751
Embora tantas vezes veja a falsa
Noção de alguma espera sem proveito,
O quanto se deseja e sempre aceito
Encontra a solidão e nela traça
As tramas entre ramas e percalços
Vagando em noite imensa sem destino,
Quisera uma esperança, algum destino,
Estrela que me guie, ausente ou falsa,
Enquanto se presume em tais percalços
Refaz o seu caminho em vão proveito,
E o quanto poderia e não se traça
Apenas no final se venha, aceito.
Na sorte que nem nego e nem aceito,
O vento se anuncia em tal destino
E sei do quanto possa quando traça
Esta alma que se mostre mesmo falsa
Vestígios do caminho sem proveito,
E o corte dita apenas os percalços.
Os olhos procurando após percalços
Algum momento quando o tanto aceito
Esbarro nos vazios e do proveito
Pudesse a minha vida em tal destino
Ousar acreditar na pedra falsa
Do amor que se fizera em morte e traça.
Caminhos quando a vida agora traça
E segue sem paragem tais percalços
A luta que pudesse mesmo falsa
Tentando na verdade ser aceito,
Encontra o que se faça em vão destino,
Gerando o quanto reste em meu proveito.
O tanto que pudera e sem proveito,
A luta noutro tanto teima e traça
Ousando no que possa sem destino,
Enquanto enfrente vagos e percalços
O mundo aonde o nada seja aceito,
Encontra o que pudera em senda falsa,
Imagem tanto falsa e sem proveito
Do quanto não aceito e a vida traça,
Marcando com percalços meu destino...
752
Ouvisse a voz do vento na janela
E o mundo anunciando o vendaval
Aonde o que pudera ser diverso
Apenas no final se revelasse
Gerando o quanto trago de um passado
E nele outro caminho se preveja,
Meu mundo quando muito se preveja
Exposto com certeza na janela
Ousando acreditar no meu passado
E nisto este provável vendaval
Que tanto do caminho revelasse
Num passo mais arisco e tão diverso.
E quanto me imagino mais diverso
Do tempo aonde o nada se preveja
Expressa o que decerto revelasse
E tanto quanto vejo na janela
Espalha pela vida o vendaval
E trama meus anseios do passado,
O quanto fui feliz dita o passado
E sei do meu caminho mais diverso
E nada do que eu possa em vendaval
Encontra o quanto eu quis e se preveja
Abrindo o coração, velha janela,
Que o todo num momento revelasse.
A sorte que decerto revelasse
O todo em plenas tramas do passado,
E quando adentra o sonho, esta janela,
Num passo tantas vezes mais diverso
O tanto que desejo se preveja
E trame num momento um vendaval,
A luta se anuncia e o vendaval
Que aos poucos noutro rumo revelasse
O verso mais atroz e se preveja
Vivendo o quanto queira do passado
O tempo quando vejo tão diverso
Ao fim se demonstrasse em tal janela...
Abrindo esta janela, um vendaval,
Que sendo tão diverso revelasse
O quanto no passado eu não preveja.
753
Jamais se poderia ter no olhar
A claridade intensa que desejo
E sei que na verdade o quanto trago
Não mais me deixaria ser feliz,
Vagando pelas noites da promessa
O tempo sem ter tempo recomeça.
E o tanto que pudera recomeça
Vestígios de uma luz a cada olhar
E nisto o que se faça na promessa
Expressa esta vontade, este desejo,
E quando no final, sendo feliz,
Somente algum sorriso inútil trago,
O mundo que se faz enquanto trago
O quanto poderia e recomeça
Tateio esta esperança: o ser feliz,
E sei que no final ao ver no olhar
O todo que pudera e mais desejo,
Não resta nada além de uma promessa,
A vida traz no olhar esta promessa
Que tento quando em sonhos ritos trago
Marcando mansamente o meu desejo
E a história novamente recomeça
Grassando num momento a cada olhar
O todo que seria mais feliz.
O mundo que ora anseio, e se feliz,
Expressa muito além desta promessa
E o tanto quanto vejo em teu olhar
Mostrando na verdade o que ora trago
Encontraria aonde recomeça
A sorte que se busca e até desejo,
O mundo sem saber deste desejo,
O verso se revela e mais feliz
Num tempo que decerto recomeça
Enquanto se procura esta promessa
Que a cada novo dia, eu busco e trago,
Vibrando com firmeza em teu olhar,
O mundo neste olhar tanto desejo,
E vejo o quanto trago e sou feliz
E a fonte da promessa recomeça..
754
O tanto que se fez no tempo além
Dos erros costumeiros de quem busca
Vencendo uma ternura tanto rude
Na sórdida expressão do que não venha,
O medo sem sentido e sem razão
Adentra noutro tom, qual erupção,
E quando se deseja uma erupção
Do sonho que pudera estar além
Marcando a cada dia esta razão
E nela o quanto tento e esta alma busca
E sei do meu cenário quando venha
Tramando o que se tenta mesmo rude
O verso quando tento e sei que rude
Vagando nas tramoias a erupção
Dos sonhos entre tantos quer de venha
E nada do que possa segue além
E vejo o cenário quando busca
Marcado pelo tempo sem razão
O quanto deste encanto diz razão
E o verso se traduz deveras rude
E tanto quanto a sorte já nos busca
Ou mesmo desnudando em erupção
A fúria deste sonho segue além
Do quanto poderia e já não venha,
Ainda quando a sorte tenha e venha
Vagando nos limites da razão
O verso que pudera e vai além
Do quanto se imagina bem mais rude
E tanto se presume em erupção
O corte que deveras já nos busca,
A luta quando o fim somente busca
O todo que deveras sempre venha
E o nada que pudesse na erupção
Dos sonhos me trazer uma razão
Gerando mesmo sobre um solo rude
O quanto se ansiara e mesmo além.
O quanto sigo além do que se busca,
O mundo tolo e rude sempre venha
Causar nesta razão a erupção.
755
O mundo se transforma e de repente
O quanto fora humano se desaba
A luta se transforma dia a dia
E o tempo noutro encanto resta ou falha
E sei do que pudera em nova sorte
Enquanto a morte chega; e se batalha,
No fundo cada dia, uma batalha,
E o verso se anuncia num repente
E quando solidão ditasse a sorte
O todo que se queira já desaba
Marcando com angústia o quanto falha
Restando no final o velho dia,
O tempo na verdade noutro dia
Encontra o quanto quis e não batalha
O verso se mostrando aonde há falha
E o canto no vazio no repente
Espalha o que se tenta e além desaba
Enquanto se procura nova sorte,
O mundo que pudesse em clara sorte
Marcar o quanto resta deste dia,
E nada do que vejo inda desaba
E cedo se presume uma batalha
Gerada noutro passo, de repente,
E o tanto que restara dita a falha,
Meu mundo se anuncia em plena falha
E vejo a solidão que molde a sorte
No quanto se mostrasse em vão repente
O tanto eu se visse a cada dia
Ousando no que possa esta batalha
Trazer a coração quanto desaba,
Meu canto sem proveito ora desaba
E o mundo noutro passo também falha
O vento da ilusão dita a batalha
E nada do que eu tenha traz a sorte
E sei do quanto possa e a cada dia
A voz se mostraria no repente,
O tanto de repente que desaba,
Encontra o que outro dia dita e falha
Gerando a rude sorte da batalha...
756
Não sinto qualquer força além da luta
Que tanto se transcende ao mais temível
E vendo a caminhada sem descanso
O quanto agora alcanço já nem sinto,
Ousando acreditar nesta esperança
O mundo noutra face se mostra,
A vida se desenha enquanto mostra
A face mais cruel da velha luta
E sei do quanto possa esta esperança
Ainda quando vejo o ser temível
Desnudo o quanto trago e mesmo sinto
Vagando sem sentido nem descanso,
O tempo que exigisse algum descanso,
O mundo se moldara e não se mostra
O quanto do passado ainda sinto
E vejo imensidão da leda luta
Que possa na verdade ser temível
E mesmo traduzir vaga esperança
Meu passo se perdendo em esperança
Diversa da que um dia sem descanso
Buscara noutro passo e sei temível
Enquanto no final o que se mostra
Traduz o que pudera e desta luta
O peso mais dorido agora sinto,
Ainda quando o sonho invade e o sinto,
Marcando o que pudesse em esperança
Gerando o que em verdade dita a luta
E nesta sensação não me descanso,
Vagando sem proveito onde se mostra
A farsa mais atroz leda e temível,
A vida se transforma e sei temível
Enquanto na verdade o que ora sinto
Eclode no momento e já se mostra
Vagando pelos ermos da esperança
Enquanto o meu caminho sem descanso
Expressa o que pudera e trama a luta,
A vida numa luta, vã temível
Encontra sem descanso o quanto sinto
E sei quanto esperança não se mostra...
757
Ainda se fizesse desta sorte
Diversa sensação que não viria
Sequer o quanto possa acreditar
Ou mesmo noutro rumo caminhar
Vencendo o que deveras não teria,
O verso se desenha sem sentido.
O prazo noutro tempo ora sentido,
O canto se resume em leda sorte
E o tanto que se possa e não teria
Agora com certeza não viria
Deixando para trás meu caminhar
E nele nada possa acreditar
O tempo se deseja a acreditar
E sei do quanto é rude algum sentido
Vagando sem temer o caminhar
Enquanto no final a leda sorte
Traduza o que pudesse e não viria
Tampouco o quanto reste e até teria,
Meu mundo na verdade não teria
Senão onde tentasse acreditar
Nos ermos do que tanto inda viria
Vagando sem descanso nem sentido
Ousando na palavra morta em sorte
Que eu trago nos meu ermo caminhar.
O tanto quanto deva caminhar
E sei que na verdade não teria
Sequer a menor sombra desta sorte
Que possa num segundo acreditar
Gerando na verdade algum sentido
Diverso do que tanto inda viria,
Meu mundo com certeza não viria
E nesta solidão meu caminhar
Gerasse o que pudesse no sentido
Atroz de quem domina o que teria
E vendo o quanto possa acreditar
O mundo renegasse a própria sorte.
Ainda quando há sorte e não viria,
Tentando acreditar no caminhar
Em meio ao que teria algum sentido.
758
Arcando com meus erros nada impede
Que o tempo se desenhe sempre igual
O vento quando açoda e traz o frio,
O gesto mais suave e mais tranquilo
De quem no sonho tento e se procuro
Encontro tão somente no vazio,
E vejo o coração mesmo vazio
E nisto qualquer luz ora me impede
De ter o que pudesse e em vão procuro
Tentando se diverso, sendo igual,
Ousando ser deveras mais tranquilo,
No fundo sei que sou somente frio,
O tempo se mostrara neste frio
E o canto se presume no vazio
E quando se traduza mais tranquilo
Meu passo na verdade o tempo impede
E sei da cantilena sempre igual
Qual fosse um ritual que não procuro,
Apenas revolvendo e assim procuro
O mundo que se faça além do frio,
E nisto o quanto possa ser igual
Vagando pelos ermos do vazio,
Encontra o que deveras nos impede
E nega qualquer dia mais tranquilo,
O tanto que se veja em ser tranquilo,
O mundo na verdade mal procuro
E sei do que pudesse e nada impede
Que seja tanto atroz, e mesmo frio,
Vestígios do caminho mais vazio
E nele o que se fez é sempre igual.
O passo se desenha quando igual
E nada mais pudesse ser tranquilo,
Enquanto no final sigo vazio
E vejo mais distante o que procuro,
O passo desenhando enfrenta o frio,
E o corte se apresenta onde se impede,
A vida não impede o mundo igual
E nisto tanto frio diz tranquilo
O quanto ora procuro, até vazio...
759
Jamais se pensaria em algo tanto
Diverso do que um dia fora nosso
A vida se resume no que trago
E bebo os meus anseios gole a gole,
Pousando no passado, nave esquece,
O quanto se tentara de um futuro.
Meu mundo se anuncia sem futuro
E sei do que se anseia neste tanto
E vejo o quanto a vida ora se esquece
E nada do que busco seja nosso,
Enquanto procurando novo gole
Apenas o não ser nesta alma trago.
O quanto poderia e sei que trago
Envolto pelas tramas do futuro
Ainda se resume noutro gole
E vejo a solidão que segue o tanto
Do quanto desenhara e sei ser nosso,
O passo que decerto a vida esquece.
Meu tempo noutro tempo já se esquece
E o todo na verdade quando o trago
Encontra a solidão e sei que é nosso
O sonho sem sentido de um futuro
Que seja com certeza um novo tanto
Marcado pela angústia de outro gole,
A luta se mostrara neste gole
E o canto com certeza ora se esquece
E vivo o que pudesse neste tanto
Enquanto o quanto vejo agora trago
No passo que deveras sem futuro
A vida com certeza queira nosso,
O mundo que pensara ser tão nosso
O verso se traduz em raro gole
E o quanto se perceba sem futuro
E tanto se deseja ou já se esquece
E nisto o que se mostre e mesmo trago
Encontra o que pudera noutro tanto,
A vida neste tanto que sei nosso,
O todo que ora trago dita o gole
E o tempo agora esquece algum futuro.
760
Num ermo caminhar a noite nua,
O verso sem desejo, a morte vejo,
E o tempo que pudesse ser feliz
Desenha nova bruma no horizonte,
E sinto esta esperança se esvaindo
A vida se percebe sem destino.
O tanto que pudesse num destino
Deitando sob a lua bela e nua
E sei que meu caminho se esvaindo
Transcende ao que pudesse e mesmo vejo,
Gerando este vazio no horizonte
Quem dera se eu pudesse ser feliz...
O tempo que tentara ver feliz
A sorte sem caminho em meu destino,
Expressa este vazio no horizonte
E quando vejo a deusa clara e nua
Ou mesmo constelar anseio eu vejo,
O mundo se percebe ora esvaindo...
Meu verso sem sentido se esvaindo
O quanto poderia ser feliz
E sinto esta vontade quando a vejo
Marcante sensação deste destino
E desta maravilha inteira e nua
Ao largo dominando este horizonte.
O passo se traduz neste horizonte
E o quanto se pressente ora esvaindo
Mergulha na vontade imensa e nua
Da deusa que se fez bem mais feliz
E nisso dominando o meu destino,
Encontra cada rastro e também vejo,
Meu mundo num momento sei que vejo
E bebo a claridade do horizonte
E sei do quanto possa e me destino
Enquanto pouco a pouco me esvaindo
Pudesse desejar o ser feliz
Numa esperança além imensa e nua,
Ao ter agora nua enquanto a vejo
Reinando mais feliz neste horizonte
A vida se esvaindo traz destino...
761
Um prazo a se cumprir e nada mais
Do que se faça aquém ou mesmo invada
A sorte se transcende e dita o quanto
Pudesse ser apenas num momento
O todo que desejo e sigo e tento.
Vestígio de uma luta sem promessas.
E sei do que se mostre em vãs promessas
E vejo o quanto pude e sei que a mais
O tempo noutro canto quando o tento
Expressa a solidão que enfim me invada,
Marcando esta expressão neste momento
E sei do que tentasse e mesmo quanto.
A tentação diversa diz do quanto
O mundo não traria estas promessas
E nelas o que possa num momento
Vagando sem saber sequer a mais
Do todo que vestisse o que ora invada
E nisto se deseja o que inda tento
A vida noutra face mesmo tento
E sei do amor que pude e não sei quanto
E quando na verdade a vida invada
Espero na certeza que em promessas
A luta se fizera sempre a mais
E nisto vejo apenas um momento.
Restando dentro da alma este momento
E nada mais senão o que ora tento
Espreito alguma sorte e busco mais
O tanto que se mostre neste quanto
Galgando o nada crer de tais promessas
E nisto o que se veja e não me invada.
A via aonde o tempo agora invada
O todo se presume em vão momento
E sei do quanto possa em vis promessas
A fúria desenhada quando a tento,
E sei do descaminho, quanto e quanto,
A sorte se anuncia em algo mais.
O que inda fosse a mais jamais invada
E trace mesmo o quanto em tal momento
Ainda vejo e tento vãs promessas...
762
Ainda sem saber do que viria,
O verso não me dita qualquer luz,
O medo se anuncia após a esquina
Num beco sem saída eu me perdi,
E agora que se veja em tal tormenta
O passo rege o fim desta esperança,
A vida na verdade em esperança
Há quanto noutro rumo então viria,
Vagando ao invadir nova tormenta
Enquanto o que se queira dite a luz
O todo que deveras eu perdi
Encontro novamente nesta esquina,
O passo se anuncia e dobra a esquina
Resumos do vazio da esperança
E nada do que possa ou já perdi,
Ou vaga no caminho e assim viria
Trazendo no final a mera luz
Que tanto se tramasse em tal tormenta,
A vida se desenha na tormenta
E bebe o que pudera nesta esquina
Gerando o descaminho onde perdi
Meu mundo e na verdade outra esperança
Marcasse cada passo que viria
E nele outro momento em rude luz,
Apenas o que possa ser a luz
Sabendo a cada passo da tormenta
Que dita o quanto agora o que viria
Marcando cada sonho numa esquina
Diversa da que possa em esperança
Tramando o quanto vejo e já perdi,
O mundo dita o tempo onde perdi
O vago componente em rara luz
E sei do que pudesse em esperança
Enquanto o dia a dia diz tormenta
E sei do caminhar em nova esquina
E o tempo onde o nada enfim viria,
O canto ora viria e me perdi,
O quanto numa esquina dite a luz
E faça da tormenta uma esperança.
763
Um copo se presume quando vejo
Os olhos do passado me rondando,
A farsa desenhada na parede
O tanto que concede a solidão,
E a luta desenhada toda minha
Enfrenta o que se tente navegar,
Presumo o quanto possa navegar
E sei do mesmo anseio quando o vejo,
A vida na verdade não foi minha
E o tempo no vazio me rondando,
Encontro tão somente a solidão,
Que encosta cada ser nesta parede.
O mundo se moldara na parede
E sinto o que se mostre a navegar
E tanto se procura a solidão,
Nos ermos de quem vence o que ora vejo,
Trazendo a mesma sorte me rondando
E nada da esperança fosse minha,
A vida se anuncia e sei que é minha
E deixa a velha marca na parede
O mundo se desfila ora rondando
E vejo o quanto resta a navegar
Nas tramas do que possa e mesmo vejo
Sentindo o quanto viva em solidão,
O rumo se desenha e a solidão
Expressa tão somente o quanto é minha
A luta que pudera e quando a vejo
Encosto o sentimento na parede
E tramo o quanto vejo a navegar
E o todo que se perca me rondando,
O mundo se anuncia além rondando
O tanto que pudesse em solidão
E vejo o meu caminho e ao navegar
Marcando o quanto a vida fosse minha
E nisto o teu retrato na parede
Expressa tão somente o que inda vejo,
O mundo quando o vejo me rondando,
O tempo na parede em solidão,
Esta alma agora minha a navegar.
764
Jogado sobre as pedras do caminho,
Apenas apresento a velha escara
A chaga que alimento no meu peito,
A tosca solidão, a companheira,
E o verso sem sentido que me invade
Errático cometa em noite vã.
A vida se apresenta e sendo vã
Entrava cada passo em tal caminho
E nisto o desengano que ora invade
Propõe somente a fúria de uma escara
E marca com terror a companheira
Deixando sem sentido o tolo peito,
A luta se entranhasse no meu peito
E o canto se mostrara em sorte vã,
Ainda sem destino, a companheira,
Tramasse no final este caminho
E vendo o quanto possa em rude escara
Marcando o que resume e assim invade.
O tanto quanto o sonho agora invade
E gera o meu cenário em torpe peito
A luta se apresenta em vaga escara
E o todo que pudera dita a vã
Noção de uma esperança sem caminho
Que trace no futuro a companheira,
A vida se deseja companheira
E sei do quanto o sonho tanto invade
E mesmo que se tente em tal caminho
O quanto poderia toca o peito
E gera a imensidão que mesmo vã
Sanasse com certeza alguma escara.
E cicatriza na alma a velha escara
Tornando a minha luta, companheira,
E tanto que se queira a sorte vã
Expressa este cenário que me invade
Deixando sem sentido algum o peito
Tocado pela trama em vil caminho,
E quando ora caminho e sei da escara
A sorte no peito, companheira,
Ainda quando invade se faz vã.
765
O meu caminho dita a forma estranha
Enquanto se viceja a velha queda
O prazo no cenário mais sutil
E o tempo se adentrando no vazio,
Enquanto procurasse algum conforto
O todo se presume num anseio,
O mundo que deveras mais anseio,
A luta que se molda e já me entranha
Produz o que deveras diz conforto
E preparando sempre para a queda
Expressa a solidão deste vazio
Que possa ser bem mais do que sutil
O canto desenhado ora sutil
O vento que se trama quando anseio
Vencer o quanto possa no vazio
E sei que na verdade o que me estranha
Encontra no final a simples queda
E nisto se sonega algum conforto,
Meu mundo sem saber de algum conforto,
O passo mais suave e mais sutil
O tanto que pudesse nesta queda
Tramar o que desejo e mais anseio
Enquanto a própria sorte ora me estranha
O verso se perdendo no vazio,
O tempo se anuncia e sei vazio
O sonho que deveras diz conforto,
E possa traduzir e além me estranha
O tanto quanto busque ser sutil,
Vagando simplesmente neste anseio
E o todo se resume em leda queda,
A vida se traduza pela queda
Do passo sem sentido no vazio,
E o quanto se acenasse em raro anseio
Gerando algum momento em tal conforto,
Deixasse na verdade o mais sutil
Enquanto a minha vida tudo estranha,
A sorte tão estranha em rude queda
O tempo mais sutil, neste vazio,
Tramasse sem conforto o quanto anseio.
766
Acreditar na sorte que viria
Ousando ser feliz ou mesmo tendo
No olhar a luta imensa que não sirva
Sequer como desculpa ou algo mais
Encontro na verdade a farsa e tramo
Este horizonte aquém do que eu queria,
O verso quando muito inda queria
O tempo com certeza não viria
E nada do que tente ou mesmo tramo
Mostrando este cenário aonde tendo
A queda enquanto nada possa a mais
Nem mesmo esta ilusão inda me sirva,
O mundo na verdade jamais sirva
A quem se fez no todo que queria
Vagando no caminho sem ter mais
Ou mesmo acreditar no que viria
Vencido navegante nada tendo
Apenas o que tento e agora tramo,
O vento noutro rumo quando o tramo,
Expressa oque deveras não me sirva
E vendo com temor este algo tendo,
O mundo noutra face não queria
E sei do quanto possa e não viria,
Ainda quando um sonho tenha a mais
O tanto que pudera crer e mais
Do todo já perdido enquanto tramo
A sorte noutra face não viria
E nem o quanto tento e não me sirva
Encontro no final quanto eu queria
E sei do que perdera mesmo o tendo.
Jamais se desenha o que ora tendo
Pudesse desvendar e crer bem mais
No tanto que deveras mais queria
E assim cada momento quando o tramo
Expressa o quanto resta e não me sirva
Enquanto esta ilusão eu sei viria,
O todo que viria nada tendo,
Encontra o quanto sirva e disto ou mais
Vivesse o que ora tramo e não queria...
767
Os erros de quem busca na verdade
Alguma solução que não se vê
Nem mesmo outro caminho, escapatória,
Aonde a luta seja mais amena,
A vida com certeza mais profana
Ao todo sem limites me condena,
E quando a solidão tanto condena
Tocando o que pudera ser verdade
Encontro a face rústica e profana
De quem noutro detalhe nada vê
Senão a mesma farsa aonde amena
A luta sempre forja a escapatória,
O verso se tentasse escapatória
E mesmo quando a luta nos condena
O passo procurasse a sorte amena
E nela o que se trace em tal verdade
Mostrasse muito mais do que se vê
Na vida tão feroz quanto profana,
A vida sem anseios me profana
E gera o que não tenha escapatória,
E mesmo que o vazio ora se vê
Não trame noutro tom quanto condena
Que possa se mostrar rara verdade
E nisto a minha vida volve amena.
A luta sem sentido atroz, amena,
Envolta pela senda mais profana
E quando no final nega a verdade
Marcando com temor a escapatória
Que possa traduzir e me condena
Ao quanto na verdade ninguém vê.
O tanto que pudera e já se vê
Ainda quando a vida fosse amena
No fundo com certeza me condena
E traça o que se mostre em luz profana
Ainda quando vejo escapatória
O mundo sonegasse esta verdade.
E sinto que a verdade não se vê,
Somente escapatória e mesmo amena
A vida me profana e se condena...
768
Já não me caberia acreditar
Nas tantas evidências que me trazes,
Os olhos sem sentido vagam sós
E bebem da esperança único gole,
Ao menos o que vejo me reporta
Ao quanto fui feliz e não soubera.
A vida noutro tom tanto soubera
Retalhos do que possa acreditar
No engodo que deveras já reporta
E sei quando no fim o quanto trazes
Expressa esta ilusão e neste gole
Os dias seguem rumos tolos, sós,
E vendo o quanto pude em dias sós
Ou mesmo o que me reste e não soubera
A luta noutro rumo toma um gole
Do medo mais atroz a acreditar
No tanto que pudera e ora me trazes
Vagando sobre o quanto se reporta,
A sorte que deveras me reporta
Ao tempo quando o pude em ritos sós
Ousando presumir no que me trazes
O sórdido cenário e se soubera
Apenas no que possa acreditar
E vejo a minha vida noutro gole,
E quando da aguardente bebo um gole
Expresso o quanto possa e já reporta
Ao fato do que tanto acreditar
Gerasse simplesmente quando à sós
O mundo se mostrasse e não soubera
O todo que pudesse e não me trazes,
Sabendo do que tanto agora trazes,
O medo se anuncia num só gole
E vivo o que pudera e assim soubera
Enquanto a solidão tanto reporta
Ao que pudesse ser embora sós
Vagando enquanto tente acreditar,
E quando acreditar no que me trazes
O todo quando sós tramassem gole
E nisto o que reporta eu não soubera...
769
O tempo na verdade não teria
Sequer o quanto busco e não mais vejo
Meu sonho se perdendo a cada instante
E o fato se moldara no vazio
E bebo do que possa fascinante
Traçar em tempestades que ora crio,
O canto que deveras teimo e crio,
O risco de viver que não teria
A sorte que pudesse fascinante
Enquanto na verdade o nada vejo
somente o que se veja e sou vazio,
Marcando a própria vida num instante
O quanto se presume num instante
E nada se traduza quando crio
O farto caminhar deste vazio
E nele nada mais busco ou teria
Senão a face escusa e nela vejo
O tempo que pensara fascinante
O mundo tantas vezes fascinante
O todo que pudera num instante
Vagando sobre o quanto tento e vejo
Trazendo o quanto possa e mesmo crio,
No fundo novamente não teria
O tanto quanto quero e vou vazio,
Meu tempo se anuncia e do vazio,
Apenas o que possa em fascinante
Caminho se mostrando onde teria
O tanto que desejo neste instante
Vestindo a sorte enquanto o sonho eu crio,
E tento caminhar e nada vejo,
Somente o que de fato agora vejo,
Encontra na verdade o ser vazio
Que tanto se mostrara e quando o crio,
Enfrento o que seria fascinante
Não fosse o desdenhar de um rude instante
E sei quando ao final já não teria,
A vida que teria o quanto vejo
Expressa neste instante o ser vazio
E um tempo fascinante, em vão eu crio.
770
Não quero e nem permito alguma trama
Diversa da que possa nos dizer
O verso mais audaz ou mesmo rude,
Na farsa que se tente a cada passo
E sigo sem ternura o dia a dia
Vestindo o que deveras mais sonhasse.
O tempo noutro enredo já sonhasse
E nisto desenhasse a velha trama
Que tanto quanto possa noutro dia,
Ainda restaria por dizer
E sendo o que deveras tanto passo
O mundo se desdenha atroz e rude,
Meu canto muitas vezes se faz rude
E o peso de uma sorte não sonhasse
Com todo o caminhar em tosco passo
E quando se anuncia a mesma trama
O tempo se permite em vão dizer
Do quanto mais restasse noutro dia
O todo se anuncia em cada dia
E o mundo não traria o olhar mais rude
E mesmo quando sinto o que dizer
Galgando o quanto outrora inda sonhasse
Apenas se trazendo a velha trama
O tempo sonegasse todo passo,
E sei do quanto viva e mesmo passo,
E sinto o que se molda noutro dia
Sentindo e mesmo quando a vida trama
Ainda se aproxima sendo rude
O todo que deveras mal sonhasse
No tanto que se deixa de dizer,
A sorte no vazio a se dizer
Encontra o quanto tento a cada passo,
Marcando o que de fato ora sonhasse
E nisto o meu caminho noutro dia
Pudesse desenhar além do rude
O mundo que esperança agora trama.
O sonho quando trama o que dizer
Expressa mesmo rude um novo passo
E nisso um claro dia onde sonhasse.
771
A vida não se faz tampouco assim,
Apenas o que pude não traduza
O medo de quem sabe mais confusa
A luta aonde entranho e não tem fim,
O peso de uma sorte que maldiga
A senda mais atroz e mais antiga.
Ainda que esperança seja antiga
O vento se trazendo sempre assim
O quanto na verdade se maldiga
Espera qualquer sorte que traduza
O amor quando se quer e nega o fim,
Deixando a minha estrada mais confusa.
A sorte caprichosa e tão confusa,
O quanto se perdera em luta antiga
Trazendo tão somente o mesmo fim,
E nisto cada verso dita assim
No todo que jamais alguém traduza
A luta quando a vida ora maldiga,
E quando esta ilusão tanto maldiga
O medo de seguir senda confusa
Eclode e com certeza não traduza
O tanto que pudera e sei antiga
A vida desejada e sendo assim,
O todo traduzisse o velho fim.
Meu mundo se aproxima já do fim,
E tanto que pudesse ora maldiga
A luta sem sentido e tanto assim
Podendo acreditar na mais confusa
Versão que se moldando traga a antiga
Noção que nada mais possa e traduza,
O quanto sem sentido não traduza
A face desditosa que no fim
Expressa esta verdade mais antiga
E tanto que pudera e se maldiga
O quanto desta senda mais confusa
Gerasse o quanto vejo e sempre assim,
Meu mundo sendo assim, nada traduza,
Senão a mais confusa e sei no fim,
O quanto se maldiga a sorte antiga.
772
Não vejo qualquer fato que pudesse
Trazer alguma paz ou mesmo alívio
E sei da solidão quando se entranha
Marcando com terror o que tentara
Enquanto a sordidez dita o presente
Futuro se entregando sem defesa.
A vida que teimasse na defesa
Do encanto quanto o todo já pudesse
Traçar este caminho e no presente
O tanto que se fez negando alívio,
Ainda mesmo quando enfim tentara
O todo que decerto em paz me entranha,
A luta se desenha enquanto entranha
E traça qualquer plano de defesa
E nisto o que pudera e se tentara
Ainda quando sei e não pudesse
Trazendo ao coração qualquer alívio
E nisto outro momento está presente.
Queria ter nas mãos este presente
E mais do que viver o quanto entranha
Esta alma solidária em raro alívio
Traçando uma alegria qual defesa
E nisto o que se tente e já pudesse
Tramasse o que por certo ora tentasse.
Meu mundo no caminho onde tentasse
Vagar entre o que possa estar presente
Ainda que se mostre ou mais pudesse
Viver o que deveras nos entranha
Vagando sem destino e sem defesa
Buscando no final somente alívio,
E sei do quanto valha tanto alívio
Na vida de quem possa e já tentasse
Vencer o descaminho em vã defesa
E nisto outro cenário ora presente
Mostrara a realidade onde se entranha
O todo que de fato inda pudesse,
A vida se pudesse em raro alívio,
Trazendo o quanto entranha e ali tentasse
Marcando no presente uma defesa.
773
Nas vagas ilusões de quem se fez
Apenas caminheiro e nada mais,
O corte se anuncia e vejo então
O medo neste olhar tanto cruel
E bebo da aguardente mais amarga
Enquanto a solidão diversa afaga,
O mundo que se mostre nunca afaga
E gera o quanto outrora não se fez
Deixando a sensação bem mais amarga
Do quanto poderia e muito mais
Vagando sem destino o ser cruel
Moldasse meu caminho desde então,
A luta que se visse e sei que então
Pudera resumir o quanto afaga
Gerando no final o tom cruel
Da sórdida expressão que nada fez
Somente o meu anseio e sempre mais
Que possa traduzir a sorte amarga.
A vida tanto fere quanto amarga,
O verso se mostrara e desde então
O tanto que pudera muito mais
Agora noutra face não afaga
E vaga sem sentido onde se fez
Tomando um ar atroz e mais cruel.
O todo que pudera ao ser cruel
Grassando sobre o medo que ora amarga
Vestígios encontrados onde se fez
O quanto deveria desde então
Marcando com terror o quanto afaga
A vida numa força sempre mais,
E sei do que pudera ver a mais
E tanto se aproxima o tom cruel
E nada do que vivo agora afaga
Quem sabe na verdade o quanto amarga
A solidão e nisto e desde então,
Esbarra no vazio que a vida fez,
A luta já se fez e sempre a mais
Ousando desde então em tom cruel
E a sorte, mais amarga, a morte afaga...
774
Não mais me serviria de desculpas
Os tantos desenganos de uma vida
Ousando acreditar noutra saída
E mesmo quando em vão o fim se traz
Pousando nos anseios da emoção
O resto se presume e nada faço,
O tempo quando muito quero e faço
Olhando para trás, ledas desculpas
E nada do que possa em emoção
Gerasse o quanto resta desta vida
E deixo mesmo sempre quando traz
A luta sem sentido e sem saída,
O verso se deseja na saída
Das tramas entre traumas e se faço
Do mundo que pudera o quanto traz
Gerando muito além das vãs desculpas
O todo que de fato dite a vida
Negando qualquer passo em emoção,
A senda mais atroz sem emoção
O canto se presume e sem saída
A morte anunciada nega a vida
E disto se tentasse o quanto faço
Depois do quanto ousasse em vis desculpas
E tendo o que pudera e nada traz.
Meu mundo na verdade o que me traz
Somente se anuncia em emoção
Vestindo a sorte atroz e sem desculpas
Que possa traduzir tosca saída
Gerando no final o que não faço
E bebo como fosse a própria vida,
Apenas presumindo nesta vida
O quanto se pudera e nada traz
A sorte se deseja e o que ora faço
Tramasse pelo menos a emoção
E dela se prevendo uma saída
Enquanto se preparam tais desculpas,
E quando das desculpas de uma vida
Jogada sem saída nada traz
Somente esta emoção e o vão que faço...
775
Num único momento poderia
Saber desta sangria que não cessa
A vida se presume num anseio
E sei de cada farsa preparada
Na luta sem sentido e sem motivo
Vivendo o que pudesse, sempre assim,
O tanto que se mostra e sei que assim
O verso noutro tom não poderia
Traçar o que se tente e traz motivo
Que mesmo quando o todo agora cessa
Espreita a sorte amarga e preparada
Somente no vazio deste anseio.
E quando algum momento em paz anseio
Espero que se faça e viva assim,
Seara tantas vezes preparada
Aonde e com certeza poderia
Tramar outra esperança que não cessa
E molde da vontade este motivo,
O quanto se desenha e me motivo
Lutando pela sorte que ora anseio
Vagando no que tanto agora cessa
Marcando o dia a dia e sendo assim,
Meu mundo no teu mundo poderia
Trazer esta vontade preparada.
E sei da mesma luta preparada
E nela o quanto queira e sei motivo
Gerando o quanto deva e poderia
Tramar esta verdade que eu anseio
E nada do que tente sendo assim,
Expresse o quanto tenho e não mais cessa,
A luta de tal forma jamais cessa
E a marca com certeza preparada
Gerindo uma promessa e mesmo assim,
Marcasse o quanto tente e me motivo
Nos ermos de quem possa num anseio
Viver o que de fato poderia,
E sei que poderia enquanto cessa
A sorte que ora anseio, preparada,
No todo onde o motivo fosse assim...
776
Jamais imaginasse o que se possa
Depois de certo tempo traduzir
Nos sonho entre tantos e sentir
O quanto a solidão se fez mais nossa
O verso noutro tom não mais traria
Sequer o quanto rege a fantasia,
A vida se domina em fantasia
E sei do quanto tente e mesmo possa
Vencido caminheiro não traria
O quanto se recuse a traduzir
E a sorte noutro passo sendo nossa
Deveras não se deixa mais sentir,
O tanto que pudera ora sentir
E mesmo quando vaga em fantasia
Explode no que tanto fora nossa
E gera o que se mostra e mesmo possa
No todo sem sentido traduzir
O quanto na verdade nos traria,
E sei do quanto a vida nos traria
E tento calmamente ora sentir
O que pudesse apenas traduzir
E sei que esta esperança fantasia
Gerando do que tanto sempre possa
Viver esta emoção diversa e nossa,
Ainda quando a vida se fez nossa
E nisto o que deveras se traria
Encontra com certeza o que mais possa
E nisto outro caminho a se sentir
Enquanto ronda a farsa e a fantasia
O todo no final mal traduzir,
Pudesse com certeza traduzir
O quanto fosse a sorte bem mais nossa
E sendo de tal forma, fantasia,
Quem ama noutro passo não traria,
O quanto inda tentasse se sentir
E sei que no final já nem mais possa,
O quanto mesmo possa traduzir
O todo a se sentir sabe ser nossa
A vida que traria a fantasia.
777
Jamais imaginasse o que se fez
O mundo sem sentido e sem cuidado
O verso pelo tempo amarelado,
O canto sem saber da lucidez,
E o medo que se torna tão frequente,
Enquanto este vazio já se sente...
Procuro ao revolver o quanto sente
O todo que deveras nada fez
E sei do meu caminho mais frequente
Enquanto a vida segue sem cuidado,
E nisto poderia a lucidez,
Enquanto este retrato, amarelado.
Procuro um sol imenso e amarelado,
Trazendo no que possa o mais que sente
Uma alma sem sentido e lucidez
Que sabe na verdade o quanto fez
E tanto se imagina sem cuidado,
Vivendo o que decerto inda frequente,
O tanto que se possa e não frequente
O verso pela vida amarelado
Gerando com ternura e sem cuidado
O que deveras segue e já se sente
Meu mundo na verdade nada fez
E nisto busco a mera lucidez,
O quanto se pudesse em lucidez
Fazer desta esperança algo frequente
E sinto o quanto é rude o quanto fez
A vida neste quadro amarelado,
Embora na verdade o que se sente
Não trague nem sentido e nem cuidado,
O tempo que pudera sem cuidado,
O mundo que se perde em lucidez
O verso que deveras nada sente
O tempo quando segue e já frequente
O todo noutro tom amarelado,
E o fim a cada instante o tempo fez.
Ainda quando fez sem mais cuidado
Retrato amarelado em lucidez
O mundo ora frequente e nada sente...
779
Não quero esta vontade que trame
Nem mesmo outro cenário contumaz
A vida se tentara e nada faz
Dos sonhos, pesadelos, mesmo enxame,
O corte na raiz desta esperança
E o passo sem sentido nada alcança.
Assim quem tanto busca e quer e alcança
Ao menos o que possa e mesmo trame
No fim de novo passo em esperança
Ousasse num momento contumaz
Viver esta vontade, bando, enxame,
E ter o que deveras nada faz,
O mundo noutro instante teima e faz
Somente o que decerto ainda alcança
Depois da solidão, o velho enxame
Rondando o pensamento, dores trame
E vague com a fúria contumaz,
Deixando para trás esta esperança.
A vida se refeita na esperança
Apenas no vazio ora se faz,
E gera o descaminho contumaz
Enquanto a solidão decerto alcança
O passo que no fim já nada trame,
Somente a solidão, em rude enxame.
O amor que desejasse feito enxame
E a luta noutro enredo, uma esperança,
O todo que pudesse e nada trame
O muito quanto queira nada faz,
Somente o que deveras já se alcança
Num erro tão frequente e contumaz.
E quando se imagina contumaz
O todo dominando feito enxame
A vida no final já nada alcança
Somente o que buscasse em esperança
E o sonho quando muito nada faz,
E o pensamento dita o quanto trame,
O verso contumaz a vida trame
E sei que deste enxame o que se faz
A farsa em esperança nada alcança...
780
Meu dia se presume noutro engano
E vejo o que pudera ter além
O tempo na verdade nada tem
Senão a solidão em rude plano
E sinto o quanto pude noutra face
Do todo que o vazio em mim gerasse,
Ainda quando a sorte mal gerasse
O ledo e mais diverso rude engano,
Meu canto se mostrando noutra face
Depois do que procure, muito além,
O tanto se mostrara em novo plano,
Porém quem tanto sonha, nada tem,
O quanto deste encanto dita e tem
A sórdida expressão quando gerasse
Nos ermos da ilusão diverso plano
E nisto com certeza ora me engano,
Vivendo o que se possa e mesmo além
Do todo transformando a velha face.
O mundo se anuncia em rota face
E nada do passado ainda tem
Vencido pelo quanto ou muito além
Do todo sem descanso que gerasse
No velho caminhar o quanto engano
A vida sem saber de qualquer plano,
O medo rege o passo e muda o plano
Assim não poderia a mesma face
Gerar o que deveras tanto engano
E sei quanto é possível, mas não tem,
E todo este caminho ora gerasse
O que pudesse em sonhos, até além.
E tanto se deseja sempre além
Do mundo mais diverso em rude plano,
E quando na verdade o fim gerasse
Marcando com vigor em cãs a face
O medo do que possa e sei que tem,
No fundo se moldasse neste engano,
Quando me engano e sigo mesmo além
Procuro o que inda tem e neste plano
A vida mostra a face que a gerasse...
781
Ainda que pudesse em tempestades
Vencer o quanto resta da ilusão
Marcada pelos dias que virão
Na fúria aonde aos poucos me degrades
Esqueço qualquer tom que possa ter
Além do quanto a vida diz prazer,
O tanto do que possa sem prazer
Gerasse no final as tempestades
E nelas o que tente mesmo ter
Encontra tão somente esta ilusão,
Marcando com terror o que degrades
Não vendo os dias tolos que virão
Meus olhos na verdade não virão
Sequer o quanto possa algum prazer
E sei do dia a dia e já degrades
Ousando além nas rudes tempestades
Marcando o que pudera em ilusão
E nisto o meu anseio nega o ter,
O tempo se anuncia e o nada ter
Encontra entre os demônios que virão
Apenas o que possa em ilusão
Gerar o mais temível, vão prazer,
E sei que no final as tempestades
Traduzem o que tanto enfim degrades.
E os sonhos entre todos já degrades
Marcando o que pudesse mesmo ter,
Nas ânsias mais audazes, tempestades,
Que traçam os momentos que virão
Ousando ter nos olhos o prazer
Além do que se fez tola ilusão,
O corte se anuncia e da ilusão,
Anseios do que possas e degrades,
O mundo resumindo este prazer
Ainda mesmo quando possa ter
Nos dias mais tenazes que virão
As sombras de tais rudes tempestades.
Assim em tempestades a ilusão,
Expressa onde virão e já degrades
Os dias que irão ter rude prazer.
782
Não tento acreditar no desengano
Nem mesmo na verdade que me dizes
As sortes entre quedas e deslizes
O dia não seria soberano,
Meu canto sem saber do que pudesse
Apenas no vazio me enlouquece,
O quanto desta vida ora enlouquece
E gera no final o desengano
Marcando com ternura e já pudesse
Trazer este momento onde me dizes
E sei do quanto possa soberano
Vencer os mais diversos vãos deslizes,
E sinto nesta vida que os deslizes
Provocam o que tanto me enlouquece
E sei do que deveras soberano
Traduza o meu rumo em desengano
Mostrando sem sentido o que me dizes
E nisto novo passo em paz pudesse.
