
Quem dera se as venturas fossem longas,
A vida poderia nos mostrar
Um riso emoldurando nossa face,
Uma alegria imensa que sem par
Pudesse nos trazer uma esperança
De um dia mais feliz e mais sensato.
Porém a vida trai, não tenha dúvida,
Secando logo a fonte e sem regato
O rio em seu caudal se secará.
Mas tendo no caminho em liberdade,
Nascente de esperança vingará
Nos braços tão leais de uma amizade...
Publicado em: 26/09/2007 15:51:18
Última alteração:29/10/2008 15:11:52
Um sonho que se mostra cobiçoso
Pensando em alcançar o que desejo,
Meu mundo, quem me dera, mais ditoso,
Trazendo uma alegria em que prevejo
Caminho muito menos pedregoso
Alçando assim, liberto, o bem que almejo.
Nos braços da amizade em temperança
A vida restitui uma esperança...
Publicado em: 23/11/2007 20:33:26
Última alteração:29/10/2008 14:33:08
No verso que te faço, companheiro
Um canto que se mostra mais sutil,
Vivendo do teu lado o tempo inteiro
Percebo quanto és nobre e tão gentil
Nossa amizade é feita em aliança
Trazendo para nós plena esperança;
Por vezes os caminhos são marcados,
Somente pelas pedras, por espinhos;
Nos braços da amizade, derrotados
Os medos e os problemas dos caminhos.
Assim ao ver a força da amizade
Percebo ser possível liberdade
Publicado em: 25/11/2007 13:28:10
Última alteração:29/10/2008 12:38:16
Nos braços da saudade eu adormeço
E sonho com momentos que passei,
Depois a vida trouxe, num tropeço,
Estrada que sozinho, eu encontrei.
Aos laços da saudade, eu ofereço
O melhor desta vida que passei.
Acendo o meu cigarro e te imagino,
Retratas o meu sonho de menino.
Fulgores no passado são refeitos
Nas noites em que penso reviver,
Deitando uma saudade em outros leitos,
Percebo o quanto é duro percorrer
Os dias em momentos sempre feitos
Do sal de uma saudade e perceber
O quanto que já fui e não mais tenho.
A vida vai mudando o seu empenho.
Um som que penetrando na janela
Relembra a nossa música, querida.
Lembrando da harmonia, se revela
Saudade do que tive. Distraída,
A vida se demonstra mais singela
E traz de novo, estrada tão comprida
Espinhos misturados com perfume.
Saudade: escuridão que refaz lume.
Marcado em cicatriz pela vontade
De ter o quanto fui e não sabia;
Atando os pés que buscam liberdade
Quimera que se encharca em poesia,
Na bêbada ilusão, uma saudade,
Maltrata enquanto a dor, cedo alivia.
Em outra face, fala das paixões
Mercadora cruel das ilusões.
Meu mundo, há tanto tempo, assim caiu,
E nada do que vivo me faz crer
Que a noite que se foi, voraz e vil,
Permita um novo e claro amanhecer.
Meu peito, na saudade, então se abriu
E pude depois disso perceber
O quanto sou escravo da saudade,
Refém da luz que emana falsidade...
Publicado em: 24/10/2007 21:01:24
Nos braços da poesia
Adormeço os meus dilemas
Quanto bebo em fantasia
Rompo enfim minhas algemas.
Publicado em: 20/02/2008 21:54:08
Última alteração:22/10/2008 17:32:00
O tempo traz contentes tentativas
De termos novos termos aos amores.
Olores mais profícuos destas flores
Dos amores perfeitos, sempre-vivas.
Agouros que me trazes, sempre bons,
E sorte que desejas, nas venturas,
Conformes e com formas de ternuras
Os sonhos que se sonham são seus sons...
Pressinto que te sinto aqui do lado
No fado que desenha meu futuro
Apuro que me curo no teu fado,
Abraço teu amor e me asseguro.
Se queres meu amor, sorte e fortuna,
Se queres vou viver como quiseres,
Por tanto que penei outras mulheres
Navego nossos mares, minha escuna.
Vivemos nos viveiros somos presos
Aos mesmos desencantos e fornalhas
Que forjam deste ferro as navalhas
Trazidas nas batalhas, nos defesos.
Amor trago a saudade de te ter
Embora tendo tanto tempo amado
Que o tempo que inda temos por viver
No tempo vá perdendo seu traçado.
De sorte que não posso me esquecer
Que aqueço meu amor em nosso sonho
Compondo meu futuro mais risonho,
Nos braços deste amor que quero ter!
Publicado em: 30/11/2006 23:51:34
Última alteração:30/10/2008 10:21:52
Nesta noite a bela lua
Prateando quase um sol,
Vejo a deusa semi nua,
Sou de ti um girassol,
A minha alma sendo tua,
Qual falena num farol,
Transtornada ela flutua
Vai vagando em arrebol,
Continua nossa história
Pelas noites que virão,
Em teus braços minha glória
Encantada em sedução;
Faz do verso um instrumento,
As cordas de um violão
Dedilhando o sentimento,
Explodindo de emoção...
Publicado em: 14/05/2008 21:45:28
Última alteração:21/10/2008 14:44:02
Se queres minhas chamas ou delitos
Não temas minhas noites de neon.
Eu não vou querer a porta aberta
Apenas nunca troque a fechadura
As chaves que se encontram nestas pencas
Se não servirem pelo menos adivinho.
Mas vou mergulhar apenas na lagoa
Que se remansa e nega tsunamis.
Arames farpados no caminho
São travas que não quero suplantar.
Tanta coisa acumulada pela vida
Nem menos eu consigo me esconder
Os escombros não permitem mais a vista
Revista e desisto deste muro.
Escuro que não posso suplantar.
Agora, minhas noites de neon, de dança
De promessas e primícias, são farsas
Que não faros nem tu faras, apenas não consigo farejar.
