Viver os mesmos erros de uma ilícita
Noção de vergalhões em plena pele,
Arfando sem saber ao que compele
A vida mesmo quando em dor explícita.
A face desnudada, atroz, famélica.
A marca da pantera, a luta tétrica,
Ousando acreditar além da métrica
Noutra aversão terrível, bélica.
Esculpo velhos totens, esperança,
Motivos para os quais já não tivesse
Presumo muito além da mera prece
A voz que no vazio em vão me lança.
Viver as velhas tramas de um engodo,
Projetando do tão pouco além do todo...
MARCOS LOURES
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