O tanto que se quer e até pudesse
Deixando no passado tais deslizes
Enquanto na verdade o que ora dizes
Deveras possa tanto que enlouquece
Quem sabe do caminho em desengano
Embora tenha um sonho soberano,
E sei que na verdade um soberano
Cenário traduzisse e enfim pudesse
Viver o que se mostra em desengano
Tramando na verdade tais deslizes
E sei que este caminho ora enlouquece
E nada no final deveras dizes.
O quanto tu de fato sempre dizes
Raiando sobre um sonho soberano
No todo que decerto me enlouquece
O todo que talvez mesmo pudesse
Vencer com mansidão tantos deslizes
Deixando no passado o desengano,
E sei do desengano quando dizes
E sei que após deslizes; soberano
Caminho me enlouquece e assim pudesse...
783
O meu tempo precisa de descanso
E sei que na verdade luto tanto
Sabendo quando ao fim em ledo espanto
Já nada dos meus passos vejo, alcanço,
O prazo determina o jogo e perco,
E nisto com certeza nada resta,
A vida se pudesse enquanto resta
O sonho e nele ao menos eu descanso,
Vagando sem saber e já me perco
Tentando na verdade o mesmo tanto,
Que possa traduzir o quanto alcanço
E sinto o que de fato agora espanto,
Meu mundo restaurando cada espanto
E nisto a sensação que hoje me resta
Expressa o quanto é tolo o que ora alcanço
Marcando cada dia sem descanso
E quando outro caminho se fez tanto
Sem rumo ou direção logo me perco,
Ainda quando a sorte luto e perco,
O dia resumindo o velho espanto
No medo que se mostre novo tanto
Apenas a verdade inda me resta
E sei do que pudera sem descanso
Enquanto a sordidez agora alcanço.
E o sonho que decerto ainda alcanço
Expressa a solidão e se me perco
No todo que deveras não descanso
O mundo poderia noutro espanto
Trazer o quanto quero e resta
Gerando no final em medo, o tanto.
Meu verso se aproxima e sei do tanto
Que pude transformar enquanto alcanço
O vago caminhar que ainda resta
E sei da sensação quando me perco
No tempo sem saber do velho espanto
No fato que jamais em paz descanso,
E sei que se descanso noutro tanto
O quanto ora me espanto logo alcanço
Da vida que ora perco, nada resta...
784
Não tente aproximar já que em verdade
O fato não trouxera a paz que busco,
E sinto o caminhar em luta e febre
Num vago frenesi que não traria
Sequer o quanto possa acreditar
Nem mesmo uma verdade mais concisa...
Palavra com certeza se concisa
Expressa no final pura verdade
E sei no que pudera acreditar
Ainda quando o rumo eu tento e busco,
Ao fim do meu caminho se traria
A sorte em frenesi, gerando a febre.
E quando me invadisse toda a febre
A luta se fizera mais concisa,
Mostrando o que de fato me traria
E nisto se vislumbre esta verdade
Que possa traduzir o que ora busco
Enquanto se permita acreditar,
No tanto que tentasse acreditar
Vencendo a sensação de plena febre
O mundo sem sentido tento e busco
Na sorte que se faça mais concisa
Singrando mares tantos da verdade
E nisto o meu final já se traria.
O todo que decerto se traria
O mundo quando pude acreditar
Gerando no final esta verdade
Ardendo o coração em rude febre
A luta se moldara e tão concisa
Diria do que tanto agora busco,
O manto que se trace enquanto busco
O verso que esta sorte me traria
A vida mais audaz e mais concisa,
O todo que pudera acreditar
Grassando as rudes sanhas desta febre
Trazendo no final pura verdade
A vida diz verdade que ora busco
E sei da vária febre que traria
O quanto acreditar na voz concisa...
785
Não quero e nem pudesse ser diverso
O mundo se resume no que um dia
Marcasse com terror esta ventura
Da farsa sem limites que domina
Gerando o meu caminho em noite vaga
Ao menos noutro tempo volte a lua,
E sinto esta presença, clara lua,
No tanto que se queira mais diverso
E mesmo quando o mar na intensa vaga
Gerasse outra procela nalgum dia,
O tanto que deveras me domina
Traria sem sentido esta ventura,
O mundo se pudesse em tal ventura
Trazer de novo o sonho em clara lua
E desta sensação o que domina
Explicitando o sonho mais diverso
Marcando com brandura o novo dia
Que possa percorrer a vida vaga,
O todo quando quero e a sorte vaga
O mundo no final leda ventura,
Gerando no que possa o dia a dia
E sendo mais distante a deusa lua
O passo num caminho mais diverso
Encontra a sensação que me domina.
Assim o que de fato já domina
E segue mesmo quando em luta vaga
Tramasse outro caminho mais diverso
E nisto se desenha tal ventura
De quem soubesse ter a própria lua
E dela renascer qual fosse o dia,
O marco se desenha neste dia
E o tempo na verdade me domina
O todo se propõe na rara lua
E sei do quanto a sorte se fez vaga
No todo desenhado em tal ventura
O mundo se mostrara mais diverso.
E sendo tão diverso deste dia
O que dita a ventura não domina
A noite quando vaga sem a lua...
786
Já não me caberia acreditar
Nas ânsias de quem busca tão somente
O tanto que se fez além do mar
E o verso desenhando o que frequente
Marcando o quanto possa enfim amar
E nisto o meu futuro se apresente.
E quando na verdade se apresente
O todo que buscasse acreditar
Nas ânsias do que tanto eu quis amar
Gerando no final o que é somente
O todo quanto possa e se frequente
Depois de se enfronhar no imenso mar.
A vida se refaz e deste mar
Ainda que pudesse e se apresente
O tanto que decerto ora frequente
Permita na verdade acreditar,
E nisto se desenhe ora somente
O quanto é necessário o bem de amar.
O todo que pudesse enfim amar
Vencendo a fúria intensa deste mar
E trace na verdade e tão somente
O muno quando a sorte se apresente
Gerando o que pudera acreditar
No todo que de fato em paz frequente.
O mundo se desenha mais frequente
Enquanto se deseja tanto amar,
Eu possa no final acreditar
No quanto se fizera em alto mar
E a vida desde então já me apresente
Enquanto se procura a paz, somente,
O todo que pudera ser somente
O sonho quando a paz tente e frequente
Agora noutro rumo se apresente
E deixe a maravilha de te amar
Reinando sem temores neste mar
Aonde se permita acreditar.
Pudesse acreditar e tão somente
Vencer o forte mar que é tão frequente
E o sonho de te amar já se apresente...
787
Não quero ser apenas o que um dia
Jogado pelas ruas não soubera
Da sórdida expressão desta quimera
Que tanto noutro instante inda viria
E o fato mais concreto se permite
Ditar do meu anseio este limite,
Ainda que se veja no limite
O todo desenhado dia a dia
O quanto se procura e se permite
Apenas a verdade já soubera
E sei do quanto resta e até viria
Tramar no raro encanto esta quimera,
A vida traça em si leda quimera
E dita o quanto possa e me limite
Vivendo o que ora resta e não viria
Gerando outra expressão em ledo dia
E tanto quanto possa inda soubera
Do todo quando a vida não permite,
O sonho se tentara o que permite
O fato mais sutil, leda quimera,
No ocaso de meus sonhos não soubera
Sequer manter a sorte em tal limite
Vivendo o quanto possa noutro dia
O mundo neste instante em paz viria,
E sei do que em verdade até viria
Gerando o quanto amor tenta e permite
Marcando com ternura cada dia
E nisto se afastando da quimera
Que sabe muito bem o seu limite
Ou pelo menos mostra que soubera,
Ainda que este fato mal soubera
Quem singra muito além e assim viria
Gerando na verdade o seu limite
E tudo o quanto traga me permite
Vencer a mais temida e vã quimera
Que toma minha vida a cada dia,
O tanto deste dia não soubera,
Senão desta quimera que viria
E assim não se permite este limite...
788
Não bebo desta fonte, solidão,
Tampouco desejasse este vazio
E quando o meu caminho desafio
Enfrento as armadilhas de um verão
E sigo sem sentir a melhor sorte
Que tanto me comporte e me conforte,
A vida necessita quem conforte
E gere qualquer luz na solidão
E sei do que pudesse após a sorte
De quem se fez audaz, porém vazio,
E o todo dita os dias que verão
O mundo num sofrível desafio.
Marcando este momento desafio,
O todo que deveras me conforte
E nisto se aproxima outro verão
Tocado pela velha solidão
E sinto que o vazio nega a sorte,
Ou mesmo a sorte traga este vazio
O tanto que pudesse mais vazio
Enquanto tento novo desafio
E sei da solidão que dita a sorte
Marcando cada dia e não conforte
Olhando para etérea solidão
Trazendo sem sentido este verão.
O dia que pudesse num verão
Moldar qualquer momento do vazio
Expressa com ternura a solidão
Que tanto quanto eu possa, desafio,
E o todo que deveras me conforte
Traduza no final a melhor sorte,
A vida sem saber da rude sorte
Expressa as noites frágeis que verão
Apenas o que tanto não conforte
Marcando com terror este vazio
Enquanto o dia a dia desafio,
Enfrento a mais terrível solidão.
A velha solidão, já mata a sorte,
E sinto em desafio este verão,
Marcado por vazio e solidão...
789
Meu mundo se anuncia e sempre trama
O velho desejar de quem se sente
No tanto que pudera e mesmo ausente
Ainda no final enfrenta o drama
A justa companhia do que possa
Trazer ao coração amor e luta,
A sorte que pudera além da luta
O verso que em verdade tanto trama
Ainda quando a vida teima e possa
Traçar o que deveras tanto sente
E nisto se presume o mesmo drama
Deixando uma esperança sempre ausente,
O verso que deveras já se ausente
A vida desejando nova luta
No quanto superasse qualquer drama
Enreda na verdade o quanto trama
E tudo o que de fato assim se sente
Expressa muito além do que inda possa,
O mundo se desnuda e mesmo possa
Traçar o quanto queira e sendo ausente
O fim da solidão a sorte sente
E nisto se anuncia nova luta
E sei do caminhar imerso em trama
Na vida sem sentido, velho drama...
O mundo presencia o mesmo drama
E sei do quanto a sorte tanto possa
Vivendo sem sentido o que se trama
E nisto qualquer luz se faz ausente
E o mundo na verdade trama em luta
O que se mais anseia e não se sente.
O canto que por certo agora sente
O coração exposto ao velho drama,
Ainda quando traça e tanto luta
Cerzindo com certeza o que mais possa
Expressa esta emoção quando se ausente
Da morte que enredasse feita em trama,
O tempo agora trama o que se sente
Estando mais ausente o ledo drama
Marcando o quanto possa a velha luta...
790
Arcar com meus enganos quando sinta
A velha noite envolta em brumas tais
E sei dos meus anseios tão banais
Enquanto a sorte estava quase extinta
Matando o que pudera em tal tormenta
O tempo se desenha e nada tenta,
A via mais diversa que se tenta
O todo noutro enredo já se sinta
Ousando ao enfrentar qualquer tormenta
Em dias que deveras fossem tais
E neles a vontade mostra extinta
Noção dos desenganos mais banais,
Trazendo estes momentos tão banais
A luta se mostrara quando tenta
E sigo a face audaz, feroz e extinta
Da fera que pudera e nada sinta,
E vejo sem motivos dias tais
Traçando a cada passo outra tormenta,
A vida na verdade diz tormenta
E os erros cometidos, se banais,
No fundo se refletem e sei dos tais
Enquanto uma saída ora se tenta
E nada mais de fato agora sinta
A vida se anuncia quase extinta
O passo na verdade, morta e extinta,
O risco desenhado na tormenta
Enquanto a solidão de fato sinta
Trazendo os tempos rudes e banais
Ousando na verdade quando tenta
Sentir os erros mesmo sendo os tais.
Ainda que pudessem e nestes tais
Cenários a verdade quase extinta
Marcando o que decerto já se tenta
Vencendo no final cada tormenta
E nisto os desenganos mais banais
Na velha sensação que assim se sinta,
E quando agora sinta em erros tais,
A farsa entre banais, e quase extinta,
Apenas a tormenta sempre tenta...
791
Meu mundo sem temor e sem guarida
As tramas que se fazem costumeiras
E quando se transformam verdadeiras
Dominam cada fase desta vida
E sei quanto pudesse no final
Viver a fantasia em novo astral,
E tendo sob os olhos todo o astral
A sorte se desenha em tal guarida
E vejo sem sentido algum, final,
As tramas tantas vezes corriqueiras
E sinto as esperanças numa vida
Envolta pelas trevas, verdadeiras,
As sortes por quem luto, as verdadeiras
Noções que poderiam neste astral
Marcando cada etapa desta vida
E nela se procura uma guarida
Vencendo as tramas rudes, corriqueiras,
Vivendo cada sorte no final,
O tanto que se veja no final
Entranha as mais diversas, verdadeiras,
E sei das velhas sendas corriqueiras,
Marcando com ternura o velho astral
Ainda penetrasse na guarida
E tramo com certeza a clara vida,
E tanto se pudesse nesta vida
Vencido o meu anseio no final
Expressa na verdade uma guarida
Nas tramas mais sutis e verdadeiras
Marcando com terror o velho astral
Entranha noites rudes, corriqueiras,
E quando no final as corriqueiras
Soubessem da esperança em minha vida
O tempo se transforma em novo astral
E rege o pensamento no final
Entranho sendas claras, verdadeiras,
Adentra no final esta guarida,
A sorte na guarida em corriqueiras
E quando mais estranhas, verdadeiras
Marcando no final o ledo astral.
792
Ainda sem temer qualquer anseio
O sonho de viver não poderia
Traçar o que se rege na esperança
Marcando o quanto tento e não percebo
A luta se desenha no vazio
E sei do que em verdade nada resta,
O tempo no final se moldaria.
Meu mundo com certeza moldaria
E nisto o todo trama o quanto anseio
E sinto esta verdade onde se resta
O mundo que tentasse e poderia
E sei do quanto sigo este vazio
No sonho que de fato ora percebo,
E sei do quanto possa e mais percebo
Ousando o que deveras moldaria
Singrando esta esperança no vazio
E dito o caminhar e tanto anseio,
No quanto a sorte imensa poderia
Viver o que deveras tanto resta.
O que se traduzindo tanto resta
Marcando a solidão e não percebo
Sequer o quanto tente e poderia
Vagar entre o que agora moldaria
O todo na esperança de um anseio
Que trace muito além deste vazio.
E tanto quanto possa este vazio
Tramando na verdade o que me resta
Depois deste cenário em pleno anseio
Vivendo o que o deveras eu percebo,
O mundo noutro fato moldaria
O quanto na ilusão já poderia,
O tanto sem limites poderia,
Traçar o que se mostre mais vazio,
E a sorte com certeza moldaria
O todo que se pensa e mais já resta
E sei do meu momento onde percebo
A velha solidão que tanto anseio,
O mundo sem anseio poderia
Trazer o que percebo e sou vazio,
Assim o quanto resta moldaria.
793
O preço que se paga pelo sonho
Encontra a mais distante realidade
E vendo o quanto possa na verdade
Meu verso no vazio agora enfronho,
E bebo do momento mais sagaz
Aonde o que se tenta já se faz,
O passo sem destino a vida faz,
E nisto tão somente o que ora sonho
Expresse a turbulência mais sagaz
Rondando o quanto possa a realidade
E nisto quando em vão ainda enfronho
Encontro no final esta verdade,
Meu passo sendo presa da verdade
O mundo se percebe e nada faz,
O quanto se tentara aonde enfronho
Transcende o que deveras tanto sonho
E gera no final a realidade
Que possa ser deveras mais sagaz,
O tanto que se veja ora sagaz,
O mundo no caminho da verdade
Encontra finalmente a realidade
E sei do quanto possa ou mesmo faz.
E o verso traduzindo o velho sonho
Adentra esta ilusão enquanto o enfronho,
Vivesse a sensação do quanto enfronho
Moldando o sentimento mais sagaz
E nisto o que deveras busco e sonho
Expressa no final toda a verdade,
E o verso que decerto a vida faz
Expressa o que se dera em realidade.
Assim do quanto queira a realidade
Ao todo no vazio aonde enfronho
Gerando o quanto o tempo sabe e faz,
Vivendo o dia amargo e mais sagaz
No quanto se deseja tal verdade
E nisto o caminhar ditando o sonho
E sei que além do sonho a realidade
Expressa esta verdade que ora enfronho
E o tempo mais sagaz em luz se faz.
794
Meu passo se anuncia após a queda
Do todo que se tenta desvendar
Gerando o quanto pude noutra face
Marcando com terror o que grassasse
E nisto o que ora vejo a se notar
Apenas no vazio se envereda.
A vida que deveras se envereda
E trama no final a mesma queda
Que possa noutro rumo enfim notar
O quanto se deseja desvendar,
Ou mesmo no silêncio ora grassasse
O todo que moldasse a velha face.
O mundo se anuncia em clara face
E sei do que pudesse e se envereda
No todo quando o tempo inda grassasse
Marcando o que se queira e trama a queda
Que possa na verdade desvendar
O mundo que jamais pude notar.
O tanto que se tente ora notar
Do quanto noutro passo em nova face
Ousasse mesmo quando desvendar
O quanto do meu canto inda envereda
O tanto que pudesse em cada queda
Tramar o que de fato inda grassasse,
O preço que deveras mais grassasse
O medo que pudera enfim notar
O tanto se desenha em rude queda
E o medo não traria nova face
E sei que tanto faz quanto envereda
O quanto eu poderia desvendar.
Ainda quando busque desvendar
O muito que se tente e já grassasse
O verso sem sentido onde envereda
O todo quanto tente ora notar
Marcando com vigor a velha face
De quem se mostra em plena e rude queda,
Assim em nova queda a desvendar
O tanto que na face inda grassasse
Gerando o que ao notar logo envereda...
795
Não mais que mera luz em tempo rude
Meu passo sem sentido não coubera
E sinto a solidão desta quimera
Ousando na mais tétrica atitude,
E vejo o que se faça a cada dia
Matando a mais diversa fantasia,
Procuro no final a fantasia
E sei do meu caminho mesmo rude
E tanto quanto queira em novo dia
O todo noutro rumo não coubera,
E sei da solidão, rara atitude,
Enquanto se deseja esta quimera,
O tempo desenhando esta quimera
Que tanto quanto a sorte fantasia
O mundo se mostrara em atitude
E nisto se desenha mesmo rude
Vencendo o que tentasse e até coubera
Gerando no momento um claro dia,
O tanto que se tente neste dia
Ousando acreditar nesta quimera
Que possa e na verdade não couber
Tramando o quanto o sonho fantasia,
Gerando a tempestade audaz e rude
E nisto se desenha esta atitude.
Ainda que se veja em atitude
O mundo mais audaz e neste dia,
O todo se percebe sendo rude,
E nada além da fúria da quimera
Que nega com certeza a fantasia
E toda esta esperança que couber,
Se o sonho noutro tempo não coubera
A vida sonegasse uma atitude
Que tente o quanto resta em fantasia,
E sei quando em verdade neste dia,
O sonho dominando esta quimera
Pudesse ser deveras bem mais rude,
E sei do quanto é rude e não coubera
Na farsa da quimera em atitude
Que trague noutro dia a fantasia...
796
Ainda sem sentir o que talvez
Pudesse traduzir a mera luz
O verso aonde o tempo agora pus
Encontra no final a insensatez
E bebo em goles fartos a aguardente
E o tempo se anuncia prepotente,
Ainda quando a vida é prepotente
Marcada tão somente por talvez
O canto que pudesse esta aguardente
Deixando no final a rara luz
Que possa me trazer a insensatez
Aonde o meu passado agora eu pus,
A vida quando o tempo aquém eu pus
Gerasse o fato rude e prepotente
De quem no caminhar veja insensatez
E nisto se mostrando ora talvez
O quanto se dourando em plena luz
Amarga como fosse esta aguardente,
E bebo sem temor esta aguardente
Vagando nas entranhas onde pus
O quando se propõe na rara luz
Caminho tantas vezes prepotente
E nisto se anuncia sem talvez
A luta na completa insensatez,
O todo se desenha insensatez
E gera no final o que aguardente
Encontra com ternura o que talvez
Resume cada fato aonde o pus
E o verso sem ser mais que prepotente
Negasse na verdade a própria luz
Assim sem conhecer a franca luz
Grassando sem limite insensatez
O mundo noutra face prepotente
Vivendo nas entranhas da aguardente
Expressa o caminho aonde o pus
Sem ter sequer a sombra de um talvez.
E sendo do talvez a mera luz
O quanto já me pus na insensatez
Trouxera esta aguardente. Prepotente...
797
O mundo sem defesa não cabia
Nas tramas que escolhera há tantos anos
E sei dos meus anseios, meus enganos,
Marcando com terror o dia a dia,
E vejo no final o quanto possa
Da sorte que jamais seria nossa.
O quanto da verdade fosse nossa
E nisto outra impressão já não cabia
O mundo que talvez deveras possa
Viver sem mais temor por longos anos,
Ainda que se tente novo dia,
Ousasse nos meus vários vis enganos,
E possa traduzir nestes enganos
A sólida expressão que fosse nossa
E nisto se revendo cada dia,
O todo na verdade não cabia
E atravessando assim todos os anos,
A vida no final já nada possa.
O quanto se desenha e sei que possa
Vencer os mais diversos vãos enganos
E nisto o tempo expressa tantos anos
E nessa solidão que seja nossa
O todo quanto tente não cabia
Marcando com furor o dia a dia,
A sorte se desdenha em novo dia
E tanto quanto veja também possa
Traçar nas emoções o que cabia
Em tantos erros vagos, meus enganos,
E os dias na expressão somente nossa
Apenas encontrasse velhos anos,
Os ermos adentrando tantos anos
E nada do que possa em claro dia
Ditar esta vontade que foi nossa
E mesmo que deveras tanto possa
Após o caminhar em tais enganos
O mundo dentro da alma já cabia,
O manto que cabia já faz anos
O sonho nos enganos, novo dia,
Trazendo o quanto possa em luz tão nossa.
798
A vida não permite qualquer erro
E sei do meu afeto mais sincero
E tanto quanto busque e mesmo espero
Tramando no final o meu desterro,
O peso de uma sorte sem limites
Expressa o que deveras necessites,
Ousando no que agora necessites
Esbarro na verdade num só erro
E sei do quanto possa em meus limites
Além de ser deveras mais sincero
Viver sem mais temer qualquer desterro,
E sei o quanto possa e mesmo espero,
O todo no final diz o que espero
Enquanto nada mais tu necessites
E vendo o que pudesse num desterro
Marcando com furor o tétrico erro
Que sendo mais diverso e tão sincero
Expressa o quanto resta em tais limites.
Procuro na verdade e não limites
Meus passos pela noite quando espero
Um sonho mais sutil mesmo sincero
Vencendo o que faça e necessites
Deixando no passado qualquer erro
Marcando com furor cada desterro.
A vida se apresenta em tal desterro
E sei do quanto possa nos limites
Do sonho sem sentir que seja um erro
O quanto na verdade mais espero
E sinto o que deveras necessites
Ousando ser além, bem mais sincero,
O tanto que pudesse ao ser sincero
Traduza na verdade este desterro
E sinto quando queres, necessites
Além das velhas tramas e limites,
O todo que de fato sempre espero
Tentando superar enfim teu erro.
E sinto quando este erro é mais sincero
E sei do quanto espero no desterro
E mesmo que limites necessites.
799
A vida não traria o que se quer
Nem mesmo mergulhando no vazio,
E sei do quanto possa e até recrio
Os olhos mais audazes da mulher
E vendo o que se possa traduzir
Nos erros que costumo presumir,
O tanto que pudera presumir
Deixando no passado o quanto quer
E nisto o meu anseio a traduzir
Somente o que pudesse no vazio,
E sei das emoções desta mulher
Que agora noutro fato em paz recrio.
Meu mundo neste anseio que recrio
Pudesse novamente presumir
O quanto prenuncia esta mulher
Gerando muito mais do que se quer
E quando estou nas tramas do vazio
Imensidão procuro traduzir,
O tanto que pudesse traduzir
E nisto cada passo ora recrio,
Vagando sobre as tramas do vazio
E nisto o que se possa presumir
Encontra na verdade o que se quer
Nos braços carinhos da mulher,
O mundo se anuncia e na mulher
A rara divindade a traduzir
O todo que pudesse e já se quer
No tempo mais audaz que ora recrio,
Ainda que pudesse presumir
O todo neste tom ora vazio,
O passo sem sentido no vazio
As tramas mais divinas da mulher
O canto que pudera presumir
E o verso no que possa traduzir
Expressa o quanto queira e até recrio
No tempo mais audaz que a vida quer,
E sei do que se quer e no vazio
O todo que recrio, uma mulher
Pudesse traduzir o presumir...
800
Não mais se anunciasse o fim do jogo
E sei que na verdade o que permita
Trazer a luta rude e mesmo aflita
Jamais escutaria qualquer rogo
E sendo de tal forma o dia a dia
A sórdida presença se faria,
O mundo que pudesse e mal faria
O tempo sem destino em vago jogo
E quando noutro tom o velho dia
Encontra a solidão que já permita
O mundo que se faça em tolo rogo
Apenas traça esta alma mais aflita,
O tanto que se veja tão aflita
Na luta aonde o tempo se faria,
O verso se desenha em mesmo rogo
E traz na angústia viva o velho jogo
Que posa traduzir e me permita
O todo que anuncia novo dia
O canto se presume dia a dia
E a morte se anuncia mesmo aflita
O tanto que deveras se permita
Expressa no final o que faria
O quanto desenhasse o mesmo jogo
Que possa na verdade além do rogo,
O todo se transforma em mero rogo
E o prazo na verdade dita o dia
E quando se percebe neste jogo
A força de quem luta sempre aflita
Marcando o que de fato inda faria
E tanto se quisesse o que permita
A noite na esperança já permita
Além de meramente qualquer rogo
E sei do meu anseio onde faria
O tempo na incerteza deste dia
Que gera uma expressão bem mais aflita
Trazendo com ardor o novo jogo.
A sorte deste jogo nos permita
Além da luta aflita em tolo rogo
O quanto novo dia já faria...
801
Nas tantas heresias e temores
Os dias entre tantos que eu quisera
Ainda se percebe viva a fera
Que traça com horror os desamores,
Vagando sem sentido pelas ruas
Avança enquanto aquém sonhos cultuas,
E sei quanto possas e cultuas
E vivo nos anseios e temores
Ousando caminhar nas mesmas ruas
Sem ter nem percebe o que eu quisera
Envolta pelos vagos desamores
Encontro em teu olhar, a mesma fera.
A vida se desenha amarga e fera,
Enquanto na verdade o que cultuas
Espalha tão somente desamores
E ditas muito mais do que temores
E sei do tanto ou muito que quisera
Vestígios que deixaste pelas ruas.
As noites entranhando tantas ruas
E nelas o que vejo dita a fera
E vejo muito além e não quisera
Sequer os desenganos e cultuas
A fonte feita em rústicos temores
E nela tantas vezes desamores.
Vestindo sem sentir tais desamores
Um pária sem destino enfrenta as ruas
E sabe muito bem dos seus temores
Ousando acreditar na sorte fera
E tanto quanto vejo o que cultuas
No fundo nada mais tento ou quisera.
E mesmo que este sonho inda quisera
Depois de tantas farsas, desamores,
O sonho quando sinto que o cultuas
Vagasse pelas noites, torpes ruas,
E sigo a sensação dorida e fera
Grassando sem sentido os vãos temores,
E quanto dos temores não quisera
Sabendo ser a fera, os desamores,
Que solta pelas ruas, tu cultuas...
802
Não mais se aproximasse qualquer sonho
Encontro o meu anseio envolto em rudes
Anseios e deveras tanto mudes
Enquanto noutro fim nada componho
Senão a mesma farsa costumeira
E nela a minha estrada derradeira.
A luta que pudesse derradeira,
O todo quanto mais ainda eu sonho
Expressa a sorte mesmo costumeira
Envolta nas palavras bem mais rudes
E sinto tanto quanto ora componho
O todo quando espero que tu mudes.
Não vejo e nem desejo o quanto mudes
Jazendo nesta senda derradeira
O quanto se deseja e não componho,
Ainda que se faça em novo sonho,
Traduz os dias torpes tanto rudes
E a luta que se faça costumeira,
Na sorte muitas vezes costumeira,
Ousando na expressão que agora mudes
Os dias com certeza serão rudes
E a luta mesmo quando derradeira
Encontra na verdade o velho sonho
Que possa e com denodo enfim componho,
O mundo que pudera e mal componho,
Nas tramas onde a luz é costumeira,
O vago delirar traduza o sonho
E sei do quanto eu tento e nunca mudes,
A sorte que se fez a derradeira
Expressa estes momentos sempre rudes,
Os ermos de minha alma sendo rudes,
O todo na verdade onde componho
A voz que poderia derradeira
E o tanto que se faça costumeira
Expressa uma ilusão e sei que mudes
O tempo noutro instante enquanto sonho,
E quando agora sonho em dias rudes
Espero que tu mudes e componho
A luta costumeira, e derradeira...
804
Olhando para trás o quanto vejo
Expressaria apenas solidão,
Os dias se perdendo desde então
Na marca mais atroz deste desejo,
Vencido navegante quer um cais
E a vida só repete um nunca mais,
O quanto se pudera ser a mais
O tanto na verdade nunca vejo
E o passo se perdendo aquém do cais
Expressa a mais diversa solidão,
E nisto tão somente o que desejo
Encontra o descaminho desde então,
A luta se acirrando quando então
O tempo se desenha e sei que há mais
Mistérios entre o quanto inda desejo
E o todo que em verdade sempre vejo,
Nos ermos de uma rude solidão
Encontro o desvario deste cais.
Meu barco naufragasse sem o cais
Que molde este caminho desde então
E trace noutros pontos solidão
Sentido sem destino traça o mais
E quando muito apenas nada vejo
Estampo nos meus olhos tal desejo...
O verso que pudera e que desejo
O tempo se perdendo sem um cais
E sei do quanto possa e sinto e vejo
O mundo anunciado desde então
Marcando o quanto pude e sei que mais
Expressaria apenas solidão.
O tanto se moldando em solidão,
Apenas o fremir deste desejo
Que possa e desenhando o quanto há mais
E nisto soerguendo o velho cais
Tramando outro cenário desde então
Enquanto no final mais nada vejo.
Procuro e mesmo vejo a solidão,
E sei que desde então cada desejo
Vivesse neste cais, o muito mais...
805
Não mais que meramente fiz o verso
Que possa traduzir novos momentos
E quando me entregasse em pensamentos
Ao tanto quanto tento e desconverso,
Gerando a solidão que me acompanha,
A vida se anuncia em erma sanha.
O tempo desenhando a velha sanha
E nisto o que pudesse cada verso
Grassando o quanto pude e me acompanha
Marcando com ternura tais momentos,
Olhando para o quando desconverso
Tocando os mais diversos pensamentos.
Ousando perceber que os pensamentos
Tramassem na verdade o quanto a sanha
Aonde este presente desconverso
Gerasse no final o mesmo verso
Trazendo com certeza tais momentos
Enquanto a solidão já me acompanha.
A vida de tal forma ora acompanha
Gerando o quanto pude em pensamentos,
Marcando com ternura tais momentos
E neles a verdade dita a sanha
E quando noutro tom eu busco e verso,
O tempo sem destino eu desconverso,
O todo no vazio desconverso
E sei da solidão que me acompanha
E quando se deseja novo verso
Ousando penetrar nos pensamentos
A vida se anuncia em nova sanha
Marcando com carinho tais momentos
E sei da solidão destes momentos
Enquanto no final eu desconverso
E tanto se pudera crer no que acompanha
E sei que solitário em rude sanha
Marcando com temor os pensamentos
Traçando novos passos, onde eu verso.
E quando agora verso por momentos
Na luta, em pensamentos, desconverso
E a viva e rude sanha me acompanha...
806
Ousasse acreditar no que há tanto
Pousasse nos meus braços como um sonho
E quando na verdade o nada ponho
Adentro o mais completo desencanto,
E vago pelas noites solitárias
Nas lutas tão doridas, temerárias.
E sei das expressões mais temerárias
E nelas o que eu possa já diz tanto
Das tramas entre farsas solitárias
E nisto o que pudera em vão eu sonho
E sinto tão diverso o desencanto
Aonde uma esperança eu nuca ponho.
O tempo se anuncia e quando o ponho
Vencendo as velhas tramas temerárias
Os olhos se mostrando em desencanto
O todo que pudera noutro tanto
O mundo aonde busco e mesmo sonho
Expressa as ilusões, vãs, solitárias,
E sendo minhas noites solitárias
O tanto que se mostre quando ponho
Encontra a solidão e sei que o sonho
Esboça as mesmas vagas temerárias
E nelas o que possa mesmo tanto,
Enfrenta o mais diverso desencanto.
O todo em mais temido desencanto,
As sortes entre tantas solitárias
Os olhos procurando novo tanto
E sei do que resume quando o ponho
Vencendo as ilusões tão temerárias
E nisto o que resume dita o sonho
O mundo se pressente como um sonho
E vejo no final tal desencanto
Envolto nestas sombras temerárias
Em noites tantas vezes solitárias
E quando o coração em frente eu ponho,
O todo se perdera noutro tanto.
O medo neste tanto que ora sonho,
O quanto ainda ponho, desencanto,
E as noites solitárias: temerárias...
807
Ainda que pudesse ser além
Do quanto não consigo e nem presumo
O tempo noutro tom velho resumo
Deveras com certeza já não vem,
E o mundo se perdendo tão somente
Espalha no vazio esta semente.
A vida que tramasse da semente
O quanto se deseja e muito além
O tanto noutro tom dita somente
O que ora com certeza mais presumo
E sei do quanto possa e sempre vem
Enquanto o meu caminho em ti resumo.
O tanto que se faça qual resumo,
O mundo não tramasse esta semente
E sei que com certeza o que inda vem
Deixando para trás ou mesmo além
O quanto no final queira e presumo
Transforma o dia a dia, tão somente.
O quanto se percebe e diz somente
Do tanto que se queira e no resumo
Que tanto se tramasse e assim presumo
Deixasse sobre o solo tal semente
O meu caminho segue e vou além
Do quanto na verdade sei que vem.
Ousando acreditar no que inda vem
E tanto se apresente tão somente
Vagando pelas ânsias de um além
Que possa na verdade ser resumo
Do quanto se traduza em tal semente
Marcando o que de fato enfim presumo,
Meu mundo na verdade se o presumo
Sangrando quando o sonho inútil vem
O todo se reduz e na semente
O tanto transformado e tão somente
Encontra o que decerto inda resumo
Marcado pelo engano e muito além,
Sentindo muito além o que presumo,
O quanto num resumo sei que vem,
Traçasse tão somente a vã semente...
808
Um pouco de café outra manhã
E a lenta caminhada vida afora,
O quanto da esperança não ancora
Tornando a minha vida agora vã.
Cerzindo no vazio este futuro
Que a cada novo engano configuro,
O passo que deveras configuro
Traçando sem sentido esta manhã.
Expressa o quanto busco no futuro
E sei da solidão que vida afora
Espera outra verdade mesmo vã
Enquanto a poesia em mim se ancora,
O tanto que pudera e não ancora
O passo noutro instante o configuro
E sei da vida amarga, e rude e vã,
E sei do que pudera na manhã
Traçar o quanto reste tempo afora
Deixando na ilusão qualquer futuro,
Ousando acreditar neste futuro
Enquanto a negação do ser ancora
Marcando o que se possa tempo afora,
E nisto o quanto apenas configuro
Encontra a sorte feita na manhã
E a velha solidão atroz e vã,
Ainda que se mostre mesmo vã
A noite sem sentido e sem futuro
O quanto demonstrasse na manhã
Do tempo que pudesse e não ancora
O fim somente em dor eu configuro
E o verso se adivinha vida afora,
Meu tempo se resume mundo afora,
E sei desta ilusão deveras vã,
E quando noutro tanto configuro
A sorte sem sentido, o meu futuro,
Expressa a solidão aonde ancora
O que jamais seria outra manhã.
Procuro na manhã o mundo afora,
E bebo quando ancora a sorte vã
E as tramas do futuro eu configuro.
809
Meu verso sem fronteiras nem anseios
Vagasse pelo tanto que se dera
Apresentando a sorte mais sincera
E nisto se percebem tantos veios,
Os olhos mais diversos, calabares,
Avançam sem limite pelos mares.
Tentaculares fúrias ditam mares
E neles outros tantos, meus anseios,
Nas tramas destes tantos calabares
Os sonhos onde o todo já se dera
Marcando com terror os novos veios
E neles a palavra mais sincera.
A sorte se desenha e sei sincera
Vencendo o desafio de tais mares
E sinto da esperança rudes veios
E quando me prepare em tais anseios
O todo que de fato inda se dera
Abraça destroçando, calabares.
O quanto desta vida, calabares,
Encontram a mortalha mais sincera
E nisso toda a força onde se dera
Tomando sem defesa tantos mares,
Vagando sem sentido nos anseios
Trazendo a tempestade em raros veios,
E os passos que procurem novos veios,
Batalhas: cachalotes, calabares.
E nisso se resumem meus anseios,
Tornando esta palavra ora sincera
E sei das ilusões em vagos mares
Na sórdida expressão que além se dera.
O mundo onde a verdade ora se dera
Expressa no vazio destes veios
As tantas emoções em grandes mares
E tento vislumbrar os calabares
E sei da sensação atroz, sincera,
Que possa dominar os meus anseios,
Meu mundo em tais anseios, já se dera,
E sei da mais sincera fúria em veios
Imensos calabares tomam mares.
810
Ousasse perceber qualquer momento
Enquanto na verdade nada veio
Somente a mesma casa. O sonho alheio,
O tempo dominando o pensamento,
Regendo cada passo o mesmo nada
Da sorte noutra face desenhada,
A luta quando possa desenhada
Nas tramas mais sutis deste momento
Deixando ao meu caminho o mesmo nada
Que possa traduzir ao quanto veio
Gerando tão somente em pensamento
Meu tempo sem defesas, quase alheio,
E o verso se mostrara mesmo alheio
Enquanto a luta fosse desenhada
E nada do que rege o pensamento,
Expressaria além deste momento
Marcado pelo quanto em luta veio
Deixando no final o mesmo nada
A fúria se estampasse neste nada
E o passo que se molda sempre alheio,
Vagando quanto mais o tempo veio
Eu sondo cada sorte desenhada
Nas tramas que se trazem num momento
Roubando o sem sentido pensamento,
E quando na verdade o pensamento
Eclode em solidão e trace o nada
O mundo se anuncia e num momento
A luta tantas vezes desenhada
Encontra no final o quanto veio
Deixando o meu caminho agora alheio
E tanto se anuncia em tom alheio,
O quanto me regesse o pensamento
Marcando com certeza o que inda veio
Trazendo o que pudesse ou mesmo nada,
A sorte no vazio desenhada
Não resta no meu peito um só momento,
E quando em tal momento sigo alheio
Restauro o pensamento noutro veio
E a luta neste nada desenhada...
811
Não mais que meramente a sorte dita
O todo quanto reste neste olhar
E busco sem sucesso inteiro o mar
E a luta noutro instante necessita
Apenas do caminho mais tranquilo
Que possa traduzir o ledo estilo,
A vida se transforma em novo estilo
E a solidão deveras tanto dita
O quanto poderia ser tranquilo
E o quanto se anuncia neste olhar
O todo na verdade necessita
Do raro ancoradouro após o mar.
Ainda sem sentir o quanto o mar
Tramasse com certeza um nobre estilo
O verso tão somente necessita
Ao menos do que a sorte possa e dita
Vagando sem sentido ronda o olhar
E nisto permaneço mais tranquilo,
E quando se presume o ser tranquilo
Resulto no que pude em paz meu mar
E sei do quanto perca neste olhar
E nisto se anuncia um vago estilo
Ousando acreditar no que me dita
A vida quando em paz já necessita.
Olhando e sem saber se necessita
A luta de um momento mais tranquilo
A sorte na expressão que agora dita
O barco que enfrentasse um rude mar
Presume na verdade o raro estilo
Que pude noutro instante ter no olhar,
Ainda que se tente neste olhar
O quanto a sorte mesmo necessita
O verso se encaminha em tolo estilo
Embora se desenhe mais tranquilo
O tempo se perdera neste mar
Que a solidão deveras tanto dita.
A luta nesta dita diz do olhar
Que vendo imenso mar já necessita
Do passo mais tranquilo em raro estilo.
812
Não mais que meramente quis a sorte
Que todo o meu caminho fosse assim,
Principiando a vida pelo fim,
Nascendo do cenário em rude morte,
O preço a se pagar não mais comporta
Sequer o que pudesse além da porta,
A vida noutro tom regendo a porta
E o tempo se desenha nesta sorte
Que tanto quanto o nada se comporta
Vagando no começo sei que assim
Encontro com certeza a paz na morte
Que a vida traz sem traumas já no fim.
O mundo se anuncia e sei do fim
Que bate com firmeza em minha porta
E nisto se pressente a leda morte
Que tanto se desfaz em tempo e sorte
Deixando para trás e sempre assim
O quanto na verdade não comporta,
O mundo que pudesse e não comporta
Tramando sem sentido o quanto ao fim
Grassasse dentro da alma e sei que assim
A luta se desenha e arromba a porta
Negando no final a melhor sorte
Trazendo o quanto reste em medo e morte.
O tanto que pudesse nesta morte
O todo noutro engodo ora comporta
Gerando o que se tente nesta sorte
Tramando este cenário em medo fim,
O tanto que pudesse nesta porta
Expresse a realidade dentro em mim.
O mundo que vivera e traz em mim
A sensação dorida desta morte
Batendo com frequência em minha porta
E nada do tento ora comporta
Sabendo do que possa ter no fim,
Somente a sensação da rude sorte,
E vejo desta sorte o que há em mim,
Vivendo neste fim a própria morte
Que nada mais comporta, abrindo a porta...
813
Jamais pudera crer na salvação
Tampouco me imagino entre as redes
Vagando na masmorra em tais paredes
E nisto ver qual fosse uma lição
A glória envolta em medos decadências
Expressa este apogeu ou a falência,
A vida traz em si esta falência
Do quanto pode ser a salvação
E sinto em plena queda e decadências
A vida sem sentido nestas redes
E tanto quanto possa esta lição
Guardando meus segredos, as paredes,
Ousasse penetrar noutras paredes
E ver a dolorida e vã falência
Que possa nos servir como lição
E sem querer pensar em salvação
Apenas estender as minhas redes
Rondando as tão diversas decadências,
A luta se traduza em decadências
E nisto são diversas as paredes
Mortalhas adentrando feitas redes
Dominam cada face da falência
E o tempo sonegando a salvação
Expressa no vazio esta lição,
A sorte nos ensina esta lição
E das diversas formas, decadências,
Encontre no final sem salvação
A sórdida expressão destas paredes
Enquanto se mostrara em vã falência
Meu sonho se entranhando em rudes redes,
O tanto se traduza nestas redes
E nisto se perceba esta lição
Maior do que pudera uma falência
Envolta pelas tantas decadências
Ousando acreditar entre paredes
Na mais diversa e tola salvação.
Enquanto a salvação estenda as redes
E veja nas paredes a lição
Expresse em decadências tal falência...