Se seios ou não sei-os, os receios não cabem
A quem sabe navegar.
Amada vem que a lua se promete
Remete ao meu sertão, à vaquejada e,
Apara quem tão clara e raramente
Se sente com vontade de voar.
Não pio nem meu ópio é contrasenso
Imerso em mim mesmo, não me curo.
Se atípico, afásico ou afísico
Sou tísico e não quero mais a noite
Que não seja simples noite de neon...
Publicado em: 31/12/2006 16:53:04
Última alteração:31/12/2006 20:24:13
As mãos que carinham, maviosas.
Os dedos te percorrem grutas, seios...
A boca procurando colher rosas.
Gemidos traduzindo teus anseios...
As rondas que te faço, glamourosas,
Os cabelos dançando seus maneios...
Nas noites que rolamos, tanto gozas...
Persigo, calmamente, quais os meios
De te causar delírio, maciez...
De te levar total insensatez.
As noites que passamos são cometas...
Em plena madrugada se desfez
Num gozo gigantesco, de alegria.
Não posso permitir que tu cometas
Insana tresloucada fantasia...
A vida não terá mais um só dia...
Publicado em: 10/12/2006 19:37:41
Última alteração:30/10/2008 09:13:46
Noites...
Salve esta noite, onde busco
As bruscas e vadias sensações
Do nada, das horas passadas.
Em busca do coração
Tão solitário como o meu.
Que me queira então
Nem que seja para nada
Juntos neste nada...
Respirando o nada
Amor e janela
Salto e mergulho..
Camas, pernas, cheiros
Mas depois o nada, simplesmente vazio.
O cio passado,
A roupa no chão
Janela aberta
Convidativamente
Nada faço,,
Nem disfarço...
Retorno depois ao vazio
Do vazio que ao vazio
Prometera.
E penso na tua boca salvadora
E passo a te amar.. Amar, amar
No desespero atroz
Da noite vazia
Em busca do nada.
Publicado em: 31/12/2006 10:35:07
Última alteração:30/10/2008 08:41:33
A noite que te trouxe em amargura,
Inunda toda Terra, sofrimento.
Em cada novo canto, meu lamento
A noite que te trouxe, tão escura!
Agora que persistes em ficar
A cada novo dia o meu martírio,
Em vão procuro a lua, em meu delírio
E nada de encontrar o meu luar.
Não deixas nem sequer pensar sozinho,
Dominas meus desejos e receios.
Carregas multidões dentro dos seios
Embora me garantas ser meu ninho.
Depois de tu vieste, mais ninguém,
As horas não se passam, cicatrizes
De tempos que julgava mais felizes
De novo, a cada noite, traz alguém.
Mataste o que já foi felicidade,
Agora és minha noiva e minha amante.
Já não me largarás um só instante.
Tatuada em minha alma, uma Saudade!
Publicado em: 29/11/2006 17:23:50
Última alteração:30/10/2008 19:13:32
Não consigo esquecer o nosso amor
Envolto nestas brumas do passado,
Chegando, de mansinho, do teu lado,
Te quero como o santo quer andor.
Cirandas de desejos mais intensos
Imensos maremotos já passamos,
Fingindo tantas vezes nos cortamos
Nas despedidas, sangue em nossos lenços...
Adormecer meus beijos sem pensar
Se quero ou não, talvez ou pode ser,
Na lua que se pinta no sofrer,
Os raios tão cinzentos matam mar...
Publicado em: 31/03/2007 19:23:21
Última alteração:29/10/2008 17:41:02
Querida, sei que as luzes que me tocam
São raios de teus olhos, brilho farto...
Voando para os braços de quem amo,
Menina tão bonita, estou contigo.
Te amar é ser feliz a cada dia,
Num êxtase insensato, mas real.
Felicidade encontro nos teus passos,
Minha alma tão festiva não se cansa
De estar em tua busca sem ter medo.
Segredo meu amor ao deus solar.
Voar dentro dos sonhos delirantes
Sem antes perguntar o paradeiro,
Inteiro, sou teu par na bela dança
Que avança sem temores pela vida.
Ávida dessa vida que sonhamos.
Amamos, simplesmente nos amamos...
NOITES DE AMOR
Na noite que passou, em festa e riso,
Orgias cavalares. Que delícia!
Um paraíso em carnes abundantes
Nos toques de prazer, tanta carícia.
Beijando muitas bocas das bacantes,
Lambendo mil mamilos reluzentes.
Idéias divinais, sensualidade,
Em jogos maviosos e tão quentes.
Depois que amanheceu; eu reparei
Na triste criatura que ao meu lado
Dormira desnudada e quase rota.
E lembro ter ficado apaixonado!
Há coisas que não andam nos meus planos
E assim degringolando num momento
Antes enganos tolos que eu carregue
Do que deixar ficar no esquecimento...
Publicado em: 20/09/2007 21:04:37
Última alteração:29/10/2008 15:14:41
Noite escaldante
Noite escaldante, noite das esperanças...
Cruas crianças vestem-se de danças,
As danças descalças insensatas...
Os medos e os ledos desejos, segredos e manhas...
Trazes as crases e as aspas, cruzes e vespas,
Urzes e brasas... Acesas brasas...
As asas e os pés cansados, atados e feridos.
Noites escaldantes, noite das lembranças
Das pujanças e das lanças, alças os velozes
E vilosos pés. Segregas e negas, afagas...
Nas terras distantes,
Crianças e gnomos.
Gomos de esperança...
Somos todos o nada,
Absortos e distintos,
Intestinais...
Versos e versões, imersões...
Noite escaldante...
Daqui para adiante,
Avante e diante de ti,
Os pés descalços, os percalços...
Somos o mesmo eco, o repeteco,
O esterco e o nascimento,
O cimento e a base,
Arquiteto divino.
Nada impede o tropeço.