814
Não vejo mais saída e nem quero
A vida não se faz tão fácil assim
O mundo se apodera e dentro em mim
O tempo poderia ser sincero,
Agora o que resumo dita a luta
Sem nada que pudesse se mais bruta,
A sorte se anuncia sempre bruta
E o vento traduzindo o quanto quero
Esquece o que deveras tanto luta
E mostra este final mais vivo assim
E sei do quanto possa ser sincero
Traçando o que inda reste agora em mim.
O tanto que se veja e sei que em mim
A vida se fizera sempre bruta
E nisto o quanto possa ser sincero
Expressa a solidão que tanto quero
E vivo sem saber o quanto assim
Encontraria o fim enquanto luta,
A marca mais atroz ditando a luta
O peso sobrecarga sobre mim,
E o tanto que pudesse sempre assim
Na angústia tão feroz enquanto bruta
O mundo que tentasse e sei e quero
Talvez fosse deveras mais sincero.
Meu mundo se pudesse ser sincero
Vencesse no final já qualquer luta
Enquanto uma ilusão decerto eu quero
E vivo esta esperança dentro em mim,
O tanto que se mostre sempre bruta
Ditando o quanto viva, sendo assim.
E sinto que pudesse ser assim
O verso mais amigo e mais sincero
Na marca que se faça e sei tão bruta
Vagando sobre os ermos desta luta
Que tanto se anuncia e vive em mim
Trazendo o que de fato nem mais quero.
A sorte que ora quero sendo assim
Expressa o quanto em mim fosse sincero,
Gerando a mesma luta, amarga e bruta...
815
O mundo não teria novo encanto
Porquanto a própria vida se fez rude
O tempo na verdade em atitude
Expressa o que pudesse enquanto canto,
E vago nos outonos quase invernos,
E sinto bem mais perto os meus infernos,
Olhando tão somente estes infernos
Aonde se tentasse algum encanto
O dia gera enfim os meus invernos
Num tempo tantas vezes bem mais rude
E sigo na verdade no meu canto
Sem ter e sem tomar uma atitude,
O mundo se anuncia em atitude
E vejo tão somente estes infernos
Gerando o que pudesse noutro canto
E nisto o que se mostre sem encanto
Encontra no final o mesmo rude
Caminho aonde tente meus invernos,
O todo se desenha em tais invernos
E neles cada passo, uma atitude,
Marcando o que pudera ser mais rude
E neste desejar os meus infernos,
Enquanto se produza algum encanto
Silenciando enfim o antigo canto.
O todo que moldasse novo canto
E os olhos sem sentido nos invernos
E sei do quanto possa e se me encanto
Encontro no final esta atitude,
Deixando no passado os meus infernos
E singro mares sendo atroz e rude,
Ousando se deveras mesmo rude
Entranho cada instante em novo canto,
E vendo os teus anseios, os infernos
Aonde suplantando vãos invernos
Os dias transformando em atitude
O quanto na verdade nega encanto
O passo sem encanto, tanto rude
O verso em atitude agora canto,
Fazendo dos invernos, meus infernos...
816
Não quero acreditar no que não veio
Sementes espalhadas pelo solo
O sol queimando tudo em raro estio
E o vento me levando para além
Do quanto poderia ser feliz
E a vida se traduz neste jamais.
O mundo se expressando no jamais
E o verso que pudera em novo veio
Encontra a sensação de ser feliz
Tocando com ternura o velho solo
E sei do que pudesse ser além
Do todo desenhado num estio,
E quando se apodera o torpe estio,
O sonho na verdade diz jamais
E o quanto se tentara ser além
De fato com certeza nunca veio
E o peso se transforma e toma o solo
Enquanto eu desejara ser feliz.
Meu mundo tantas vezes mais feliz,
Agora o que se vê resulta estio
Nesta aridez desta alma vejo o solo
E nada mais senão mesmo jamais
Que possa traduzir o antigo veio
E sendo de tal forma nada além.
O mundo sem sentido segue além
Do quanto eu desejara ser feliz
E sinto da esperança o manso veio
Tocado pelas ânsias deste estio,
E o verso se anuncia onde jamais
Encontraria a paz em nosso solo,
O tanto que pudera neste solo,
O mundo se anuncia e sei que além
Do que se tanto dita no jamais
Expressaria um dia mais feliz
E o todo que pudesse num estio
Desfaz o quanto em sonhos sei que veio.
A vida traz o veio e toma o solo
E sei do velho estio e nada além
Pudesse ser feliz? Isso, jamais...
817
Jamais se vendo após a queda, o quanto,
O mundo não traria a sorte atroz
Que ao fim se desenhasse dentro em nós
E nisto se vislumbra o raro encanto
Querendo muito além do que consigo
Nas tramas deste sonho estou contigo,
E sei que quanto possa ora contigo
Vivendo o que pudera e sei do quanto
A vida se transforma e não consigo
Vencer este momento quando atroz
A luta se refaça e sem encanto
O mundo desabasse dentro em nós,
Assim ao perceber o quanto em nós
Pudera ser além do que contigo
Percebo e me apodero deste encanto
Que tantas vezes dita e sei do quanto
Pudera ser diverso e mesmo atroz
Ousando no que possa e até consigo.
O tempo na verdade se consigo
Expressaria o mundo dentro em nós
E sei do dia a dia mais atroz
Nas tramas que entranhasse ora contigo
E nisto este desenho diga o quanto
Expresse tão somente o raro encanto,
O mundo se traduz em ledo encanto
E sei do que se mostre e não consigo,
E se talvez o mundo trace o quanto
Encontro na verdade e sei que em nós
O todo se transforma e traz contigo
O fato que pudesse ser atroz,
Apenas sendo assim bem mais atroz
O verso que tentasse num encanto
Expressa o que se faça ora contigo
Embora na verdade eu não consigo
O todo se transforma e sei que em nós
A vida não seria quando e quanto...
O verso dita o quanto fosse atroz
O mundo quando em nós tramasse encanto
E mesmo não consigo estar contigo.
818
Não sinto esta vontade de seguir
Em meio às vãs borrascas e procelas
No quanto com certeza tu revelas
O amor não mais seria o que há de vir,
Apenas solidão e nisto vejo
O mundo que preparo em tal lampejo,
O sonho se mostrara num lampejo
E o quanto se deseja além seguir
Expressa na verdade o que inda vejo
E mesmo se traçando em tais procelas
O todo quanto possa e se há de vir
Encontra a solidão que enfim revelas,
As horas entre tantas já revelas
E sei do meu anseio num lampejo
O tanto que pudera e que há de vir
Expressa a solidão quando a seguir
E nisto se tramassem mil procelas
Enquanto este vazio agora eu vejo.
O tanto que deveras sei que vejo
Encontra na verdade e já revelas
O mundo que se mostre além procelas
E tanto se aproxima num lampejo
O que pudera tanto ora seguir
E nisto o meu cenário sinto vir.
O tanto que pudesse enquanto o vir
E no final dos sonhos o que vejo
Talvez já não consiga mais seguir,
E sei que tanto quanto me revelas
Expressa a sensação feita em lampejo
Tomando sem sentido tais procelas.
A sorte que deveras diz procelas
O verso no cenário que hei de vir
Toando as melodias num lampejo
Traçando o que em verdade tento e vejo
E nisto esta emoção que me revelas
No tempo após o tempo a me seguir,
O sonho que eu seguir dita procelas
E sei no quanto vir o que revelas
Trazendo o que ora vejo num lampejo...
819
A vida se anuncia de tal forma
Que nada mais pudesse ser diverso
E quando noutro rumo agora eu verso
O tanto que tivesse não informa
Somente a solidão bate na porta
E o sonho se tivesse, a vida aborta.
Ainda quando a solidão aborta
Uma esperança feita de tal forma
Que possa traduzir além da porta
A sólida expressão onde diverso
Do quanto poderia e não informa
Encontro a solidão de cada verso,
O passo se transforma e neste verso
O todo sem sentido toma e aborta
Vagando sem poder o quanto informa
Trazer esta emoção em rude forma
O medo que decerto é tão diverso
Traduz o quanto encontre além da porta
A sorte ser transpondo dita a porta
E traz a solidão de cada verso
Enquanto se pudera ser diverso
O gesto de esperança tanto aborta
E sigo sem saber da nova forma
Enquanto este vazio a vida informa,
O tanto que pudesse quando informa
A luta noutra senda em rota porta
O mundo na verdade não tem forma
E o canto renuncia ao velho verso
E sei desta expressão que enfim aborta
O quanto se deseja mais diverso,
O todo se presume tão diverso
Do tanto que tentasse e nada informa
Enquanto o mundo em sonhos traz e aborta
O todo se transforma em rude porta
E o peso já sentido deste verso
Resume o que a palavra agora forma.
E sendo de tal forma o ser diverso
Do quanto agora verso e não se informa
Da tosca e velha porta, o sonho aborta...
820
Um medo tão somente rege o passo
E trago o que pudesse e não mais queira
A sorte quando a visse costumeira
Marcando com terror cada compasso,
Espero no final a leda ajuda
Da sorte tão feroz enquanto aguda,
A face mais atroz e sei aguda
O mundo noutro instante quando passo
Ainda que se tente alguma ajuda
No fundo na verdade nada queira
E sei do que pudera em tal compasso
Gerando a mesma luta costumeira,
Vagando sem saber da costumeira
Noção em desvario, tanto aguda,
O quanto se traduza no compasso
Ou mesmo resumindo cada passo
Aonde o que se possa ou tanto queira
Expressa no final a rude ajuda
A luta se desenha e sem a ajuda
Da mesma senda audaz e costumeira
O todo que em verdade tanto queira
Expressa a solidão de fato aguda
E o marco feito em rude e mero passo
Expressa a solidão deste compasso.
E quando com certeza este compasso
Tramasse a solidão em rude ajuda
O todo se traduza neste passo
Que possa nesta sorte costumeira
Trazer esta emoção de fato aguda
Ainda quando a luta não mais queira
E o todo desenhando o quanto queira
Vagando nos anseios de um compasso
Trazendo a minha sorte mais aguda
E nela o que pudera em rara ajuda
Tramasse a solidão tão costumeira
Gerando no final um novo passo.
O tanto que ora passo e quanto queira
A sorte costumeira num compasso
Ousasse numa ajuda mais aguda...
821
Ainda que se perca qualquer chance
A vida num nuance se apresenta
E sei da solidão que me atormenta
Enquanto a imensidão do não avance,
Versando sobre a luta tanto inglória
A sorte se fizera merencória
A vida tantas vezes merencória
Ao menos resumisse a velha chance
E nisto se desenhe tão inglória
A luta que deveras se apresenta
E sei do quanto a dor enquanto avance
Proponha o que no fim sempre atormenta,
A senda mais sublime me atormenta
E sigo o dia a dia em merencória
Noção do que pudesse e se inda avance
Tomando da alegria qualquer chance
Mostrasse o que de fato se apresenta
Moldando a velha luta tanto inglória,
O passo rumo ao quanto fosse inglória
A vida noutra face que atormenta
Marcando o quanto pode e se apresenta
Na face tão cruel e merencória
A vida se presume em nova chance
Ainda que o vazio agora avance
O tanto que pudesse e não avance
A sórdida expressão que tanto inglória
Marcasse este caminho em rude chance
E nisto outra verdade me atormenta
E sei da solidão tão merencória
Que possa e com certeza ora apresenta.
A vida de tal forma se apresenta
E nisto cada dia mais avance
Marcando a luta rude e merencória
E tanto quanto possa dita a chance
Marcando o que pudera e me atormenta
Negando da esperança qualquer chance,
E sei da velha chance que apresenta
O quanto me atormenta enquanto avance
Trazendo a velha chance, merencória...
822
O mundo se transforma totalmente
Enquanto tento apenas outra sina
Diversa do que possa e se destina
E o todo quando a vida em paz já sente.
Procuro algum instante e nele a luz
Que tanto nos conforma e nos seduz,
E o tempo que de fato já conduz
Ao quanto se moldasse totalmente
Expressa muito além da mera luz
Que dita na verdade a nossa sina
E o todo se desenha enquanto sente
O tanto quanto o sonho nos destina.
O mundo traz a sorte onde destina
O passo que pudera e nos conduz
Ao tanto que se quer e mesmo sente
O mais se transformasse totalmente
E tanto quanto possa e molde a sina
Que possa permitir a imensa luz,
A luta se fazendo e sem a luz
Que tanto quanto tenta e se destina
Grassando o quanto viva em sorte a sina
Que possa transformar e nos conduz
Ao todo que se veja totalmente
E ao quanto em tanto brilho a vida sente.
O tanto se pudesse enquanto sente
Ou mesmo prenuncia a forte luz
Que possa nos tocar e totalmente
Expresse o quanto teima e se destina
Vagando enquanto o lume nos conduz
Gerando na verdade a nossa sina,
A sorte desenhada, em clara sina,
O mundo dita o quanto agora sente
E sabe cada passo e assim conduz
Grassando com ternura a força e a luz
E nisto o sonho além já se destina
Ao quanto poderia totalmente,
O mundo totalmente em rara sina
Expressa o que destina e também sente
O quanto a bela luz além conduz.
823
Ainda quando vejo após o sonho
O dia amanhecendo em tons diversos
Vagando pelos tantos universos
Onde em verdade o tanto ora componho,
Vestindo esta esperança em liberdade
Meu canto sem temor além invade,
O tanto que pudesse enquanto invade
O muito quanto vejo em raro sonho,
Vestindo a imensidão da liberdade,
Caminho entre cenários mais diversos
E tanto quanto possa a paz componho
E sigo pelos vários universos,
A sorte se desenha em universos
Aonde poderia e o tempo invade
Moldando o quanto quero e até componho
Grassando imensidão a cada sonho,
E nisto vejo os tempos mais diversos
Vivendo a mais completa liberdade,
O amor se traduzisse em liberdade
E nisto ao perceber os universos
E neles outros tantos mais diversos
O quanto da esperança agora invade,
Marcando com ternura cada sonho
E nisto o quanto possa e em ti componho.
O passo sem temor onde componho
O mais sublime canto em liberdade,
E disto trago apenas o que sonho
Gerando na verdade os universos
Enquanto a fantasia agora invade
Nos passos tão sublimes quão diversos.
Os dias se fazendo tão diversos
No quanto poderia e até componho
Vagando sobre o tanto que ora invade
Moldando dentro da alma a liberdade
E nisto os meus anseios e universos
Eclodem neste instante quando sonho,
O tanto deste sonho em tons diversos
Decerto em universos já componho
E sei que a liberdade então me invade...
824
Não queira ser apenas o que a vida
Expressa e na verdade não traria
Encontre com firmeza a fantasia
E nela se perceba em paz sentida,
A luta não desdenha quem combate
Tampouco noutro tempo nos resgate,
A sorte se desenha em tal resgate
E nisto se desdenha inteira a vida
E o quanto poderia num combate
Deveras noutro tom nada traria
E sei da sensação tanto sentida
Que possa nos moldar a fantasia.
O quanto se transforma em fantasia
O todo que pudera e nos resgate
Da sorte tantas vezes já sentida
E nisto se tramasse a própria vida
Gerando o que deveras nos traria
A sorte decidida em tal combate,
E quanto mais presuma este combate
O medo noutro tom em fantasia
Expressa o quanto rude nos traria
A senda sem saber qualquer resgate
E tendo em minhas mãos a rude vida,
Promessa inutilmente em vão sentida.
E quando a negação fora sentida
Nos ermos da expressão que ora combate
Traduza a solidão de nossa vida
E nisto o que pudesse em fantasia
Gerando sem sentido este resgate
Enquanto a solidão já se traria,
O passo sem sentido me traria
A luta que se mostre ora sentida
Tentando acreditar neste resgate
Que possa transcender qualquer combate
E sei do quanto possa a fantasia
Tramar a solidão em plena vida...
Assim a minha vida não traria
Sequer a fantasia mais sentida
Enquanto em vão combate amor resgate...
825
Apenas aprendesse o quanto tente
A vida noutro passo ser diversa
E quando na esperança o tempo versa
Expressa o que ora busca mais frequente,
E o vento nos levando para aonde
O tempo com ternura tanto esconde,
O mundo com certeza não esconde
O todo que deveras mesmo tente
Sanando cada passo quando aonde
O todo se pudesse em luz diversa
Ainda que esperança em paz frequente,
Meu mundo para o teu, amada, versa.
E sei do quanto a sorte tanto versa
Grassando enquanto o tempo ora se esconde
E nisto o que pudesse e até frequente
Talvez noutro momento mesmo tente
Gerar o que se expressa na diversa
Vontade que não nem mesmo aonde,
O tanto quanto outrora fora aonde
O mundo sem saber do que inda versa
Gerindo esta expressão rude e diversa
E nela toda a sorte agora esconde,
Vagando sem sentido o quanto tente
Traçando um dia rude e tão frequente,
Erguendo o quanto a vida ora frequente
E trame sem sequer saber aonde
Nem tanto quanto o tempo teime e tente
Ou lute na expressão que agora versa
E quando a solidez em paz se esconde,
A sorte não seria enfim diversa,
A vida noutra face mais diversa
O mundo que se dera e se frequente
Ainda que pudesse e não se esconde
Sabendo desde quando fosse aonde
O todo sem sentido agora versa
Teimando contra a fúria que ora tente.
E sei do quanto tente em tez diversa,
Na luta que ora versa e se frequente
Moldando desde aonde o amor se esconde...
826
Ouvindo o mar bramindo em noite atroz
As brumas invadindo este horizonte
A lua desejada não desponte
Apenas o momento mais feroz,
E o canto se perdera sem sentido,
No tempo tantas vezes esquecido,
Meu canto que pudera ora esquecido,
O sonho num momento mais atroz
E sei do quanto vague sem sentido
E nada se aproxima no horizonte
E tanto se desenhe mais feroz
E nisto nada mais tente e desponte.
O sonho desde quando não desponte
Marcando com ternura este esquecido
Caminho desdenhoso e mais feroz
Grassando sobre o mundo tão atroz
Que possa desenhar neste horizonte
O quanto se tomasse sem sentido,
O tempo que perdera algum sentido
O verso no final nada desponte,
E sei do caminhar neste horizonte
E nisto cada passo ora esquecido
Encontra no que pudesse ser atroz
Gerando o tom mais rude e sei feroz.
O mundo se percebe mais feroz
Enquanto se desfaz qualquer sentido
E nisto sendo a vida sempre atroz
O tempo noutro engodo já desponte
E o canto pelos cantos esquecido
Negando no final este horizonte,
E quanto nebuloso um horizonte
Moldando a farsa rude e mais feroz
E nisto o verso trama este esquecido
Momento sem saber qualquer sentido,
E nisto tão somente o que desponte
Encontra a farsa rude e mais atroz.
O quanto fosse atroz este horizonte
No passo que desponte mais feroz,
Algum nobre sentido ora esquecido...
827
Mergulho nesta clara fantasia
E bebo toda a luz que me trouxeste
No quanto a própria vida fora agreste
Uma esperança nova se recria
E gera o quanto queira ser feliz
Tramando o que deveras tanto eu quis,
E sei quando em verdade o que ora quis
Pudesse transformar a fantasia
E nisto o que se faça mais feliz
Encontra cada sonho que trouxeste
E o mundo de tal forma se recria
Deixando este passado atroz e agreste...
O tanto se tentara quando agreste
O sonho no final já nada quis
E o tempo tão somente se recria
No quanto poderia em fantasia
Grassar cada caminho que trouxeste
E nisto me deixar bem mais feliz,
O mundo que se molde mais feliz
E deixe para trás o tempo agreste
E sei do quanto possa e mesmo quis
Enquanto nova luz tu me trouxeste
E nesta maravilha em fantasia
O verso com ternura se recria,
O tanto que esperança ora recria,
O canto mais audaz, mesmo feliz,
O mundo na esperança fantasia
Embora a sorte seja tão agreste
O quanto em luzes claras me trouxeste
Expressa esta emoção que eu sempre quis,
E tendo o que deveras tanto quis
O vasto caminhar a luz recria
E o tempo que de fato me trouxeste
Gerando o quanto possa ser feliz,
Enfrenta a tempestade mais agreste
E nisto a alma livre fantasia,
A vida fantasia o quanto eu quis
Deixando o mais agreste, luz recria,
Traçando o ser feliz que enfim trouxeste...
828
Não quero ser apenas o que outrora
Vivesse sem sequer uma esperança
A vida noutro passo enquanto avança
A sorte sem sentido desancora
E sigo a imensidão do que pudesse
Trazer outra alegria, mas me esquece.
O tanto que se tente e já se esquece
Marcando o quanto houvera desde outrora
E nisto novo passo inda pudesse
Tingir o céu inteiro em esperança
No verdejar meu sonho desancora
E o tempo em mansidão suprema avança,
No tanto que se perca e não avança
A sorte que decerto enfim se esquece
Marcando o que de fato desancora
Gerando o quanto quis e desde outrora
O todo na vigência da esperança
No canto mais sutil que inda pudesse,
O mundo na verdade não pudesse
Gestar o quanto quer e sei e avança
Tocando com ternura esta esperança
Que possa na verdade enquanto esquece
Trazer esta emoção de desde outrora
Apenas no meu mundo desancora.
A luta sem sentido desancora
E versa sobre o todo que pudesse
Gerando o que se tente desde outrora
E quanto a luta volta e tenta e avança
Mergulho no caminho onde se esquece
As marcas mais sutis de uma esperança.
O mundo que tramasse uma esperança
Aos poucos feito um barco desancora
E gera o que deveras já se esquece
Tramando o quanto queira e não pudesse
Enquanto a vida apenas segue e avança
Marcando cada engano desde outrora,
O quanto fosse outrora uma esperança,
O verso quando avança desancora
O todo que pudesse e nunca esquece...
829
Não mais se poderia ter apenas
Os olhos tão cansados desta estrada
Cumprida sensação levando ao nada
Enquanto na verdade me condenas
E sendo de tal forma o que se tente
O mundo noutro passo não se assente,
A luta se desenha enquanto assente
Vagando sem sentido ao léu apenas
E nisto o quanto possa e mesmo tente
Encontra no final a mesma estrada
E sinto que de fato me condenas
Ao que inda poderia ser o nada.
A luta traduzindo o velho nada
Que tanto no passado ainda assente
O sonho enquanto sei quanto condenas
E nisto caminhante segue apenas
As tramas enredadas nesta estrada
E noutro desenhar já nada tente.
O quanto da esperança agora tente
Versando sobre o mesmo rude nada
O todo se entranhando nesta estrada
Que possa noutro tempo e não assente
Riscando o quanto veja sendo apenas
O que de fato trazes e condenas,
Assim enquanto ao nada me condenas
O verso se anuncia ou mesmo tente
Depois do que pudesse ser apenas
A farsa contumaz o mesmo nada
Deixando que o vazio agora assente
A luta sem sentido desta estrada.
E quando se deseja nova estrada
Ou mesmo pouco importe se condenas
A sorte que deveras tanto assente
E mesmo no vazio sempre tente,
Enquanto traduzisse o mesmo nada
Trouxesse o quanto possa, mesmo apenas...
E sei do quanto apenas nesta estrada
O dia feito em nada e me condenas
No quanto tanto tente o pó que assente...
830
Encaras cada fato como a luta
Infaustos são comuns e disto eu sei,
Não posso e nem de fato esquecerei
Do quanto se deseja e se reluta
A senda mais audaz dita a batalha
Enquanto a voz mais mansa além se espalha.
O passo que deveras tanto espalha
O que se moldaria após a luta
No quanto se resume esta batalha
Expressa esta verdade que ora sei
E quando não se tente nem reluta
O amor jamais em paz, esquecerei.
E sei do que decerto esquecerei
Nas vagas ilusões enquanto espalha
Ao vento a sensação que não reluta
Enquanto a própria sorte tanto luta
Marcando o que decerto agora eu sei
E tanto o coração tenta e batalha,
A vida não seria esta batalha
Não fosse o que de fato esquecerei
Ousando acreditar no quanto eu sei
E sinto que a verdade em vão se espalha
Marcando com ternura o quanto luta
E nada nem ninguém ora reluta.
O mundo noutra face se reluta
Jamais enfrentaria esta batalha
E tanto quanto a sorte também luta
Encontra na verdade esquecerei
E quanto mais a vida além se espalha
Maior o grande amor que agora eu sei.
O tanto se permite enquanto sei
Do verso que deveras não reluta
A sorte pela senda ora se espalha
E o verso superando esta batalha
Entoa o que jamais esquecerei
Marcando com ternura enquanto luta,
A sorte quando luta e disto eu sei
Jamais esquecerei, pois já reluta,
E o vento não espalha a vã batalha...
831
Aponto com meus olhos o horizonte
Querendo pelo menos algum trilho
Que possa traduzir o imenso brilho
Aonde esta esperança agora apronte
E vejo tão somente o quanto a vida
Espera noutra sorte, presumida.
A luta que se faça presumida
Tomando já de assalto este horizonte
E nisto quanto possa a própria vida
Vagando sobre o tanto que ora trilho
De fato no momento em quanto apronte
Expresse o quanto tento em rastro e brilho,
Espero na verdade o quanto brilho
E sigo a mesma senda presumida,
Na sorte que domina o que se apronte
Gerando dentro da alma este horizonte
E quando muito além dos sonhos trilho
Encontro finalmente a minha vida,
Ainda quando veja a sorte em vida,
Ainda quando tente o novo brilho.
A senda mais audaz que agora trilho
Na sorte tantas vezes presumida,
E sei do quanto trace no horizonte
Meu mundo que se faça e em luz se apronte,
O tanto que pudera e já se apronte
Trazendo com certeza o bem da vida,
O mundo se anuncia no horizonte
E vejo esta emoção em raro brilho,
Tateio uma esperança presumida
Enquanto em anseio agora eu trilho,
E vejo na verdade o imenso trilho
Que possa traduzir o quanto apronte
Cenário desta sorte presumida
Na luta mais audaz que dite a vida
E neste caminhar decerto eu brilho
No olhar que toma além todo horizonte.
E sinto no horizonte o raro trilho
E sei do quanto o brilho agora apronte
Na sorte feita em vida e presumida...
832
Ausente do que possa ser assim
Não tendo mais a sombra deste medo
Que tanto quanto invade e ora procedo
Vagando sem sentido até o fim,
Meu mundo se desenha no vazio
E bebo solidão e desvario,
Ao menos se pudesse em desvario
Trazer o quanto vivo e sei que assim
Encontro na verdade este vazio
E nele tantas vezes sigo o medo
Que possa traduzir em ledo fim
O tanto que defina onde procedo,
O caos e neste infausto ora procedo
Marcando com terror o desvario
Expressa o que pudesse neste fim
Gerar o quanto resta e sendo assim,
O todo programando qualquer medo
Encontra no final o ser vazio,
E tanto se mostrara no vazio
O mundo onde decerto eu mal procedo
O verso se mostrando em tédio e medo
Bebendo goles fartos, desvario,
E sei do que pudesse sempre assim
Traçar o quanto levo e sei do fim,
O tanto que tentara amor sem fim,
O canto noutro passo diz vazio
E o verso se desenha sempre assim,
Na forma mais atroz que ora procedo
Gerando tão somente o desvario
Marcado pelo caos do imenso medo.
E nada do que possa em tanto medo
Trazer o que restasse até o fim,
E neste caminhar em desvario
O todo se pressente no vazio
E quando de tal forma ora procedo
Encontro o que restara ou quase assim,
O mundo sendo assim dita este medo
E quando em vão procedo encontro o fim
E sei deste vazio em desvario...
833
Não mais que meramente fiz o verso
Que tanto não pudera te agradar
Sabendo da incerteza de um lugar
Enquanto sigo inútil o universo,
Vagando sem sentido e sem ter nexo,
O mundo se fizera mais perplexo,
E quanto se anuncia assim perplexo
Trazendo o que deveras tanto verso
Expresso sem saber do farto nexo
Que possa na verdade ora agradar
Marcando cada face do universo
Sem ter sequer qualquer mero lugar,
E tendo no vazio o meu lugar
Anseio pelo tempo onde perplexo
Rondando cada parte do universo
Pudesse com certeza nalgum verso
Ousando tantas vezes te agradar
Ainda que não veja qualquer nexo,
O mundo se presume e deste nexo
Que tanto poderia em tal lugar
Gerando o quanto anseio te agradar
Marcando este sentido tão perplexo
E nisto se desenha qualquer verso
Além do que já vira no universo,
Meu mundo se aproxima do universo
E tanto se resume nalgum nexo
O quanto se encontrara neste verso
Que tanto desejasse algum lugar
E embora se presuma mais perplexo
Pudera mansamente te agradar,
O tempo aonde tente ora agradar
A sorte desdenhosa do universo
Que possa mesmo quando ora perplexo
Trazer o que se mostre em rude nexo
E tanto se quisera em tal lugar
Viver esta expressão em manso verso,
Enquanto agora verso a te agradar
A vida sem lugar neste universo
Meu mundo sem ter nexo vai perplexo...
834
Meu canto não trouxera algum alento
Tampouco poderia ser feliz
Quem busca no final o quanto eu quis
E sigo sem sentido exposto ao vento
A vida no final trama o jamais
Enquanto se desenham temporais
E vejo dentre tantos temporais
Meu todo num anseio em raro alento,
E nisto o que pudera ser feliz
Expressa o que se tente no jamais
E sei do quanto possa e nunca quis
Ousando na verdade além do vento,
O mundo se anuncia em rude vento
E tanto quanto possa em temporais
Trazer o que de fato eu tanto quis,
E nisto se anuncia novo alento
E noutro caminhar sigo o jamais
Tentando pelo menos ser feliz.
O quanto se pudera ser feliz
Gerando na expressão do manso vento
O todo que transforme sem jamais
Traçar na minha vida temporais
E o canto que se mostre como alento
De fato na verdade nunca quis,
O marco deste sonho que ora quis
O verso mais audaz e mais feliz
Expressa na certeza o raro alento
Tocando com firmeza o próprio vento
E sem temer sequer os temporais
Tramasse o que inda resta no jamais.
E quando se percebe no jamais
O todo que de fato bem mais quis
Ousando contra tantos temporais
Eu possa me sentir tanto feliz
E nisto o que eclode neste vento
Traria ao sonhador algum alento.
E sei que deste alento sem jamais
Viver os temporais e ser feliz,
Fazendo deste vento o meu alento...
835
Meu mundo se apresenta de tal forma
Que nada valeria mesmo o encanto
Quando deveras tento e até garanto
A sorte quantas vezes seja a norma,
Meu canto sem sentido agora impede
Do todo que deveras se concede,
A luta que transforma e me concede
O tempo que pudesse de tal forma
Tramar o que deveras nos impede
De ter esta beleza em raro encanto
E nisto sigo enfim a rude norma
Que tanto quanto tente ora garanto,
A vida no vazio ora garanto
E sei do quanto a sorte se concede
Marcando o que pudera ser a norma
Gerando no vazio a rude forma
Que tanto se queria em claro encanto,
Porém o dia a dia, adia e impede,
O tempo na verdade nada impede
Sequer o que se tente e não garanto
O mundo se gerasse neste encanto
Que a solidão deveras me concede
E o tempo desenhando a rude forma
Traduz a solidão qual fosse a norma,
A vida segue enfim a rude norma
E toda esta ilusão decerto impede
O canto que pudesse em nova forma
Enquanto na verdade não garanto
Sequer o que alegria me concede
Sequer o que pudesse quando encanto,
Meu tempo desafia o rude encanto
E bebe a solidão, qual fosse norma,
O todo na incerteza se concede
E o vento mais diverso agora impede
O quanto sem certezas eu garanto
E a noite em trevas tantas hoje forma,
A vida de tal forma em rude encanto
Expressa o que garanto em leda norma
E o quanto nos impede em vão concede...
836
Jogado sobre as pedras deste cais
O verso se anuncia em decadência
A vida se procura e sem essência
Encontra tão somente este jamais,
Ousasse acreditar no que não veio
Vivendo tão somente em tom alheio,
O todo que pudera sendo alheio
Ao mundo sem sentido em rude cais
Expressa a solidão enquanto veio
E nisto se desnuda a decadência
Da vida sem saber sequer jamais
O todo que pudera em sua essência,
A luta na verdade em vaga essência
Espalha pelos céus e sigo alheio
Tentando crer apenas que jamais
Encontraria além de novo o cais
E nisto a sorte trama a decadência
Do quanto na verdade nunca veio,
E sigo da esperança o ledo veio
E sinto a solidão em rara essência
No todo se vislumbra a decadência
Do tempo mais fugaz e sei alheio
Aonde imaginasse haver um cais
Encontro tão somente este jamais,
Repouso mansamente sem jamais
Saber o quanto tente e mesmo veio
O mundo sem descanso, porto ou cais,
A luta na verdade em rude essência,
O marco se mostrasse mais alheio
E nisto a mais completa decadência,
O tempo se anuncia em decadência
E vejo sem destino o que jamais
Pudesse caminhar e sendo alheio
Ao quanto poderia e nunca veio
Marcando desde sempre a rude essência
Matando o que pudesse ser um cais.
Ausente deste cais em decadência
Buscando numa essência o que jamais
Deveras também veio, sigo alheio...
837
Não mais que meramente a sorte dita
O quanto se acredita trace a paz
O mundo que deveras nada faz
A luta se tornara mais aflita
Resumo cada verso no vazio
E bebo a solidão, sendo sombrio,
O prazo que se mostre mais sombrio,
A rota dimensão da velha dita
Marcando o que pudera ser vazio
E nisto sonegando a plena paz,
A sorte que se mostre mais aflita
No fundo com certeza nada faz,
O todo que pudera e não se faz
A sorte deste tempo mais sombrio
A luta a cada instante mais aflita
O tempo que pudera e nada dita
E a senda desenhada em rara paz
Agora revolvendo este vazio,
O canto tantas vezes mais vazio,
O medo que decerto tanto faz
E o preço a se pagar negando a paz
E nisto com certeza sou sombrio,
Trançando a sorte atroz e nesta dita
Minha alma sem sentido segue aflita
O quanto poderia mais aflita
A luta sem sentir neste vazio
O tanto que se tente e nada dita
O pouco que esta sorte trama e faz
O mundo que se fez hoje sombrio
Negasse no começo a própria paz.
Procuro tão somente pela paz
E sei da farsa atroz e sempre aflita
O mundo se fizera mais sombrio
Gerando no caminho este vazio
E a luta que deveras tanto faz
Expressa com tormento a nossa dita...
E tanto quanto dita a própria paz,
O mundo que se faz em luta aflita
Redunda num vazio tão sombrio...
838
Eu quero a melhor sorte em teu olhar
Bebendo da alegria que me trazes
Embora na verdade tantas fases
Explicam a inconstância do luar
O tempo tanto possa em guerra ou paz,
Ao sonho sem limites já se faz.
O quanto inda pudera e agora faz
Tramando com ternura o raro olhar
E desta maravilha feita em paz
Encanto com certeza tu me trazes
E vago sem destino no luar
Inebriado sonho em raras fases.
O mundo que traduza as tantas fases
E nisto a sorte imensa ora se faz,
Marcando com ternura este luar
Que possa relembrar o belo olhar
Que tanto num instante tu me trazes
Gerando dentro da alma a imensa paz.
O tanto que se veja em plena paz,
O mundo presencia tantas fases,
E nelas o que possa e sei me trazes
No todo mais suave que se faz
O tempo que desenha neste olhar
A imensidão de um raio de luar
A sorte se desenha no luar
Que possa traduzir em plena paz
O todo que se veja neste olhar
Da deusa ora desnuda em raras fases
E o mundo que decerto em paz se faz
Espelha com certeza o que me trazes.
O sonho mais feliz enfim me trazes
E nele sigo os rastros do luar
Imensa claridade ora se faz
Gerando na verdade além da paz
O todo que pudesse nestas fases
Traçar cada momento em tal olhar,
E quando em teu olhar tu já me trazes
Imensidão das fases do luar,
A vida em plena paz ora se faz...
839
Já não me caberia acreditar
Sequer nas tantas trilhas que deságuam
Nas vagas ilusões e no final
Expressam o vazio que carrego,
Sentida solidão encontra um eco
No vasto deste mundo a se entregar.
E quanto mais pudesse me entregar
E mesmo noutro sonho acreditar,
O tempo se redunda e quando em eco
O todo diz dos sonhos que deságuam
Marcando cada instante onde carrego
O verso que se fez hoje o final,
O canto se transforma e no final
O tanto que pudera me entregar
Expressa a solidão que inda carrego
Embora já não possa acreditar
Nas tantas ilusões que oram deságuam
Gerando no vazio um frágil eco,
O medo se anuncia e fosse um eco
Que tanto permitisse outro final,
As águas da esperança já deságuam
Aonde eu quis somente me entregar
Nas lutas onde eu possa acreditar
No todo que decerto inda carrego,
O passo no caminho onde carrego
O sonho que se fez além deste eco
E nisto o quanto possa acreditar
Expressa o quanto quero no final
E noutro delirar ao me entregar
Os olhos no vazio não deságuam.
Os cantos que pudessem e deságuam
No todo que deveras eu carrego
Vagando sem sentido a se entregar
Ouvindo no infinito a voz em eco,
Marcando cada passo no final.
Sem nada em que pudesse acreditar.
No quanto acreditar sonhos deságuam
E vejo no final o que carrego
E a voz recobra este eco ao se entregar...
840
Não mais se apresentasse a sorte enquanto
Meu mundo não tivesse a pretensão
De ser além de mero ou mesmo vago
Tramar o que pudera em nova sorte,
A luta sem caminho não descansa
E o verso mata logo uma esperança.
Ainda quando vejo esta esperança
Na luta sem saber sequer enquanto
O mundo se moldara e não descansa
Enquanto alimentasse a pretensão
De ter noutro segundo a melhor sorte
Que possa mesmo quando em vão eu vago,
O tempo sem defesas quando vago
Tramasse pelo menos a esperança
E quando na verdade a rude sorte
Encontra noutro passo o tempo enquanto
Mergulho sem temor na pretensão
Do mundo que deveras não descansa,
A sorte se desenha e não descansa
Gerando outro caminho enquanto vago
Tentando com certeza a pretensão
De ter no olhar somente esta esperança
Que traça meu anseio e por enquanto
Domina sem temores minha sorte.
O tanto que pudera de tal sorte
Encontra a mansidão e ali descansa
Vagando sem temores sei que enquanto
Gerasse o que deveras tento e vago
Bramisse no final em esperança
E nisto se mostrasse a pretensão,
O tempo tendo sempre a pretensão
De ser o quanto rege nossa sorte
Desenha desde sempre esta esperança
E nisto este caminho ora descansa
Depois de um tempo enorme e nele vago
Sabendo ou desenhando, por enquanto,
O todo dita enquanto a pretensão
Marcasse o sonho vago em nobre sorte
O amor sempre descansa na esperança...
841
Ainda que se faça desta vida
O quanto não pudera ser além,
Meu mundo com certeza não mais vem
E deixa sem sentido a despedida
Desejos tão diversos que apresento
No engodo mais comum, o sofrimento;
E sei do que pudera em sofrimento
Alçar além do quanto houvesse em vida
E nisto sem sentido ora apresento
O quanto se deseja e mesmo além
Do todo que pudera em despedida
E nada com certeza eu sei e vem.
Pudesse traduzir o quanto vem
E nisto não teria o sofrimento
Que possa preparar a despedida
De quem se fez diverso nesta vida
E sabe que prossegue agora além
Do quanto se tentasse e me apresento,
O mundo aonde agora me apresento
O rústico caminho cedo vem
E sei do quanto possa e mesmo além
Do dia mais sutil em sofrimento,
A sorte desdenhosa de uma vida
Prepara no final a despedida.
O quanto se fizesse em despedida
O vento na verdade eu apresento
Marcando feramente a minha vida
Enquanto uma saudade nunca vem,
E sei do meu anseio e sofrimento
E neste dia a dia sigo além.
Ainda que pudesse estar além
Do quanto se fizera em despedida
O tempo resumindo em sofrimento
O todo que deveras apresento
E sei que na verdade não mais vem
Deixando para trás o que foi vida,
Assim a minha vida segue além
Do quanto ainda vem em despedida
E nisto ora apresento sofrimento...
842
O mundo não traria nem sequer
O todo que pudesse desejar
Nas tramas onde tanto quis amar
E o tempo se moldara onde puder,
O preço a se pagar já não suporta
Uma alma que se esconde atrás da porta,
E quando se vislumbra desta porta
O todo que deseje e até sequer
Momento que pudera e não suporta
Vagando sem saber ou desejar
O todo que deveras mais puder
Encontra todo o bem enquanto amar.
O tanto que pudesse sempre amar
E o verso mais audaz encontra a porta
E nela o que deveras mais puder
E nada do que fora em paz, sequer,
Ao menos poderia desejar
E nisto nem a sorte se suporta.
O muito que esperança ora suporta
Esconde o quanto pude em vão te amar,
E o tanto que tentasse desejar
Agora se trancando atrás da porta
Sem ter uma vontade além, sequer,
Trazendo tudo o quanto inda puder,
O mundo que se tenta e se puder
Vivesse a sensação de quem suporta
Vencer a solidão e sem sequer
Saber da imensidão do tanto amar
Abrindo da ilusão a velha porta
Que possa na verdade desejar.
O mundo se tentasse desejar
O todo que deveras mais puder
Trazendo na esperança a mesma porta
Que a vida noutro tom sempre suporta
E busca a maravilha de te amar
Sem ter um sofrimento além, sequer...
A luta sem sequer o desejar
Quisesse mais amar quanto puder
E nisto além suporta, abrindo a porta.
843
Numa avidez que possa me traçar
Os ermos de um momento tanto inglório
O canto se fizera merencório
Sem nada que buscasse aliviar,
A sorte desenhada no vazio
Enfrenta este cenário ora sombrio,
O quanto se mostrara mais sombrio
Impede qualquer sonho de traçar
O tanto que se faça mais vazio
E gere o caminhar que sendo inglório
Jamais pudesse enfim aliviar
O tempo que se mostre merencório,
O verso mais suave ou merencório
O tempo mais atroz e mais sombrio,
O quanto da esperança a aliviar
Pudesse noutro instante ora traçar
O todo sem sentido ou mesmo inglório
Caminho sem por que ledo e vazio,
E quando se apresente no vazio
O tanto quanto fora merencório
O rumo se mostrara tão inglório
E nisto o que se faça ora sombrio
Trazendo esta verdade a se traçar
Impeça o quanto possa aliviar.
Meu mundo não tentasse aliviar
O quanto se desenha em tom vazio
E sei do que teimara ora em traçar
Vagando sob um céu que merencório
Gerasse o que pudesse mais sombrio
E nisto se fizesse tão inglório.
O tanto que pudera ser inglório
O quanto deveria aliviar
Gerando dentre tantos o sombrio
Caminho que se mostre mais vazio
E neste rumo tolo e merencório
Apenas ilusão a se traçar.
Pudera então traçar tal rumo inglório
E mesmo merencório aliviar
O todo mais vazio e tão sombrio.
844
Não quero ser apenas o motivo
De toda esta vontade que não veio
E o prazo se reduz e quando alheio
Ao todo na verdade ora me privo,
Acordo solitário em noite vã
Sem ter sequer a luz de uma manhã,
A vida se desenha sem manhã
E sei do que pudesse e me motivo
Tentando mesmo quando a sorte é vã
Grassar nesta esperança, raro veio,
E quando do que sou já não me privo,
O tempo se traduz em tom alheio,
Meu mundo se mostrara então alheio
Ao quanto se tentara na manhã
Buscando o que deveras tanto privo
E mesmo se mostrando algum motivo
O sonho tão depressa quanto veio
Demonstra a solidão diversa e vã.