O meu preço é o recomeço.
Meço meus medos por meus olhos
Lacrimejo meu desejo mais espúrio.
Cúrias e Mercúrios...
Deuses...
Reveses.
Cruzes
Luzes
Urzes.
Reverso
E medalha...
Publicado em: 13/10/2006 15:12:15
Última alteração:30/10/2008 19:29:34
Noite Triste
Noite triste, madrugada,
Procurando minha amada,
Nada do que fui restou...
A saudade dolorida,
Vai tomando minha vida,
Eu já nem sei mais quem sou...
Tu te lembras da casinha,
Onde um dia foste minha,
Esta casa desabou...
As mentiras que disseste,
As saudades que me deste,
Foi, de tudo, o que sobrou...
Passarinho que cantava,
Na manhã que mal chegava,
O seu canto se calou...
Meu peito desesperado,
Te procura do meu lado,
Um vazio já chegou...
Nas noites frias, abrigo,
Agora , como prossigo?
Sem meus pés para onde vou?
Eras o sonho mais puro,
Mas o coração tão duro,
Tristezas o que legou!
Ferido pela tristeza,
Procuro tua beleza,
Mas a vida me negou...
Perdido, sem esperanças,
Só me restam lembranças
Desse tempo que passou...
Publicado em: 08/10/2006 09:28:23
Nas frenéticas noites que me embalam,
Espero por teu braço junto aos meus...
As noites que passamos já se calam,
Os erros se contavam, novo adeus...
As mãos que se conhecem tanto falam,
Abraços cordiais de um louva deus;
Por certo sentimentos não se abalam,
No fundo devorando, são ateus...
Nas frenéticas noites que passamos,
Os medos nunca foram solução.
Em meio a tantas camas, nos amamos,
Distantes, tantas vezes, nos tocamos
E trocamos nosso ódio por paixão.
Amores não respeitam nem o chão.
Toda sinceridade que buscamos,
Espalha esse veneno, coração...
Publicado em: 12/12/2006 06:49:18
Última alteração:30/10/2008 09:13:06
No visgo de teus olhos
Arisco passageiro
Perdendo o seu destino
Menino se fez rei.
Agora que te vejo
Desejo que encontrei
Morrendo por viver
O amor que prazeroso
Caprichos sempre traz.
Voracidade louca
A gente não tem jeito.
Carregando no bornal
Asas e canivetes.
Confesso que te quero
Atendo aos teus pedidos.
Esqueço de mim mesmo,
E rasgo o meu passado...
Publicado em: 14/08/2008 09:56:49
Última alteração:05/10/2008 23:52:32
Seu moço, por caridade
Escuta esse povo sofrido
Que vive nas tempestade,
Trabaia quar desgraçado
Pelos mata e nas cidade.
Esse povim sem parage,
Vivendo sem amparage
Dos home de capitár.
Eles chinga nóis de tudo
Quanto ruim há no mundo.
Chama nois de vagabundo
Que nois semo anarfabeto
Que nois semo cachacero,
Que num pode dá denhero,
Pra móde sobreviver,
Essa raça de safado
Desses pobre desgraçado
Que róba mais que ladrão.
Eles conta a mentirada
Pois num cunhece uma inxada
Nem sabe o valô da gente,
Pru mais que o mundo comente.
Nóis num passa de pilantra
Nossos fío, qui nem pranta
Num percisa de comida.
Essa gente é convencida
E não cunhece nois não
Não sabe o valô da vida
Sufrida nesse sertão.
Nem anda nesses comboio
Quar boi em canga marcado
Que anda dependurado
Nesses trem cá da cidade.
Nos otromóve eles passa,
Nem percebe os coletivo
Cheios desse bicho vivo
Que eles cunhece pur massa;
Trabaindo todo dia
Pra pudê dá mordomia
Presses homê, prus dotô
Nóis semo quem aproduz
A cumida que eles come
Apois veja, a própra luz
Que alumia bem os home
Se num fosse os disgraçado
Se num fosse o seu trabáio
Já tava tudo apagado,
Queria ver nos atáio
Dessa vida, vivo táio,
O rumo que eles tomava,
Quem sabe se eles paráva
Nus beco onde a gente véve
Onde não há quem se atreve
A chamar de residença
Chei de criança e doença,
Pra podê tê consciença
Da vida que leva a gente
Dexava nois té contente
Preles pudê aprender
Que num basta sabê lê
Pra se dizê sabedor
Que é percizo munto amô
E bem sei, que só merece
Amor, quem se conhece
Que num sabe conhecê
Aquele que nunca viu.
Portanto, moço seria
De munta serventia
O sinhô pode passá
Pobreza só pur um dia
Pra mode valorizá
O trabái de nossa gente
Quem sabe, ansim seu dotô
Havéra de valorá
Esse povo brasilero
Ia aprender mais, garanto
Que nos livro lá da escola
Nóis só presta em feverero
Ou se for craque de bola
Aí vanceis acha bão
Inté pága pra nus vê.
Nossas fía mais bunita
Tumbém serve pra vancê
Nas buate mais perdida
Mais se incontra pra valê
Com home de capitar
Pra servi de companhia,
Mas mar amanhece o dia
Tudo vorta como era antes
Dispois vem esse disprante
De chamá di inguinorante
O povo mais umiádo
Nois tudo semo safado
Na vóis desses doutô
Se esquece que nois é home
Nem percebe se nois come
Se nossos fío tem fome
Isso nem lembra o sinhô
Na hora dos seus projeto
Nois semo tudo uns inseto
Sirvimo pra atrapaiá
Sirvimo pra trabaiá
Pra alimentá os dotô!
Intonces já me vô indo
Pros sertão to retornando
Pras favela vô saino
Meu tempo ta se acabano
Vo vortá pro meu roçado
Ou então pro meu serviço
Passa dia mês e ano
O carro num anda, enguiço,
Já faiz tempo tá parado.