Ainda quando a sorte se fez vã
Ou mesmo meu caminho fosse alheio
Ao todo que pudera quando veio
Nas tramas tão diversas da manhã
O mundo se desenha sem motivo,
E mesmo da esperança ora me privo.
E quando de tal forma enfim me privo
A vida se desenha sempre vã
E nisto se moldando algum motivo
Que possa traduzir o sonho alheio
Ousando penetrar nesta manhã
Que tanto traça a luz enquanto veio,
O tanto que se mostre quando veio
O canto mais audaz e jamais privo
Meu sonho de viver cada manhã
Enquanto na verdade a sorte é vã
E sigo mesmo estando mais alheio
Ao todo que pudera em bom motivo,
E tanto me motivo neste veio
Ousando num alheio rumo e privo
A sorte quando é vã de outra manhã.
845
O verso se fizera de tal modo
Que nada poderia me negar
A chance de sonhar e ser feliz
Enquanto esta esperança fosse minha
A luta não cessasse um só instante
E sigo cada passo em teu caminho,
Ao lado de quem amo ora caminho
E sinto esta expressão que a grosso modo
Traria o meu anseio num instante
E nada mais pudesse então negar
O quanto da ilusão se fez tão minha
E posso ser então bem mais feliz,
O canto que se mostre mais feliz
O verso se moldando no caminho
Enquanto a solidão que fora minha
Agora se transforma e noutro modo
Pudesse tão somente me negar
O que se mostra sempre noutro instante,
Ainda que se veja num instante
O mundo que eu quisera tão feliz
Ousando na verdade sem negar
O quanto inda pudesse e em tal caminho
Vagando sem temor e deste modo
Viver esta emoção que é tua e minha,
A vida na verdade se fez minha
E sendo o que pudera num instante
Vestindo de tal forma cada modo
Do tempo mais ardente e mais feliz
Viceja o que desejo em meu caminho
E nada mais pudesse enfim negar,
O tanto que se trace sem negar
A sólida expressão da luta, minha,
E nisto com certeza ora caminho
Vivendo o meu anseio neste instante
E sei do que pudera ser feliz
Traçando cada passo do meu modo,
O tanto neste modo sem negar
Do quanto sou feliz na sorte minha
Que dita neste instante este caminho.
846
Cerzindo o quanto quero e não temesse
Ainda nos teares da ilusão
Vagando sem destino sem temores
Audaciosamente quero a vida
E nada do que possa se anuncia
Deixando para trás o que mais busco,
O tempo na verdade sei que busco
Ou mesmo noutro passo o que temesse
Marcando o quanto a vida ora anuncia
Deixando no passado esta ilusão
Que possa transformar inteira a vida
Gerando tão somente tais temores.
E agora que se perde em vãos temores
O todo quanto queira e mesmo busco
Gritando com furor a bela vida
E sei que de tal forma não temesse
Sequer o que se faça em ilusão
E a morte noutra esquina ora anuncia,
O verso mais sutil tanto anuncia
E forma a sensação e sem temores
Encontro além de toda esta ilusão
O sonho que deveras tento e busco
Sem nada quanto ainda em vão temesse
Gerando no final o bem da vida,
O passo se transforma e rege a vida
Que na verdade tanto se anuncia
E sei quando se pode e não temesse
Sequer o que traçasse em teus temores
Vivendo tão somente o que ora busco
Reinando sobre nós tanta ilusão,
O mundo dita a sorte em ilusão
E sei do quanto possa a nossa vida
E tendo com certeza o quanto busco
A luta na verdade me anuncia
O todo sem rancores ou temores
Negando o quanto mesmo até temesse
E sei que se temesse esta ilusão
Entrando nos temores de uma vida
Enquanto se anuncia o quanto eu busco...
847
Não mais que poucas vezes nesta sanha
A luta desenhada não viera
E sei do quanto possa esta pantera
A velha solidão que agora entranha
E gera tão dorida sorte e rude
Caminho que deveras nunca pude,
O tanto que se estranha e sei e pude
Viver a solidão em minha sanha
Enquanto este cenário se faz rude
O tempo com certeza não viera
Trazendo o quanto na alma a luz entranha
Marcando com ternura esta pantera,
A sóbria decisão, linda pantera,
Em negritude mostra o quanto pude
Viver a maravilha que me entranha
Ousando muito além e desta sanha
A vida configura o que viera
Deixando no passado o medo, rude.
E quantas vezes sinto ser tão rude
O verso que tocasse esta pantera,
Divina criatura e já viera
Trazendo muito além do que já pude
Viver em sensação sublime sanha
Que em sonho pelo menos ora entranha,
A vida que deveras tanto entranha
O coração que outrora fora rude
Explode ora diverso nesta sanha
E trama com magia esta pantera,
Corcel do que deveras posso e pude
Vibrar no quanto a luz em paz viera.
E tendo esta emoção que enfim viera
E nela a sorte adentra e quando entranha
Expressa esta ilusão e nela pude
Deixando no passado o ser mais rude
E bebo cada passo da pantera
E nisto se desenha a minha sanha,
A vida traz na sanha o que viera
E sei desta pantera aonde entranha
Embora um sonho rude, além eu pude...
848
Marcasse cada passo de tal jeito
Que nada se traria contra nós
O verso mais audaz, ou mais atroz.
O sonho que pudera ser perfeito
E tanto quanto quero e me desvendas
A sorte se anuncia em belas sendas,
Ousasse penetrar em claras sendas
E sei do meu caminho e deste jeito
Tramando muito além do que desvendas
Encontro o que procuro vivo em nós
E sei do quanto amor se faz perfeito
Negando qualquer passo mais atroz.
O mundo quando fora tanto atroz
E a luta nestas toscas, ledas sendas,
As sortes que traduzem o perfeito
Caminho que deveras deste jeito
Expressa esta harmonia viva em nós
E sei que na verdade tu desvendas,
O tanto que se quer e já desvendas
O mundo que se perde outrora atroz
E o canto se moldando dentro em nós
Num passo mais sublime em belas sendas
Vivendo cada instante deste jeito
Buscando o que pudera ser perfeito.
O canto que se mostre mais perfeito
O todo na verdade ora desvendas
E sei do caminhar em manso jeito
E nada do que possa ser atroz
E nisto se adivinham belas sendas
Vivendo em harmonia dentro em nós.
O tanto que pudera vivo em nós
Gerasse este momento mais perfeito
E sei das expressões e tantas sendas
Enquanto este caminho ora desvendas,
Marcando o que pudesse ser atroz
Tocando a nossa vida deste jeito,
E quando de tal jeito vejo em nós
O quanto fora atroz, hoje é perfeito,
Assim tu já desvendas outras sendas...
849
Ainda se fizera do passado
A sombra do futuro que não vem
E sei que na verdade o ser ninguém
Presume o meu caminho, mesmo errado,
E tento noutro passo ou noutra sorte
O que deveras seja bem mais forte,
E quando se aproxima o ser tão forte
Que mude totalmente o já passado
Ousando na verdade em rude sorte
Traçando o que de fato jamais vem,
O dia se moldasse e sendo errado
Caminho se desvenda no ninguém,
O tanto que se faça do ninguém
Um passo quando possa ser mais forte
Trazendo o que deveras fora errado
Ou mesmo desvendando o meu passado
No tanto que decerto quando vem
Domina o dia a dia em rude sorte,
O prazo se findara em tanta sorte
Que nada não traduza mais ninguém
E o verso se mostrando quando vem
Tramasse esta expressão deveras forte
Gerando o que pudesse do passado
E nisto sei o quanto estou errado,
O peso de um momento aonde errado
Tentasse na verdade melhor sorte,
O canto desafia o meu passado
E sinto que deveras sou ninguém
E o medo se transforma e se sou forte
Meu canto na verdade nunca vem,
E sinto que deveras quando vem
O tempo se anuncia mesmo errado
E o tanto que se faça bem mais forte
Transporta o que pudesse noutra sorte
E gera o que vivesse sem ninguém
Marcando com terror o meu passado,
O tanto já passado não mais vem
E sei que sem ninguém andei errado
E minha leda sorte foi mais forte...
850
Enquanto a vida trace o quanto pude
Viver em plena sorte ou mesmo até
Grassando com a fúria da maré
Tentar o reviver da plenitude
E nada se moldara invés da luz
Que possa e na verdade em vão me opus
E quando noutro tempo ora me opus
E sei do quanto em sonhos mesmo pude
Viver a imensidão já feita em luz
E nisto poderia mesmo até
Sentir desta emoção a plenitude
Num auge sem igual desta maré.
O tanto se anuncia e da maré
O passo se refaz e se opus
Encaro com certeza a plenitude
E tanto quanto outrora não mais pude
Sentir esta alegria e sendo até
O todo que se perde em franca luz,
O mundo desdenhasse em mim a luz
E nesta imensidão rara maré
O tempo se desenha e sei que até
A sorte que em verdade tanto opus
Gerasse muito mais do que ora pude
Trazendo no final a plenitude,
O todo se anuncia em plenitude
E sei do descaminho e bebo a luz
E nada do que tente ou mesmo pude
Vagasse sem destino na maré
E o passo quando aquém eu já me opus
Gerasse o que se tente além e até.
O tanto que pudesse ser até
O mundo em mais diversa plenitude
O corte dita o fato ao qual me opus
E nisto se tramasse imensa luz
E sei da solidez desta maré
Vencendo o quanto queira e não mais pude.
Ainda quando pude e vivo até
A luta na maré diz plenitude
Enquanto à própria luz enfim me opus...
851
O tempo não bastaria ao que desejo
Nem mesmo o quanto possa acreditar
Jogado pelos cantos, num lugar,
Que possa se tornar tão malfazejo,
A sombra de um passado renascendo
E o quanto se percebe um tanto horrendo.
Olhando para trás o ser horrendo
Marcando pelas tramas de um desejo
Aos poucos tão somente renascendo
E nisto quando possa acreditar
Encontro o mesmo tempo malfazejo
Que ocupe da esperança o seu lugar.
O tempo sem ter nexo nem lugar,
O fato de se crer num fátuo e horrendo
Cenário demarcado em malfazejo
Momento onde se entranha o que desejo
E deixa que se possa acreditar
Na velha sensação, pois renascendo.
O tanto que se fora renascendo
Aonde se quisera algum lugar
E nisto o quanto pude acreditar
Expressa o ser que sou cruel e horrendo,
E nisto cada sonho que desejo
Retrato de um anseio malfazejo.
O tempo tantas vezes malfazejo
A sorte entre demônios renascendo
E o quanto poderia e até desejo
Não deixa o que se veja, algum lugar
E sei do meu retrato, rude e horrendo,
No tanto que se negue a acreditar.
O quanto se deseja acreditar
Ainda num futuro malfazejo
O tanto que pudesse ser horrendo
Aos poucos noutra face renascendo,
O mundo se mostrara em vão lugar
Marcado pelas ânsias de um desejo,
E sei do que desejo acreditar
Tentando algum lugar; mas malfazejo,
O tempo renascendo em mar horrendo...
852
Meu verso não mais tendo algum espaço
Marcado pelas dores e terrores
De quem se fez outrora em mil amores
E veja agora o fim em mundo escasso,
E quando passa tempo sem ter descanso,
Sequer um passo além agora avanço.
E o quanto inda pudera e sei que avanço
Tentando ter quem sabe um manso espaço,
O verso se mostrara e do descanso,
Fazendo tão somente tais terrores
O quanto fora outrora mais escasso,
Expressa a solidão dos meus amores
A vida poderia em tais amores
Traçar outro cenário e nele avanço,
Mas sei do quanto possa ser escasso
O tempo sem sentir sequer espaço,
E sigo nesta face meus terrores
Enquanto noutro passo não descanso,
O tempo dita a sorte e não descanso
E sinto em tal presença os tanto amores
Que outrora desfiaram seus terrores
Enquanto noutro passo sempre avanço
Lutando por algum suave espaço,
Porém este cenário é tolo, escasso,
Ainda que se mostre agora escasso,
O mundo quando busco algum descanso,
O tanto que se vive sem espaço
O quanto se perdera sem amores,
E nesta solidão enquanto avanço
Encontro em meu espectro mil terrores.
O sonho se expressara nos terrores
E neles noutros dias sigo escasso
Buscando onde de fato não avanço
E sei não mais teria algum descanso
E sei que envolto em tolos vãos amores
Meu mundo se perdendo sem espaço,
O quanto deste espaço diz terrores,
O sonho mais escasso e sem amores
Decerto agora avanço e não descanso...
853
Jamais acreditei que poderia
Vencer os meus antigos desafetos
Em rumos tão diversos e incompletos
A vida se refaz em fantasia
E vejo simplesmente o que se possa
Traçar esta esperança que não veio,
Apenas solidão agora veio
E nela com certeza eu poderia
Viver o que deveras não mais possa
Em dias tão temíveis e em desafetos
Ainda quando a vida fantasia
Os sonhos são deveras incompletos
Os passos entre rumos incompletos
Somente este vazio, traça o veio,
E sei do quanto teime a fantasia
Vagando entre o que tanto poderia
E vendo agora tantos desafetos
No fundo nada mais ainda possa.
O todo que eu queria e nunca possa,
Os ritos tantas vezes incompletos
E sei dos meus temores, desafetos
Enquanto no final a morte veio
Ousando muito mais que poderia
Tornando sem sentido a fantasia.
Meu mundo na verdade fantasia
E mesmo que jamais um sonho possa
Explode no que tanto poderia,
E segue em rumos vários incompletos
Tentando prosseguir no mesmo veio
Exposto aos mais diversos desafetos.
Assim ao perceber os desafetos
Marcados pela rude fantasia
O tempo se resume ao que não veio
E mesmo que talvez um tempo possa
Os olhos vagam sonhos incompletos
E nada mais deveras poderia,
O quanto poderia em desafetos
Em dias incompletos, fantasia,
Ditando o que inda possa, mas não veio...
854
O sonho mais atroz e mesmo rude
A noite que se fez em dores tantas
E as vagas esperanças pelas ruas
Encontram solitárias madrugadas
Aonde mais quisera alguma paz.
Apenas o vazio tão mordaz,
O passo que se dera então mordaz
No campo desnudado, amargo e rude,
Ainda que se busque a plena paz
As desventuras sei que foram tantas
Avançam pelas noites, madrugadas,
Tomando sem defesas tantas ruas,
Os olhos a vagarem pelas ruas
O canto mais atroz e tão mordaz
A sorte se perdendo em madrugadas
O quanto pude agora ser tão rude,
E sei das ilusões deveras tantas
E nelas já não vejo mais a paz.
Aonde desejara ter a paz
Enfrento as noites turvas nestas ruas
E sei das horas vagas que são tantas
Enquanto o meu sorriso ora é mordaz,
Nos dias onde fora tosco e rude
Ousasse procurar as madrugadas,
Apenas entranhasse em madrugadas
Depois do que pudera sem a paz
No dia mais cruel, amargo e rude,
A sorte se desenha em vagas ruas
E o tempo se mostrando mais mordaz,
Enquanto estas tristezas fossem tantas.
As noites solitárias que são tantas
Prenunciando vagas madrugadas
O tempo se transcorre e sem a paz
O passo molda a vida que é mordaz
Num tempo sem sentido pelas ruas
Aonde uma esperança fora rude.
O canto sempre rude em noites tantas
Das várias madrugadas busco a paz,
Um vento tão mordaz invade as ruas...
855
Não mais que meramente acreditei
Nas tramas contumazes da saudade
E o verso sem sentido ou sem descanso
Ousando na esperança mais cruel
Cansado de lutar em dia vão
Expressa no final o restara;
Ainda que minha alma; aquém, restara,
O tempo, enquanto nele acreditei,
Tornara este desejo agora vão
E trama tão somente esta saudade
De um dia que não fosse tão cruel
Ou mesmo aonde possa ter descanso,
Ousando caminhar e não descanso,
O mundo sob a fúria enfim restara
Deixando este cenário mais cruel
E nele com certeza acreditei,
Vagando nos anseios da saudade
Num mundo sem defesas, mesmo vão.
O tanto que se faça agora vão.
O quanto se renega num descanso,
O verso dita a sorte da saudade
E o que inda na verdade não restara
Espera muito além que acreditei,
Marcando este momento mais cruel,
A sorte se desenha então cruel
E o tempo se mostrara sempre em vão,
E nisto se tão pouco acreditei,
Espero pelo menos um descanso,
No quanto com certeza me restara
O tanto se expressasse sem saudade,
A vida que pudera na saudade,
Trazer além do passo mais cruel
E mesmo que se mostre o que restara
Coleto cada parte sempre em vão
E quando mesmo aquém não mais descanso,
No nada enfim jamais acreditei,
E quando acreditei nesta saudade
Marcada em tom cruel, nada restara,
Nem mesmo o quanto em vão quero um descanso...
856
Não sei e não pudera ter nas mãos
Os dias que se foram sem ter mais
O quanto poderia e não teria
Quem tanto se fizera sonhador,
As ânsias mais diversas, medo e pranto,
No encanto sem caminho em mágoa e dor,
O todo se desenha em rara dor,
E trago solitárias minhas mãos
E nisto se anuncia além do pranto
O quanto poderia e muito mais,
O verso se mostrando sonhador
Deveras outro passo não teria.
E sei da solidão que inda teria
Gerada simplesmente pela dor,
No rumo deste encanto, um sonhador,
Que possa muito além e tem nas mãos
O quanto desejara e sempre mais
Ousando sem sentido qualquer pranto.
O todo se desenha neste pranto
E se
i que na verdade o que eu teria
Expressa esta saudade e até bem mais
Do quanto se tramasse em mera dor,
Os dias se esvaindo em minhas mãos,
Meu canto sem limites, sonhador.
O tanto que se faça sonhador
Encontra no final o medo e o pranto
Trazendo na certeza destas mãos
O mundo mais atroz em tanta dor,
E nisto todo o sonho que eu teria
Reedita na verdade o nunca mais,
E sei do quanto possa e muito mais
Traçando cada passo, um sonhador,
O mundo na verdade não teria
Senão cada incerteza feita em pranto,
E nisto se moldasse toda a dor
Que ainda trago presa em minhas mãos,
Os dias, minhas mãos, e muito mais,
O tempo feito em dor, o sonhador,
Que apenas mero pranto enfim teria...
857
Jamais imaginasse qualquer forma
Diversa de tentar alguma sorte
Que possa traduzir e me permita
Viver o quanto quero e não perceba
A luta se traçando a cada engodo
E o mundo sem sentido, em desengano.
O tanto que pudesse em desengano,
O mundo noutro tom jamais se forma
E o caos ao se tornar um novo engodo
Renega o quanto houvera em melhor sorte,
E sei do que deveras não perceba
Quem tanto ao novo tempo se permita.
A vida na verdade não permita
Sequer o que pudesse em desengano
E quando na verdade não perceba
Da sórdida expressão a rude forma
E sei que no final a melhor sorte
Encontra tão somente um novo engodo.
O mundo se desenha em raro engodo
E sei do desvario que permita
O todo que se faça além da sorte
E nisto o quanto trague o desengano,
E sinto uma vontade quando forma
Meu peito na emoção que não perceba,
E a luta mansamente se perceba
Ousando muito mais que mero engodo,
E nisto todo o tempo em rude forma
Tentando imaginar o que permita
De um mundo que desenha em rara sorte
Além do que tivera em desengano.
O canto se anuncia em desengano
E tanto quanto possa e se perceba
O medo se resume nesta sorte
Que mostre no final o rude engodo
E sei do quanto a vida enfim permita
E o tanto que se molda em rude forma,
A vida de tal forma é desengano
E tanto se permita e se perceba
O rude e ledo engodo desta sorte...
858
Não tento acreditar no que se faça
Diverso do que um dia pude crer
Nas ânsias mais audazes do caminho
O tempo ora realça o nada ser
E vago sem sentido pela vida
Sentindo o tempo aquém do que devia,
O mundo na verdade não devia
Sentir o quanto possa nem se faça
Errático cometa pela vida
E nisto tão somente possa crer
O tanto que se faça em novo ser,
Deixando mil pegadas no caminho,
O tanto que deveras eu caminho
Expressa muito mais do que devia
E sei do quanto mesmo possa ser
Quem sabe o que procura e nada faça
Senão esta ventura aonde crer
Na sorte mais sensata feita em vida.
O mundo se anuncia e sei que a vida
Na qual deveras tento e ora caminho
Encontra o que pudesse mesmo crer
E sei que no final jamais devia,
Marcando cada anseio que se faça
Trazendo o quanto tente e busque ser.
O todo que entranhasse no meu ser
A sorte noutra face dita vida,
E sei do que pudesse e não se faça
No tanto quando tente no caminho
E sei que no final já não devia
E nisto mal pudera amada crer.
Jamais no fim eu possa mesmo crer
E sei da desvalia deste ser
Que tanto quanto tente e assim devia
Tramar outro cenário em minha vida,
Marcando com terror este caminho
E nele nada mais ora se faça,
O quanto já se faça e possa crer
Encontra no caminho o que irei ser
Vivendo minha vida qual devia...
859
São versos, nada mais, e sigo só,
Jamais imaginasse companheira
Que tento na incerteza o novo dia
Pudesse caminhar em noite vaga
Traçando a cada passo outro sentido
Marcada pelos tons desta esperança.
O mundo não permite uma esperança
A quem durante a vida fosse só
E sigo sem saber qualquer sentido
A noite minha amiga e companheira
Enquanto a lua some ou mesmo vaga
Aguarda a claridade de outro dia...
O mundo que se perca a cada dia
A vida sem sentido ou esperança
A luta se desenha e quando vaga
Encontra o que se fez agora só,
E sinto esta saudade, companheira,
Tomando sem defesas meu sentido,
O tanto que pudesse ser sentido,
O verso renovado a cada dia,
A lua velha amiga e companheira
Ousando nas tramoias da esperança
Andando pela vida sempre só,
O pensamento apenas solto vaga.
O quanto da palavra fosse vaga
E o medo ruminando este sentido
O tempo se desenha e mesmo só
Não possa revelar sequer um dia
Aonde se vivendo uma esperança
Procure pela paz, qual companheira.
Não vejo a verdadeira companheira
Nem mesmo que se faça rude ou vaga,
O tempo se perdera na esperança
De ter em minha vida algum sentido
E sei que na verdade cada dia
Expressa o quanto sigo amargo e só,
O tanto se fez só e a companheira
Trazendo em cada dia a sorte vaga
No mundo sem sentido ou esperança...
860
Jamais imaginasse qualquer passo
Aonde reste apenas o vazio,
Enfrento os temporais, mas tudo em vão,
O canto se perdera sem sentido
Na noite mais atroz e tão brumosa
Crepuscular caminho solitário,
O quanto me fizera solitário
E sei do que deveras tento e passo,
Marcante sensação da alma brumosa
Vagando em tempo escuso e tão vazio
Quisera ter ao menos um sentido,
Porém o quanto vejo é sempre em vão.
O verso se mostrara sempre vão
Num rude caminhar tão solitário
E sei do que pudera sem sentido
E o tempo que deveras tento e passo,
Na noite se trazendo este vazio
Na sorte mais atroz e sei brumosa.
O mundo dita a sorte mais brumosa
E sei do meu caminho agora em vão
E tanto quanto veja no vazio
O passo se moldara solitário,
E nisto o quanto resta ou mesmo passo
Não deixa que se tenha algum sentido.
O tempo na verdade sem sentido
A sorte que se fez leda e brumosa,
O verso sem destino em ledo passo,
O caminhar não cessa e segue em vão,
Enquanto sigo apenas solitário
Olhando para o céu rude e vazio
O mundo mais atroz se faz vazio
E o quanto se imagina sem sentido
Expressa este caminho solitário
E nele a vida segue mais brumosa
O dia se mostrara sempre em vão
E a noite sem sentido algum eu passo,
Ainda neste passo mais vazio,
O tempo sempre em vão e sem sentido
A vida é tão brumosa e eu solitário...
861
Não mais se perderia qualquer passo
Nas noites entranhadas pelo caos
E sei dos dias quando mergulhasse
Vagando sem sentido e sem razão
As lutas dizem versos sem valia
E o tempo se transforma em tez sombria,
A vida que se queira ora sombria
No fundo não permite novo passo,
E sei do que vivesse e não valia
Sequer outro momento, ledo caos,
O mundo desvendando esta razão
Apenas no temor já mergulhasse,
E quando em sortilégios mergulhasse
Galgando a sorte amarga e tão sombria,
Do todo que pudera em tal razão
O mundo noutro instante dita o passo
E vejo o que se trama neste caos
Deixando para trás qualquer valia,
Meu passo sem segredos não valia
Sequer o que pudesse ou mergulhasse
Na solidão ditada pelo caos
E nesta farsa amarga e sei sombria,
Meu mundo se traduza noutro passo
E nisto eu perderia uma razão,
Ainda quando vejo sem razão
O tanto quanto a vida ora valia
O todo no caminho passo a passo,
Ainda que sem rumo mergulhasse
Marcando a vida rude e tão sombria
Na marca mais mordaz deste ermo caos.
O mundo se anuncia em pleno caos
E vejo sem sentido e sem razão
A sorte tantas vezes mais sombria
E nela o que deveras já valia
Encontra aonde em nada mergulhasse
A turva sensação de um novo passo,
E sei que quando passo encontro o caos
E sinto mergulhasse sem razão
No quanto ora valia a voz sombria...
862
Marcasse com temor o que viera
Gerando noutro encanto o dissabor
O mundo que se fez em tanta luz
Agora se perdera sem ter paz,
O verso se desenha no jamais
E o canto sem saber não mais se entoa,
A vida que deveras sonho entoa,
E gera além do quanto inda viera
Tocando com terror o que jamais
Gerasse nada mais que dissabor,
E vendo este caminho em pura paz
Renego o quanto houvera em farta luz.
O mundo não teria qualquer luz
E o som do que deveras longe entoa
Encontra a solidão e nega a paz
Enquanto tão somente inda vier
Marcando com terror e dissabor
O que se desejara ser jamais,
O todo que se mostre num jamais
Encontra na ilusão fonte de luz
E bebe o mais temível dissabor
E nada do que fosse meu entoa,
Vagando seja como inda viera
Na solidão expressa sem a paz;
Pousando nas entranhas de uma paz
A sorte que no fundo diz jamais
Ao tanto quanto possa inda viera
Bebendo com fartura a rara luz
E o verso na verdade agora entoa
O quanto se pudesse em dissabor,
Meu mundo feito em mágoa e dissabor,
O tanto desta ausente e rude paz,
O quanto se vencesse ainda entoa
A luta sem saber quanto e jamais
Pudesse traduzir a rara luz
Que inutilmente em sonhos já viera.
O quanto ora viera em dissabor
Gerando após a luz a turva paz
E sei quando jamais o sonho entoa...
863
Não quero que se veja a melhor face
Da vida emoldurada no vazio
Tampouco poderia em claridade
Tocar este infinito sem sentir
O vento que moldando o novo dia
Tramasse a poesia que procuro,
Sabendo que em verdade o que procuro
Eclode num momento em rude face
O tanto que pudera noutro dia
Agora traduzisse este vazio
Que possa noutro fato a se sentir
Trazer ou renegar a claridade.
O passo sem sentido e claridade,
Ditando esta verdade onde procuro
Viver o que pudesse ora sentir
E ter noutro momento a mesma face
Que trame este tormento onde vazio
Encontro a sordidez de um novo dia,
E sei que na verdade o dia a dia
Impediria a plena claridade,
Mas quando se imagina no vazio
Além do que deveras mais procuro,
O mundo se transforma em nova face
E passo algum futuro enfim sentir,
O tanto a se pensar e se sentir
Ousando na incerteza de outro dia
Grassando sobre o quanto mostre a face
Que possa traduzir em claridade,
O quanto com denodo ora procuro
Marcando o meu anseio mais vazio;
E tanto que se possa no vazio
Vencer o quanto a vida faz sentir,
Vagando sobre as hordas que procuro
O tanto se revela em torpe dia
E sei do que pudera em claridade
Mostrando com certeza a rude face.
A vida traz na face este vazio
Que negue a claridade a se sentir
E tanto trace o dia que procuro...
864
O mundo se tentasse e mesmo assim
O verso não traria a solução
Eu vejo o trem passando e nada veio
Somente este receio de um futuro
Que possa na verdade ser aquém
Do quanto com certeza ainda quero,
Sentindo tão somente o quanto quero
E sigo o meu destino sempre assim
Vivendo da esperança muito aquém
E nada mais resulta em solução
Senão outro momento sem futuro
E sei do que em verdade jamais veio.
O quanto poderia e nunca veio,
O todo se anuncia enquanto o quero
Marcando sem sentido este futuro
E sinto a minha vida sempre assim
E quando se proponha muito aquém
Do que inda me trouxesse em solução.
Apenas no vazio a solução
E sei do caminhar em rude veio
E nesta dimensão embora aquém
Vagando sobre o tanto que hoje quero
O todo se renega e sempre assim
Já não concebo mais qualquer futuro
O tanto que pudera num futuro
Tramasse o que desejo em solução
E sei do quanto possa ser assim
O mundo quando o sonho agora veio,
Marcando o que pudesse e mesmo quero
Vagando dos caminhos sempre aquém,
O quanto se mostrara mesmo aquém
Do que restara mesmo de um futuro
O todo noutro instante quando o quero
Marcasse com sorriso a solução
E sei da sensação que agora veio
Tomando este cenário todo, assim.
E quando fosse assim prossigo aquém
Do tanto que inda veio sem futuro,
Negando a solução do quanto quero...
865
Jamais imaginasse qualquer dia
Ou mesmo alguma cena mais atroz
E nisto inda retarde o meu caminho
Vagando sem sentido e sem proveito,
O tanto que pudera e não aceito
Expressa a morte em plena sincronia,
O verso se detendo em sincronia
O sonho que deveras dia a dia
Mostrasse o que em verdade não aceito
E siga meu caminho mesmo atroz,
Errático momento sem proveito
Tomando sem sentido este caminho.
O mundo aonde agora em vão caminho,
Tramasse noutro sonho a sincronia
E sei do que pudesse em tal proveito
Marcando a solidão a cada dia,
O verso se mostrara mais atroz
Enquanto esta verdade eu não aceito,
O mundo sem anseios hoje aceito
E bebo o que pudesse no caminho
E singro o mar dorido e tanto atroz
E nele sem saber da sincronia
Apenas vasculhando novo dia
O tempo se resume sem proveito.
O quanto desta sorte traz proveito
E o tempo na verdade não aceito
E gera o que pudesse em claro dia
Além deste cenário em vão caminho,
O todo que pudera em sincronia
Expressa a solidão demais atroz.
O mundo se desenha tanto atroz
E nada do que possa mais proveito
Aonde se buscara em sincronia
O verso com certeza não aceito
E vejo a solidão quando caminho
Tentando no final um novo dia
A vida neste dia é mais atroz
E sei do meu caminho sem proveito
Não tendo no que aceito, sincronia...
866
Já não concordaria com tal fato
Tampouco poderia ser feliz
Se eu vejo o quanto tente uma esperança
Vagando pelas noites, solidão,
Errático cometa dita a sorte
E a morte nos transforma a cada instante,
O quanto se pudesse num instante
Viver o que deveras trace um fato
O mundo se moldando de tal sorte
Que nada me fizesse mais feliz,
O passo traduzindo solidão,
Gerasse no final uma esperança.
O quanto se fizera em esperança
O verso que procure num instante
Ou mesmo dominando a solidão
O quanto se mostrasse neste fato
Que possa me fazer muito feliz
Ou renegar deveras minha sorte.
O tanto que se faça desta sorte
E nela não transpire uma esperança
Que tanto se me fez ontem feliz
Agora modifica e num instante
Desenha a mais dorida solidão,
E nisto o que se veja traça o fato.
A vida traz em fato a velha sorte
Ousando em solidão uma esperança
Que possa noutro instante ser feliz...
867
Meu canto se perdendo no jamais
Enquanto o verso dita uma promessa
A vida sem sentido e sem razão
O caos dentro do peito me atormenta
E sei do quanto possa na verdade
Quem vive sem sossego em temporais,
O mundo desfilando em temporais
O quanto poderia ser jamais
E dita o que se queira na verdade
Vagando pelos ermos da promessa
E nisto o que decerto ora atormenta
Encontra no vazio esta razão,
A luta se desenha sem razão
E o passo enfrentaria temporais
Enquanto na verdade esta tormenta
Expressa o quanto fora o ser jamais,
Ainda que se tenha tal promessa
Não vejo nem sequer qualquer verdade.
O mundo desenhando esta verdade
E nela não se vendo uma razão
Enquanto a solidão dita a promessa
O sonho enfrentaria os temporais,
E nada do que possa ser jamais
Agora se presume na tormenta,
O tanto que pudera esta tormenta
E nisto não se vendo uma verdade
O tanto possa o ser jamais
Encontra na verdade outra razão
E sei do que pudesse em temporais
Viver além do passo em vã promessa
O tanto que pudesse esta promessa
Vencer qualquer fantasma ou tal tormenta
O quanto me entranhasse em temporais
No tempo mais atroz de uma verdade,
Marcando sem sentido e sem razão
O todo que se molda no jamais...
E sendo assim jamais esta promessa
Ousando na razão, leda tormenta,
E sei desta verdade em temporais...
868
O tempo se fizera mais cruel
E sei do quanto possa noutro passo
Vencido pela dor deste momento
Aonde o quanto pude não se faça
Além da solidão que não cessara
Marcando o que sequer pudesse além,
O tanto que tentasse mesmo além
Do rito tantas vezes mais cruel,
O sonho com certeza não cessara
E quando na incerteza além eu passo,
Tocando o que se possa num momento
A vida noutro enredo ora se faça.,
O todo se desenha enquanto faça
Meu mundo que procure mesmo além
Vagando na beleza de um momento
O tanto que pudesse ser cruel
O medo que deveras dita o passo,
Apenas na verdade não cessara,
Assim enquanto a luta ora cessara,
O medo se traduz e nada faça
Somente o descaminho aonde passo
Marcando com ternura o quanto além
Do dia mais audaz, mesmo cruel,
Trazendo na verdade este momento,
O tanto que se queira num momento
Expressa tão somente o que cessara
Marcando o que decerto o ser cruel
Expresse e na verdade não se faça
A luta aonde o tempo dita além
O mundo sem firmeza trama o passo,
E sei do quanto pude e neste passo
Vivera pelo menos um momento
E sinto que viera sempre além
O quanto na verdade não cessara
Do todo que decerto ora se faça
O mundo se anuncia mais cruel,
O quanto ser cruel ditasse o passo
E sei do que se faça num momento
E a vida não cessara. Eu sigo além...
869
Os olhos embotados nada vêm
Somente a mesma tétrica ilusão
Marcando este horizonte a cada dia,
E nada do que eu possa doravante
Bebesse em goles fartos o que há tanto
Sentisse a sensação que enfim impera.
O medo de tal forma a vida impera
Enquanto novos tempos sempre vêm,
Tramando o que se mostre neste tanto
E vivo tão somente esta ilusão,
Marcando o quanto possa doravante
Trazendo a imensidão de um claro dia,
A sorte modelasse em cada dia
O todo que deveras quando impera
Expressa o que inda sinto e doravante
O mundo se mostrara enquanto vêm
Os olhos no vazio da ilusão
O quanto se desenha noutro tanto,
A vida desenhasse e deste tanto
O tempo se transforma e o mesmo dia
Marcando com terror esta ilusão
Que tanto dominando agora impera
E sei dos dias duros que inda vêm
Toando o que restasse doravante,
O mundo transformando doravante
O quanto se mostrara neste tanto.
E sei das emoções que agora vêm
Reinando sobre a sorte a cada dia,
E nisto o que deveras sei que impera
Ultrapassasse enfim esta ilusão,
O mundo se presume em ilusão,
Mas pondo os pés no chão, vou doravante,
Vivendo o quanto possa e não impera
A fantasia audaz e neste tanto
O passo noutro instante, em claro dia,
Expressa outros momentos que inda vêm,
As horas quando vêm numa ilusão
Marcando doravante o que ora impera
Regendo noutro tanto o dia a dia...
870
Não quero e nem pudesse ter de fato
A sorte que se fez audaz ou rude
E sei do quanto tente e mais pudera
Vencido companheiro do vazio,
Ousando na esperança que não trace
Sequer o que pudera em noite clara,
Meu mundo envolto em lua imensa e clara
O canto se desenha neste fato
E bebo do que possa e mesmo trace
A luta sem saber o quanto é rude
O mundo se moldara no vazio
E nisto novo encanto enfim pudera.
O tanto que meu mundo em vão pudera
Traçar a sorte imensa e mesmo clara
Na solidez que trama este vazio
E vence cada passo noutro fato,
Vagando num momento atroz e rude
O verso sem sentido a vida trace.
O quanto se deseja e tanto trace
Além do decerto inda pudera
Gerando o caminhar em sorte rude
Envolta na expressão feroz e clara
Tramando na verdade um novo fato
Que gere com terror outro vazio,
Meu mundo se anuncia mais vazio
E sei do que deveras tanto trace
O senso mais comum em raro fato
Aonde esta verdade em paz pudera
Deixando esta certeza bem mais clara
Do quanto se fizera outrora rude,
O mundo na verdade fosse rude
E o tempo se desenha em tal vazio
Vagando sobre o tanto aonde trace
A sensação da sorte imensa e clara
E nisto o caminhar inda pudera
Trazendo na esperança um manso fato,
O quanto deste fato não é rude
O tanto que pudera ser vazio
A vida mais clara ora se trace...
871
A vida não traria o sol que busco
Tampouco numa luz renasceria
A sorte que pudera e não tivesse
Sequer qualquer momento em plena paz
E o todo na verdade se perdendo
Nos antros mais imundos da esperança.
Alçando o quanto possa em esperança
O verso na verdade tento e busco
Gerando o que de fato irei perdendo
E sinto quanto mais renasceria
Vagando em plenitude, tento a paz,
E sei que na verdade eu não tivesse,
O tanto que se molde e até tivesse
Vivendo o quanto reste em esperança
O mundo se tornara em rara paz
E nisto outro momento sigo e busco
Embora no final já nasceria
O tempo noutro espaço se perdendo,
Meu verso sem sentido ora perdendo
O pouco que tentasse e inda tivesse
Marcando o quanto agora nasceria
No cântico diverso da esperança,
O mundo que de fato tanto busco
Expressa o quanto resta em leda paz,
Ainda tão distante desta paz
E a rota dos meus sonhos já perdendo,
O mundo noutro espaço sei que busco
Embora na verdade não tivesse
Sequer do que pudesse uma esperança
E a luta noutro passo nasceria
A vida que se quer não nasceria
Marcada por guerrilhas tenta a paz,
E sei do quanto possa em esperança.
Embora o ledo rumo já perdendo,
Tramasse o que de fato não tivesse
E sinto o quanto possa e tanto busco,
O mundo que ora busco nasceria
Do quanto inda tivesse em plena paz
E sinto esta esperança se perdendo...
872
O marco mais audaz da vida expressa
A sorte desejosa em caridade
E bebo com fartura desta estranha
Noção que noutro rumo se desfaz,
O medo ao mergulhar neste passado
Encontra o sonho apenas sem formato,
E sei do que pudesse em tal formato
Viver esta emoção que a sorte expressa
E nisso se esquecendo do passado
O tempo se refaz em caridade
E o medo do que fora se desfaz
E nisto a solidão somente estranha,
O canto que pudesse e tanto estranha
Uma alma quando em sonhos a formato,
Encontra na verdade o que desfaz
Vontade mais audaz e mesmo expressa
Na sorte que se trace em caridade
A angústia de viver este passado,
O tempo noutro rumo diz passado
E o quanto da verdade ora se estranha
Marcando o quanto possa em caridade
Vencer o que num sonho eu já formato
E nisto esta loucura a vida expressa
E o sonho no vazio se desfaz,
O tanto que pudesse, enfim desfaz,
O gesto mais audaz desse passado
E tanto quanto a sorte nada expressa
Agora no momento onde se estranha
A luta se moldara em tal formato
Resumo que não traga caridade,
Ainda que buscasse a caridade
De quem se fez e agora se desfaz
O todo noutro passo em tal formato
Gerado pelo ocaso no passado,
Enquanto a própria vida a sorte estranha
Apenas o vazio ora se expressa.
A sorte não expressa a caridade
E o quanto já se estranha ora desfaz
O mundo que em passado, enfim formato.
873
No tanto que se faça mais diverso
O mundo não traria melhor sorte
E vejo o fim de tudo e nada tento
Somente o que pudesse ser além
Do corte quando a vida me sonega
O todo noutro engodo e sem defesas,
As horas mais temíveis e as defesas
De um tempo que pudesse ser diverso
Enquanto a fantasia me sonega
O quanto se deseja em nova sorte,
O mundo se mostrando muito além
Do que nesta loucura tanto tento,
O mundo se traduz enquanto tento
Tramar em pleno caos estas defesas
E sendo que meu mundo vejo além
Do quanto poderia ser diverso,
E tanto desenhasse a rude sorte
Que o tempo na verdade ora sonega,
Ao menos o que tente e se sonega
O verso noutro passo agora tento,
E sinto esta impressão de medo e sorte
Que tanto retomando estas defesas
Encontra no caminho mais diverso
O sonho que se fez agora além,
E sei do que pudesse mesmo além
Do todo que se tente e não sonega
Um passo num sentido mais diverso
Marcando o quanto possa e mesmo tento
Ousando perceber em tais defesas
O quanto se traduza noutra sorte.
O mundo se transforma e sei da sorte
Diversa que moldara muito além
Do quanto se anunciam nas defesas
O tanto que invadisse e não sonega
Vestindo esta esperança que ora tento
Vencendo este caminho mais diverso,
E o tempo tão diverso dita a sorte
Que na verdade tento ou sigo além
E o mundo ora renega tais defesas...
874
Não mais que tantas vezes fora fútil
O tempo sem defesas nem promessas
Ainda que pensasse fosse muito
No fundo nada havia neste pote,
O corte anunciado, o medo e o trauma,
A vida num fastio se repete.
O tanto que pudera e já repete
A voz de quem se fez amarga e fútil
No tanto que se tente neste trauma
Deixando no passado tais promessas
O mundo se desenha e quebro o pote
Ainda que meu sonho fosse muito,
O todo prenuncia deste muito
O vago caminhar que não repete
O canto mais atroz e traz no pote
Um mel que simbolize além do fútil
Momento envolto em tantas vis promessas
O quanto superasse qualquer trauma...
E quando se esquecesse o mero trauma
Enquanto o velho tempo se fez muito
Ousando muito além de tais promessas
A sorte na verdade não repete
O quanto se fizera bem mais fútil
E nisto não se veja sequer pote,
Apenas guardo na alma o velho pote
E dele como fosse um ledo trauma
Encontro esta expressão que sei tão fútil
Gerando no final o quanto muito
Tramasse o que em verdade se repete
Grassando na ilusão falsas promessas,
O mundo se traduza além do pote
E vejo o quanto vivo em tais promessas
Ousando acreditar e ter do trauma
Uma lembrança aguda que repete
O tanto que se fez diverso e muito
Num mundo quando a vida se faz fútil,
O quanto fosse fútil, quebra o pote,
E deixa deste muito as vãs promessas
E a voz que se repete traz o trauma...
875
Não vejo após a chuva, a calmaria,
Tampouco desejasse qualquer fonte
Que possa me trazer alguma luz
Vivendo na verdade o que se possa
Errático cometa, uma esperança,
Encontra o que pudera noutro instante.