Mais ficaria contente
Se oceis perduasse a gente
Num custa perdão pedido
Perdoa por ter nascido
Um fío meu lá em casa
Que, pros óio dos doutô
Foi feito por descuidado
Nasceu fruto do pecado
Da inguinorança da gente
Mais me dexô bem contente
Esse meu menino amado
Que é fruto de munto amô.
Que nois pobre, tombém ama
Embora oceis me parece,
Num cridita nisso não
Nóis tudo fais nossa prece
Nóis tombém somo cristão.
Fíos do mesmo Sinhô
Que morreu, naquela Cruz
Que foi feito cum amô
E era pobrinho, Jesus.
Então pense por favô
Nu munto que se ensinô
O Pai de todos os home
Dos que come e que tem fome
De todos sem distinção
Que nois tudo nessa vida
Por mais que seja doída
Por mais que seja distinta
Diferente em sina e tinta,
NOIS SEMO TODOS ÉRMÃO!
Publicado em: 20/08/2006 06:24:09
Última alteração:30/10/2008 19:32:32
Qual deusa tu dançavas nesta noite
Em meio a tantos pares, o primeiro.
Vibrando no meu peito uma paixão,
Roubando toda a cena, me encantando.
Sentia nos teus olhos as faíscas
Irradiando a todos, num momento.
As minhas mãos audazes tão ariscas,
Percorriam teu corpo extasiadas...
A noite se passando em plena festa
A orquestra repetia a todo instante
A música que fora nossa marca,
Nos passos delicados, ganho a barca
Dos sonhos e flutuo até Veneza.
Vestindo-te rainha da beleza,
A deusa dançarina que sonhei...
Publicado em: 04/04/2007 11:35:48
Última alteração:29/10/2008 17:41:39
Mais uma noite branca! Agora não tem jeito.
No cabaré vazio um cheiro de masmorra.
Não surge um que explique e ao menos me socorra.
É greve de mulher? Alguém fez um mal feito?
Nem mesmo essa aguardente, aquela batizada,
Me esquenta nessa noite. O frio é de lascar!
Vontade de gritar, vontade de dançar!
Vontade de xingar em plena madrugada.
Nem ao menos Maria, a das coxas roliças,
A da boca pequena, a mordida gostosa,
A lambida sofrida, a mão maravilhosa...
A dos restos mortais, Maria das carniças...
Nem ela. Ao menos ela! Eu vou voltar p’ra casa.
Prá casa não! Me lembro, aqui tem um pé sujo.
Depois daquela esquina, depois do Caramujo,
Eu acho que é ali. Eu boto fogo na brasa...
“Refúgio da Moleca”, o nome do boteco.
Será que aceita cheque? Estou meio lesado.
Prá quê eu vou ficar assim tão preocupado?
Mas se o lugar for bom, depois tem repeteco!
Eu soube que Joana, antiga cafetina
Andou em confusão com Chica Quero Quero.
Nessa panela velha, eu acho que tempero.
Pois Joana é danada, acha cada menina!
Depois disso eu garanto eu não vou mais ligar.
É disse que me disse, eu falo mas eu nego.
Martelo pede cabo o cabo pede prego.
O prego quer martelo... E como vou ficar?
É melhor me calar. Assunto que encomprida
Depois de muito papo aumenta como o quê;
De pequeno, gigante, aí é que você vê.
Amanhã pego o trem, ‘stá na hora da partida...
Mais uma noite branca, e daí o que fazer?
Minas é tão distante acho que não vou não.
Depois o que fazer? Voltar para a mesmice?
É tanta da fofoca, um disse que me disse.
Depois tem problema. A Paula Caminhão.
Eu prometi casar! Cachaça vagabunda!
Foi só tomar um trago, a noite estava fria...
A cama bem quentinha, a coceira subia.
É num buraco desses que um caboclo se afunda.
A mãe dela é comadre e meio aparentada.
A cabeça não pensa, a gente é que se lasca.
No fim valeu a pena, a boa da borrasca.
Eu soube, assim por alto, ela caiu na estrada.
Mas, de qualquer maneira a volta é complicada.
Minha mãe está velha e a noite é muito nova...
Eu sei que ela não gosta e sei que não aprova
O fato d’eu chegar em plena madrugada.
Meu pai era peão, e bom de montaria,
Morreu numa tocaia, a mando de um ricaço.
Que depois foi prefeito e que já foi pr’espaço.
Fez aqui, aqui paga a minha avó dizia.
Já tava me esquecendo o meu nome é Gilberto,
Me chamam de Mineiro, eu gosto mais assim...
Eu trabalho no cais, já mexi com jardim,
Faço qualquer serviço, até que sou esperto.
No Rio de Janeiro estou já faz um tempo,
Morei lá no Turano, agora, no Salgueiro.
Sim, eu já fui casado, agora estou solteiro.
Tanta coisa já fiz... Já tive contratempo.
Eu sempre defendi o pão do dia a dia
Trabalhando, vendendo ervas medicinais,
Outras ervas vendi, outras coisinhas mais.
Não venha recriminar, noite sem rango é fria...
Minha mãe? Sabe não! Mas com quatro crianças,
Fazer o quê? Se dane. A vida é muito dura,
Eu preciso de grana, a barra tá escura.
O que você me disse? Esqueça as esperanças!
Isso é papo furado, a luta é complicada.
Jacaré fica quieto? A cobra dá o bote.
Vendia sim senhor! De porção até lote.
Pelo menos assim, a barriga pesada!
Mas voltar para trás? Deixar a molecada?
Nem pensar seu doutor! Favela é um perigo!
Aqui posso falar, mas lá? Eu nem te digo.
A boca e a formiga. Eu não falo mais nada!
Voltando a vaca fria, eu não volto pra Minas.
Minha vida é aqui, com todos os problemas.
Com toda confusão. Tenho lá meus dilemas,
Tem a Praça Mauá e tem essas meninas...
Publicado em: 18/11/2006 22:14:01
Dançando na noite
Sabendo da sorte
Amor peço o norte
O norte que tinha
Mas nada dizia
Amor que sabia
Que amor nunca vinha
Amor que se aborte...
Vencido na noite
Por tempo que quis
Viver mais feliz
Mas nada me trouxe
De tudo que sei
A vida esperei
Amor agridoce
Em pobre matiz...
Querendo essa noite
Que a vida decora
Sabendo senhora
Que não voltará
O tempo passado
Vivendo a teu lado
Ventando prá lá
Amor vou embora...
Buscando essa noite
Que não mais espero
Amor quando fero
Machuca quem sonha
Sabendo saudade
Sem felicidade
A dor tão medonha
No fundo, venero...
Mas tramo outra noite
A pleno vapor
Vivendo sem dor
Trazendo esperança
Que sabe o segredo
Amor veio cedo
Ficou na lembrança
A noite de amor...
Publicado em: 28/12/2006 12:49:32
A viola seresteira
Convidando a moça bela
Se a noite é tão ligeira
Nosso amor já se revela
No tapete ou numa esteira
Luz da lua ou luz de vela
Venha ser a companheira
Que o destino assim se sela
Minha linda galopeira
Teu corcel não usa sela,
Mas galopa a noite inteira
E garanto não apela...
Publicado em: 15/01/2010 17:45:11
Última alteração:14/03/2010 20:58:44
Vieste em plena noite, sem pecados,
Dançando uma nudez maravilhosa.
Perfume de gardênia, mas de rosa,
Os olhos marchetados, debruçados.
Teu colo, num momento de desejo,
Em seios sedutores e miúdos,
Vivendo sem porquês e sem contudos
Estava a tua espera, boca e beijo...
Nasceste desta noite que dançamos,
Nos bares, cabarés, valsas e sonhos.
Da solidão nascemos mais risonhos
E em plena luz da lua, nos amamos...
Publicado em: 13/12/2006 15:46:54
Última alteração:30/10/2008 09:12:24
No teu corpo eu encontrei
maravilha em profusão,
tua boca uma promessa
de desejos e tesão.
Tuas coxas mais roliças
o teu seio tão formoso,
teu umbigo mais bonito,
uma certeza de gozo
teu pescoço em arrepio,
os teus pés tão delicados,
meu amor em tuas sendas
em mil beijos, namorados.
Teu perfume de jasmim,
teu andar mais sensual,
tuas mãos que acariciam,
tua bunda magistral.
Tua xana depilada,
teu grelinho bem durinho,
molhadinha esta buceta
tão sedenta de carinho.
Na beleza de teu cu,
meu amor eu me perdi,
o mais gostoso, eu garanto,
que na vida, amor, fudi.
Venha cá minha putinha,
eu te quero por inteiro,
o teu gosto, o paladar,
tua pele, voz e cheiro
não me canso de querer
e chamar-te para a festa
o meu pênis vasculhando
com desejos cada fresta.
Não se importe com ciúmes
nem com a maledicência
amar nunca foi pecado,
nem tampouco uma indecência...
Te proponho conhecer
O que em mim não saberia,
No teu corpo, me perder,
Raiando essa poesia...
Publicado em: 28/04/2007 09:04:44
Última alteração:28/10/2008 01:04:30
Tus ojos no son luceros
Que alumbran la madrugada
Pero si me miran siento
Que me tocas con tus manos.
Pablo Milanés.
No teu olhar eu sinto a suavidade
Roçando a minha pele qual carinho,
Além de refletir a claridade
Iluminando em glória o nosso ninho.
Olhar que transmitindo a liberdade
Permite vislumbrar outro caminho
Trilhado pela força da verdade,
Sem pedras, tempestades ou espinho.
Carícias que percebo em teu olhar,
Delícias de desejos prometidos.
Nos lumes mais perfeitos percebidos
Os rumos que me levam ao luar.
Olhar que calmamente me tocando
Em plena madrugada deslumbrando...
Publicado em: 09/12/2007 18:44:37
Última alteração:10/10/2008 09:05:41
no teu porto poderia
no teu porto poderia
o meu barco ter a messe
quando o sonho assim se tece
nas entranhas da alegria
outro tempo surgiria
e decerto se obedece
o caminho não se esquece
rumo ao cais da fantasia
vendo ao longe estes sinais
que permitam crer no cais
bem mais perto que eu pensara
a verdade me tocando
mesmo em vento manso e brando
a esperança tudo aclara
Publicado em: 07/06/2010 16:41:06
Nem me transtorna a saudade
Nem a dor duma ilusão,
Sou amigo da verdade:
É só teu meu coração!
Nem a desgraça me abate
Nem a morte me apavora
Meu coração quando bate
Está te chamando agora.
Ante o ferro da tristeza
A geleira do desprezo,
No meu coração, certeza
De não ser tão indefeso.
Não faz calar o meu peito
Nem me transtorna essa dor,
Todo amor tem o direito
De ser bom e salvador.
Não nego que já sofri
Nunca nego o que passei,
Em amor já me perdi,
No teu amor me encontrei!
Publicado em: 18/02/2007 10:56:59
Última alteração:30/10/2008 07:10:36
No teu aniversário em pleno gozo,
A vida prosseguindo iluminada,
No céu desta amizade, tão vistoso,
Manhã eternamente deslumbrada
Num canto que se faz maravilhoso,
Dizendo da certeza desta estrada
Que leva ao infinito em cada abraço.
Firmando fortemente nosso laço.