O mundo se moldando num instante
O passo se mostrara em calmaria
E o quanto se resume em esperança
No todo se produza como a fonte
Que tanto na verdade sei que possa
Traçar neste ambiente a força e a luz,
O quanto se anuncia e trame a luz
Do quanto poderia num instante
Marcando o que se queira e nada possa
Vagando sobre a sorte em calmaria
O todo que se trace em velha fonte
No fim o tempo traga uma esperança.
O sonho se ditasse em esperança
Tocando para sempre em força e luz
E nisso se desenha a nossa fonte
Que tente na verdade algum instante
Marcando o quanto reste em calmaria
E nisto outro caminho a vida possa.
O mundo quando muito sempre possa
E sei do meu cenário em esperança
E agora o que se mostre em calmaria
E sigo na verdade em clara luz
O quanto se desenha nesta fonte
E tento a vida feita noutro instante,
O mundo que pudera num instante
O todo quando traça o que se possa
Gerando no final a rara fonte
Que possa traduzir uma esperança
Seguindo mesmo em tanta e forte luz
O verso no final me traga a calmaria.
O mundo em calmaria num instante
E sei do quanto possa em plena luz
Tramando na esperança a nova fonte...
876
Já não comportaria qualquer erro
Sequer o costumeiro de quem ama
E sinto na verdade o quanto queira
A luta sem sentido em direção
Diversa ao que buscara num momento
E nisto se desenha a sorte vã,
O quanto esta verdade fosse vã
O mundo com certeza traz em erro
O todo que se veja num momento
E sei desta ilusão de quem já se ama
E sigo sem sentido e direção,
Marcando o quanto possa e mais se queira,
O quanto uma alma busque e mesmo queira
Traçando esta palavra rude e vã
No quanto se vencesse em direção
Contrária ao que demonstre o quanto em erro
Tramasse na esperança de quem ama
A luta que se mostre num momento,
Querendo na verdade este momento
Ousando quando a vida tanto queira
A sorte se traduz e diz quando ama
Enquanto se fizera sempre vã
A sordidez de cada passo em erro
Tomando da esperança a direção.
Meu mundo nesta errônea direção
O passo não se faça num momento
E vendo o que pudesse agora no erro
Encontro esta palavra que mais queira
Navego na incerteza, a vida é vã,
E sei que na verdade ninguém me ama,
O tanto desejado por quem ama
Expressa a mais diversa direção
Ousando na vontade mesmo vã
De quem se fez apenas num momento
Trazendo com firmeza o quanto queira
E cometa em verdade assim este erro,
O mundo quando em erro ninguém ama
Expressa o quanto queira em direção
Ao sonho num momento, em sorte vã...
877
Arrisco cada passo sem saber
O quanto se prepara noutro instante
A vida com certeza não se expresse
E nada concernindo esta ilusão
Encontre o privilégio que procuro
Nas ânsias mais suaves de uma sorte.
Meu mundo se anuncia em plena sorte
E vejo ou continuo sem saber
Do quanto poderia e até procuro
Vagando pela vida noutro instante
E sei do quanto seja uma ilusão
Que o nada com certeza agora expresse.
A luta que em verdade sempre expresse
O medo quando trague a velha sorte
Marcando o quanto reste em ilusão
Cansado procurando algum saber
Nas tramas que desenhas num instante
Jamais encontrarei o que procuro,
Meu passo na verdade ora procuro
E sei do quanto a vida enfim expresse
O mundo que pudesse noutro instante
E o tempo se desenha em rude sorte
Marcando o quanto possa no saber
Viver a mais temível ilusão,
O passo se resume em ilusão
E nisto cada engano além procuro
E bebo na verdade sem saber
O quanto do momento a vida expresse
Gerando no final a própria sorte
Que tanto moldaria num instante.
O canto se anuncia neste instante
E sei do meu anseio em ilusão,
O tanto se mostrara em rude sorte
E nisto o que pudera ora procuro
Na sorte quando muito amor se expresse
Angustiadamente sem saber,
O quanto do saber diz neste instante
O que jamais expresse esta ilusão,
E sinto e já procuro melhor sorte...
878
Jamais me imaginasse de tal sorte
Que a vida poderia me trazer
Além do quanto existe na verdade
O sonho mais audaz e mesmo assim
O canto se anuncia em esperança
Vivendo outro momento em ilusão,
A vida não tramasse esta ilusão
Tomando com certeza nova sorte
E sei do quanto leda esta esperança
No fim nada teria a me trazer
Somente o que pudesse ser assim,
A sombra do caminho sem verdade,
O mundo que se trace na verdade
Vagando sobre os ermos da ilusão
Encontra o que deseja sempre assim
E nisto o meu momento dita a sorte
E sei do quanto eu possa te trazer
Enquanto rege o sonho esta esperança.
A vida se transcende em esperança
E noutro passo dita esta verdade
Marcando o que pudera me trazer
E sendo noutro instante uma ilusão
O quanto se tentara além da sorte
Espera o que mostrasse sempre assim,
O tanto se desenha e sendo assim
A vida não traria outra esperança
E nada do que possa dite a sorte
Que navegando contra esta verdade
Encontra no final esta ilusão
E nada mais pudesse me trazer.
O tempo na verdade a se trazer
Deixando o que se veja e siga assim,
Marcando o quanto tenha em ilusão
Além de meramente uma esperança
Que possa traduzir esta verdade
Ditando no final a rude sorte,
O mundo nesta sorte a se trazer
Expressa na verdade e segue assim,
Deixando em esperança esta ilusão...
879
Encontro o meu caminho aonde um dia
Espero qualquer sorte mais diversa
O tempo na verdade desenhasse
A luta sem sequer ter um anseio
Vagando pelos céus de uma esperança
E nisto o que se tente dita o rumo,
O mundo já seguindo noutro rumo
Encontra a solidão do dia a dia
E sei do quanto a luta em esperança
Ousasse ser mais firme e até diversa
Do quanto na verdade tento e anseio
E mesmo outro caminho desenhasse,
O peso de uma vida desenhasse
A sólida expressão em ledo rumo,
E sei do que pudera quando anseio
Buscando a claridade noutro dia,
E sei da sensação clara e diversa
Que possa me trazer esta esperança.
O quanto se traduza em esperança
E nisto outro cenário desenhasse
A vida noutra senda mais diversa
Buscando o quanto possa em claro rumo,
Tramando o que se veja dia a dia
E noutro desenhar o todo anseio,
Além deste momento quando anseio
As sortes mais diversas da esperança
O quanto se mostrara neste dia
Ao menos outro passo desenhasse
Marcando o que se possa enquanto rumo
Na direção audaz e mais diversa.
Ainda se procura esta diversa
Vontade que de fato quando anseio,
Traduza o quanto possa neste rumo
Gerando na verdade esta esperança
E sei do que de fato desenhasse
O passo no correr de mais um dia.
A vida noutro dia mais diversa
Apenas desenhasse o meu anseio
E sei que na esperança encontro o rumo...
880
Jamais se fez além da alegoria
O quanto poderia ser real,
Meu mundo noutra face se expressando
E o verso sem destino vaga em vão
E bebo da aguardente mais amarga
Tragada nesta imensa solidão,
A vida se anuncia em solidão
E traça neste sonho a alegoria
Que possa enquanto tanto agora amarga
O passo num momento mais real
E vejo este cenário sempre em vão
No quanto sem limites me expressando,
A sorte de tal forma ora expressando
Traduza a mais diversa solidão
E sei do quanto o sonho fosse em vão
Marcando com terror a alegoria
E nisto o que pudera ser real
Transcorre em emoção diversa e amarga,
Pousando quando a sorte nos amarga
Falena que moldasse se expressando
Nas tramas deste sonho tão real
Que gere novamente a solidão
E nesta rude face, alegoria,
Tramasse este caminho sempre em vão,
O quanto se pudera mesmo em vão,
A vida se transforma e sei amarga,
O tempo se marcasse, alegoria,
E nisto noutro tom já se expressando
O mundo trame a dura solidão
E nisto cada tom se faz real,
O mundo se apresenta mais real
E o medo que pudera ser em vão
Agora se expressasse em solidão,
Tornando a vida sempre mais amarga
O quanto no passado se expressando
Ditasse sem sentido a alegoria,
Assim na alegoria um tom real
Do quanto se expressando fosse em vão,
E sempre nos amarga a solidão...
881
Procuro simplesmente quem me trague
Após a tempestade esta bonança
Querendo muito além do que inda possa
Viver outro momento mais tranquilo
E sendo a minha vida de tal sorte
O verso não seria jamais manso,
O tanto que se possa quando manso
Expressa esta verdade quando a trague
E mostre o desenhar da rude sorte
Que negue com certeza uma bonança,
Pousando mansamente e mais tranquilo,
Apenas tento o quanto ainda eu possa,
A vida no final jamais se possa
Trazer outro momento aonde em manso
Anseio se procure ser tranquilo
No todo que deveras sempre trague
Ousando acreditar nesta bonança
Que o tempo resumisse além da sorte,
Meu tempo de viver negando a sorte
E sei do que em verdade também possa
Traçar com toda a paz rara bonança
Trazendo o coração deveras manso
E sei do quanto tente e mesmo trague
O mundo que sonhara mais tranquilo,
Resumo meu anseio e vou tranquilo
Vencendo o quanto possa a rude sorte
E nisso outro momento a vida trague
E sempre se permita o quanto possa
Do mundo que eu quisera bem mais manso
Enquanto se anuncia esta bonança.
A vida preparasse uma bonança
Deixando o meu caminho mais tranquilo
E sei que verdade o passo manso
No quanto se desnuda dita a sorte
E vago sem sentido aonde possa
Tramar o que outro dia em paz me trague,
O mundo sempre trague esta bonança
Enquanto agora possa ser tranquilo
E tente nesta sorte um dia manso...
882
Não mais que meramente vejo o quanto
Seria o todo após a tempestade
E tendo esta certeza mais cruel
O corte se anuncia a cada engano
E sei do que pudesse e sendo assim
O mundo se desenha sem encanto.
E quando se anuncia neste encanto
O todo que pudera e sei do quanto
Mostrara a cada dia e sempre assim
Marcasse com vigor a tempestade
Gerando o que pudesse num engano
Deveras ser apenas mais cruel
O verso se anuncia em tom cruel
E o medo na verdade nega encanto
Ousando acreditar num novo engano
Meu passo se desnuda neste quanto
E sei que no tocar da tempestade
O mundo se desenha sempre assim,
O tanto que pudera ser assim,
O marco mais atroz e sei cruel,
O verso que gerasse a tempestade
E nisto quando possa não me encanto
Sabendo deste todo mesmo quanto
O mundo se fizera em ledo engano,
Apenas se desenha o claro engano
E nada mais trouxesse em paz e assim,
O verso desaguando neste quanto
O tempo mais audaz e sei cruel,
O vento desenhasse raro encanto
Marcando com temor a tempestade.
E sinto que pudesse em tempestade
Viver este caminho onde me engano
E sei do quanto tente e se ora encanto
Expressa o que inda resta e sendo assim
O mundo se desnuda onde é cruel
E gera noutro passo tanto e quanto,
Se eu possa neste quanto em tempestade
Vagar e ser cruel a cada engano
O tempo diz assim do tosco encanto...
883
Não tendo novo tempo de sonhar
Apenas o caminho mais disperso
Adentro no vazio deste encanto
O rústico cenário e nada vejo
Somente o que pudesse em leda sorte
Trazendo no final a solidão,
Envolto pela mesma solidão
Que possa me impedir de ora sonhar
Vagando no caminho aonde a sorte
Deveras sem razão eu já disperso
E sinto na expressão que agora vejo
O todo que pudesse em claro encanto.
Meu mundo se traduza e se me encanto
Ainda mais distante solidão
Expressa no final o quanto vejo
E tanto poderia ora sonhar
Vagando no que veja mais disperso
E sei do quanto possa a leda sorte,
O mundo se anuncia em rude sorte
E sei do que pudera em tal encanto
Marcando o quanto possa e me disperso
Ousando ora enfrentar a solidão,
Sabendo do detalhe que ao sonhar
Encontre e na verdade mesmo vejo.
884
O passo sem sentido em noite atroz
O vento dominando esta estação
As brumas invadindo este cenário
Crepuscular anseio diz do fim
E o medo que pudera ser maior
Agora me transporta ao temporal,
A vida anunciando o temporal
Expressa o quanto pode ser atroz
E sei desta vontade bem maior
Que molde a sorte em tétrica estação
Marcando com terror o ledo fim
Traçando sem limites tal cenário.
O mundo que se veja no cenário
Querendo ser além de temporal,
Seguindo cada passo sem ter fim,
Embora saiba a vida ser atroz,
Não tento mais parar nesta estação
A sorte poderia ser maior...
O quanto deste encanto é bem maior
Que a leda imprecisão deste cenário
E o canto se renova na estação
Ousando no enfrentar o temporal
Traçar este momento mais atroz
Gerando desde agora o nosso fim,
O que se reservasse para o fim,
O tempo num anseio ora maior
Tramasse o que se veja em tom atroz
Reinando sem motivos no cenário
Que possa traduzir num temporal
A sorte tão instável da estação.
Ousando na verdade esta estação
Que possa traduzir além do fim,
O vago caminhar num temporal
E sei do quanto possa ser maior
O mundo se marcando num cenário
Que siga este caminho mesmo atroz,
E quando seja atroz esta estação
O mundo num cenário chega ao fim
Trazendo o bem maior, um temporal.
885
Não sei do que se trata nem pudesse
Trazer no olhar a noite que se finda
E sinto da esperança este vazio
Ousando noutro rumo desde então,
A luta se presume no que trago
Vencido sem sentido apenas morto,
O quanto deste sonho agora é morto
E nisto na verdade não pudesse
Ditar o quanto tenha e mesmo trago
Vagando nesta sorte que se finda
E gero sem saber o quanto então
Pudesse traduzir este vazio,
Meu mundo na verdade vai vazio
E bebo do que possa, mesmo morto
O sonho que trace desde então,
Vagando muito aquém do que pudesse
E quando na verdade a sorte finda
Encontro da esperança qualquer trago,
Na luta que deveras tanto trago
O mundo se ancorasse no vazio
E tendo esta ilusão agora finda
O canto noutro passo segue morto
E tudo que em verdade ora pudesse
Adentra o meu destino desde então,
O carma se desenha e sei que então
A senda que deveras busque e trago
Não deixa que esperança inda pudesse
Trazer outro momento onde vazio
Caminho pelas sendas feito um morto
Enquanto a minha história em vão se finda...
O tanto que no fundo a vida finda
Expressa o que restara desde então
E sendo a solidão tal fato morto
O quanto do meu mundo enfim te trago
Marcasse na verdade este vazio
Ou mesmo a solidão que ora pudesse,
A luta que pudesse e não se finda,
O mundo no vazio desde então
Tramando o que ora trago, quase morto.
886
Jamais se visse a vida de tal sorte
Que nada poderia me trazer
O quanto se anuncia noutro canto
Ousando acreditar no que se faça
Além da fantasia mais sutil
Errático momento sem descanso,
E quando nos teus braços eu descanso
Buscando na certeza desta sorte
O quanto poderia ser sutil
Marcando o quanto possa me trazer,
O mundo se desenha enquanto faça
O sonho na expressão de um belo canto.
O todo anunciando o raro canto
Que possa me tocar e se descanso
Vagando pela senda que se faça
Ousando acreditar na plena sorte
O tanto que pudera se trazer
Expressa este momento mais sutil,
Meu verso traz o quanto se é sutil
Nos ermos de um anseio quando canto,
E tente novamente me trazer
O todo que buscara sem descanso,
Vagando na verdade contra a sorte
O nada noutro rumo enfim se faça,
Ainda que se perca ou que se faça
A luta mais audaz e mais sutil,
Expressaria enfim a minha sorte
E nisto com certeza quando eu canto
Marcasse o meu caminho onde descanso
Ousando nalgum fato a se trazer.
Meu mundo aonde tento ora trazer
O que se poderia e mesmo faça
Ousando na verdade de um descanso
Tentando ser deveras mais sutil,
Cadenciando o passo quando canto
Trazendo no final a rara sorte,
E quando tenho a sorte de trazer
O sonho em raro canto e assim se faça
A vida mais sutil trama o descanso.
887
Não vejo qualquer dia senão este
E sigo sem saber do que virá
A luta se anuncia em tempestade
E o mar que me inundasse mais feroz
Ao menos poderia ter no sonho,
Um canto com certeza mais suave,
O mundo que desejo tão suave
Além do que se sabe e sei quanto este
Traduza na verdade o mero sonho
Que sinto noutro tempo não virá
O mundo se desenha mais feroz
Traçando a cada dia a tempestade.
O verso se anuncia em tempestade
E o passo se traduza mais suave,
Enquanto a face mostre este feroz
Caminho que traduza e sei ser este
O fim que na verdade inda virá
Deixando amortalhado o que ora sonho,
O vento traduzindo o quanto sonho,
A luta se transforma em tempestade
E sinto que no fim tudo virá
Marcando o dia a dia mais suave
E quando se precisa o canto eu sei quanto este
Expressa o dia a dia mais feroz.
O tempo que se faça mais feroz
Expressa na verdade o quanto sonho
E vivo sem saber sequer quando este
Momento traz a sorte em tempestade
Nos ermos mais audazes, o suave
Caminho dita o quanto enfim virá.
Meu canto se traduz e sei virá
No vago deste encanto tão feroz
O todo que pudesse ser suave
E tanto quanto valha qualquer sonho
A vida se resulta em tempestade
Caminho que me sobra, eu sei que é este,
Portanto se foi este o que virá
A vida em tempestade ora feroz
Traduza qualquer sonho mais suave...
888
Meu passo se desenha no vazio
Enquanto sei da queda quando vejo
O tempo transformado na tempesta
Ousando acreditar numa bonança,
Quem sabe mesmo numa calmaria,
Que trague noutro sonho a rara paz,
O medo se moldando nega a paz
E sei do quanto sigo este vazio
Momento feito em guerra e calmaria
No tanto que pressinto e nada vejo,
Somente o quanto possa na bonança,
Porém a vida segue em vã tempesta.
O mundo se anuncia e da tempesta
Buscasse pelo menos ter a paz,
Mas sei quanto impossível a bonança
Gerada pelas ânsias de um vazio,
Que tanto quanto tente ainda vejo,
Matando em nascedouro a calmaria,
O quanto sonegasse a calmaria
A vida num momento ora em tempesta,
Marcando com terror o quanto vejo
Deixando para trás a sorte em paz,
O verso se desenha mais vazio
E nega o quanto possa uma bonança.
Apenas se percebe esta bonança,
Porém é sempre falsa a calmaria,
E nisto se desenha outro vazio
Prenunciando enfim rude tempesta
Aonde se quisera ter a paz
Somente este cenário rude vejo,
E tanto quanto possa e mesmo vejo
A luta sem sentido e sem bonança
Enquanto se quisera a plena paz
Ou tanto num momento em calmaria
A vida se traduz nesta tempesta
E o sonho se perdera no vazio,
O mundo tão vazio que ora vejo,
Ainda na tempesta quer bonança
Pensando em calmaria e em plena paz...
889
Jamais o tempo dite qualquer sonho
Enquanto na verdade o que carrego
Expressa esta ilusão e sei do dia
Audaz que com certeza nunca veio,
Procuro pelo menos um momento
Aonde o que se mostre viva em luz,
Ao ver neste cenário a ausente luz
Encontro estes detalhes e sei que sonho
Vagando pelo menos um momento
Enquanto meu caminho ora carrego
Vestígios do que fora outrora um veio
Refazem do passado cada dia,
O tanto que se tente noutro dia,
A vida se perdendo já sem luz
O quanto deste sonho jamais veio
E o tolo caminhar que ainda sonho
Expressa a solidão quando a carrego
Vagando sem descanso um só momento.
O mundo se anuncia no momento
Aonde se fizera novo dia
E sei do quanto tente e até carrego
Vestindo esta esperança em rara luz
O mundo dominando o quanto sonho
Transcende ao quanto possa em novo veio,
O tanto que se tente e logo veio
Gerando na verdade este momento
Que trama com certeza o quanto sonho
E sinto na expressão de um novo dia
A imensidade feita em tanta luz
Ditando o que deveras eu carrego.
O mundo se presume onde carrego
A sorte que deveras sempre veio
E nisto emoldurando a forte luz
Esboça tanta força num momento
E sei do quanto possa neste dia
Trazer o quanto quero e sei e sonho,
Apenas mero sonho o que carrego
E bebo todo dia em raro veio,
Ousando num momento em tanta luz...
890
Jamais acreditei em tanta farsa
Palavras; vento leva e ninguém ouve,
O tanto que pudesse ser feliz
Agora se perdera tolamente
O verso no final não mais valera
E a sorte nada além se percebia,
O quanto deste fato eu percebia
E sei da solidão na intensa farsa
Gerando o que pudera e não valera
O grito da esperança já não se ouve
E o quanto mais pudera tolamente
Tentando acreditar em ser feliz.
O todo renegasse o mais feliz
Caminho que deveras percebia
Uma alma que se traça tolamente
Vagando nos temores de uma farsa
A voz de um novo tempo nunca se ouve
Nem mesmo esta alegria enfim valera,
O tanto que deveras já valera
A sorte de talvez ser tão feliz,
Ainda que em verdade nada se ouve
Ao menos um detalhe eu percebia
Ousando acreditar além da farsa
Que o mundo desenhara tolamente.
O manto que rompera tolamente
E o todo quando enfim nada valera
Tramando o que pudesse ser tal farsa,
E nisto se procure ser feliz,
O tanto quanto queira percebia
O sonho de quem sabe e mesmo me ouve
O tanto que pudesse quando se ouve
O canto mesmo sendo tolamente,
O dia na verdade percebia
Cenário que deveras me valera
E assim o quanto possa ser feliz
Já não seria apenas mera farsa,
A vida numa farsa ninguém ouve,
Mas quando se é feliz, é tolamente...
O tanto que valera, eu percebia...
891
Não mais quisera ter outro caminho
Sequer imaginasse ser tão ledo
O dia que se faça onde concedo
O verso aonde em paz não mais me alinho.
Ainda que se veja tão mesquinho,
O amor domina inteiro o velho enredo,
A sorte dita além do tosco enredo
O quanto poderia e não caminho
Sabendo deste tempo tão mesquinho
Ainda que me veja sempre ledo,
O todo na verdade aonde alinho
Expressa o que pudera e não concedo,
Ao sonho na verdade, eu me concedo,
E bebo do que possa em tal enredo
E quando nos teus braços eu me alinho
Tentando algum instante em tal caminho
Embora na verdade siga ledo,
Encontro o teu olhar rude e mesquinho,
O tempo na verdade é tão mesquinho
E sei do quanto possa e a ti concedo
Vagando sem sentido um passo ledo
Deixando este vazio e sem enredo,
Meu passo se traduz noutro caminho
E solitário em nada ora me alinho,
O tanto que pudesse enquanto alinho
O sonho noutro engano ora mesquinho
Há tanto que de fato em vão caminho
No quanto poderia e não concedo
Ousando na verdade neste enredo
E sei do meu anseio mesmo ledo,
O mundo se anuncia tanto ledo
E vendo este não ser onde me alinho
Encontro o que pudesse ser enredo
E noutro delirar turvo e mesquinho
Enquanto nos teus braços me concedo
Sozinho em noite espúria e vã caminho,
O quanto ora caminho em tom mais ledo
O sonho que concedo e não me alinho
Tornara o velho enredo tão mesquinho...
892
Não quero a sorte feita do vazio
Tampouco a farsa dita em esperança
Enquanto o passo segue e a vida avança
Encontro nos teus braços, desvario,
E sei do quanto possa e desafio
O tempo que se traça em rude lança,
A vida no não ser ora me lança
E sei do quanto siga mais vazio
O peito se tomando em desafio,
A luta não prevendo uma esperança
Apenas solitário desvario,
Enquanto o tempo reina e sempre avança,
O quanto desta sorte não avança
Nem mesmo outro cenário em paz me lança
Apenas tão somente o desvario
De quem sempre se visse mais vazio,
E tenta no final uma esperança
Que fora como um frágil desafio.
O quanto poderia e desafio,
Marcando a solidão que tanto avança
Deixando no passado esta esperança
E o todo quantas vezes já me lança
Nas tramas mais cruéis deste vazio
Gerando tão somente o desvario.
O canto se presume em desvario,
E o tempo dita o quanto desafio
Marcando com terror este vazio
Cenário aonde o tempo quando avança
Penetra minha pele feito em lança
Matando desde sempre uma esperança.
O quanto se mostrara em esperança
Agora não sossega o desvario,
E tanto deste tempo ora me lança
Além do que pudera um desafio,
Marcando cada passo que ora avança
Gerando dentro da alma este vazio,
O passo mais vazio, uma esperança.
O tanto quanto avança em desvario
Expressa em desafio o que se lança...
893
Meu tempo de seguir já não concebe
Sequer o quanto pude e não viera
A vida se desenha e mal percebe
A ausência do que fora primavera
A sorte se lançara no jamais
E os dias entre fartos vendavais,
A luta se desenha em vendavais
E nisto nada além, amor concebe,
O quanto se desenha diz jamais
E sei da solidão que assim viera
Marcando o que pudesse em primavera
E o sonho na verdade não percebe,
O quanto desta vida ora percebe
O todo se esvaindo em vendavais
E o sonho mais sutil da primavera
Enquanto novo tempo se concebe
O tempo se anuncia e não viera
Trazendo a cada passo este jamais...
O tanto que pudesse ser jamais
Agora no final nada percebe
Na queda que tampouco inda viera
Marcando com terror em vendavais
Expressa o que de fato não concebe
E morre no nascer da primavera...
O mundo me tramasse a primavera
E o tempo não seria meu jamais
O tanto que quisera não concebe
Os erros que esta vida mal percebe
Enquanto envolta em tantos vendavais
Apenas solidão inda viera.
Pousando no vazio que viera
Alçando a mais diversa primavera
Os dias são temíveis vendavais
E quando se transformam no jamais
O todo que deveras se percebe
Expressa a solidão que ora concebe.
O quanto se concebe e não viera
A sorte se percebe e a primavera
Eu não verei jamais, só temporais...
894
Não quero e nem tentasse ser diverso
O mundo se fizera de tal sorte
Que mesmo quando além do sonho eu verso
Não tenho mais sequer quem me suporte.
Almejo esta vontade que não vem
E sigo minha vida sem ninguém,
O quanto poderia, mas ninguém,
Ouvindo a minha voz em tom diverso
Gerasse o que deveras nunca vem
E marca com tal fúria minha sorte
Enquanto noutro passo não suporte
Apenas no vazio agora eu verso,
Ousando acreditar num manso verso,
Não quero e não suporto ser ninguém,
Porém o que deveras diz suporte
No fundo noutro passo tão diverso
Expressa a solidão da rude sorte
E marca o que deveras já não vem,
Meu mundo no final não sabe e vem
Vagando sobre o quanto possa e verso
E sei desta verdade em leda sorte
E sinto o caminhar quando em ninguém
O passo se mostrara mais diverso
Do quanto com certeza se suporte,
Meu passo que a saudade não suporte
Expressa o quanto resta e jamais vem,
O mundo se fizera mais diverso
E nisto sem sentido quando verso,
Traduz o fato enquanto sem ninguém
A luta se desenha em frágil sorte.
O tempo se mostrara nesta sorte
E sem o que pudesse e me suporte
O todo se desenha onde ninguém
Ousara acreditar e nada vem
Sequer a mansidão de um frágil verso
Ou tanto este caminho mais diverso,
O quanto vou diverso desta sorte,
O medo traz o verso e não suporte
E sei do quanto vem se sou ninguém...
895
Anseio alguma luz sabendo a luta
Que nada poderia combater,
O sonho se traduz na força bruta
O mundo totalmente a se perder
O quanto vago e busco outro cenário
Expressa o meu caminho temerário.
E sinto o quanto possa temerário
Viver o que deveras sempre luta
Seguindo sem temor este cenário
Cansado de deveras combater
O todo que se mostra no perder
Grassando sobre a imensa força bruta.
A noite se desenha e segue bruta
Enquanto o risco vaga temerário
Sem ter sequer aonde me perder,
No fundo o meu anseio diz da luta
Que possa com certeza combater
Tomando já de assalto este cenário,
O tanto que se veja em tal cenário
A sorte mesmo audaz, se mostra bruta
E sei do que pudera combater
Enquanto há verdade temerário
Apenas o que possa nesta luta
Meu passo com certeza irei perder.
O tanto que se mostra e sei perder
Ousando imaginar novo cenário
E sinto a farsa feita em rude luta
No quanto poderia ser tão bruta
A vida noutro rumo temerário
Enquanto se desnuda o combater.
A sorte que pudesse combater
E mesmo quando vejo me perder
O tempo se fizera temerário
E nisto se aproxima este cenário
Na senda mais atroz, portanto bruta,
Que tanto resumisse a nossa luta,
A sorte quando luta, ao combater,
Expressa a força bruta e a se perder
Tramasse este cenário, temerário...
896
Ainda quando possa ser quem tanto
Vivera esta esperança que não diz
Sequer do quanto queira ser feliz
Quem sabe do sorriso e desencanto,
O tempo que em verdade não garanto
É como fosse apenas cicatriz,
E sei do quanto valha a cicatriz
Marcando no meu rosto neste tanto
E sei do que pudera e não garanto
O quanto se tentara e nada diz,
O verso se anuncia em desencanto
E sei que não serei jamais feliz.
O mundo de quem ama é mais feliz,
E apenas nos meus dedos, cicatriz,
Do quanto se fizera em desencanto
O medo se moldando neste tanto
Que sinta e já deveras sonha e diz
Falando do que possa e não garanto.
O mundo que de fato ora eu garanto
O tempo de viver e ser feliz,
O mundo noutra face volta e diz
Do que se resumisse em cicatriz
E nisto se mostrara mesmo tanto
Expresse o mais temível desencanto,
Marcasse cada passo o desencanto
E nisto outro momento onde garanto
O quanto se fizera deste tanto
E nisto o sonho trame o ser feliz
Que a farsa feita em corte e cicatriz
Aos poucos se aproxima e tanto diz.
O mundo noutra face já não diz
Do que se desenhara em desencanto
E sei do que se molde em cicatriz
Enquanto o rudimento em mim garanto
Identifico o passo mais feliz
E sei do que pudesse, como e tanto,
A vida neste tanto nada diz
E o sonho ser feliz é desencanto
Que sei e te garanto em cicatriz...
897
O tempo se renega e nada trouxe
Sequer esta vontade mais ferina
Do quanto se desenha sem cuidado
Marcando cada dia em tempo escuso,
Procuro caminhar por entre pedras
E sei que no final nada terei,
Apenas o que possa inda terei
E nisto o sonho audaz que um dia eu trouxe
Tramasse a solidão envolto em pedras
E nesta farsa atroz tanto ferina,
A sorte num desenho mais escuso
Expressa o quanto reste sem cuidado,
O prazo que se perde não cuidado
O muito que jamais enfim terei,
O verso mais audaz porquanto escuso,
O dia que de fato agora trouxe
Na face mais cruel rude e ferina
E dela se encontrando tantas pedras.
As horas entre enredos, medos, pedras,
O tempo sem sentido e sem cuidado,
A luta que pudesse ser ferina
E o passo quando inútil não terei
Jamais imaginasse no que trouxe
Algum momento rude e mesmo escuso.
O tanto que talvez se mostre escuso
A vida sobrepondo tantas pedras
E nelas o que possa e mesmo trouxe
Relega noutro plano este cuidado,
E o verso na verdade não terei
Senão a mesma face mais ferina...
Somente a farsa atroz rude e ferina
Expressaria o passo tão escuso
E sei que na verdade eu não terei
Sequer esta esperança, ledas pedras,
E o tempo se mostrando sem cuidado
Foi tudo no final que a vida trouxe,
O sonho que me trouxe a tez ferina
De quem já sem cuidado sabe o escuso
Caminho que entre as pedras eu terei...
898
A luta se desenha desde quando
O mundo se fizera mais mordaz
E sei do que pudera e nada faz
A sorte noutro passo desarmando
O sonho onde pensara no futuro
E agora a solidão vejo e asseguro,
O quanto no vazio eu asseguro
E bebo deste todo como e quando
O passo renegando algum futuro,
Expressa a realidade mais mordaz
E o verso no final já desarmando
O todo que pudera e não se faz,
O mundo que desejo e sei que faz
O tempo mais feroz onde asseguro
O canto noutro instante desarmando
Meu mundo sem sentido e sem ter quando
Ousasse nesta senda onde mordaz
Encontra tão somente o vão futuro,
O passo resumindo o meu futuro
O medo que deveras tanto faz
E sei do meu anseio onde mordaz
O sonho dita o quanto ora asseguro
Vagando sem destino desde quando
O passo fora aos poucos desarmando,
O mundo na verdade desarmando
O quanto se proponha no futuro,
Ainda que se mostra sempre quando
O tempo com certeza nada faz
E sei o quanto possa e me asseguro
Do dia que fez tolo e mordaz,
Um dia que se mostre enfim mordaz
O tanto noutro engodo desarmando
O coração enquanto me asseguro
No passo sem proveito e sem futuro,
Sabendo este tormento que se faz
No dia que vivera e desde quando.
O tanto neste quando se é mordaz
Expressa o quanto faz já desarmando
O sonho de um futuro, eu asseguro...
899
Não quero o que se mostre mais audaz
Tampouco num momento turbulento
A vida se previne do que possa
Trazer noutro cenário e se assim faz
O quanto se anuncia sem alento
O tempo deixa sempre e nada traz.
Ainda sem sentido o quanto traz
Pudesse ser deveras mais audaz
E sei que se pudesse quando alento
Gerando outro cenário turbulento
No quanto agora sei que tanto faz
Traduza na verdade o que mais possa,
A vida sem sentido nunca possa
Viver o que esperança inda me traz
E sei do quanto a luta ora se faz
Marcando cada dia mais audaz
E nisto o meu caminho turbulento
Tramasse o quanto quero em raro alento...
O mundo se anuncia e sem alento
O quanto se prepara e nunca possa
Viver outra razão em turbulento
Caminho que deveras nada traz
Senão a minha sorte mais audaz
E nisto o meu anseio não se faz,
O tanto que pudera e jamais faz
Um coração buscando algum alento
Tramando novo passo tanto audaz
Que saiba com certeza o quanto possa
Vivendo esta esperança e o nada traz
Senão este cenário turbulento,
O mundo mais temido e turbulento
O canto que pousasse onde se faz
Gerando outro momento e já me traz
O quanto poderia neste alento
Tramar esta esperança que assim possa
Ditar o quanto a vida fora audaz,
E sei do passo audaz e turbulento
Aonde o que se faz jamais me traz
O quanto em raro alento a vida possa.
900
Não quero que se veja o quanto perco
No tanto sem desejo e sem defesa,
A sorte se transforma na surpresa
E sei do meu caminho sem final
Pousando no que fora mais diverso
Tentando acreditar em cada verso.
O tanto que pudera neste verso
Trazer esta emoção, mas eu me perco,
Tratando deste sonho mais diverso
E nisto se moldando qual defesa
O tempo se anuncia no final
Deixando para trás qualquer surpresa,
A vida se resume em vã surpresa
E gera o quanto expresse neste verso
Marcando com terror o ato final
E nisto se deveras tudo eu perco,
O fim negando apenas a defesa
Expressa o caminhar bem mais diverso,
E sei do quanto possa ser diverso
Do todo que vivesse em tal surpresa
Tocando cada passo com defesa
Deixando no passado o quanto eu verso
Buscando o que em verdade tento e perco
Sabendo do que venha no final,
A luta se anuncia e no final
O mundo presumido é tão diverso
Do quanto com firmeza sempre perco
E nisto não se veja uma surpresa
E sinto na expressão enquanto verso
O mundo desfilando em tal defesa,
O tanto que pudera sem defesa
O mundo na verdade em tal final
Expressa o que pudera quando verso
E nisto se mostrara o ser diverso
Cenário que se molde sem surpresa
E sinto quanto possa e já me perco,
O quanto agora perco em vã defesa
O tempo sem surpresa, no final,
Expressa em tom diverso cada verso...
901
A vida num crescendo traz ao fim
A imensa letargia dita morte
E sei que no caminho há tantos erros
E rumos a seguir, vários sentidos,
O quanto se anuncia a cada queda
Ou mesmo refazendo o velho sonho,
E quantas vezes tente e nada sonho
Apenas o cenário molda o fim
E se transido agora pela queda,
O todo se transforma e desta morte
Os ermos tomam todos os sentidos
Acumulando então diversos erros,
E quando se percebem tantos erros,
O quanto poderia e mesmo sonho
Invade mansamente meus sentidos
E nisso se prevendo agora o fim,
Os dias entre a vida e a nossa morte
Princípios de vitórias e de quedas,
As tantas ilusões, diversas quedas,
Os campos se inundando nos meus erros
E o tanto desejado além da morte
Refaz a cada instante um velho sonho,
Porém o que se veja ora no fim,
Domina e ora maltrata os meus sentidos,
Ousando mesmo além destes sentidos
Tentando a cada instante além das quedas
O quanto se aproxima deste fim
Transcende na verdade aos tantos erros
E quando no final procure um sonho,
Trazendo sempre à tona árida morte,
Ascendo num instante e vejo a morte
Tocando sem defesa os meus sentidos
E sei dos dias turvos, cada sonho,
Promessa concretiza em novas quedas
E sei que após viver diversos erros,
O mundo se expressasse no meu fim,
O quanto deste fim traduza a morte
E vejo tantos erros e os sentidos
Prevendo as tantas quedas, negam sonho...
902
Não quero a salvação que tu me vendes
Tampouco o mesmo rumo de onde vens
E sei que na verdade tanto mentes,
Remetes ao que um dia fosse cruz
Enquanto me embebedo em tanta luz
E nisso sigo em paz o que inda possa.
A vida que interessa ou mesmo possa
Diversa da que tanto à vista vendes
Negando ou consumindo frágil luz
Expressas as angústias de onde vens
Carregue, pois então a tua cruz,
Sabendo ou sem noção do quanto mentes.
O tanto que deveras ora mentes.
Os dias onde a luta sempre possa
Traçar qualquer cenário sem a cruz
Que a cada novo culto sei que vendes,
E um dia a se fartar enquanto vens
Tocado tão somente pela luz.
No passo que se mostre em plena luz
Embora não percebas quanto mentes.
Ainda quando impávido tu vens
Ou mesmo noutra cena sei quem possa,
O corpo apodrecido que ora vendes
Exposto numa leda e tosca cruz.
Ainda quando vejo a velha cruz
Sem ter sequer alguma mansa luz
O que tanto querias e ora vendes
Expressa este infortúnio quando mentes
Pousando no que tente e jamais possa
Marcando com a fúria logo vens,
Enquanto em rapineira face vens,
Um novo Prometeu atado à cruz
E a cada novo dia tudo possa
Quem nega na expressão exata a luz,
Demônios entre farsas, tanto mentes,
Enquanto este cordeiro morto vendes.
O quanto agora vendes quando vens
E nisto tanto mentes, farsa e cruz,
Aonde imensa luz, a vida possa...
903
Jorrando dos meus olhos a expressão
Sanguínea que devora em tal tormenta
A sólida vontade não se mostra
Além do que pudera noutro instante
Vestígios de uma vida sem valia
Na infâmia de algum sonho mais atroz.
O passo que se faça rude e atroz
Tomando do vazio esta expressão
Regendo a cada infausto outra tormenta
E nisto o quanto possa e mais valia
Deixando o coração inteiro à mostra
E tudo se revela neste instante,
A cada nova luta num instante
Diverso do que pude sendo atroz
O mundo se resume em velha mostra
Dos ermos que anunciem a expressão
Que trace quanto a vida mais valia
Gerando no final leda tormenta.
O todo que se tente na tormenta
Vagando sem por que renego o instante
E vejo o quanto a sorte mal valia
Encontro este cenário audaz e atroz,
Marcando com a fúria esta expressão
Que possa traduzir o quanto mostra.
A vida num instante vago mostra
Apenas o que trame uma tormenta
E vejo na verdade esta expressão
Que um dia poderia, noutro instante,
Trazer algum anseio quando atroz
A luta no final nada valia,
O mundo se desnuda sem valia,
E a dúvida deveras tanto mostra
O canto sem sentido e mesmo atroz
Gerado pelas ânsias da tormenta
Que possa se moldar em raro instante
E ser de uma esperança outra expressão,
Assim desta expressão, leda valia,
O mundo que este instante tanto mostra
Tramasse esta tormenta mais atroz...
904
Não vejo nem sinal do meu anseio
Nas tramas que enveredas quando vês
Os olhos da esperança em amaurose
O tempo sem saída e sem audácia,
A vida se presume no que reste,
Do todo quanto ateste o fim da luta.
E sei que tantas vezes quando luta
A morte se traduz em mero anseio,
E mesmo que de fato um sonho reste,
No tanto que pudesse quando vês
Encontro o quanto possa com audácia
E tenho por defesa esta amaurose.
Um velho violeiro, esta amaurose,
O mundo noutro passo dita a luta,
E quando se imagina alguma audácia,
Somente o que percebo traz o anseio
De quem tanto pudesse e nada vês
Ainda que esperança ao longe reste.
O mundo que se tente e sempre reste
A noite recendendo esta amaurose
O quanto que tu sentes, mas não vês,
Tão frágil com certeza seja a luta
O tempo que em verdade agora anseio
E o nada traduzido em vaga audácia...
O amor também se faça nesta audácia
E sendo de tal forma quando reste
Trazendo ao sonhador além do anseio
A rústica noção desta amaurose
Que possa traduzir enquanto luta
Na frágil sensação do que inda vês.
Procuro qualquer sonho e nada vês
Sequer o quanto dite vaga audácia
E sendo sempre assim o quanto luta
O sonho no final inda me reste,
Gerando na esperança esta amaurose
Que possa traduzir meu ledo anseio,
E quando tanto anseio o que ora vês
Embora esta amaurose negue a audácia
O passo que me reste dita a luta...
905
Jogado pelas tramas sem mistérios
Arcando com enganos e desvios
Ainda se percebe em meu olhar
O quanto poderia e nunca veio,
Olhasse e no futuro percebesse
O que inda restaria por sonhar,
A vida que permita em vão sonhar
Trazendo com terror velhos mistérios
Ou mesmo no final já percebesse
O tanto quanto traz em seus desvios
Presume o que deveras nunca veio
E nega qualquer luz em tolo olhar.
Ousando no vazio agora olhar
E tanto quanto possa em vão sonhar
Vivendo o que de fato sei não veio
O mundo se desenha em tais mistérios
E sei dos meus caminhos e desvios
Enquanto o fim de tudo eu percebesse.
O tanto que de fato eu percebesse
Marcando o quanto pude agora olhar,
Tornando mais diversos os desvios
E neles o cenário a se sonhar.
Resumo o meu caminho em teus mistérios
E sei o quanto quis e nada veio,
A vida se apresenta e neste veio
O sonho que de fato eu percebesse
Marcado pelos erros e mistérios
Gerando no vazio o tolo olhar
E nisso se presumem o sonhar
Tocado por engodos e desvios,
O quanto se anuncia nos desvios
E o mundo se resume enquanto veio
Trazendo o quanto possa em vão sonhar
Marcando com terror e percebesse
Moldando o quanto possa mesmo olhar.
Os sonhos em segredos e mistérios
Sabendo dos mistérios e desvios
O quanto possa olhar e nada veio
Somente percebesse o vão sonhar...