Publicado em: 30/10/2007 18:49:19
Última alteração:26/10/2008 21:18:24
NO TEU ANIVERSÁRIO
No teu aniversário uma festança
Que traz toda a lembrança de que um dia
Tomando toda a Terra em esperança
Um plano tão magnífico, Deus urdia,
Aonde o Seu Poder mais longe alcança
Um anjo em divindade nos trazia.
Capaz de apascentar o sofredor,
Espalha em alegria, o puro amor...
Publicado em: 06/11/2007 20:08:22
Última alteração:26/10/2008 21:36:15
Quando nasceste, os anjos demonstraram
A festa que no céu trouxe alegria,
Estrelas mais bonitas derramavam
Os brilhos em que a noite se luzia
Os pássaros gentis anunciavam
A todos a beleza desse dia.
No teu aniversário novamente
O mundo já se mostra mais contente.
Publicado em: 10/11/2007 11:16:24
Última alteração:26/10/2008 21:35:10
No teu aniversário, minha amada,
A gente não se cansa de pensar
No quanto é tão gostoso a serenata
Que é feita em noite clara de luar.
Bebendo uma aguardente a dor já passa
Nos braços tão gostosos da cachaça.
Publicado em: 11/12/2007 18:55:29
Última alteração:23/10/2008 07:40:10
Já dizia minha vó
Que colírio não faz mal,
Mas sem óculos escuros
O teu brilho é magistral.
Vem comigo neste dia
Com fartura comer bolo.
Tanta gente comemora
Nosso amor raro tesouro.
A tesoura quando corta
É por que tem fio bom,
E no teu aniversário
Eu quero comer bombom...
Publicado em: 20/03/2008 15:33:46
Última alteração:21/10/2008 22:20:51
No teu beijo mato a sede
Sem mistérios ou segredos,
Vem comigo nessa rede,
Construir novos enredos...
Publicado em: 04/03/2008 23:00:38
Última alteração:22/10/2008 15:19:13
No teu corpo tanto fogo
Me aquecendo a noite inteira,
Venha logo que este jogo
Nunca foi de brincadeira...
Publicado em: 19/12/2009 19:33:09
Última alteração:16/03/2010 09:55:47
No sonho que revelo
Amor que com desvelo
É barco em que me atrelo
Na busca deste encanto
Que cobre a fantasia
Mostrando esta magia
Do amor que se queria,
A vida em mesmo manto.
Colhendo cada fruta
Do amor que se desfruta
Na dor de uma labuta
A glória que se emana,
Viver sempre contigo
O canto em que persigo
Certeza de um abrigo
Em lua soberana...
Publicado em: 09/10/2008 09:32:55
No Senado Federal
Corriola e arruaça
No boteco Nacional
Mariola com cachaça...
Publicado em: 15/01/2010 12:29:03
Última alteração:14/03/2010 21:01:09
No sertão da minha terra
A viola enluarada
Na saudade que ela encerra
Os olhos de minha amada...
Publicado em: 17/01/2010 09:32:11
Última alteração:14/03/2010 20:34:18
No sertão da Solidão
Nasci no sertão de meu Deus, perto de uma curva do Rio Solidão, lá pros lados da Serra da Borborema.
Criado ouvindo o gemido da ema, o mugido do gado faminto e as lamúrias e ladainhas de minha avó.
Filho do nada e de Inalda, moça bonita que partiu para o Rio de Janeiro e morreu no cais do porto.
Assassinada por um estivador apaixonado. Enterro de pobre, vida de pobre, prostituta envelhecida precocemente.
Boi, gado, boiada, fome...
A vida me maltratando com as esporas do destino cravadas no lombo, a mão pesada do patrão, as marcas das amarras e das surras. Moleque matreiro, boi indomável, dei muitas e muitas rasteiras no corisco do azar.
Mas o pequeno boiadeiro cresceu, virou o rei da vaquejada naquelas terras, terras do Coronel Antonio Carlos, velho cruel e protetor.
Os amigos eram protegidos, mas os desafetos, bala e carabina, fuzil e estricnina, morte e sofrimento.
Varrendo todo o sertão da Bahia, égua baia, vida baia, no cocho da esperança, o sal penetra fundo e inunda de sede quem tenta a sorte.
Rei das vaquejadas, meu futuro estava traçado, montando os cavalos bravos e rompendo o sertão de Minas, lá no Jequitinhonha, acabando no mar, como o Riacho que norteava a vida, o riacho da Solidão.
Seu moço, não quero agradar a ninguém, se quiser pode ir embora que não me importo não, mas se quiser me conhecer, é melhor preparar o estômago e agüentar o tranco.
Filho de prostituta e do nada, sou víbora também, não sei suportar arreio, de tanto chicote não temo mais nada, nem a espora dos coronéis nem os anéis das Marias nem das Joanas.
Quero, antes, a liberdade do vento na cara. Essa marca nas costas lembra um A, mas não é marca do gado que não sou mais, é marca do chifre do touro bravo que montei, sangrando.
Liberdade, me falam que estás na bandeira mineira, eu acredito, pois é a minha bandeira, ainda que demorada.
De morada fiz o meu mundo nessa terra sem dono, sem rei, meu reinado.
Meu mundo é o novo, onde não existe mais gado, nem laço, sem cansaço e servidão.
Sem serventia, sem valentia, somente o vento na fuça, o vento tragando tudo. Me inundando de alegria.
Não quero ser coronel, nem quero coronel, não quero jagunço, nem gado e nem montaria.
Quero poder voltar para o Rio da Solidão, buscar minha avó, encontrar Inalda, minha mãe, atravessar o caminho do estivador no cabaret da praça Mauá, quero poder ser de novo um menino, sem marcas e sem esporas.
Quero ser o rei, reinado de menino, reisado e romaria, rota nova, vagando pelo sertão.
Ser tão e tão ser, certo no incerto da vida.
Espera sem espora, sem expor a cara pra tanto tapa. Tapados os olhos, os óleos sagrados de Deus nas costas, onde o A da cicatriz sumiu. Os calos da mão sendo substituídos pelos claros do caminho.