906
Não quero acreditar que inda viesse
O tempo mais audaz e sem defesas
Enquanto o que se possa no final
Expresse a solidão ainda rude,
O medo caminhando lado a lado
E o tempo no final se resumindo,
O mundo noutro instante resumindo
O quanto na verdade não viesse
Gerando do que possa sempre ao lado
De quem tentasse crer nestas defesas
Marcadas pelo sonho agora rude,
Que tanto se anuncia no final.
A luta se previsse sem final,
O mundo noutro fato resumindo
O caminhar dorido e mesmo rude
Que sei sempre terei e se viesse
Além das fortalezas e defesas
Traria este vazio sempre ao lado,
O mundo se desenha enquanto ao lado
Preparo tão somente o meu final
E vivo sem sentir estas defesas
Num ato mais venal já resumindo
O tanto que se quer e até viesse
Mostrando este momento ainda rude...
O marco mais mordaz que sei tão rude
Deixando o quanto fora noutro lado
Ainda que decerto em vão viesse
Moldando na incerteza o seu final,
O verso se desenha resumindo
O quanto poderia em vãs defesas,
As lutas que imagino, sem defesas,
O passo quando o vejo imenso e rude,
O canto num anseio resumindo,
O gesto se traçara sempre ao lado
Do quanto na verdade no final
Ainda sem certeza ora viesse.
O tanto que viesse além defesas
Gerasse no final cenário rude,
E o mundo em tosco lado o resumindo.
907
Não mais que vagamente vejo o sonho
Morrendo a cada passo ou mesmo enfim
Grassando esta verdade dentro da alma
E nisto o que se pode nos traduz
Gerando a sensação sublime e audaz
Do manto sempre roto em agonia.
Pousando muito além desta agonia
Preparo no final o último sonho
E vejo quanto pude ser audaz,
Vivendo o que inda tenha mesmo enfim,
E sei do meu anseio que traduz
A solidão diversa agora na alma.
O sonho ao entranhar inteira esta alma
Deixando no passado uma agonia
Encontra o que em verdade ora traduz
A dura realidade quando sonho,
E vejo o que pudesse quando enfim
Meu mundo se mostrasse mais audaz.
O tempo se anuncia sempre audaz
E o verso dominando o quanto na alma
Pudesse noutro rumo claro, enfim,
Falar além do medo e da agonia
Que tanto possa ser diverso sonho
E a vida num instante ora traduz.
O mundo que decerto já traduz
Um dia mais suave ou mesmo audaz
Enquanto na verdade tanto sonho
Expresso muito além do quanto na alma
Tentasse superar esta agonia
E ter a minha vida em paz, enfim.
O tanto que se mostre tendo enfim
O verso quando muito ora traduz
O passo sem sentido em agonia
Ousando na verdade ser audaz
Acende esta esperança dentro da alma
E o mundo se anuncia em raro sonho
E quando deste sonho vejo enfim
Beleza que desta alma se traduz
Vencendo mais audaz, uma agonia...
908
Não quero que se cale dentro em nós
O todo quanto outrora fora além
De um mero caminhar e nada resta
Somente o quanto eu possa e sei que existe
O mundo na verdade não viera
Sequer saber da sorte mais audaz
O tanto que se mostre agora audaz
O tempo nega enfim o quanto em nós
Pudesse e com certeza não viera
Deixando esta alegria muito além
E sei do que pudesse e mais existe
Trazendo noutro rumo o que me resta.
A vida num espaço segue e resta
Errática verdade tão audaz
Que nada mais importa e sei que existe
Falando da esperança para nós
E sinto este momento muito além
Do todo que de fato inda viera.
O quanto na verdade inda viera
Gerado pela insânia que nos resta
Deixando o caminhar diverso além
Do tanto que pudera ser audaz
Marcando tão somente dentro em nós
O que ora se deseja e sei que existe.
O tanto na verdade que inda existe
E o passo no final, nada viera,
O verso ainda vivo dita em nós
O tanto que se tente e mesmo resta
Mostrando o quanto pude ser audaz,
Vivendo o que inda tenha e muito além...
Seguindo o quanto pude ser além
Ainda quando o fato sei que existe
O mundo sem sentido e mais audaz
Presume a sensação do que viera
E quando esta emoção no peito resta
O sonho inda vivesse agora em nós.
O tanto que entre nós se faz além
Do todo quando resta e mesmo existe
No fundo já viera, tanto audaz...
909
Jamais acreditei num só instante
Nas tramas que trouxeste de um passado
Aonde o que pudesse ser diverso
Encontre a solidão em novo engano
O mundo se anuncia em cada plano
E o peso de uma vida se faz rude,
O tempo se desenha e sendo rude
O quanto na verdade dita o instante
E sei do meu caminho em rude plano
Vagando sobre as ondas do passado.
E sei do que pudesse num engano
Viver este cenário tão diverso.
Meu mundo se mostrara ora diverso
E sei do que se faça agora rude,
O ledo caminhar ditando o engano
E nisto se anuncia neste instante
O tanto que pudesse do passado
Viver o quanto reste a cada plano,
O passo se desenha e neste plano
O mundo se fizera mais diverso
E sei do que procuro e no passado
O verso fora amargo e mesmo rude,
Agora o que renova neste instante
Depende do caminho feito engano.
O verso traduzisse novo engano
E sei do quanto possa neste plano
Viver a maravilha de um instante
A vida se resume em tom diverso
E o quanto se pudesse mesmo rude
Supera qualquer erro do passado,
O vento diz do quanto foi passado
E o medo não completa mais o engano
O preço a se pagar mesmo tão rude
Esconde no vazio um novo plano,
E sendo meu anseio mais diverso,
A solidão expressa cada instante
E sei do mero instante e de um passado
Aonde foi diverso o meu engano
E sei do velho plano amargo e rude...
910
Jamais ousei tentar nova emoção
Depois de tantos anos consumidos
Entranho nos vazios de minha alma
E bebo o que não possa e não devia,
O canto se transforma em desespero
E o verso não tem nexo ou solução
O tempo se renega e a solução
Transcende o quanto pude em e emoção
Marcando com terror e desespero
Os dias entre tantos consumidos,
No quanto mais pudesse e até devia
Trazer com mansidão dentro desta alma.
O medo na verdade tomando a alma
O peso de um sonhar sem solução
E o quanto na verdade inda devia
Mostrar numa delícia em emoção
Vagando entre caminhos consumidos,
E nisto o mais temível desespero...
O tanto que se faça em desespero
Gerasse esta expressão que animando alma
Dos tantos mil problemas consumidos
Encontra na verdade a solução
Nos ermos da loucura em emoção
Traçando muito além do que eu devia.
O tanto que portanto inda devia
Trazer além do mero desespero,
Com toda esta improvável emoção
O tempo se anuncia e tomando a alma
Encontra no final a solução
Nos passos entre enganos consumidos,
Os olhos buscam sonhos consumidos
E nisto cada farsa ora devia
Trazer no fundo apenas solução,
Mas sei do mais diverso desespero
E sendo tão diversa e trágica alma
O mundo sonegasse esta emoção.
O tanto em emoção diz consumidos
Momentos onde esta alma não devia
Traçar em desespero uma emoção...
911
Sonhando o quanto eu possa ser feliz
Vivendo cada instante de tal forma
Que a vida no final se transformasse
E nisto o quanto possa ser diverso
Do muito quando esta alma reluzisse
Traçando este infinito que hoje vejo,
O tanto que te quero e logo vejo
Moldando o quanto possa ser feliz
Gerando o que deveras reluzisse
E quando se imagina em justa forma
O todo tantas vezes mais diverso
Encontro o que decerto eu transformasse,
A luta quando muito transformasse
No tanto que sentisse e agora vejo,
Marcando com ternura o tom diverso
Do sonho mais sincero e mais feliz,
Grassando sobre a bela e nova forma
E nisto outro cenário reluzisse.
O mundo se traduz e reluzisse
Enquanto outro caminho transformasse
Deixando para trás a leda forma
De um tempo que deveras quando eu vejo
O tanto se pudesse ser feliz
Marcando este momento mais diverso,
O meu dia não seria tão diverso
O todo na verdade reluzisse
E toma o que de fato sei feliz
E nisto o tanto quanto transformasse
O mundo se desenha enquanto o vejo
E sei da solidão em rude forma,
O tempo toma logo a triste forma
Do que pudesse ser tanto diverso
E sei do quanto possa e quando o vejo
Traduz o todo enquanto reluzisse
Marcando o que de fato transformasse
A vida num momento mais feliz,
E sendo tão feliz na mansa forma
O todo transformasse em tom diverso
O quanto reluzisse e nada vejo.
912
O passo que se dera sem sentido
O verso muitas vezes não traria
Sequer o quanto a sorte ora moldasse
Tampouco este cenário sem proveito
O corte na raiz impede o passo
E o canto noutro instante; não mais ouço,
O tanto que se perca e quando eu ouço
Aguço na verdade este sentido
E vago sem temer que em novo passo
O sonho com firmeza em paz traria
O verso traz o todo em vão proveito
O mundo sem destino ora moldasse.
O canto que pudesse e não moldasse
O verso se mostrando enquanto eu ouço
O rumo se perdendo e do proveito
Que tanto poderia ser sentido,
O quanto no final já me traria
Esquece no caminho o velho passo,
O mundo sem destino enquanto passo
O verso que deveras se moldasse
Na luta quando a sorte me traria
O todo quando possa e jamais ouço
O vago caminhar já sem sentido
E o tempo renegando este proveito,
O tanto que pudera em tal proveito
O vento noutro tempo quando passo
Vagasse pelas hostes do sentido,
E o tanto na verdade se moldasse
Marcando o quanto possa e sei quando ouço
Dizendo da esperança que traria.
Meu sonho que deveras te traria
E nisto se presume algum proveito
Do mundo que desejo e sei que ora ouço
A sorte resumindo cada passo,
E nisto outro caminho se moldasse
Tomando com certeza este sentido.
Ousara ter sentido o que traria
Na sorte que moldasse este proveito
O vento quando eu passo, em paz eu ouço...
913
Não passa nem sequer pela cabeça
De quem se fez além de mero ocaso
O todo se expressando no que veja
A sorte sem caminho, mansamente,
O tempo noutro tanto diz do fato
Que possa e com certeza se faria,
Meu mundo na incerteza não faria
Sequer o quanto passe na cabeça
E vejo esta razão, diverso fato,
Que superando enfim qualquer ocaso,
Encontra este destino e mansamente
Expressa na verdade o que se veja.
O mundo se desenha e sei que veja
O todo noutro instante e assim faria
O vago deste sonho mansamente
Encarna o que se traga na cabeça,
O mundo se transforma num ocaso,
No passo que decerto dita o fato,
O mundo se presume e neste fato
O tanto que pudera e quando veja
Meu mundo na verdade dita ocaso,
E sei do quanto tente e assim faria
Vestígios do momento na cabeça
E bebo com certeza, mansamente.
O tanto que se faça mansamente,
O mundo noutro passo, mesmo fato,
O quanto se anuncia na cabeça
Vagando quando a sorte sempre veja
Pousando aonde o todo se faria,
E nisto o que se marca o velho ocaso.
O mundo se gestando neste ocaso
E sei do quanto pude mansamente
No todo que deveras se faria
O tanto quanto viva em claro fato,
O tempo na verdade que assim veja
O canto ao invadir minha cabeça,
A sorte na cabeça. Amor e ocaso,
O vento sempre veja mansamente
O quanto neste fato eu não faria...
914
Já não coubera ser o tão diverso
Que possa traduzir o mesmo engano
E nisto se reduz o quanto trago
Vagando sem poder sentir o vento
Que ronde novamente o quanto eu quis
E seja de tal forma necessário,
O mundo se mostrara necessário
E sei do quanto viva em tom diverso
Gerando na verdade o quanto quis
Marcando com ternura além do engano
O prazo desvairado sobre o vento
E a sólida expressão que tanto trago,
O marco mais audaz que agora trago
O tempo se moldara necessário
E sei do quanto possa exposto ao vento
Num ato tantas vezes mais diverso,
O mundo se mostrara e não me engano,
Encontro na verdade o quanto eu quis,
O quanto se mostrara no que eu quis
E o peso de um anseio quando o trago,
Marcando cada dia em rude engano
E sendo meu anseio necessário
O passo mesmo sendo mais diverso
Expressa o sentimento exposto ao vento,
E quando na verdade sei do vento
Que tanto noutro fato sei que quis,
O mundo se fizera mais diverso
Do sonho que deveras quero e trago,
Navego muito além do necessário,
E muito do caminho diz do engano.
O tempo na verdade dita o engano
E sei deste cenário exposto ao vento
E sei do meu anseio necessário
Trazendo no final o que eu mais quis
E sinto este delírio aonde trago
O passo que pudera mais diverso,
Sentindo este diverso e rude engano,
O tempo quando o trago expondo ao vento,
O todo que se quis foi necessário.
915
Gerando o que deveras poderia
Tramar noutro segundo a sorte em paz
E sei do quanto possa ser além
O todo que desejo neste instante
A farsa se moldara tão somente
Enquanto na verdade sigo só,
A luta se desenha quando só,
O tempo noutro fato poderia
Trazer o que se mostre ora somente
E deixe este caminho sempre em paz
O todo se moldara num instante
E o sonho não restara mais além,
O quanto se proponha ser além
E dito desta forma sigo só,
Vencido caminheiro num instante
Aonde o que se queira eu poderia
Trazer em sensação de imensa paz
E nisto ter minha alma tão somente.
O passo se anuncia e sei somente
Do tempo desairoso e sei além
Do verso mais suave e desta paz
Que trace na verdade o ser mais só
Que tanto quanto queira poderia
Viver a sensação de um raro instante,
A vida noutro passo, novo instante
O mundo se resume tão somente
No quanto sei que tente e poderia
Viver ou caminhar de fato além
Do todo que se fez audaz e só
Roubando desde sempre a minha paz...
O tempo que não trague mais a paz
O sonho se desdenha neste instante
E sei do quanto pude ser tão só
Vagando sem saber onde somente
A vida se mostrasse muito além
E nisto nada mais se poderia.
O verso poderia ter em paz
O quanto sempre além de mero instante
Tramasse tão somente o que foi só.
916
Ainda transformando o que se mostre
Na farsa mais audaz e mesmo rude
A luta se traduza no vazio
Amortalhado sonho se promete
Vagando entre montanhas, cordilheiras,
Na alpina sensação de liberdade,
Ao menos poderia em liberdade
Viver o que esta sorte já nos mostre
E sei do quanto em tantas cordilheiras
Terreno que se faz íngreme e rude
Aos poucos novo senso se promete
E gere uma ilusão deste vazio.
O tanto que pudesse ser vazio
O verso alçando a clara liberdade
E nisto o caminhar ora promete
O todo que deveras tanto mostre
Vagando sem temer o passo rude
Que enfrente as mais diversas cordilheiras,
Alçando muito além as cordilheiras,
O tempo se mostrasse mais vazio
E sei do quanto possa ser mais rude
Aquele que se dera em liberdade
E tanto que esta vida enfim me mostre
Expressa o que de fato se promete.
O mundo no final nada promete
Senão as mesmas velhas cordilheiras
E quando esta verdade enfim se mostre
Grassando sem limites o vazio
O todo se traduza em liberdade
E o passo que se veja seja rude,
O mundo tantas vezes sendo rude
Ao menos esperança em vão promete
E sei do quanto custe a liberdade
Envolta pelas belas cordilheiras
Deixando para trás este vazio
E tendo esta alegria que se mostre.
O mundo ora se mostre aonde rude
Pudesse no vazio e o fim promete,
Mas vejo em cordilheiras: LIBERDADE!
917
Não mais que meramente a vida trouxe
Um tempo aonde o todo pude ver
E sei do que deveras se anuncia
Marcando com ternura o que não vejo
O mundo noutra face se desnuda
E o lento caminhar nega o futuro,
A vida sem sentido e sem futuro,
O todo que decerto o nada trouxe
A sorte mais audaz, mesmo desnuda,
Meu passo no vazio eu pude ver
E sei do quanto tente e agora vejo
No encanto que se tenta e se anuncia,
A sorte noutro passo me anuncia
O todo que pudesse num futuro
Diverso do que eu tenha e mesmo vejo,
Marcando cada sonho que ora trouxe
Vestindo esta expressão e busco ver
A farsa que esperança ora desnuda.
A noite sem sentido ora desnuda,
O verso que pudera e me anuncia
O tanto que se queira mesmo ver
E nada da verdade sem futuro,
Vagando sem saber o que me trouxe
E apenas sem sentido agora eu vejo;
O todo desejado não mais vejo
Tampouco a luta atroz rude e desnuda
Enquanto o que deveras já nos trouxe
O fim dos sofrimentos anuncia
E o verso se desenha no futuro
Ainda me impedindo ora de ver,
O sonho se mostrara sempre ao ver
O passo que deveras quando o vejo
E sei do meu tormento em vão futuro
Encontro a ninfa bela já desnuda
E nisto o meu final ora anuncia
Negando qualquer sorte quando a trouxe,
O mundo sem sentido nada trouxe
E sigo sem caminho o quanto ao ver
Resume no que possa e se anuncia
Marcando com ternura o que ora vejo,
Minha alma se apresenta ora desnuda
E sei do meu anseio no futuro.
O quanto do futuro a vida trouxe
E nisto se desnuda e quero ver
E quando a luz eu vejo, te anuncia...
918
Não mais que tantos erros cometidos
Ou mesmo desenganos tão comuns,
Os olhos procurando algum descanso
Na luta costumeira dia a dia,
O verso se transforma e nada resta
Sequer o que pudesse ou mais teria,
A morte noutro tom já se teria
Enquanto os descaminhos cometidos
Tramassem com certeza o quanto resta
Envolto pelos dias tão comuns,
E sinto o quanto possa noutro dia
Viver esta emoção já sem descanso,
E nada do que possa ora descanso
E sinto o quanto resta e não teria
Marcando o que se tente neste dia
Ou mesmo entre os engodos cometidos
Os erros são deveras mais comuns
E nisto a solidão, ainda resta.
O tanto que pudera e sei que resta
Versando sobre o quanto ora descanso,
Navego por momentos tão comuns
E sigo na promessa que teria,
Em passos noutro rumo cometidos
E que isto ora preceda um novo dia.
O tanto se moldara a cada dia
E nada do meu mundo ainda resta
Gerando entre os diversos cometidos
Enganos o caminho sem descanso
E nele toda a sorte que eu teria
Expressa os desenredos tão comuns,
E sinto quanto possam ser comuns
Os erros que traduzem novo dia,
O canto que deveras eu teria
O mundo na verdade não mais resta
E sei do quanto possa e até descanso
Imerso nos enganos cometidos,
Delitos cometidos são comuns
E nisto sem descanso, a cada dia,
O sonho que inda resta eu não teria...
919
O tempo desenhasse sem sentido
O quanto pude crer e nada havia
A luta se desenha sem que eu possa
Trazer uma esperança a cada olhar,
No prazo que deveras determina
A sorte se fizera em vão lutar,
O tanto que inda possa hoje lutar
A senda sem caminho em vão sentido
O mundo sem descanso determina
O todo que deveras não havia
E eu deva com pureza neste olhar
Trazer o que esperança tente e possa,
A vida na verdade sempre possa
Vencer o quanto teime no lutar
E singre no infinito cada olhar
Em rara tempestade, amor sentido,
O prazo não soubera nem havia
Enquanto a solidão não determina.
O mundo traz a luz e determina
O quanto mais tentasse e sei que possa
Vestindo toda a sorte que ainda havia
E nisto se presume o meu lutar
Que possa com certeza num sentido
Tramar o que deseje cada olhar,
O tanto que pudera enfim olhar
Enquanto este horizonte determina
O mundo noutro tom, raro sentido,
E o verso com certeza também possa
Tramar o que desejo e no lutar
Mostrasse o quanto reste e mesmo havia,
A luta na verdade não havia
E nisto se aproxime o belo olhar
Atado no que eu possa em vão lutar
O sonho mais audaz já determina
O risco sem proveito que se possa
Trazer desta emoção frágil sentido.
E tendo esse sentido nada havia
Senão o quanto possa em teu olhar
E a vida determina o vão lutar...
920
O prazo se traduza em derrocada
E o medo configure o verso em vão
Ainda se presume a dimensão
Do quanto se tentara em noite mansa,
A vida na verdade não alcança
Seguindo o farto pó na velha estrada,
O manto que cobrisse a nossa estrada
O tempo na mais rude derrocada
Enquanto a solidão agora alcança
Quem tanto poderia estar em vão,
No sonho quando a vida fora mansa
Perdendo a mais completa dimensão.
O fato que pudesse em dimensão
Trazer a minha luta em nova estrada
A sorte desejada bem mais mansa
E o prazo determina a derrocada
De quem se fez agora e sempre em vão
Enquanto a solidão diversa alcança,
O todo noutro encanto a sorte alcança
Marcando o quanto possa em dimensão
Diversa da que trague mesmo em vão
O sonho de viver a bela estrada
Que seja muito além da derrocada
A vida mais sutil decerto mansa.
O tanto que se faça sempre mansa
Jamais esta emoção no fim alcança
Quem sabe da diversa derrocada
E bebe da sofrível dimensão
Do quanto se desenha nesta estrada
Marcada pela angústia sempre em vão.
O mundo se apresente e seja vão
O todo que se farta desta mansa
Vontade que desfio nesta estrada
E o nada na verdade agora alcança
O preço toma nova dimensão
Gerando tão somente a derrocada.
A cada derrocada o tempo é vão
E segue a dimensão suave e mansa
Que sempre enfim alcança a mesma estrada.
921
Aonde se pudesse ser feliz
O tempo não traria qualquer sonho
E sei da realidade que desdiz
O todo que de fato te proponho,
Vestígio da esperança a cicatriz
Transforma o dia a dia mais bisonho,
E sei do meu caminho tão bisonho
Aonde se pudesse ser feliz
Grassando sobre a velha cicatriz
Ainda sem sentido algum eu sonho
E o tanto quanto possa e te proponho
A vida noutro instante contradiz.
O mundo sem saber já contradiz
O todo que se faça mais bisonho
E nada do que tente ou mais proponho
Marcando o quanto tente ser feliz
Gerasse tão somente um manso sonho
E dele nova face em cicatriz,
Enfrento deste engodo, cicatriz,
Enquanto o dia a dia contradiz
O fato que deveras dita o sonho,
E sei do meu anseio mais bisonho
Tentara pelo menos ser feliz
E um canto noutro enredo ora proponho.
O todo sem sentido que proponho,
A sorte derramada em cicatriz,
O passo de quem tente ser feliz
E o verso na verdade contradiz,
O tempo se mostrara mais bisonho
Negando com certeza o próprio sonho,
E quando tão incauto, eu mesmo sonho
E busco o que deveras te proponho,
O passo tantas vezes tão bisonho
Encontra o que se faça em cicatriz
E a vida noutro passo contradiz
O que pudera ser bem mais feliz.
E quando ser feliz se fez em sonho,
O quanto contradiz o que proponho,
Expressa a cicatriz de um ser bisonho...
922
Marcasse com ternura o que não veio
E nisto o meu caminho se faz rude,
A vida tanto agrada quanto ilude,
E gera na verdade este receio,
O mundo se traduza em atitude
E siga seu caminho atroz e alheio,
O tanto que pudesse estando alheio
Ao que deveras quis e nunca veio
Moldando com temor esta atitude
E faça do meu passo mesmo rude
O quanto na verdade ora receio
E sinta sem temor o quanto ilude.
A sorte quantas vezes já me ilude
E sei do dia a dia e sigo alheio
Ao quanto poderia em vão receio
Seguindo a velha rota, triste veio,
E nele o que se faça em tom mais rude
Presume a solidão nesta atitude...
Somando cada passo em atitude
Diversa da que agora enfim ilude
E nisto o caminhar diverso e rude
Encontra o coração ausente a alheio
Tomado pelo medo quando veio
Trazendo na bagagem tal receio,
O mundo se transforma e assim receio
A luta que se tome em atitude
Diversa da que possa e mesmo veio
No engodo quando tanto nos ilude,
O mundo se mostrara mais alheio
E nisto com certeza sou mais rude,
O tempo se transforma e sendo rude,
Apenas o vazio ora receio,
E tanto que pudera ser alheio
Ao quanto se mostrasse em atitude
O verso na verdade nos ilude
E marca com ternura o velho veio.
E sinto neste veio, mesmo rude,
O que ora nos ilude, sem receio,
O mundo em atitude segue alheio...
923
Ainda sem saber do que viria
Ou mesmo da palavra quando empenho,
O tempo sem sentido de onde eu venho
Expressa a mais diversa fantasia,
E sei do caminhar duro e ferrenho
Nas tramas desta tosca alegoria,
O quanto desenhasse a alegoria
E o todo no final não mais viria
Marcando com firmeza o ser ferrenho
Gerado pela vida em duro empenho
Moldando desde quando fantasia
O todo que pudesse de onde eu venho,
O marco traduzindo o quanto venho
Trazendo na vontade, a alegoria,
Que a vida sem defesas fantasia
E gera este cenário onde viria,
O todo se transforma neste empenho
Gerando o descaminho mais ferrenho,
O passo que pudesse ser ferrenho
Traduz a sensação que enfrento e venho
Gerando na verdade o tolo empenho
Que possa se além da alegoria
E nisto cada passo enfim viria
Marcando o quanto reste em fantasia.
O mundo na verdade fantasia
O ser ou mesmo o dia mais ferrenho
E nada da incerteza que viria
Tramasse a solidão enquanto eu venho,
Trazendo neste olhar a alegoria
E tanto quanto possa em vão me empenho.
A sólida expressão traduz o empenho
Enquanto se regasse a fantasia
Gerando no canteiro a alegoria
Moldando este momento mais ferrenho
E tanto quanto possa sempre venho
Ou sei que na verdade até viria.
O tanto que viria neste empenho
Traduz o quanto venho em fantasia
No sonho mais ferrenho, a alegoria...
924
Ainda quando a sorte se desnude
E tantas vezes chegue sem cuidado
O tempo novamente está nublado
E sinto o quanto a vida mesmo mude
Poupando cada anseio na verdade
Encontro no final a liberdade.
Ainda quando busque a liberdade
Que esta alma num momento já desnude
O quanto poderia na verdade
Vencer o mundo atroz e sem cuidado
E quando esta expressão deveras mude
O sonho não seria enfim nublado,
Meu verso se mostrara então nublado
E tanto quanto tive em liberdade
O passo que se tente e mesmo mude
Gerando o quanto em medo ora desnude
O todo que pudera ser cuidado
Nas tramas mais audazes da verdade.
O sonho muito além desta verdade
Encontra o meu caminho ora nublado
E vejo na verdade o mal cuidado
Cenário que roubasse a liberdade
E tanta solidão que se desnude
Enquanto com certeza nada mude...
O verso que por certo tudo mude
O sonho de viver plena verdade,
O mundo que se mostre e se desnude
O céu amanhecera então nublado
E bebo da diversa liberdade
Que trame a cada dia este cuidado.
O mundo na esperança ao ser cuidado
Expressa o que pudesse e mesmo mude
Gerando dentro da alma a liberdade
Que trame com certeza esta verdade
E nisso mesmo quanto tão nublado
O sonho sem temores se desnude...
O tanto se desnude e, se cuidado,
Não deixa o céu nublado e tudo mude,
Trazendo da verdade a liberdade...
925
O medo não traria qualquer luz
A quem se desejasse sem temores
E sei dos meus caminhos e pudores
Amores quando a sorte não seduz
E bebo o que deveras me conduz
Matando em nascedouro tantas flores.
Ainda vicejassem raras flores
E o passo resumido além da luz
Marcando o quanto possa e me conduz
Ao tanto que vivesse sem temores.
O mundo que se mostra e nos seduz
Expressa a maravilha em seus pudores.
O tanto desenhado em meus pudores
O verso traduzindo as raras flores
Que o prazo na verdade me seduz,
Vivendo a fantasia desta luz
No quanto se presumem os temores
Ao paraíso em vida me conduz.
Não tema o que de fato me conduz
Nem mesmo se deixassem os pudores
Marcando com terror velhos temores
E nisto se buscassem novas flores
Enquanto se fartando desta luz
O sonho mais brilhante já seduz,
O tanto que se possa e nos seduz,
O verso quando o fato nos conduz
Gerando a cada dia a imensa luz
E nisto sem sequer falsos pudores,
Vagando nos jardins, divinas flores,
Deixasse no passado os meu temores.
O tanto que se molde nos temores
Enquanto o canto atroz tanto seduz,
Marcando os meus anseios nestas flores
E sei do que pudesse e nos conduz
Ao sonho feito além destes pudores
Trazendo com certeza a rara luz,
O mundo nesta luz e sem temores
Vagando sem pudores me seduz
Enquanto amor conduz cevando flores...
926
Ouvindo o murmurar do imenso sonho
Qual fosse algum marulho, em noite clara,
A lua tão somente se declara
Ao quanto delicia o imenso mar,
Cenário e nele vejo o mais complexo
Momento aonde possa delirar.
E sinto meu caminho e ao delirar
Presumo esta presença feita em sonho,
E vivo deste encanto tão complexo
Que possa traduzir a sorte clara
Enquanto mergulhasse no teu mar
O mais sublime encanto se declara,
O verso mais audaz busca e declara
A fonte que me faça delirar,
No todo se envolvendo o belo mar
Que trace cada cena deste sonho,
E quando a vida molda a sorte clara,
O todo se transforma em tom complexo,
Mosaico que se faz ora complexo,
O amor quando decerto se declara
Expressa esta emoção superna e clara
Fazendo um bardo apenas delirar,
E sei do quanto siga neste sonho
Vagando sem cansaço em pleno mar,
O tanto que se busque neste mar
Ousando ser deveras mais complexo
Expressa e realiza cada sonho
Enquanto esta emoção já se declara
Pudesse nos fazer, pois, delirar.
Na noite mais sutil sublime e clara,
Enquanto se transforma em bela e clara
A lua se entregando inteira ao mar,
Errático caminho a delirar
Num ato tão divino e mais complexo
Meu verso enamorado se declara
E traz à realidade o belo sonho.
E quando neste sonho a sorte é clara
O quanto se declara e traça um mar
Tomado num complexo delirar...
927
Já não mais caberia qualquer medo
Tampouco esta ilusão que me devora
Somente o que se tente e se perceba
Na sorte mais diversa e mais tenaz
Ainda que meu passo siga aquém
Presumo no futuro tanto brilho,
E quando na verdade sei que brilho
Ousando quando o tempo trague o medo,
O tanto que pudera ou mesmo aquém
Num fato mais sublime já devora
Meu mundo que pudesse mais tenaz
Vencer o quanto resta e enfim perceba,
Ainda que esta sorte ora perceba
E nela o quanto pude trame o brilho
Do todo sem limites e tenaz
Grassando sobre angústias, venço o medo,
E tanto que pudesse o que devora
Expressa esta vontade, mesmo aquém,
E o fato traduzindo o mundo aquém
Do quanto poderia e se perceba,
A luta noutro ponto me devora
E a noite turbulenta nega o brilho,
Enquanto o que pudesse sem ter medo
Ainda se mostrasse mais tenaz.
O mundo se anuncia onde tenaz
Pudesse caminhar e mesmo aquém
Do quanto se desdenha em rude medo,
E nada do que possa se perceba,
Vagando com a sorte quando eu brilho
No tempo que decerto me devora,
Ausente dos meus olhos já devora
O prazo que pudesse ser tenaz
O tanto na expressão de farto brilho
Agora se resume muito aquém
Do quanto se deseja e não perceba
Quem segue o dia a dia feito em medo.
928
Não quero acreditar no inverossímil
Cenário que constróis quando desarmas
As almas entre pedras e cascalhos,
Os dias turbulentos e ferozes,
As ânsias são chacais e me devoram
Deixando rastros rudes neste prado,
O tanto se fizera e invado o prado,
Sabendo ser o verso inverossímil
E os ermos da esperança nos devoram
Enquanto na verdade não desarmas
Os passos mais atrozes e ferozes.
Invadem tais caminhos em cascalhos,
O quanto poderiam os cascalhos
Vencendo o que se faça em claro prado
O mundo traz em dias mais ferozes
O canto tanto quanto inverossímil
E sigo os caminhares e desarmas
Os sonhos quando muito nos devoram,
Ainda restem sombras e devoram
O velho sonhador entre os cascalhos
E sei do quanto possa e não desarmas
Deixando sem defesas este prado,
O tempo mais audaz e inverossímil
Expressa dias torpes e ferozes,
Os sonhos que se fazem mais ferozes
Os ermos trazem erros e devoram
Traçando este cenário inverossímil,
E sigo sempre além destes cascalhos
E sei do meu anseio em pleno prado
Enquanto uma ilusão já não desarmas.
O tanto sem destino ora desarmas
E sigo dias rudes e ferozes
Deixando no passado o velho prado
Enquanto ledos sonhos se devoram,
Os dias entre pedras e cascalhos,
Num mundo que se fez inverossímil.
O tanto inverossímil não desarmas
E geras dos cascalhos os ferozes
Cenários que devoram neste prado...
929
Jamais se tentaria nova sorte
Nem mesmo poderia acreditar
Nas tramas do que possa e me conforte
Ou mesmo nesta angústia em pleno mar
O vento se fazendo bem mais forte,
Só resta na verdade o naufragar.
Meu sonho tantas vezes, naufragar,
E sei que na verdade sem tal sorte
O mundo que pudesse ser mais forte
Já não devia mesmo acreditar
Nos ermos de quem busca e se conforte
Gerando da esperança um verde mar,
O quanto se entranhasse neste mar
O tanto que pudera naufragar
Ousando no caminho onde conforte,
O verso se anuncia de tal sorte
Que mesmo quando possa acreditar
A luta se mostrasse audaz e forte,
Deixando sobre o solo o velho forte,
Agora se invadindo pelo mar
O passo que pudesse acreditar
Expresse na verdade o naufragar
Do quanto se queria em clara sorte,
Porém não vejo nada que conforte.
O tanto sem sentido não conforte
E sei do caminhar atroz e forte
Marcando com terror a nossa sorte
E nisso quando vejo além o mar
O tempo se desenha a naufragar
O quanto eu deveria acreditar...
O mundo não pudesse acreditar
Nas tantas ilusões do que conforte
A senda que se mostre a naufragar
O todo que demonstre ser mais forte,
E sigo as derrocadas deste mar
No tanto que renegue a própria sorte.
A vida de tal sorte, a acreditar,
Nas ânsias deste mar onde conforte
Num vento tão mais forte o naufragar...
930
O mundo se transforma noutra face
E gera o quanto tento não mais ver
E sinto na verdade algum prazer
Enquanto esta emoção me dominasse,
Porém ao vislumbrar a solidão,
Meu tempo não se faça tanto em vão.
O verso desenhado neste vão
A sólida expressão moldando a face
Deixando no passado a solidão
E nisto cada passo venha ver
O quanto desta sorte dominasse
Marcando com ternura algum prazer.
Não sei do que pudesse em teu prazer
Saber das horas tantas que já vão
Enquanto o que deveras dominasse
Tramasse o quanto vejo em tua face
Marcando o que se mostre e possa ver
Além da mais sofrível solidão,
O canto se anuncia em solidão
E o mundo renegasse algum prazer
Enquanto no final sem nada ver
Ousasse acreditar no imenso vão
Tomando cada sulco desta face
Aonde o que passou já dominasse,
E tanto o quanto quero e dominasse
O verso na mais rude solidão
O ledo desenhar em rubra face
O mundo sem sentido e sem prazer,
Um canto tantas vezes sei que vão,
E o tempo que pudera em paz já ver,
O quanto se anuncia e possa ver
Ou mesmo na verdade dominasse
O tanto se mostrando agora em vão,
Tramando no final a solidão,
E nisto procurasse por prazer
Mostrando com rudez esta outra face,
O tempo nesta face eu possa ver
E nisto algum prazer me dominasse,
Porém em solidão é tudo em vão...
931
Jamais se acreditasse neste engodo
Marcando nossa vida a cada instante
E sei do quanto possa noutro passo
Vagar sem mais temer qualquer anseio
E vejo o sonho feito em noite clara
Qual fosse a redenção e nada mais,
Pousando neste instante sempre a mais
Do quanto fosse outrora um torpe engodo,
A vida noutro tempo se faz clara
E gera o quanto possa num instante
Marcando o que deveras mais anseio
Traçando com ternura cada passo,
O verso tão somente dita o passo
Do tanto que pudera sempre a mais
Viver o que se busque neste anseio
E trame com certeza e sem engodo
O mundo desenhado num instante
Na sorte mais audaz, e mesmo clara,
A luta sem temores se faz clara
E o quanto noutro tempo dite o passo
Tornando o que se mostre neste instante
O todo desejado e muito mais,
O verso se anuncia e sem engodo
Ousasse na verdade o quanto anseio,
E busco este cenário enquanto anseio
A vida noutra face bem mais clara
E sinto superado algum engodo
E nada do que tente mesmo eu passo,
Vagando aonde possa sempre mais
Viver a maravilha de um instante.
O canto se anuncia e neste instante
A luta se resume noutro anseio
E sinto o quanto posa e muito mais
Traçando a noite imensa, bela e clara,
E tramo com certeza a cada passo
O mundo sem temores nem engodo.
A vida sem engodo num instante
Expressa a cada passo o quanto anseio
E sendo a sorte clara eu quero mais...
932
Meu mundo se desenha de tal forma
Que nada impediria o quanto quero
Vestígio de um passado rude e fero,
A vida noutro instante se transforma
Inebriado vivo cada fato
No sonho que deveras eu constato,
Amor que traduzisse o que constato
Gerando o quanto possa nesta forma
E tento desvendar supremo fato
Enquanto se anuncia o quanto quero,
A vida se desenha e se transforma
Marcando este caminho mesmo fero.
O medo se traduz e sei que é fero
O tanto que deveras eu constato,
A senda audaciosa se transforma
E toma do infinito a própria forma
E nesta fantasia o quanto quero
Expressa o que se veja neste fato.
Ainda que se veja em novo fato
O tanto do passado bem mais fero
Amplio na verdade o quanto quero
E sei do novo passo e já constato
O mundo de tal sorte em bela forma
Enquanto o dia a dia nos transforma.
O tanto que esperança nos transforma
E gera da expressão sobeja o fato
Vivendo sem temor o que se forma
No rastro de um caminho torpe e fero,
O amor que mais anseio ora constato
E nisto se traduz tudo o que quero,
O verso mais audaz ditando quero
Ousando acreditar no que transforma
E sei da maravilha onde constato
O mundo com beleza em claro fato
E sei do meu passado rude e fero,
Sinceramente ausente gosto e forma...
O tanto que se forma e não mais quero
O mundo sendo fero nos transforma
E o tempo em ledo fato ora constato.
933
Jamais se perde quem deseja o sonho
Vagando pelas noites mais audazes
E sei do quanto possa em claridade
Vestir esta emoção que nos transforme
E sigo a sensação do quanto dite
O mundo sem temores noutra senda,
A vida na verdade não desvenda
Sequer o que pudesse enquanto sonho
E mesmo quando a sorte trace e dite
O todo se desenha em claridade
E o passo que deveras nos transforme
Expressa tons suaves, mas audazes,
E sei dos dias claros tanto audazes
Enquanto na verdade se desvenda
O todo que pudesse e nos transforme
Marcando este detalhe dito sonho,
E vejo no final a claridade
Que toda esta vontade sempre dite,
O mundo com certeza apenas dite,
Embora sentimentos tão audazes
Trazendo o quanto possa em claridade
Enquanto o dia a dia se desvenda
Marcando com ternura o quanto sonho
E nisto tão somente nos transforme,
O mundo que se veja e já transforme
O todo que pudesse e quando dite
O tempo navegando além do sonho
Os dias tão macios quanto audazes,
Vestindo o quanto possa e se desvenda
Vivendo na mais farta claridade.
O passo que resuma em claridade
Meu mundo quando a sorte nos transforme
Sabendo da esperança que desvenda
O tanto que se queira e a sorte dite,
Marcando dias claros tão audazes
Nas claras impressões de cada sonho,
E sei do quanto sonho em claridade
Os passos são audazes. Já transforme
A vida quando dite a claridade.
934
Não mais que meramente fomos tanto
E sei quanto se tente acreditar
Nas sortes mais diversas num luar
Vagando sem saber sequer o quanto
Pudesse noutro fato traduzir
O amor que não consigo repartir.
A luta se moldasse a repartir
O todo num momento feito em tanto
Caminho no cenário a traduzir
O que jamais pudesse acreditar,
No tempo desenhando o como e o quanto
Entranho noites claras de luar.
O mundo se anuncia e no luar
O brilho que pudera repartir
Gerando desta sorte o muito e o quanto
Ousasse na verdade ser no tanto
Que possa com certeza acreditar
E mesmo noutro instante traduzir,
O verso que pudera traduzir
As redes maviosas de um luar,
O quanto se permite acreditar
No tanto que pudesse repartir
Gerando desde sempre neste tanto
O mundo que desejo tanto e quanto.
O passo se fizera audaz e quanto
Aos sonhos na verdade o traduzir
Expressa o que se mostre noutro tanto
Reinando sobre nós este luar,
O mundo se moldara a repartir
Além do que pudesse acreditar.
Agora me bastasse acreditar
Nas tramas que decidam neste quanto
O dia mais tranquilo repartir
Ou mesmo noutro instante traduzir
Nas teias mais sublimes do luar
O amor que se quisera sempre e tanto,
O mundo neste tanto acreditar
Trouxesse no luar tão belo quanto
O sonho a traduzir e repartir...
935
Jamais se imaginasse nova sorte
Aonde o que se fez não caberia
O mundo na verdade não me traz
Sequer o quanto possa nesta senda
E vejo em minha sanha a solidão
Que molde cada verso no vazio,
Sabendo do meu sonho tão vazio
E o nada que domina inteira a sorte
O todo se expressando em solidão
Aonde na verdade caberia
Ao menos a certeza de outra senda
Que a vida tão teimosa ora nos traz,
O quanto deste encanto o sonho traz
Embora siga mesmo tão vazio,
A luta transformando toda a senda
Raiando muito além da própria sorte
O quanto na verdade caberia
Tramando este caminho em solidão,
A vida noutro passo, solidão,
O verso se mostrara no que me traz
E vejo o que de fato caberia
Traçando no final este vazio
Que possa me trazer em rude sorte
O quanto destroçasse toda a senda.
O mundo noutro rumo, velha senda,
O passo rumo à farta solidão,
Meu canto na verdade sem tal sorte
Apenas no final torpe me traz
O quanto anunciasse no vazio
E aquém do sonho nada caberia,
O tanto se mostrasse e caberia
Ainda que se veja em rude senda
O passo sem sentido no vazio
O canto na mais rude solidão
E o verso que deveras já se traz
Moldando no temor a dura sorte,
E vendo quanto a sorte caberia
No sonho que me traz a leda senda,
E desta solidão, bebo o vazio...
936
O mundo não trouxera a paz que um dia
Eu tanto procurara e não viera
Sentado sem saber o que fazer
Apenas esperando a minha queda
O fato se repete neste instante
Um ermo caminhar duro e constante.
Ainda se mostrando tão constante
A vida se moldando dia a dia
No tanto que pudera noutro instante
Decerto já percebo, não viera,
O mundo se anuncia em plena queda
E o rastro deixa atrás o que fazer,
O tanto que pudesse ora fazer
O verso mais audaz, porém constante,
O mundo na incerteza desta queda
O passo que pudera noutro dia
Tramar o que de fato se viera
Trouxesse a solidão num claro instante.