Viver em disparada, sobre meu cavalo correndo pelo sertão, desse reinado sem rei...
Publicado em: 25/07/2006 22:26:33
Última alteração:30/10/2008 20:00:06
No sertão galopando a noite inteira
Voltando para a casa, que alegria!
Rever a minha amada companheira
Que o tempo já passou e deu saudade.
Falando, deste amor sinceridade
Te falo meu amigo de desdita,
Que a vida se parece mais bonita
No colo da mulher que é bem amada.
Poeira acumulada desta estrada
É como vitamina pro meu peito.
Mas vivo, dessa forma, satisfeito
Pois sei que ela me espera na janela.
Estrela que roubei levei pra ela
A vida que sonhei, foi desse jeito!
Publicado em: 04/04/2007 16:37:58
Última alteração:15/10/2008 19:20:04
Nas nossas noites de amor
Em plena felicidade
Buscando por onde for
Nesta vida, claridade...
Sabendo que tanto amor
Só vale se for verdade...
Quero deixar meu viver
Nos teus braços minha amada.
Cansado deste sofrer,
Seguindo por esta estrada
Cuja estrela quero ter
Sem teu amor eu sou nada...
Amor é trama divina
Que nos traz o sofrimento.
Venha aqui minha menina
Esquece do esquecimento
Amor cedo me alucina,
Depois se vai. Leva o vento...
Amor que tanto maltrata
Também me traz aliança
Amor descendo a cascata
Brincando que nem criança
Amor demais não me mata,
Fica na minha lembrança...
Escrevi teu nome a giz
No quadro negro da sorte.
Aguardei ser mais feliz,
Ficando assim bem mais forte,
De amores sou aprendiz,
E matei a minha morte.
Agora que estou contigo
Nessa estrada sem destino.
Não vejo nenhum perigo
O meu medo eu já domino
Então venha aqui comigo,
Belo sonho de menino!
Publicado em: 16/01/2007 10:19:56
No meu mundo descobri
Tanta dor, tanta alegria,
Dos amores, eu sofri,
Foi somente fantasia...
Publicado em: 19/12/2009 19:17:16
Última alteração:16/03/2010 09:56:36
No meu mundo mal cuidado
Não encontro solução
Coração desesperado
Morre aos poucos, de paixão.
Publicado em: 23/01/2009 18:02:22
Última alteração:06/03/2009 07:06:4
No meu mundo, com certeza,
Outra flor não quero ter,
A rainha da beleza,
Minha rosa; vi nascer.
Publicado em: 17/10/2008 13:55:24
No meu peito deu saudade
O meu milho carunchado
Impediu felicidade
Esse rio? Desviado...
Publicado em: 03/03/2008 20:07:15
Última alteração:22/10/2008 14:09:48
No meu silêncio, há gritos sufocados,
Tentando dominar-me o corpo e a mente;
Dos demônios, em mim, escuto os brados
E os enfrento, sem medo, frente a frente!
Depois de vê-los todos, derrotados,
Imensa paz, então, minh’alma sente;
Na remissão de todos os pecados,
Desta vitória, a Deus, faço um presente!
Tempos depois, esses demônios voltam,
Com mais força, alarido e mais vigor,
Numa noite de insônia e de terror;
E em meio aos gritos que os demônios soltam,
A voz de Deus, mais forte, em mim ressoa
E minh’alma, ao vencê-los, os perdoa!
MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 02/11/2007 07:01:43
Última alteração:28/10/2008 13:19:46
NO MUNDO LOUREANO
Adoro habitar nesse seu mundo,
De sonho, fantasia e quimera
Inspira-me; se eu fosse assim – quem dera –,´
Um Loures ser – complexo e profundo...
Não canso de lutar por essa meta,
Mergulho nas palavras loureanas,
Sonetos, rimas, loas soberanas,
Sentindo então na veia o ser poeta...
E no seu mundo à parte, – um Eldorado,
Encontro um tesouro incalculável;
E leio-te assim admirado...
E traz-me algum alento aos venenos,
Que o dia-a-dia em cálice intragável,
Faz-me tomar sem dó – somenos...
GONÇLAVES REIS
MUITO OBRIGADO PELA HOMENAGEM QUERIDO AMIGO ABRAÇOS FRATERNOS MARCOS
Publicado em: 13/12/2009 08:27:24
Última alteração:16/03/2010 14:33:02
No mundo mais cruel - Oitavas
No mundo mais cruel que concebias,
Cabia meu tormento em tuas liras,
Percorrendo vazio, tantos dias,
Sem saber que fingias tantas miras,
Nas penumbras fatais, sem melodias,
De tua mão, sentida flecha, atiras.
Querendo sufocar minha cantiga,
De tantas quanto herdei a mais amiga...
Vivendo essa funérea desventura,
Que traduz a verdade em sofrimento,
Concebo claridade, minha jura,
Tragada pela luta, meu tormento...
Amargo o vinho, âmago, tortura,
Na amargura de todo meu lamento.
Amei-te, no passado mais distante,
Por sorte, meu amor foi inconstante...
Bem sei que naufragaste outro desejo,
De quem não poderia te negar.
Flagrada pois, em cândido cortejo,
Atada a vários braços ao luar.
Mereces bem, portanto escarro e beijo,
Escárnio de quem possa procurar
Em ti, por algo além do sensual,
És página virada dum jornal!
Não vejo em ti, portanto nada além
De restos esquecidos sobre a mesa,
Se eu já te quis, agora me és ninguém,
Não vou te negar glória na beleza,
Nem vou mentir, deveras, foi meu bem...
Mas hoje, tão distante realeza;
Se faz passado pútrido e mordaz.
E, francamente, não te quero mais!