O tempo se desenha neste instante
Deixando para trás o que fazer
E sei da sensação que já viera
Marcando em passo firme e mais constante
O tanto que se possa neste dia
Além do quanto vejo em rude queda,
A sorte se propaga e nesta queda
O mundo se traduz e num instante
Gerando o quanto possa a cada dia
Mostrando o que pudera hoje fazer
Encontra este caminho e mais constante
A luta com certeza não viera,
O tanto que se tente e até viera
Ao presumir enfim a rude queda
Mostrando o quanto possa ser constante
Depois do que se faça num instante
Marcando o quanto pude ora fazer
Grassando na verdade novo dia.
E quando novo dia enfim viera
O todo a se fazer expresse a queda
Que possa além do instante ser constante...
937
Não vejo a minha luz e nem talvez
Pousasse nas entranhas da ilusão,
Meu verso se perdendo sem sentido
O canto noutro fato resumido
E o medo se anuncia desde então
Gerando a mais completa estupidez...
O tanto que se diz estupidez
Grassando cada face do talvez,
Marcando o meu caminho desde então
Gerindo o que pudera esta ilusão,
E o prazo noutro ocaso resumido
Tornando a própria vida sem sentido,
O quanto se anuncia em tal sentido,
O mundo na mais vaga estupidez
O passo noutro encanto resumido
A vida sem proveito e nem talvez
O tanto que faça em ilusão
Mostrando cada engano desde então...
O mundo se moldara sempre e então
O tempo na verdade sem sentido,
O vago caminhar nesta ilusão
Marcada por temida estupidez
Gerasse o que pudesse até talvez
Traçar outro caminho resumido.
O mundo no que possa resumido,
O medo se tramando desde então
O luta sem proveito onde talvez
Ainda se conceba algum sentido
O mundo na completa estupidez
Expressa o que se faça em ilusão,
Meu tempo se perdendo na ilusão
Do quanto no passado resumido
Tocado pela rude estupidez
E nisto se mostrasse desde então
O canto que tentasse ser sentido
Marcando pela angústia do talvez,
O marca desta sorte e do talvez
Grassasse o que pudesse esta ilusão
E noutro delirar o meu sentido
Havendo cada passo resumido
Nos termos que tentasse desde então
Tramar com mais completa estupidez,
A tanta estupidez que do talvez
Encontre sempre então esta ilusão
No fato resumido, e sem sentido...
938
O tempo não se deixa confundir
E sei do que passou e não viera
Ainda se percebe o precedente
Marcando violenta e bruscamente
O passo sem um norte mais audaz,
Deixando todo o sonho sempre atrás,
O quanto poderia e vivo atrás
Do tempo noutro tanto a confundir
O verso mais sublime e sei audaz
Ditando o que de fato não viera
Marcando o que possa bruscamente
Encontra no vazio um precedente,
O tanto se mostrara em precedente
Deixando meu anseio sempre atrás
Da luta que se veja bruscamente
E tente na verdade confundir
O passo que pudesse e não viera
Ainda quanto fosse mais audaz,
O todo se desenha sempre audaz
E nisto raro amor, sem precedente,
Gerando desde quando ora viera
O tempo que deixara muito atrás
No tanto quanto possa confundir
O mundo desabando bruscamente,
O todo se anuncia e bruscamente
Ousasse com certeza ser audaz
E o prazo principia a confundir
Quem tanto se deseja em precedente
Diverso do que tanto corre atrás
E beba da incerteza que viera,
O passo noutro ritmo já viera
Freando a minha vida bruscamente
E o quanto se ficara logo atrás
Moldando o quanto pude ser audaz,
E tanto se mostrara o precedente
Que trame minha vida a confundir,
O quanto confundir sempre viera
Marcante o precedente e, bruscamente,
O sonho mais audaz seguindo atrás...
939
Não tendo a menor sorte não se vira
O tempo mais audaz e mesmo enquanto
A luta se anuncia num tom brando
O mundo desabando tudo nega,
E sei da solidão que se fizera
Na espera de um momento mais tranquilo,
Querendo pelo menos um tranquilo
Caminho que pudesse e quando o vira
Expressaria tudo o que fizera
Deixando para trás o tempo enquanto
Meu verso na verdade nada nega
Ou mostre este caminho bem mais brando,
Meu sonho que pudesse ser tão brando
Ou mesmo algum instante mais tranquilo,
O tanto que se busque e a vida nega
Ainda quando além do sonho eu vira
Marcasse meu caminho e sinto enquanto
A sorte noutro tom já se fizera,
O quanto da esperança se fizera
Num dia mais suave e sendo brando
O coração de quem se traga enquanto
O todo se desenhe mais tranquilo
O mundo que deveras mesmo vira
A sordidez agora também nega...
O todo sem desvios não se nega
E sei do quanto a vida já fizera
Marcando o quanto possa e mesmo vira
Ousando neste instante em tom mais brando
O quanto se fizera mais tranquilo
Expressa o que se queira, por enquanto,
E mesmo que se veja e sinta enquanto
A vida noutro fato jamais nega
O mundo se desenha tão tranquilo
E nisto a solidão tanto fizera
Marcando o que se queira ser mais brando
Com toda esta expressa que em luta eu vira.
E sei do quanto vira e por enquanto
O tempo sendo brando não se nega
E disto se fizera mais tranquilo...
940
Num ato tanto insano quanto audaz
A sorte se fizera mais cruel
E o passo noutro instante se moldando
Restasse sem sentido nalgum canto,
O mundo se aproxima e dita a sorte
Que tanto noutro passo não pudera.
O quanto sem defesas eu pudera
Ainda quando seja mais audaz
Traçar este momento aonde a sorte
Se mostre com certeza mais cruel,
O todo se anuncia em rude canto
E o peso de uma vida nos moldando,
A luta que se tente ora moldando
O verso que bem sei tanto pudera
No marco quando toma inteiro o canto
O prazo tantas vezes mais audaz,
E o verso sem sentido ou tão cruel
Tomando num instante a nossa sorte,
O mundo se anuncia em rude sorte
E vejo o quanto possa ora moldando
Trazendo o dia a dia mais cruel
E nisto outro caminho não pudera
Depois do que se fez atroz e audaz
Ao menos viveria um novo canto.
O marco desenhado neste canto
O prazo determina a melhor sorte
E sei do caminhar bem mais audaz
Que possa noutro instante nos moldando
Gerar além do todo que pudera
Um mundo com certeza mais cruel,
O tanto se fizera tão cruel
E disto se espalhando em todo canto
Tramasse com certeza o que pudera
No tempo mais dorido em rude sorte,
E nessa solidão já me moldando
Tentando na verdade ser audaz,
O passo mais audaz e sei cruel
Aos poucos já moldando noutro canto
O quanto nesta sorte enfim pudera...
941
No tanto que pudesse cada sonho
Trazer esta alegria sem limites
Expresso o quanto busco e quero a mais
Do encanto feito em clara maravilha
O verso quando ecoa em alegria
Crisálida conhece a liberdade,
E o tanto se desenha em liberdade
Enquanto na verdade rege o sonho
Ousando crer além nesta alegria
Que segue sem saber quaisquer limites
Na vida quando a mesma maravilha
O todo que se faça sempre a mais,
O passo se desenha e quero mais
Na sensação divina, em liberdade,
Vagando pelo espaço em maravilha
Trazendo com certeza o belo sonho
E sei quando seguindo além-limites
Ousando perceber farta alegria,
O tanto que se mostre em alegria,
O canto nos redime e traz bem mais
Do encanto que sublime e sem limites
Invade sem temores, liberdade,
Pousando no que possa nosso sonho
Moldar esta suprema maravilha,
E quando ao ver mais perto a maravilha
Dos olhos onde eclode esta alegria
O mundo se desenha e nisto sonho
Tentando com certeza sempre mais
E vejo na expressão da liberdade
Um mundo que não veja mais limites,
E tanto se percebe sem limites
O fato que decerto maravilha
A vida feita em plena liberdade
E nisto trace sempre esta alegria
Marcando o quanto possa e muito mais
No encanto que se traduza cada sonho,
E quando agora sonho os meus limites
Deveras são bem mais que a maravilha
Ditando esta alegria em liberdade!
942
O quanto da esperança me traria
O tempo mais feliz e mesmo possa
Traçar esta vontade que pondera
E gera a face clara em passo pleno,
Ousando muito além do que se tente
O mundo se mostrara mais suave,
O canto se moldasse mais suave
E toda esta certeza já traria
O quanto noutro passo a vida tente
Marcando com brandura o quanto possa
Vivendo o que se mostre sempre pleno
E nisto outro cenário a paz pondera,
Meu verso que esperança em si pondera
A trama mais audaz e mais suave
O verso noutro fato sempre pleno
E o quanto da verdade me traria
Enquanto esta certeza agora possa
Viver o que se busque e mesmo tente.
Nas tantas emoções que a sorte tente
E o passo sem temores já pondera
O verso na verdade sempre possa
Trazer o quanto seja em paz suave
O mundo num instante me traria
Um tempo sem temores, vivo e pleno,
O quanto se desenha em passo pleno
O prazo aonde a paz a vida tente
Marcando o que se trama e me traria
O tanto quanto a vida ora pondera
Marcando com a sorte mais suave
O sonho que em verdade agora eu possa.
A luta de tal forma já não possa
Vencer o desafeto rude e pleno
E quando se buscasse ser suave
Ou mesmo noutro instante o rumo tente
O verso que deveras já pondera
A paz em plenitude me traria,
E sei que me traria o que não possa
E quando se pondera seja pleno
O todo que se tente em tom suave...
943
Não mais que mero sonho se desenha
Na face tatuada da esperança
Que tanto audaciosa e rude mostra
O quanto no final não valeria,
Pousando no infinito a vastidão
Do sonho libertário nos conquista,
A vida que tramasse esta conquista
Neste momento além busca e desenha
O todo nesta rara vastidão
E nisto se traduza esta esperança
Que a vida noutro tom não valeria
Sequer o que deseja e mesmo mostra,
O passo na verdade tanto mostra
O que se desenhasse em vã conquista
O prazo no final não valeria
E o quanto se deseja ora desenha
Marcando com terror esta esperança
Que trame noutro rumo a vastidão,
O tanto que pudera em vastidão
O tempo se transforma e tanto mostra
O quanto se resume da esperança
E nisto o dia a dia nos conquista
Enquanto a sorte imensa se desenha
Vencendo o que de fato valeria,
O passo no final não valeria
Tampouco o que se tente em vastidão
O mundo na verdade se desenha
Ousando na expressão que a vida mostra
E sendo assim o tempo se conquista
Gerando inutilmente uma esperança;
A luta se anuncia e da esperança
Apenas o que vejo e valeria
Tramasse nas entranhas da conquista
O quanto se anuncia em vastidão
E a vida sem defesas já se mostra
A trama que decerto ora desenha,
A luta não desenha esta esperança
E segue nesta mostra e valeria
Em plena vastidão, nova conquista...
944
O prazo determina o que se tente
E nada mais pudesse e sei que assim
Presumo nova sorte nos rondando
Num dia que se fez atroz e rude,
Ainda se desfaça a farsa quando
O tempo noutro rumo se trouxera.
O mundo de tal forma me trouxera
O quanto noutro passo sempre eu tente
E mostre o meu anseio desde quando
O mundo noutra face seja assim,
O tempo se desenha bem mais rude
E vejo a solidão já me rondando,
O mundo sem anseios me rondando,
O ledo caminhar cedo trouxera
A sorte de tal forma mesmo rude
E o quanto que pudera enquanto eu tente
Vagando neste espaço e sendo assim
A morte se anuncia como e quando,
Meu passo decidindo o que traz quando
O verso noutro espaço me rondando
Presume o que desejo e sempre assim
Anseio ao quanto possa e se trouxera
Depois do que deveras tanto tente
Marcando o dia a dia bem mais rude,
E sei do caminhar em solo rude
Existo e se inda insisto não sei quando
O mundo noutra face já se tente
Ou mesmo a solidão tanto rodando
Apenas o vazio me trouxera
Deixando no final o ser assim,
Ainda quando veja sempre assim,
Cenário desbotado e mesmo rude,
O tempo na verdade não trouxera
Sequer o que desejo e nem sei quando,
O mundo se mostrara ora rondando
O quanto mais anseia e mesmo tente,
Apenas resumindo o que ora tente,
O passo desenhasse sempre assim
O todo noutro instante me rondando
E o canto sem sentido atroz e rude
O prazo determina desde quando
Meu mundo noutra face se trouxera.
O quanto me trouxera ou mesmo tente
Vagando desde quando fora assim
O todo tanto rude nos rondando.
945
Acreditando apenas no que um dia
Tramasse num segredo ora infalível
O sonho se perdera no vazio
E o vento carregasse esta vontade
Do todo sem saber do que viria
Ousasse imaginar a tempestade,
O quanto se desenha em tempestade
Expressa o caminhar no dia a dia
E sei do que pudesse e não viria
Tentando acreditar ser infalível
O mundo que se mostre em tal vontade
E trame no tormento este vazio,
O tanto que pudesse e sou vazio
O rumo traça em nós a tempestade
Gerando o quanto queira sem vontade
E o marco transformasse noutro dia
O verso mais audaz sendo infalível
O quanto na verdade inda viria,
O tempo que pudesse e até viria
Grassando sobre os erros de um vazio
Momento que pudesse ora infalível
Tramar além da mera tempestade
E nisto se anuncia claro dia
Vestindo tanto amor, rara vontade,
O verso se desenha na vontade
Do todo que pudesse e até viria
Trazendo novidade a cada dia
Deixando no passado algum vazio,
E sei do quanto possa a tempestade
Num ato que se faça ora infalível
Gerando a solidão, segue infalível,
O pântano dos sonhos, da vontade,
O quanto se bebesse a tempestade
No fim já nada mais sinto viria
Nem mesmo o que se faça no vazio
Grassando sem defesas neste dia...
O tanto que este dia ora infalível
Tramasse do vazio esta vontade
Somente o que viria: tempestade...
946
Ainda sem saber o quanto pude
Depois de tantos anos me buscando
O verso no reverso da medalha
O tempo na verdade não me diz,
O quanto se pretende ao ser feliz
Expresse o caminhar em calmaria,
A luta se traduza em calmaria
E tanto se decida enquanto pude
Viver o que pudera ser feliz
No sonho com certeza me buscando,
O mundo que de fato nada diz
Expressa a solução, rara medalha,
E o tempo na verdade, traz medalha
A quem se faz além da calmaria,
O vento noutro instante não me diz
Do todo que tentasse e mesmo pude
Enquanto se proponha irei buscando
Quem sabe num momento ser feliz?
Ainda que pudesse ser feliz
O verso se moldura na medalha
E o tempo no vazio se buscando
Expressa no final tal calmaria
E o canto aonde outrora tanto pude
Agora na verdade ninguém diz,
O preço a se pagar o que me diz,
O sonho de talvez ser mais feliz
E o fato tão audaz que agora eu pude
Marcar como se fosse uma medalha
Nas sendas de uma nobre calmaria
Consigo enquanto o sonho; irei buscando,
O tanto que se faça já buscando
O fato mais audaz que ora se diz
Gerando dentro da alma a calmaria
E nela o que pudera ser feliz
O todo se expressando em tal medalha
Que trama muito além do quanto eu pude,
A vida quando eu pude me buscando
Expondo esta medalha ora me diz
Do quanto ser feliz traz calmaria.
947
Não mais que meramente a sorte traça
O vento quando a vida quer bem mais
O canto se espalhando não sossega
E o tempo revelando o quanto quero
Expressa o caminhar bem mais sincero
Deixando para trás um nobre rastro,
Seguindo este caminho e em cada rastro
Pudesse ter no sonho que se traça
A vida que traduza o ser sincero
E nisto se deseje muito mais
Do que deveras busco quando quero
Numa alma que silente não sossega,
O tempo resumindo o que sossega
Vagando sem deixar sequer um rastro
Expressa na verdade o quanto quero
E sigo caminhando onde se traça
Futuro que pudesse e muito mais
Ousando quando seja mais sincero.
E possa no infinito ter sincero
Momento aonde a guerra já sossega
E sei deste cenário aonde mais
O todo se fizera além do rastro,
E quando o meu caminho em paz se traça
Encontro tudo aquilo que mais quero,
No tempo mais audaz o quanto quero
Expressa um sentimento tão sincero
Que nisto se provoque o quanto traça
A luta se traduz e não sossega
O mundo não permite sequer rastro
E possa ser de fato muito mais,
O tempo que eu quisera ter bem mais
Que meramente o todo que inda quero,
E sigo dos teus sonhos cada rastro
Tentando com certeza ser sincero,
Porém uma alma aflita não sossega
E o seu destino agora busca e traça
O quanto já se traça e muito mais
Jamais a alma sossega e nisto eu quero
O fato mais sincero sem um rastro...
948
Ainda quando a vida quis o tempo
Que possa traduzir outro cenário,
O sonho dita o passo quando vejo
O tanto noutro canto abandonado,
E sinto o vento quando se espraiasse
Marcando o que pudesse num momento,
A luta se desenha em tal momento
E perde tão somente para o tempo
E quanto mais além já se espraiasse
O sonho num fugaz, belo cenário,
Enquanto se fizera abandonado
Apenas outro instante quero e vejo
O quanto se desenha e sei que vejo
Arcando com meus erros num momento
E nisto o que pudesse abandonado
Encontra uma resposta em pleno tempo,
Marcando o que pudesse num cenário
Enquanto simplesmente se espraiasse,
O canto que de fato ora espraiasse
Toando com ternura o quanto vejo
Expressa mansamente este cenário
E nisto se desenha num momento
Que tanto possa mesmo ter seu tempo
Embora se desenhe abandonado.
O verso não se veja abandonado
Além do quanto eu possa se espraiasse
E nisto desenhando o raro tempo
Que busco e tão somente quando o vejo
Encontra a mansidão neste momento
E dita quão sublime este cenário...
O mundo se expandindo em tal cenário
O passo pela vida abandonado,
O ledo desenhar noutro momento
E sinto a imensidão que ora espraiasse
Tocando com ternura o que ora vejo
E nisto se resume nosso tempo.
A vida traz a tempo este cenário
Que agora não mais vejo abandonado
Nem mesmo se espraiasse em vão momento...
949
Não quero o que se perde num instante
Tampouco a minha voz seria rude
O prazo determina o caminhar
E sei do meu anseio enquanto tente
Vencer a minha sorte desditosa
Ou mesmo me acolher em mansos braços.
Ousasse na verdade nestes braços
Marcar o dia a dia neste instante
E sei da sorte amarga e desditosa
Que trame com certeza o quanto rude
Expressa a sensação que agora tente
De um manso, mas amargo caminhar,
E tento novamente ao caminhar
Estar atado enfim aos doces braços
De que se mostre sempre quando tente
Vencer a solidão por um instante
E sinto a minha vida mesmo rude
Embora já não seja desditosa.
A luta que se açoda, desditosa,
O prazo que se possa caminhar
O mundo noutro instante sei tão rude
Grassando mansamente nos teus braços
E sei do quanto possa neste instante
Viver o quanto amor a vida tente...
O marco mais sublime que se tente
Além da sorte atroz e desditosa
O mundo se anuncia noutro instante
E sei do quanto possa caminhar
Nas tramas, mas lembrando de teus braços,
Meu mundo não seria enfim tão rude,
O quanto se anuncia em passo rude
O todo que deveras sempre tente
Marcando com delícias mansos braços
Embora a sorte venha desditosa,
O todo que pudesse caminhar
Expressa esta alegria neste instante,
E vendo cada instante mesmo rude
O todo a caminhar enquanto tente
Na senda desditosa, eis os teus braços...
950
Não quero que se perca um só segundo
Nas vagas e diversas noites rudes,
Cerzindo em esperança o que se possa
Vagando sem temor em claros tons,
A vida se traduza em liberdade
Ousando muito além do que se creia,
Ausente da esperança nada creia
Quem tenta noutro fato outro segundo
O mundo se desenha e a liberdade
Exposta nos anseios tanto rudes
Mostrasse estes grisalhos ermos tons
E nisso cada passo não se possa,
A via que deveras tanto possa
Expressa o caminhar onde se creia
Nos olhos mais suaves raros tons
E sigo sem temer um só segundo
Vagando sem temor entre os mais rudes
Ousando acreditar na liberdade,
O todo se anuncia e a liberdade
Embora seja aquém do quanto possa
Encontra descaminhos tanto rudes
E segue mesmo quando em paz já creia
O tempo transcorrendo num segundo
Refém da maravilha destes tons,
E sinto nos meus passos velhos tons
Da luta tão intensa, a liberdade,
O verso que se faça num segundo
Ousando muito além do que inda possa
Trazendo o quanto quero e que se creia
Deixando no passado os dias rudes.
Não quero acreditar nos fatos rudes
Tampouco vislumbrasse toscos tons
E sendo de tal forma o que se creia
O mundo desenhasse em liberdade
O todo que deveras também possa
Ousar noutro momento, num segundo,
E vejo num segundo dias rudes
E tanto quanto possa trago os tons
Que em plena liberdade já se creia...
951
Aonde poderia a vida apenas
Traçar outro momento ou mesmo até
O quanto necessite de esperança
Quem sabe uma ilusão em nova face,
Ao menos caberia o que se tente
Versar sem mais temer o que viria.
A luta noutra face não viria
Nem mesmo o quanto mostre além e apenas
A sorte desejosa agora tente
Tramar noutro momento o sonho até
O tanto que pudesse em clara face
Trazer ao meu olhar esta esperança,
O mundo se traduz em esperança
E o quanto deste encanto ora viria,
E nesta imensidão a clara face
Que mostre com certeza ou mesmo apenas
O todo que deseja sendo até
O rumo mais audaz que ora se tente,
O verso se mostrando enquanto tente
Traçar a cada dia esta esperança
Na farsa mais diversa e sei que até
O tanto noutro tom sempre viria
E tendo esta certeza quando apenas
A sorte se fizesse em nova face.
O passo se presume e desta face
O todo que se molde enquanto tente
Vagar entre cenários quando apenas
O tempo se resume em esperança
O verso se traduz no que viria
E nisto o mundo siga sempre e até,
O tanto desenhando sabe até
O sonho que emoldure nova face
E sinto esta emoção que ora viria
E nisto o que presumo mesmo tente
Traçar além do fato em esperança
Bem mais do que pensara ser apenas,
O tempo sendo apenas o que até
Traria em esperança a clara face
Que mesmo quanto tente em paz viria...
952
A vida se traduza na justiça
E nada mais se possa desvendar
Senão cada segundo a se mostrar
Na força tão audaz que tanto queira
Vencendo esta barreira mais venal
Pousando num cenário magistral.
Presumo o quanto possa magistral
A luta pela paz, pela justiça.
Deixando no passado o ser venal
E quanto se deseja desvendar
O sonho se mostrara como queira
O passo noutro rumo a se mostrar.
Pressinto o que pudesse ora mostrar
Em meio ao mais diverso e magistral
Momento que a verdade tanto queira
E nisto se resulte na justiça
Que tanto quanto possa desvendar
Supere o sentimento mais venal.
O quanto se anuncia e traz venal
O olhar que se cansara de mostrar
O tanto quando busque desvendar
Um fato mais audaz e magistral
Bebendo cada gole da justiça
Que mostre com certeza o quanto queira,
A vida se desenha como queira
E trama num instante até venal
O fato que deveras com justiça
Pudesse e deveria te mostrar,
Porém num ar sublime e magistral.
O encanto se pudera desvendar.
O quanto ora buscasse desvendar
E mesmo noutro instante também queira
Trazer o que se mostre magistral
Deixando no passado o ser venal
Que tanto se deseja ora mostrar
Roubando o quanto possa esta justiça.
O medo sem justiça a desvendar
O tanto a se mostrar quando se queira
Num sonho tão venal e magistral...
953
Apresentando apenas o caminho
Que tanto procurei e nada havia
A sorte se desvenda e nada resta
Senão a lenta farsa em tom amargo,
O mundo em tais tormentos dita o fim
Do que ora se fizera mais temível,
O canto se desenha onde é temível
E quase sem sentido este caminho,
O tanto que pudesse até o fim
Ditando na verdade o quanto havia
Gerando este cenário mais amargo
Traçando com terror o que me resta.
Ainda na verdade nada resta
Nem mesmo o quanto possa ser temível,
Trazendo o gosto rude e mesmo amargo,
Que possa traduzir este caminho
Enquanto na verdade o quanto havia
Encontra finalmente o ledo fim,
Assim se desenhando até o fim,
O quanto de desdém inda me resta
A sorte de tal forma ainda havia
E nada do que seja mais temível
Enfrenta a solidão em meu caminho
Que sei ser tão diverso quanto amargo.
O tanto que sozinho ora me amargo
O prazo determina sempre o fim
E vago sem sentir sequer caminho
E quando na verdade o que me resta
Expressa este sentido mais temível
Rondando o que de fato ainda havia,
O todo quando apenas mal havia
O preço a se pagar demais amargo
Raiando num instante onde é temível
O passo que se queira até o fim,
E sei do quanto apenas hoje resta
Traçando sem limites o caminho,
E quanto do caminho ainda havia
Ou mesmo o quanto resta tão amargo
Expressaria o fim rude e temível...
954
Jorrando sobre nós esta diversa
Loucura que se faça a cada dia
Marcando com feridas chagas, medo,
O rumo de quem tenta ser além
Do passo feito em fúria e tão somente
Aumenta a solidão que nada cala
Ousando ser feliz a voz não cala
E o tempo dita a luta mais diversa,
Enquanto se procure ter somente
O que se represente em novo dia,
Procuro o quanto possa e mesmo além
Jogado sobre as pedras, mas sem medo.
O mundo prenuncia a queda e o medo,
Tentando sossegar, porém não cala,
A fúria sem sentido quando além
Do todo se transforma e mais diversa
A vida represente novo dia
E nisto muito mais ou tão somente
O quanto se quisera ora somente
Ou vaga sensação de imenso medo,
O tanto que pudera jamais cala
955
O verso que se faça mais presente
Palavras quando tocam corações
E dizem das diversas emoções
E tanto quanto possa tanto sente
O mundo que se fez outrora ausente
Agora noutro instante tu me expões,
E sei do quanto em luzes tu expões
E nisto o que pudesse estar presente
Marcasse mesmo o tempo onde se ausente
Vagando sobre tantos corações,
E sei da realidade onde se sente
Acumular de tantas emoções,
Os olhos procurando as emoções
E neles o que tanto agora expões
Vagando no cenário onde se sente
O mundo que tramasse este presente
Que toque com certeza os corações
Enquanto uma tristeza enfim se ausente,
O verso se moldando aonde ausente
Os ermos de diversas emoções
E nisto se eclodindo corações
Traçando o quanto queres e me expões
No tanto que deveras mais presente
Uma alma enamorada busca e sente,
O tempo se revela enquanto sente
O todo que pensara estar ausente
E sei quando receba tal presente
Ousando nas diversas emoções
E nelas todo o sonho que ora expões
Tomando com firmeza os corações.
Ainda se revendo os corações
E neles todo amor que a gente sente
E quando novo rumo tu me expões
Ousando ser feliz e mesmo ausente
Tramasse as mais diversas emoções
Que o tempo já nos dera qual presente,
O tanto num presente aos corações
Os versos, emoções, tudo se sente,
E quando além e ausente amor expões...
956
Já não mais caberia acreditar
Nas velhas e diversas farsas quando
O tempo noutra face a delirar
Expressa o que pudera demonstrando,
Na busca do caminho de um luar,
O sonho mais feliz e sei tão brando,
O quanto se fizera mesmo brando
O tanto que pudesse acreditar
Nas redes tão divinas do luar
E nisto possa mesmo desde quando
O mundo neste fato demonstrando
Sobeja maravilha em delirar,
Enquanto enfim pudesse delirar,
Versando sobre um tempo bem mais brando,
O todo noutra face demonstrando
O quanto se é divino acreditar
Nas tramas deste encanto desde quando
A sorte se entregara no luar...
Pousando meus olhares no luar
Expresso o meu caminho a delirar
E vendo com certeza desde quando
O mundo mais audaz, porquanto brando,
Traduza o quanto pude acreditar
No tempo novamente o demonstrando,
O canto que se faça demonstrando
Beleza sem igual deste luar
E nisto tanto possa acreditar
Ou mesmo na verdade delirar
Ousando num momento bem mais brando,
Trazendo este cenário sempre e quando,
O todo que se faça como e quando
Aos poucos no momento demonstrando
O passo que pudera ser mais brando
E nisto desenhasse este luar
Que possa não somente delirar,
Mas traga o quanto queira acreditar,
E posso acreditar no sonho quando
O passo a delirar se demonstrando
Moldando este luar sereno e brando...
957
O mundo não se faça de tal forma
Enquanto na verdade o quanto vejo
Expresse tão somente esta vontade
Que tanto nos devasta e me transforma
E sei do quanto possa e noutro ensejo
O mundo me traria claridade
Ousando num anseio em claridade
Tentando acreditar no que se forma
Ousando perceber em novo ensejo
O tanto quanto possa e mesmo vejo
E nisto a imensidão já se transforma
Tomando com certeza esta vontade.
O todo desenhando outra vontade
Que possa traduzir a claridade
No sonho que de fato nos transforma
E gera na emoção sobeja forma
E sinto quando possa e mesmo vejo
A sólida expressão num raro ensejo,
O tanto que pudesse neste ensejo
Trazer o meu caminho em tal vontade
Vagando no que agora quero e vejo
Vivendo a mais sublime claridade,
E sendo de tal monta a bela forma
Na qual a fantasia nos transforma,
Meu mundo sem sentido algum transforma
O todo que pudesse neste ensejo
Volvendo sem temer a antiga forma
E tanto emoldurasse esta vontade
Que mostre no caminho a claridade
E nisto todo o sonho que ora vejo,
Aumenta este delírio quando vejo
O quanto a fantasia nos transforma
E sei do que pudera em claridade
Marcando com ternura cada ensejo
E sei do quanto trace esta vontade
De ter maravilhosa e rara forma.
O tanto que se forma agora vejo
E sinto que a vontade se transforma
E vejo neste ensejo a claridade.
958
O sonho sem limites me tocando
O passo mais audaz que assim pudera
Vencer a solidão e ter além
Do quanto se tramara no passado,
O verso tantas vezes desenhado
Encontra finalmente o que negaste,
E sei do meu anseio e me negaste
O tempo noutro todo se tocando
O rumo no vazio não pudera
Traçar este cenário desenhado
Nas tramas que vislumbro quando além
Esqueço tão somente o meu passado,
O todo noutro tempo já passado
O sonho quando muito tu negaste
E o verso sendo expresso quando além
Do tempo presumisse me tocando
E sei do encanto raro e desenhado
Aonde toda a sorte em paz pudera,
O mundo que deveras eu pudera
O verso noutro tempo, no passado,
O canto se fizera desenhado
No quanto com certeza tu negaste
E vejo este cenário me tocando
Gerando o quanto venha e muito além.
O mundo se desenha e sigo além
Vagando entre os cenários que pudera
Trazer e nisto sigo ora tocando
O quanto se anuncia do passado
E sei que na verdade me negaste
Enquanto fora um sonho desenhado.
O prazo mais finito desenhado
Encontra com certeza o quanto além
Do sonho mais feliz ora negaste
E o verso de tal forma já pudera
Trazer este momento que o passado
Informa pouco a pouco me tocando,
O mundo me tocando, desenhado,
No tempo que passado segue além
Do todo que pudera, mas negaste...
959
Jamais se perderia o meu caminho
Nas tramas deste sonho quase vago
E sei do que pudesse ser e trago
O verso mesmo quando mais daninho
O preço a se pagar sendo mesquinho
Encontra esta razão que ora divago,
E sei da sensação quando divago
E tento nova sorte num caminho
Que mesmo sendo rude e tão mesquinho
Às vezes se traduz no sonho vago
E vejo o quanto fora tão daninho
O todo que deveras tento e trago,
O verso quando o muito agora trago
E tento tão somente e já divago
Ousando acreditar que este daninho
Cenário ditaria o meu caminho
E sendo o que carrego mesmo vago
O tempo se traduza tão mesquinho,
O canto mais dorido e mais mesquinho
O verso que pudera e sei que trago
Enquanto noutro espaço agora vago
Bebendo deste medo ora divago
Encontro cada parte de um caminho
Sabendo ser o mundo tão daninho,
E quanto mais se creia ser daninho
O tanto sem limites e mesquinho
O rumo sem vagar de meu caminho
Ainda que pudesse e além divago
Expresso tão somente o quanto vago
Nos olhos quando o sonho em vão eu trago,
O mundo se desenha enquanto trago
O passo sempre rude e mais daninho
Ocasos entre enganos sempre vago
Traçando este momento mais mesquinho
Na ausência de esperanças eu divago
E sobre tantas pedras eu caminho,
Ainda que caminho quando trago
O mundo mais daninho ora divago
Sabendo ser mesquinho o sonho vago...
960
Não posso acreditar nesta falácia
Que o mundo desenhasse em tom atroz
Tampouco se escutando a rude voz
Que gere na verdade a tosca audácia
E sei do que deveras me acompanha
Na luta tão diversa e tão estranha,
O quanto desta sorte dita estranha
Loucura dominando tal falácia
O verso sem sentido me acompanha
E tenta acreditar não ser atroz
Enquanto se presume nesta audácia
A farsa que inundasse cada voz,
O peso se transforma e cessa a voz
E nisto cada face mais estranha
Tentasse com bravura em louca audácia
O todo demonstrando ser falácia
O encanto que se mostre quase atroz
E tanto na verdade me acompanha,
A vida noutro passo ora acompanha
O quanto se pudesse nessa voz
Ainda se mostrando agora atroz
Marcando o quanto a vida sempre estranha
Que tenta no caminho esta falácia
Negando o que se faça minha audácia,
O tanto que se veja em tal audácia
E nada do que possa me acompanha
Gerando o meu momento em tal falácia
E o sonho não pudesse ter a voz
De quem noutro cenário tanto estranha
O fato que me faça mais atroz.
Ainda se voltando ao ser atroz
Que possa na verdade com audácia
Versar sobre o que reste e quando estranha
Expressa esta ilusão que me acompanha
Gerando do vazio desta voz
Apenas o que possa ser falácia,
Assim desta falácia o ser atroz
Ousando numa voz em pura audácia
De fato se acompanha em sorte estranha...
961
Meus sonhos dominando o dia a dia
Entranham minha pele, traçam metas,
E quando na verdade o que ora vivo
Distando do que tanto imaginara
Tentando ser feliz, e isto me basta,
Abrindo os olhos vivo os pesadelos.
Ainda quando envolto em pesadelos
A luta se desenha a cada dia,
E nisto se eu pudesse dar um basta
E ter bem mais palpáveis minhas metas,
Viver o que decerto imaginara
Diverso da loucura que hoje vivo.
O tanto quanto possa e nunca vivo,
Somente nos diversos pesadelos,
E mesmo que a saída imaginara,
O passo se renova a cada dia,
Porém ao me distar das claras metas
Um momento de paz a mim já basta,
Enquanto a luta invade, e a vida basta,
Supremas emoções que agora vivo
Traçando na esperança novas metas
E o tempo que supere os pesadelos,
Os sonhos ditam passos, mas o dia,
Renega o que eu tentasse e imaginara,
O verso que se molda e imaginara
Vagando pelas ânsias, o que basta,
Encontro na esperança um novo dia,
E sei do que perdesse e mesmo vivo
Tentando superar os pesadelos
E sinto mais distantes minhas metas,
O tanto que pudesse em claras metas
O todo noutro fato imaginara
E sei dos meus diversos pesadelos,
Ao menos um descanso ora me basta,
E sei da angústia clara aonde vivo,
Trazendo o belo sonho ao rude dia.
E quando neste dia e suas metas,
Jamais agora vivo e imaginara
Que desse enfim basta aos pesadelos...
962
Não mais se poderia ter nas mãos
Os sonhos que esta vida ainda molde
Nos ermos caminhares, a esperança,
Transcende ao que se faça noutro tempo
E o verso sem sentido se esvaindo
Rondando o quanto pude e não viera,
Apenas solidão tanto viera
E nisto tenho livres minhas mãos
E quando vejo o sonho se esvaindo
Ainda que deveras tanto molde
O mundo que procura novo tempo
Aonde se perceba esta esperança,
O medo dominando uma esperança
Transcende ao que pudesse e não viera,
O tanto que reduza espaço e tempo
O verso se escapando destas mãos,
O quanto na verdade ora se molde
E geste cada passo, se esvaindo.
Ainda quando a vida ora esvaindo
Marcasse firmemente esta esperança
E o tanto que a verdade busque e molde
Somando o quanto possa e já viera
Olhando para trás trago nas mãos
O tanto que pudesse em raro tempo.
O mundo se desenha em frágil tempo
E o verso noutro fato se esvaindo
Os sonhos que inda trago ora nas mãos
E o fato sonegasse uma esperança
E sei do quanto possa e não viera
Ainda que este mundo tudo molde,
E vendo tão somente o velho molde
Que marque com brandura o verso e o tempo
Apenas o passado em vão viera
E o tempo noutra face se esvaindo,
O sonho resumido em esperança
E os dias escapando destas mãos,
O quanto nestas mãos o sonho molde
Um passo em esperança em novo tempo
O sonho se esvaindo, não viera...
963
O mundo não pudesse ser o mesmo
Depois de tantos sonhos e o vazio
Que possa transformar o dia a dia
No quanto sei que o verso se fizesse
Marcando com ternura a rara messe
E nisto o que se tente traga a luz,
O todo que se mostre dita a luz
E neste desenhar se faz o mesmo
Cenário tantas vezes trame a messe
Querendo superar qualquer vazio
O mundo noutro passo inda fizesse
O quanto se apresenta noutro dia,
O mundo se anuncia em claro dia
Tentando caminhar em frente à luz
E sei do quanto possa e se fizesse
Ousando ser diverso sendo o mesmo,
O tanto se traduza no vazio
E trague no final a sorte e a messe.
O tanto que pudesse nesta messe
Traçar o quanto valha cada dia
E o verso se mostrasse no vazio
E nisto se entranhasse em rara luz
Gerando o descaminho, sempre o mesmo,
E nisto novo tempo ora fizesse,
O quanto sem sentido se fizesse
Tentando na verdade a clara messe
Que possa traduzir meu sonho e ; mesmo
Que se possa noutro dia
Buscar a maravilha desta luz
Encontre o campo amargo e tão vazio.
O todo se fizera do vazio
E sei do quanto o muito se fizesse
O verso na verdade dita a luz
E sinto com ternura a velha messe
E marca com anseio o sonho e mesmo
Marcasse com ternura um claro dia
O todo noutro dia, mais vazio,
Espero sempre o mesmo e se fizesse
Do sonho, desta messe, nova luz...
964
Não quero e nem pudesse ser diverso
Viver a imensidão deste vazio
Que trame tão somente o que ora traço
Ousando noutro tempo e nada vindo
Somente o que pudesse ser maior
Que a própria persistência de um poeta.
A vida se desenha e se o poeta
Encontra neste olhar algo diverso
Do quanto imaginasse bem maior
E vendo este cenário ora vazio,
Expressa o que pudesse ter já vindo
Ou mesmo desvendando qualquer traço,
O quanto sem sentido tento e traço,
O mundo se anuncia e de um poeta
O verso já nascendo e enquanto vindo
Prometa caminhar em tom diverso,
O sonho se perdera no vazio
E o tom ora pudesse ser maior,
Mas quando na verdade do maior
Já não concebo o quanto possa e traço
Somente a intensidade do vazio
E nisto se aproxima o ser poeta
E trama noutro encanto o que é diverso
Matando o que pudesse e sinto vindo...
O muito quando sinto que vem vindo
O fato que pudesse ser maior
Tomando este caminho mais diverso
Ousando na verdade em manso traço
Viver o quanto em mim seja um poeta
Que tente imaginar além-vazio,
E o fato que somasse no vazio
O todo sem destino mesmo vindo
Deixando cada sonho do poeta
Num ato tão sublime e tão maior
Ousasse na verdade em mero traço
Viver outro momento ora diverso,
E quando mais diverso ou mais vazio
Apenas o que traço sinto vindo
E sei do dom maior que é ser poeta...
965
Meu mundo noutro instante eu poderia
Viver e ter nas mãos qualquer anseio
Que possa traduzir este momento
E nada do que viva seja assim
Apenas a verdade que eu concebo
Guardada dentro da alma até o fim,
E sei que com certeza trago o fim
Diverso do que tanto poderia
Se a vida de tal forma que concebo
Tomada pelas tramas de um anseio
Mostrasse na verdade ser assim
O todo que pudesse num momento,
O quanto se desenha em tal momento
O verso desenhando sempre o fim,
E o passo desnudando e mesmo assim
O todo noutra face eu poderia
Traçar com mais vigor e mesmo anseio
Enquanto a liberdade eu mal concebo,
O mundo dita o passo onde concebo
A imensidão suave de um momento
E sei do que pudesse quando anseio
O todo desenhando agora o fim,
Marcando o que deveras poderia,
Traçando o quanto resta mesmo assim.
O todo que tentasse ser assim,
O vasto caminhar onde o concebo
Gerando o que de fato poderia
Viver e ter nas mãos este momento
E nele o que se faça dite o fim
E nisto apenas sonho em paz anseio.
O mundo que deveras tanto anseio
E o verso dominando o sonho assim
Tramasse sem temores o meu fim
E quando no final o que concebo
Expressa esta emoção neste momento
O tanto que se queira eu poderia,
O mundo poderia sem anseio
Vagar neste momento e sendo assim
Apenas mal concebo o ledo fim...
966
O prazo determina o que se faça
Regendo cada passo rumo ao tanto
Que possa traduzir felicidade
E nada do que eu viva sem temores
Espero o quanto pude e nada veio
Somente o mesmo encanto destemido
Marcando a imensidão do ser feliz...
O tempo se resume em ser feliz
E gera dentre tudo o que se faça
Moldando na verdade o destemido
Caminho que me leve agora e tanto,
E nisto o que pudesse e agora veio
Expressa muito além os meus temores.
O mundo se desenha em vãos temores
E sei do quanto eu possa ser feliz
O todo que deveras sempre veio
Expressa esta vontade que ora faça
E o quanto se quisera e neste tanto
Vivendo o dia a dia, destemido,
O tempo que pudera destemido
E sei deste sentido em tais temores
E nisto o quanto vejo e mesmo tanto
E sei do meu anseio e sou feliz,
E mesmo o que se tente e nisto faça
O mundo se anuncia em raro veio.
O tanto que pudera e segue o veio
Que possa noutro encanto destemido,
No quanto se tentara e nada faça
E sei dos meus anseios sem temores,
E vivo tão somente o ser feliz,
E nisto o que se mostra dita o tanto.
O quanto deste mundo dita o tanto
E sigo cada instante quando veio
O mundo se desenha e sou feliz
E nada mais se queira, destemido,
Ainda desenhando os meus temores
E nisto outro cenário ora se faça...
O mundo agora faça e neste tanto
Ousando sem temores o que veio
Vivendo destemido o ser feliz...
967
O canto se anuncia de tal forma
Que possa ser além de mera sorte
E vivo o quanto possa e se conforte
E nisto o dia a dia já conforma
Reparo os meus enganos e tentasse
Vagando no vazio em ledo impasse,
O tanto que se tente e traça impasse
Regendo o mundo inteiro desta forma
O vento noutro passo se tentasse
Vagando sem saber sequer a sorte
E o sonho na verdade se conforma
E tenta novo rumo que conforte...