Publicado em: 14/08/2006 21:40:27
Última alteração:30/10/2008 19:59:25
Na vida, bom jogador
Quando ganha não reclama
Mas quando o jogo é do amor
Eu fico de olho é na dama...
Publicado em: 06/03/2007 22:15:59
Última alteração:28/10/2008 10:04:27
Nesse amor eu me queimei:
fogo ardente, pura chama.
Mas fui eu que procurei
puro encanto de quem ama.
Meu amor, eu não me canso
De cantar meu bem querer ,
Todo sonho quando alcanço
Dá vontade de viver.
Moça bonita faceira,
Por favor, vamos pra casa,
Vem arder nessa fogueira
Nosso amor é toda brasa.
Quem não gosta de carinho,
Quem não gosta de um afeto,
Vai ficar assim sozinho,
Não vai ser nunca completo.
Eu te quero minha amada,
Eu te quero, meu amor
Toda noite e madrugada
Me aquecer no teu calor.
Amor sempre traz a chama,
Pega fogo sim senhor,
Venha aqui pra minha cama,
Vou te mostrar o extintor...
HLuna
Marcos Loures
Publicado em: 08/04/2007 13:15:20
Última alteração:06/11/2008 09:59:07
No fio da navalha
Encontrei meu bem querer,
A saudade agora espalha
Sem você melhor morrer...
Publicado em: 13/10/2006 15:18:09
Última alteração:17/12/2006 13:07:18
No culto divinal ao deus amor,
Meus olhos embargados não te esquecem,
Teus passos e caminhos sempre tecem
Destino deste louco sonhador...
Não quero teu amor em sacrifício
Difícil entender se assim fizeres,
Só quero; no banquete, teus talheres
Eu te ofereço amor, meu sacro vício.
Querida embalde a vida nos desfaça
Eu clamo eternidade para ter
Zil anos desfrutando do prazer
De ter o nosso amor em plena graça.
Permita-me sonhar, sei impossível,
Mas somos um só ser, indivisível...
Publicado em: 27/02/2007 11:52:11
Tanta alegria, amiga, o peito encerra
Mostrando quanto amor é necessário,
Vencendo num momento toda a guerra,
Enfrenta o vento forte que, contrário,
Tristezas e amarguras; já descerra.
E presente no teu aniversário,
Querida, esta fantástica alegria,
Mostrada em plena paz e em harmonia...
Publicado em: 27/10/2007 13:05:40
Última alteração:26/10/2008 21:18:36
Meus passos nos teus rastros se guiavam,
Caminhos maviosos em bonina
As dores em teu colo se amansavam,
Futuro benfazejo descortina
Teus olhos que em carinhos demonstravam
Uma alegria intensa que domina.
Por isso neste dia eu te agradeço
Tua presença, além do que eu mereço.
Publicado em: 18/10/2007 19:52:40
Última alteração:26/10/2008 21:19:50
No domingo tô sozinho,
Pé de cachimbo quebrou,
Volta logo pro seu ninho,
Passarinho avoador.
Publicado em: 21/10/2008 13:16:53
Última alteração:27/10/2008 21:28:02
No fim desta viagem qualquer maio
Aonde poderia ter o fato
E nele com ternura se retrato
O tempo sincroniza este desmaio
E quando me percebo mesmo caio
E tento novamente outro regato
O risco que corremos em cada ato
Não posso nem deveras mais me atraio.
Atrelo-me ao teu sol, sou girassol
E bebo da tempestade e sei farol
Falena procurando alguma luz,
Além deste horizonte mais brumoso
Existe um novo rumo, caprichoso
Geléia traduzida em gozo e pus.
Publicado em: 15/05/2010 14:00:19
No boteco da Maria
No boteco da Maria
Tem cachaça e tem cerveja,
Tem mulher e poesia,
Só não tem quem se deseja...
Publicado em: 16/01/2010 20:28:07
Última alteração:14/03/2010 20:41:06
O sol adormecido sobre o mar,
Amante deslumbrante desta lua
Que, plena, vai surgindo toda nua
Trazendo a claridade do luar,
Espalha em meu destino luz solar.
Um canto mais longínquo e tão dolente
De pássaros que mostram seus talentos
Envolvem meu amor em sentimentos
Que mostram como o sol mais envolvente
Clareia todo o sonho, de repente...
Amor que te dedico pede o sol
Deitado sobre o mar que se prateia,
Na lua bela amante sobre areia
Misturas que prometem meu farol.
Vivendo desse amor em claridade
O lume das estrelas se percebe.
Amor que tanto amor assim concebe,
Em seus braços viver eternidade!
Publicado em: 15/12/2006 13:08:16
Última alteração:30/10/2008 08:44:48
No cais da esperança
Meu barco te busca
A noite que chega
Saudade que ofusca
O tempo não pára
A vida vai brusca
E tudo se cala
Palavra rebusca
O sonho se embala
Na sorte patusca
E deixa meu sonho
Distante de tudo.
Mas vem este vento
Do sopro da fé
E um pressentimento
Se mostra mais firme
Assim me entregando
Me lanço no espaço
Vasculho teu passo
E te encontro mulher.
Estrela me guia
Levando a teu rastro
Toda a fantasia
Se molda neste astro
E tenho a certeza
Do amor que mais quis,
Adeus à tristeza,
Enfim, sou feliz...
Publicado em: 01/08/2008 14:13:12
Última alteração:19/10/2008 22:09:27
No canto do vento // Juras de amor
a voz tão suave // inspira o momento
dizendo // eternas promessas
eu te amo // para sempre.
Marcos Loures // Mara Pupin
Publicado em: 26/03/2007 17:16:15
Última alteração:28/10/2008 05:49:51
No batuque do meu peito
Desafina uma saudade,
Coração bate direito,
Vê se deixa de maldade!
Publicado em: 17/06/2008 22:30:57
Última alteração:19/10/2008 21:03:42
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