O muito que se possa e me conforte
O canto se desenha num impasse
E sei do quanto possa e me conforma
A farsa que a ilusão deveras forma,
O tanto se mostrasse em rude sorte
Mais nada deste sonho se tentasse.
A vida na esperança que tentasse
Ou mesmo outro caminho me conforte
E sei de quem vivesse a rude sorte
E nisto se vencesse algum impasse
E sei do que deveras tome a forma
Enquanto meu caminho não conforma,
O mundo se presume e se conforma
Marcando o quanto possa e se tentasse
Ousando na verdade ter a forma
Do quanto poderia e me conforte
E nisto o que se toma sem impasse
Destroça o meu caminho em rude sorte.
O tempo se desvenda em leda sorte
E sei do quanto a vida ora conforma
O prazo desenhando o mesmo impasse
Que tanto noutro rumo se tentasse
E sinto o quanto possa e me conforte
Tomando do vazio a justa forma.
E quando desta forma vejo a sorte
Que nada mais conforte e se conforma
Gerando o que tentasse em ledo impasse.
968
Não quero o que trame sem anseio
No corte mais profundo dentro da alma
E sigo sem sentir o quanto reste
Dos sonhos ou quem sabe da esperança
Pousando nos meus olhos o passado
O sol neste horizonte me confunde.
O amor que na verdade nos confunde
O tempo aonde eu possa e sempre anseio
Vagando pelas tramas do passado
A sorte desejando o quanto na alma
Pudesse traduzir esta esperança
Que agora simplesmente tente e reste.
O mundo noutro passo já não reste
E sei do meu momento e se confunde
O quanto poderia em esperança
Trazer o que de fato tanto anseio,
E sei desta expressão que trago na alma
Ousando ser além deste passado,
O canto que mostrasse no passado
O todo que deveras inda reste
Grassando os descaminhos de minha alma
E nisto o quanto tente e se confunde
Expressa tão somente o mesmo anseio
E nisto não se veja uma esperança.
O tanto se trazendo em esperança,
A velha sensação deste passado
Habita sem temor em tanto anseio
O pouco desta vida quando reste
E nisto cada passo se confunde
E deixa mais distante a liberta alma...
Ainda quanto tente dentro da alma
Um dia mais audaz em esperança
E o tanto que pudesse e se confunde
Marcando cada dia do passado
Ainda que deveras tente e reste
Traduza a solidão de um ledo anseio.
O passo que eu anseio tomando a alma
O verso quando reste esta esperança,
Porém ledo passado ora confunde...
969
Ainda sendo a vida sempre assim
Imagem refletida do que tanto
Quisera noutro instante inutilmente
E vendo o quanto possa ter e nada
Expressa a sorte outrora desenhada
Nas tramas quando as vejo dentro em mim.
O todo se pensara quando em mim
O verso se moldando sempre assim
Traçasse esta expressão mal desenhada
Do que se desejara mesmo tanto
E no final se vendo o etéreo nada
O passo se mostrara inutilmente.
Procuro o que faça inutilmente
Nas ânsias do caminho feito em mim
Rasgando a farsa sobra quase nada
E vivo o quanto possa e sempre assim.
O tempo na verdade me diz tanto
Da luta noutra face desenhada,
A sorte já lançada e desenhada
Marcada pelo engano e inutilmente,
O sonho se fizera outrora tanto
E o passo desenhado dentro em mim,
Vagando sem sentido sempre assim
Expressa no final o quase nada.
A luta tantas vezes dita o nada
E sei desta esperança desenhada
No quanto poderia ser assim
E sigo cada passo inutilmente
No vórtice que existe dentro em mim
A vida se resume neste tanto,
Meu tempo se desenha e deste tanto
O prazo dita o fim e o mesmo nada
Que possa traduzir e sempre em mim
A luta no final já desenhada
Nos ermos do que tente inutilmente
Vagando sem destino, sempre assim...
E sendo sempre assim decerto o tanto
Ousando inutilmente mostra em nada
A noite desenhada dentro em mim...
970
Nos dias mais audazes que pensasse
Vencer os meus anseios contumazes,
As sortes entre engodos, vagas fases,
As tramas noutras tantas desejadas
Marcando com os dias mais tenazes
O quanto se presume neste impasse.
A morte na verdade sem impasse
Trazendo o quanto possa e se pensasse
Nos ermos caminhares mais tenazes
E vejo os meus anseios contumazes
E neles outras tantas desejadas
Verdades ditam turvas, vagas fases...
A sorte se desenha em tantas fases
E sei do quanto a vida traz no impasse
O todo em sendas claras desejadas
E nelas o caminho que pensasse
Vencesse estas tormentas contumazes
Em passos vigorosos e tenazes,
Mergulho sobre as tramas mais tenazes
E sei da solidão em tantas fases
E nisto desenganos contumazes
Trazendo o que pudesse e se pensasse
Regendo com vigor o ledo impasse
Nas noites mais diversas, desejadas...
O tanto que se mostrem desejadas
As sortes quando sejam tão tenazes
Vencendo o quanto possa neste impasse
Deixando no passado velhas fases
E sei do que decerto inda pensasse
Vagando pelos ermos contumazes.
Os dias em veredas contumazes
As horas são deveras desejadas
E nisto cada fato que eu pensasse
Marcado pelas ânsias mais tenazes
Grassando sem sentido tantas fases
E nisto o que se mostre em mero impasse.
O todo se anuncia a cada impasse
E vejo as tramas rudes, contumazes,
Gerando na verdade farsas, fases,
Aonde sortes fossem desejadas,
E assim entre diversas vis tenazes
O todo que tente e se pensasse.
Meu mundo não pensasse neste impasse
Tampouco nas tenazes, contumazes,
E mesmo desejadas várias fases...
971
Meu verso se desenha em sensação
Diversa da que busco sem cuidado,
O tempo noutro instante desenhado
O passo demonstrado sempre em vão
E bebo desta turva solidão
Enquanto solitário e rude eu brado,
O tanto que pudesse enquanto brado
Ousando na diversa sensação
Do sonho feito em rude solidão
Sem ter sequer no fim qualquer cuidado,
O verso que se faça agora em vão
O tempo no vazio desenhado.
O preço a se cobrar no desenhado
Cenário sem sentido quando brado
Expressa a minha vida feita em vão,
E sei do que pudera a sensação
Do tempo sem saber de algum cuidado
E nisto me embebesse em solidão,
O canto traduzindo a solidão
O verso noutro tom já desenhado
O muito que pudera em tal cuidado
Ousando acreditar num novo brado
E sei da desejável sensação
Reavivando a vida agora em vão.
O prazo de desenha e sei do vão
Cenário feito em rude solidão
Sentindo este perfume e a sensação
Que possa me trazer já desenhado
O quanto se deseja e mesmo brado
Ousando noutro passo, sem cuidado,
O olhar se demonstrando onde é cuidado
O mundo mesmo quando dito em vão
O tempo traduzindo o quanto brado
Ousando muito além da solidão
E sei do meu futuro desenhado
E nele a mais sublime sensação.
O quanto em sensação dita o cuidado
Do sonho desenhado, mesmo em vão,
Supero a solidão enquanto eu brado...
972
Jamais o tempo possa me trazer
O quanto neste instante se veria
O sonho se deseja e nada havia
Senão a mesma face do prazer
Que possa noutro instante em alegria
Tramar esta delícia de viver,
O sonho que pudesse enfim viver
E o verso na esperança a se trazer
Marcasse com ternura esta alegria
O fato mais sublime já veria
E nele com certeza este prazer
Que há tanto imaginara e não havia,
O quanto se perdera e nada havia
Senão a mesma sede de viver
Vencido pelas tramas do prazer
No quanto vida possa nos trazer
O todo na verdade se veria
E nisto resumisse uma alegria,
O mundo se desenha em alegria
E o passo com certeza ainda havia
De ter o quanto em luzes se veria
E sendo tão diverso o meu viver
O sonho que se queira a me trazer
As sendas mais audazes do prazer.
O verso se imergindo no prazer
E nele se entranhando em alegria
O tempo que decerto ao me trazer
Resume o quanto possa e mesmo havia
Viceja dentro da alma o que é viver
E toda a rara sorte se veria...
O todo noutro ponto não veria
Sequer a menor sombra do prazer
E sei do quanto possa ora viver
Nos termos mais suaves da alegria
E o verso que diverso ainda havia
O mundo poderia me trazer.
E quando o bem trazer já se veria
O todo quanto havia de prazer
Tomando em alegria o meu viver...
973
Já não me cabe mais sentir além
Do verso agora audaz em claridade
Vivendo o quanto possa em liberdade
Ou mesmo na verdade o que inda tem
Resisto ao caminhar em tempo audaz
E sei desta vontade e o quanto traz.
O mundo que em meus sonhos vida traz
Expressa o que desejo e sigo além
Do que tanto pudesse ser audaz
E na incerteza busco a claridade
Que tanto agora traça o que já tem
Ditando no final a liberdade,
O verso se mostrara em liberdade
E o mundo noutra face o tempo traz
E quando esta expressão em sonhos tem
O todo desejado e muito além
O tempo se desenha em claridade
E o verso se fizera mais audaz.
O medo com certeza é tanto audaz
E o passo não temesse a liberdade
E nisto se desvenda a claridade
Que o mundo enamorado sei que traz
E sei desta esperança quando além
Encanto dita o quanto amor se tem...
O tanto que pudesse e mesmo tem
O sonho quando o faça mais audaz
Gerando este caminho e sigo além
Tentando desvendar a liberdade
Que tanto se deseja quanto traz
O mundo na sobeja claridade,
Marcando com ternura a claridade
Que possa desvendar o quanto tem
Meu sonho quando em fato viva e traz
Um passo sem temores, tanto audaz,
Vivendo a mais sublime liberdade
Ousando ser deveras muito além,
E o tanto sendo além da claridade
Expressa a liberdade que ora tem
E sei do sonho audaz que a vida traz...
974
Jamais imaginasse qualquer verso
Diverso do que a vida preparara
A sorte se presume e me escancara
O sonho de invadir este universo
E quando noutro passo me disperso
Imaginasse livre esta seara.
O vasto caminhar nesta seara
O mundo pelo qual agora eu verso
O sonho mais audaz que já disperso
Marcando o que pudesse e se prepara
Vagando pelas tramas do universo
Que a vida sem temores escancara.
O mundo noutro tom ora escancara
E gera o que pudesse em tal seara
Tomando cada senda do universo
Ousando acreditar enquanto verso
Moldando o que de fato ora prepara
Um passo sem sentido e mais disperso...
O tanto se mostrara onde disperso
O passo que deveras se escancara
No sonho quando a vida se prepara
E trama a dimensão de tal seara
E nisto se presume no meu verso
O sonho que envolvesse este universo,
Ainda se desenha no universo
O todo que de fato se disperso
Apenas no vazio agora verso
Enquanto a vida além já se escancara
Marcando com ternura esta seara
E nova maravilha se prepara...
Meu mundo neste instante já prepara
O quanto se deseja no universo
E sei da solidão numa seara
Que trague este caminho mais disperso
Vivendo o que pudesse e se escancara,
Ousando na expressão de um manso verso.
E quando neste verso se prepara
O todo onde escancara este universo
Meu passo já disperso em tal seara...
975
Jamais imaginasse o velho fato
Que agora resumisse esta emoção
Na vaga e mais diversa sensação
Que possa e na verdade não constato,
E sei quando se possa noutro rumo
E bebo da vontade inteiro o sumo,
O todo que se mostre neste sumo
Ainda se moldasse em belo fato
E quando para ti, amada eu rumo,
A vida resumindo esta emoção
Proponha o que tanto ora constato
Traçando com ternura a sensação,
Meu mundo dita em paz tal sensação
Do quanto poderia em raro sumo
Viver o que deveras já constato
E marco com ternura cada fato
Sentindo a mais fantástica emoção
E nisto se desenha um no rumo,
O tanto que pudera quando rumo
Vagando nesta clara sensação
Do amor que se mostrara em emoção
Trazendo da esperança o raro sumo,
Vestindo o que pudera neste fato
O sonho mais feliz que em ti constato,
O tanto que se possa e já constato
Expressa a maravilha quando rumo
E sinto a precisão de um nobre fato
No passo que se molde a sensação
Do todo desejando o raro sumo
Expresso no calor desta emoção,
O tempo desenhando em emoção
O todo que pudesse e assim constato
Na sorte desejosa em farto sumo,
Trazendo com certeza o novo rumo
E nele a mais sublime sensação
Traçando com ternura cada fato.
O mundo neste fato em emoção
Traduz a sensação que aqui constato
Buscando em novo rumo, inteiro o sumo.
976
Jamais se acreditasse no que um dia
O tempo não traria nem pudera
A solidão me espreita e não traria
Senão esta diversa e vã quimera,
O todo que deveras já se espera
Tramasse no final esta agonia,
O verso resumido em agonia
O tempo se refaz e tento um dia
Além do que a verdade tanto espera
Marando cada passo que pudera
Na sorte desenhada em tal quimera
Que o tempo pouco a pouco me traria,
Sabendo desta sorte que traria
Além do quanto possa em agonia
Revive sem temor esta quimera
O verso resumisse cada dia
Do tanto que deveras eu pudera
Gerando o que minha alma agora espera,
O passo se resume nesta espera
E sei do que de fato me traria
A luta se envolvendo onde pudera
Traçar o quanto tenha em agonia
Gerando na verdade o torpe dia
Que trague com vigor esta quimera.
O tanto que se veja da quimera
O mundo na verdade não espera
Nem mesmo deveria neste dia
Traçar no olhar além do que traria
Vestígios do que fora esta agonia
E nisto nada mais em paz pudera...
O quanto do meu sonho em vão pudera
Tramar no campo rude da quimera
O verso que traduza esta agonia
E nisto a sensação já não se espera
E sei da solidão que me traria
Apenas o vazio deste dia.
Assim a cada dia não pudera
Saber o que traria esta quimera
Que a vida agora espera em agonia...
977
O passo se desenha e vejo alheio
Momento sem sentido e sem razão
O tempo desejado em devaneio
O corte se aprofunda e dita o não
Aonde se mostrasse algum receio
Enfrento a mais diversa negação,
O mundo se apresenta em negação
E sinto o quanto possa estar alheio
E mesmo quando a sorte em vão receio
Ousando acreditar noutra razão
A vida traça o mesmo e velho não
Deixando para trás meu devaneio...
O quanto deste sonho em devaneio
Tramasse a mais diversa negação
Do quanto se apresente a cada não
E sei do caminhar que possa alheio
Vagando sem sentido e sem razão
Marcando com terror cada receio...
O tanto que pudera e já receio
Não deixa quando agora eu devaneio
Ousar acreditar numa razão
Que possa superar a negação
E sigo cada dia mais alheio
Vagando sobre o fato imerso em não,
O tanto que pudesse deste não
Enfrenta na incerteza este receio
E o passo poderia mais alheio
Trazer o quanto reste em devaneio
Tramando desde já tal negação
Sabendo desta vida sem razão.
Meu mundo procurando uma razão
Expressa na verdade o mesmo não
Que há tanto além da própria negação
Tramara o que pudesse já receio,
Vagando no temor em devaneio
Gerando o quanto possa estar alheio
E sigo mesmo alheio e sem razão
O quanto devaneio e vejo o não
Bebendo sem receio a negação...
978
O passo se perdera no caminho
Diverso do que outrora imaginasse
E sei do quanto veja ou mais tentasse
Ainda se mostrando a rude face
De um ser que se mostrasse tão bisonho
E nisto em cada engodo vou sozinho,
O tempo que pudera estar sozinho
O mundo que deveras eu caminho
E o prazo determina o ser bisonho,
Diverso do que tanto imaginasse
Mostrando com certeza a mesma face
E nela todo o sonho que eu tentasse...
O passo quando além já se tentasse
O verso mais sublime e até sozinho
Tramasse o que se possa nesta face
Ditar o quanto além quero e caminho
Ainda que de fato imaginasse
No fundo sou deveras tão bisonho,
Meu mundo neste fato ora bisonho
Expressa o que decerto eu bem tentasse
Vagando sem saber se imaginasse
O vento mais atroz, sigo sozinho,
E nisto cada curva do caminho
Espelha na verdade a minha face...
O tempo se anuncia e nesta face
O canto se deseja mais bisonho,
O vasto delirar onde eu caminho
E o prazo que deveras mais tentasse
Procuro mesmo estando tão sozinho
O todo que meu sonho imaginasse.
O canto que de fato imaginasse
O marco aprofundado em cada face
No tanto que se possa ser sozinho,
Ainda quando vejo o ser bisonho
Marcando cada fato que tentasse
Ousar noutro sentido em vão caminho.
Envolto em tal caminho imaginasse
O todo que tentasse e vendo a face
De um dia mais bisonho, irei sozinho...
979
O prazo determina o fim de tudo
E o canto não traria o ser feliz
Que há tanto se proponha do passado
Marcando cada fase de uma vida
Teimando acreditar no que viria
Na sorte mais audaz a cada instante,
O mundo se anuncia num instante
E sei do que pudesse e quando em tudo
O passo noutro tom sempre viria
Trazendo o que se faça mais feliz
Tramando esta alegria feita em vida
Deixando o sofrimento no passado,
O canto que se ouvisse do passado
Regendo cada sonho num instante
Marcasse mansamente a minha vida
E nela com certeza o amor é tudo,
Sabendo ser de fato mais feliz,
O todo sem limites já viria...
O quanto deste sonho ora viria
E o preço dita as sombras de um passado
E nisto o quanto possa ser feliz
Espelha o meu caminho num instante
E sei do que quisera além de tudo
Traçar o mais sublime em minha vida.
Procuro no final a luz que a vida
De fato noutro tom mesmo viria
Vivendo com certeza o todo e o tudo
Que deixe no vazio este passado,
E assim se desenhando num instante
O quanto me garanta ser feliz...
O mundo onde procure o mais feliz
Caminho traduzindo nova vida,
Expressa a maravilha noutro instante
E sei do quanto possa e até viria
Viver o que pudesse e sem passado,
O mundo desde agora fosse tudo.
Ainda quando tudo é mais feliz
A sombra do passado toma a vida
E o sonho noutro instante não viria.
980
O mundo se percebe a cada engano
Diverso do que há tanto eu percebera
E sei da solidão que nos tocasse
Marcando com furor cada momento,
E sigo sem saber o que faria
Vivendo esta verdade simplesmente,
O todo se desenha simplesmente
Enquanto na verdade agora engano
O mundo que de fato em vão faria
Além do quanto mesmo percebera,
Tentando o que pudesse num momento
E nisso cada dia mal tocasse,
A vida noutro fato se tocasse
Grassando este cenário simplesmente
E o verso que se faça num momento
Tramasse com certeza novo engano
E o fato que deveras percebera
No fundo nada mais além faria,
O todo que pudesse e já faria
O quanto sem sentido nos tocasse
E nisto cada sorte percebera
O todo que tentara simplesmente
Marcando com terror o quanto engano
A vida noutra farsa, num momento.
O mundo sem sentido no momento
Aonde esta expressão tosca faria
Além do que pudesse e se me engano
Sentisse o quanto possa e nos tocasse
A vida noutro fato simplesmente
Gerasse o que deveras percebesse,
O tanto que se queira e percebesse
Ousando na verdade outro momento
Enquanto se mostrasse simplesmente
O todo que pudera e não faria
O mundo se traduz e me tocasse
Deixando no passado algum engano.
O todo deste engano percebesse
O fato que tocasse outro momento
E nada se faria, simplesmente...
981
O verso mais suave que se possa
Trazer em emoções e mesmo molde
A sorte que desejo noutro instante
Regendo o caminhar agora audaz,
O vento na verdade tanto espalha
Além, toda palavra em cada verso.
O tanto que se tente quando verso
Ousando na expressão que agora possa
E quando esta emoção além se espalha
Marcando o quanto a vida tente e molde
Num sonho que se faça mais audaz
Grassando no infinito a cada instante,
O sonho mais sublime num instante
Tocasse com ternura o que ora verso
Gerando o que pudesse ser audaz
E nisto esta verdade tanto possa
Tramar o quanto a vida agora molde
Enquanto esta esperança além se espalha.
O encanto desenhado agora espalha
O tempo que vivesse neste instante
E nisto o quanto tente e ora se molde
Gerando outro momento enquanto verso
Tentando acreditar no que ora possa
E trame esta verdade mais audaz,
O mundo que soubesse mais audaz
Encontra o sentimento que se espalha
E mesmo quando em luta o todo possa
Traçar o meu anseio noutro instante
O tempo se anuncia enquanto verso
E vejo da expressão suave molde,
A vida que transforme e já se molde
No encanto mais suave e mesmo audaz,
Enquanto no infinito agora eu verso
Tentando o quanto a vida trama e espalha
Vivendo a sensação de um novo instante
Aonde este cenário em paz já possa.
O sonho que ora possa e enfim se molde
Regendo neste instante um sonho audaz
A sorte que ele espalha agora eu verso.
982
Não quero ser apenas novo estorvo
Um corvo em tua vida, um mero ocaso,
E sinto que deveras deveria
Viver o meu anseio quando a sorte
Ditasse a sensação do ser feliz
Que tanto procurasse e jamais visse,
Enquanto na verdade o fim se visse
E o peso de uma sorte vaga, estorvo,
O mundo se tentasse onde é feliz
Além do quanto trazes, ledo ocaso,
O mundo que se queira em nova sorte,
Um novo amanhecer já deveria...
O tanto que pudesse e deveria
Viver a imensidão enquanto eu visse
O todo desenhando em rara sorte
O verso superando algum estorvo,
E sigo quando venha o tosco ocaso
Marcando o quanto pude ser feliz.
E sei da minha senda mais feliz
E nada do que possa ou deveria
Ao se deixar levar por tal ocaso
Ainda que esperança ao longe visse
Supero com vigor qualquer estorvo
Mudando com firmeza a minha sorte.
O todo que se faça em nova sorte
Permite ao caminhante ser feliz
E nisto o quanto veja em rude estorvo
Ao menos novamente eu deveria
Viver a sensação do quanto visse
O mundo muito além do vago ocaso.
E sinto na verdade o que este ocaso
Pudesse traduzir além da sorte
Que tanto noutro passo já se visse
Moldando o ser que tente ser feliz
E nada do que tenha deveria
Gerar a turbulência deste estorvo...
O tanto num estorvo traz o ocaso
E sei que deveria em nova sorte
Viver quanto feliz decerto eu visse...
983
Não quero e nem tentasse de tal forma
Viver a imensidão do que sonega
A vida sem sentido e sem por que
Gerando o quanto rege enquanto traça
Meu mundo se perdendo enquanto vejo
O fim desta ilusão em vão destino...
O tanto quanto veja do destino
Que a vida noutro tempo agora forma
Vagando sobre as tramas do que vejo
Ousando neste passo onde sonega
O quanto se desenha e mesmo traça
A vida sem motivos, sem por que,
O mundo quando o tente sabe o que
Deseja e na verdade o meu destino
Encontra simplesmente a mesma traça
Que outrora destroçasse qualquer forma
E noutro desenhar tanto sonega
O quanto mais anseio e mesmo vejo.
O tanto quanto possa e quando vejo
Expressaria a vida e sei do que
O sonho se alimenta e não sonega
O passo que desenhe meu destino,
Vivendo o quanto a vida gera e forma
Marcante dia a dia a sorte traça.
O medo na verdade quando traça
A solidão aonde o tempo vejo
Encontra o quanto pude e nada forma
Senão este cenário e sei por que
O tanto que pudera meu destino
A própria persistência hoje sonega.
Temível caminheiro já sonega
O quanto se pudesse enquanto traça
Vagando pelas redes do destino
E teço muito além do quanto vejo,
Sabendo na verdade o tanto que
A vida sem razão alguma forma.
O mundo quando forma e se sonega
A vida sem o que tanto se traça
E apenas nada vejo em meu destino...
984
Não mais que qualquer fato ou mesmo sonho
Envolve o quanto fosse minha lida,
A senda se rebela e destruída
Expressa o que tanto decomponho,
Seara quando a busco, perco a vida,
Num ato solitário e tão bisonho.
Pudesse neste enredo mais bisonho
Viver o que deveras quero e sonho
Porém a solidão expressa a vida
Há tanto pelo tempo vejo a lida
Que possa traduzir e decomponho
A sorte noutra face destruída,
O muito que pudera destruída
A luta num momento mais bisonho
Expressa o que pudera e decomponho
Gerando sem sentido o que ora sonho
E sei da solidão que trame a lida
Marcando etereamente a nossa vida.
Assim se presumindo o quanto a vida
De fato pelo tempo destruída
Gerasse muito aquém da própria lida
O quanto se pudesse ser bisonho
Grassando sobre o todo quando sonho
E nisto o que se veja decomponho,
O mundo de tal forma decomponho
E tento acreditar na própria vida
Marcada a cada instante pelo sonho
E nisto se adivinha a destruída
Imagem de um momento mais bisonho
Tocando dentro da alma a rude lida...
Não possa ser assim a nossa lida
Nem mesmo o quanto agora decomponho
O verso se fizera mais bisonho
E nele se perdendo a própria vida,
O quanto se presume destruída
Marcando o que pudesse ser meu sonho.
E quando agora sonho com a lida
A sorte destruída eu decomponho
Tentando nova vida em novo sonho...
985
Não mais que meramente fosse o passo
Vestígios de uma luta aonde vejo
O tempo que pudera e não desejo
Traçando o que de fato não viria,
A luta se perdera simplesmente
E o verso no final traria a paz.
O quanto se deseja dita a paz,
E o vento na emoção que agora passo
Gerando o que se tente simplesmente
Marcando o que pudera e sei e vejo,
No tanto quanto possa e mais viria
A sorte desenhada em tal desejo.
E tudo se anuncia no desejo
De um mundo mais sincero em plena paz,
E o verso que pudera e até viria
Viver o que talvez ainda passo,
Marcando com ternura o quanto vejo
Sincera e tanto até mais simplesmente.
A vida se resume simplesmente
No quanto se desnuda este desejo
E tanto quanto possa mesmo vejo
O sonho feito agora em plena paz
O dia que talvez resuma o passo
Deveras noutro instante não viria,
E sendo o que pudesse e até viria
Ousando nesta luta simplesmente
Marcando com vontade cada passo
E nisto se fizesse do desejo
O verso mais audaz e dele a paz
Moldasse o que de fato agora eu vejo...
O sonho desvendando o quanto vejo
E sei que meu anseio ora viria
Vivendo a plenitude desta paz
Ou mesmo algum momento simplesmente
E tendo tudo aquilo que desejo
O tempo na verdade dita o passo.
E sei do quanto passo quando vejo
O todo do desejo que viria,
Bebendo simplesmente a mansa paz...
986
Ainda quando a vida se proponha
A ser talvez melhor que a própria essência
Do tempo mais diverso esta ciência
Do sonho permitisse a liberdade,
Mas sei quanto é difícil presumir
O todo num instante que não veio.
Ainda se percebe neste veio
O quanto uma emoção já nos proponha
E possa com certeza presumir
A vida noutro fato, em sua essência,
Marcando com ternura a liberdade
Ao dominar o encanto e ter ciência,
Seguindo sem temer esta ciência
Do encanto que deveras toma o veio
E mesmo quando negue a liberdade
Um novo amanhecer já se proponha
O todo se transforma e desta essência
Futuro agora possa presumir.
E nada do que eu tente presumir
Provoque com certeza a vã ciência
Do fato que regendo em sua essência
O tanto quanto possa e mesmo veio
Grassando o que deveras se proponha
Ousando no caminho em liberdade.
Numa avidez sincera, a liberdade,
Expressa o quanto pude presumir
No sonho que deveras se proponha
Marcando cada fato em tal ciência
Mostrando no final ao que já veio
E nisso se previsse cada essência.
O mundo se demonstra em pura essência
Moldando com sublime liberdade
O quanto poderia e mesmo veio
Trazendo o quanto pude presumir
No sonho mais audaz e ter ciência
Do encanto que esta sorte nos proponha...
E sinto o que proponha em sua essência
O mundo em tal ciência e a liberdade
Ousasse presumir ao quanto veio...
987
Já não pudesse mais acreditar
Nas tramas tão diversas e talvez
Meu mundo se moldando noutra face
O tempo não traria o quanto quero
E espero seja além de mero ocaso
Enquanto tento o sonho mais audaz;
O passo que pudera ser audaz
E o verso quando tento acreditar
Nas velhas sensações do mesmo ocaso
Que possa me trazer e sem talvez
Propondo tudo aquilo que mais quero
Mostrando na verdade a clara face,
O verso iluminando a bela face
Do sonho que pudesse mais audaz
Tramando o que deveras busco e quero
E deixo tão somente acreditar,
Nas tantas ilusões onde talvez
O mundo se moldasse em rude ocaso,
O tanto se traduz e neste ocaso,
O passo se desenha em vaga face
E sei do quanto outrora amor talvez
Gerasse o dia claro e mesmo audaz
E nele tão somente acreditar
Marcando o que de fato sonho e quero,
Pousando no cenário aonde o quero,
O sonho superasse algum ocaso,
Deixando tão somente acreditar
No todo que se envolve em clara face
Marcando o caminhar bem mais audaz
A vida não seria este talvez.
O quanto se moldasse e até talvez
Tramasse esta vontade que ora quero
E sendo o meu anseio mais audaz
O todo superando o velho ocaso,
O mundo desenhando a rude face
Aonde não pudesse acreditar,
O quanto acreditar se até talvez
Ao ver a tua face o quanto eu quero
Resume neste ocaso o passo audaz...
988
Jamais imaginei novo momento
Aonde o que se faz já não coubera
O tempo se renega e dita o fato
Enquanto a solidão rege o vazio
Meu verso se apresenta desde então
No canto sem sentido e sem proveito,
Ainda se anuncia em tal proveito
O quanto se deseja no momento
E sei deste cenário quando então
O passo noutro rumo ora coubera
E sendo este momento tão vazio
Apenas o meu sonho expresse o fato,
Ousando na esperança como um fato
Que possa traduzir algum proveito
Encontro no final este vazio
E tento com ternura outro momento
E sinto que deveras não coubera
Sequer o quanto reste desde então.
O prazo se esgotasse e quando então
A vida se tornasse mero fato,
O sonho na verdade não coubera
Nem mesmo no final algum proveito
Gerando o que se possa num momento
Traçar este cenário ora vazio...
E sigo sem sentido o tão vazio
Caminho que soubesse como então
A vida num anseio de um momento
Retendo a cada instante um velho fato
E nisto o que se possa em tal proveito
Deveras na verdade não coubera,
O mundo se desenha e mal coubera,
Embora o coração siga vazio,
Tentando pelo menos o proveito
Que possa ser agora e desde então
O todo que se mostre neste fato
Deveras muito mais que este momento.
O quanto no momento me coubera
Traçando neste fato o ser vazio
Meu mundo desde então, ledo proveito...
989
O quanto se apresenta na verdade
Ousando noutro fato mais atroz
Gerando o que pudesse em mesma voz
Traçando o rumo após a frágil sorte
Que tanto se decida e não suporte
Sequer o quanto viva em claridade.
Ausente do horizonte a claridade,
O fato denegrisse esta verdade
E nada mais decerto ora suporte
O passo que se mostre tão atroz
Regendo no final a leda sorte
Que possa traduzir em mesma voz.
Procuro o que se tente em mansa voz
E trague com ternura a claridade
E seja de tal forma nossa sorte
Que trame brandamente esta verdade
E embora o mundo seja rude e atroz
O meu caminho agora em paz suporte,
No todo anunciado qual suporte
A vida se presume em viva voz
O sonho que se fora outrora atroz
Agora se permite em claridade,
E sei do claro anseio da verdade
Marcando com ternura nossa sorte.
Ainda se distando desta sorte
O passo traz em si todo o suporte
E beba com fineza esta verdade
Mostrando com ternura a tua voz
Que possa me envolver em claridade
Deixando este passado outrora atroz,
O mundo solitário é tanto atroz
E rege no vazio a tosca sorte
E quanto se percebe a claridade
Marcando com a luz o que suporte
Trazendo com candura a nova voz
Que exprima a mansidão desta verdade...
Embora na verdade, o mundo atroz,
Ainda traga em voz a rude sorte,
O sonho em paz suporte a claridade...
990
O canto mais sublime que eu pudesse
Tramar e ter nas mãos além do fato
Que tanto desejasse enquanto acirram
Os ânimos diversos noutro cais,
A luta não resolve qualquer passo
E deixa a solidão tomar espaço,
O tanto que tivera neste espaço
O mundo noutro rumo ora pudesse
E sei do deveras tanto passo,
Vagando muito além de um mero fato
E sei do quanto é válido este cais
Enquanto os temporais tanto se acirram,
Os olhos vendo os mares que ora acirram
Delírios na procura de um espaço
Trazer na plenitude o novo cais
No vórtice da vida que eu pudesse
Traçar o quanto queira em manso fato
Vencer ou mesmo ousar em novo passo,
Ainda quanto tente um calmo passo
E vendo os dias rudes que se acirram
O todo superando o mero fato
Um frenesi não dita todo espaço
E sei que na verdade se pudesse
Teria mansamente o raro cais,
E sendo de tal forma o que este cais
Trazendo o quanto quero e mesmo passo
No instante aonde em paz tudo pudesse
Enquanto além as ondas já se acirram
A mansidão tentando novo espaço
Tramando o que me importa neste fato.
Pousando na verdade em manso fato
Ousando acreditar liberto o cais,
Que tome com certeza tempo e espaço
Regendo em mansidão tal novo passo,
Após os dias rudes que se acirram
Apenas mansidão já se pudesse,
O tanto que pudesse neste fato
As lutas não acirram mais meu cais
E dito neste passo, o claro espaço...
991
Jamais sossegaria o coração
Envolto pelas tramas de um desejo
Que tanto se traduza em mero beijo,
Pousando um colibri em ilusão,
E nisto se prevendo a floração
Etérea primavera dentro da alma.
A solidão que outrora tomando a alma
Regesse em tal tormento o coração
Agora ao perceber a floração
Marcada pelas ânsias do desejo
Tramasse muito além de uma ilusão,
A clara sensação de um manso beijo,
E quando se desenha em nós o beijo
O todo em florescência eclode na alma
Crisalidando enfim esta ilusão
E nisto ao redimir o coração
Vagasse muito além deste desejo
Frutificando enfim a floração,
Anunciando a vida em floração
O tanto se aproxima em claro beijo
E vivo tão somente este desejo
Que possa dominar deveras a alma
E sinto no bater do coração
Já solidificada esta ilusão.
O tanto se fizera da ilusão
Grassando com ternura a floração
E desta forma vivo o coração
Marcado pela sorte deste beijo
Ao entranhar sem medo o quanto esta alma
Traçasse muito além de algum desejo.
O mundo que deveras mais desejo
Expressa o quanto possa esta ilusão,
E vejo no florir desta minha alma
O tempo mais audaz e a floração
Reinando a cada toque, cada beijo,
Domando impetuoso coração,
Essencialmente vibra o coração
E nisto o quanto quero e mais desejo
Expressa muito além de todo o beijo,
E personificando uma ilusão
Explode na sobeja floração
Domando a insensatez tomando esta alma,
E quando de minha alma é coração,
E sei da floração que mais desejo
Vencendo uma ilusão, além de um beijo...
992
Não quero acreditar que sendo assim
A vida sem sentido em vã tormenta
Regendo cada passo quando pude
Tramar este infinito dentro em nós
E o verso se mostrara mais audaz
Enquanto este caminho, a sorte traz.
O todo desenhado enquanto traz
A plenitude em sonho e sendo assim,
O canto mais suave e tanto audaz
Vivesse sem saber desta tormenta
Que tanto se mostrara viva em nós
E agora noutra cena já não pude...
O muito que tentasse enquanto pude
Viver a sensação que a vida traz
E nisto revivendo o amor em nós
Marcando com ternura o ser assim,
Vencendo o quanto possa esta tormenta
E ser após a queda mais audaz.
O passo se mostrasse tanto audaz
E nisto com certeza mais que pude
Viver a sensação de uma tormenta
Que trame o quanto possa e já se traz
Nas sortes sempre tantas, quando assim,
O mundo renascesse dentro em nós,
O verso se aproxima e sei de nós
No tempo tantas vezes mais audaz,
E quando se desenha sempre assim
O tanto que se queira e mesmo pude
Vagando sem sentido agora traz
A vida muito além desta tormenta.
O quanto se presume da tormenta
Marcada sem limites, diz em nós,
Do sonho que deveras já se traz
Num dia quando possa ser audaz
E sei e na verdade o quanto pude
Expressa esta vertente sempre assim.
O tanto sendo assim mera tormenta.
O quanto agora pude e sei que em nós
A vida sendo audaz, além me traz...
993
Não quero apresentar qualquer desculpa
A luta não se encerra com mentiras,
E quando na verdade tanto feres
Grassando no vazio que me impede
Do sonho aonde um dia mesmo pude
Vencer o que se tenta noutro engodo,
O mundo se desenha neste engodo
E o canto não me serve de desculpa
O tanto que tentasse e nunca pude
As sortes ditam ermos e mentiras
E nisto o meu caminho agora impede
Enquanto sem sentido algum me feres,
O passo no vazio quando feres
O canto se transforma neste engodo
E o medo na verdade não impede
Nem mesmo o quanto possa qual desculpa
Traçar entre diversas vãs mentiras
O que desejo tanto e nunca pude.
O todo no passado quando pude
Trazer na imensidão do que ora feres,
Gravando dentro da alma estas mentiras
E sei da solidão em rude engodo,
No quanto se tentasse esta desculpa
Que a vida na verdade não impede.
O muito que se queira agora impede
Viver o tanto quanto em sonhos pude,
Sentindo sem motivos tal desculpa
E nisto noutro passo tu me feres,
E sei do meu caminho em tal engodo
E nisto se desenham tais mentiras,
A vida se apresenta nas mentiras
E o tempo na verdade nada impede
Senão tanto vencesse algum engodo
Ousando acreditar bem mais que pude,
No todo que se mostra quando feres
E nunca serviria de desculpa.
Jamais amor desculpa tais mentiras
E quanto mais me feres mais se impede
O tanto que já pude, fora engodo...
994
Meu mundo se anuncia enquanto possa
Ousar noutro momento e sei que é rude
Deixando no passado o que teimasse
Vagando em claros tons, ou tempestades,
O sonho na verdade fora falso
E o tempo cadafalso em turbilhão,
O verso se mostrara, turbilhão,
E nada do que tento mesmo possa
Enquanto o diamante sendo falso
E o tempo desejado bem mais rude,
O quanto na verdade em tempestades
Marcasse o que de fato em vão teimasse,
Ainda que decerto enfim teimasse
Lutando contra o tosco turbilhão
Moldando inutilmente tempestades
E nelas o que tente e mesmo possa
Expressa este cenário agora rude
E nisto cada sonho se faz falso.
O mundo dita o passo sempre em falso
E o tempo na verdade mal teimasse
Enquanto o meu caminho se faz rude
O todo desenhando o turbilhão
Aonde com certeza o nada eu possa
Tramar além das tantas tempestades...
O mundo se resume em tempestades
E o prazo determina o ser tão falso
Que agora noutra face sempre possa
Viver além do quanto ora teimasse
Bebendo sem temor o turbilhão,
O coração se faz agora rude,
O tempo na verdade sei tão rude
E vivo o que se mostre em tempestades
E nisto bebo a sorte em turbilhão
E sei do meu caminho tosco e falso
Embora na verdade inda teimasse
O fim traduz o quanto nada possa,
O tanto quanto possa sendo rude
Expressa o que teimasse em tempestades
O amor fizera um falso turbilhão...
995
O mundo se anuncia após a luta
Que tanto desejara em farsa e sonho,
O prazo determina o fim do jogo
E nada do que tenha no momento
Encontraria além desta ventura
O sórdido cenário que se perca
Nas tramas de uma noite sem sentido.
O canto se mostrara sem sentido
E o peso de uma sorte vaga em luta
Enquanto no final o tempo perca
Mostrando ser inútil cada sonho,
Crepusculares passos sem ventura
Traduzem com certeza o fim do jogo,
O tanto que pudesse neste jogo
O vândalo caminho diz sentido
Do todo que pudesse esta ventura
Marcada pela insânia aonde eu luta,
O canto que tramasse novo sonho
Após a tempestade já se perca,
O todo noutro espaço agora perca
E saiba do terror do ledo jogo,
Moldando com astúcia cada sonho
E nisto se presume o vão sentido
Que possa transcorrer em cada luta
Matando o que pudesse ser ventura...
O tanto sem domínio sem ventura
O caos que determina o que se perca
Na velha sensação da antiga luta
Rondando o que pudesse ser o jogo
Ainda se presume o sem sentido
Caminho tão diverso deste sonho,
E o prazo que pudera quando sonho
Jamais me traduzisse uma ventura
E o todo noutro engodo sem sentido
O vasto desenhar onde se perca
A prece se fazendo deste jogo
O todo que deveras trama a luta.
A vida sem tal luta mata o sonho
E sei do quanto em jogo está ventura
Fazendo que se perca algum sentido.
996
Não mais que mero passo no vazio,
Ainda se tentasse acreditar
Nas tramas mais diversas e se vejo
O canto não resume o que ora trago
Apenas o que possa em rude afago
Pulsando como fosse mais cruel,
O lento caminhar se faz cruel
E nele se adivinha o ser vazio
Que tanto quanto busco agora afago
E não pudera mesmo acreditar
Nas tramas que deveras quando trago
Expresso o que desejo e nunca vejo.
O tempo noutro tanto dita e vejo
O sonho sem limites, mais cruel,
E bebo no gargalo cada trago
Da vida que se faça no vazio,
E possa sem sentido acreditar
No rumo desenhando em tosco afago,
E quando noutro passo tanto afago
A sorte que deveras busco e vejo,
O tanto quando pude acreditar
Cerzindo este momento mais cruel
Gerasse na verdade este vazio
Que agora sem defesas eu te trago.
O mundo na verdade quando o trago
Negasse o quanto reste deste afago
E sigo sem sentido este vazio
Que possa traduzir no quanto vejo,
O tom astucioso e mais cruel
Que tanto em vão tentasse acreditar.
O quanto se resume a acreditar
No verso que deveras eu te trago
E sinto este momento onde é cruel
O canto que se mostre num afago
E sei do quanto possa e mesmo vejo
Grassando as sendas várias do vazio...
E tento no vazio, acreditar,
E sei do quanto vejo e agora trago,
Num manso e doce afago, tão cruel...
997
O mundo que eu buscasse e não viera
Depois de tanto tempo em leda luta
Ainda quando a morte se aproxima
E bebe deste cálice sanguíneo
Minha alma em sensação amarga e vã
Apenas se anuncia sem saída,
O quanto se procure uma saída
Que sei jamais pudesse e não viera
O tanto que se mostre em noite vã
A clara sensação de torpe luta
O verso mais atroz, mesmo sanguíneo,
Expressa o fim que sinto, se aproxima,
O tanto que o temor nos aproxima
E o tempo sem saber outra saída,
O crime se transforma onde sanguíneo
Castigo não conheço e nem viera,
A senda mesmo atroz esboça a luta
Que tanto sinto inútil quanto vã.
O passo nesta noite atroz e vã
O vento do passado se aproxima
E vejo no final a vaga luta
Que possa prometer uma saída
A quem noutro momento se viera
Expressa este tormento ora sanguíneo,
O sonho mais atroz, rude e sanguíneo,
O mundo se expressando em noite vã
O tanto que se possa e não viera
Apenas a verdade me aproxima
Do quanto se tentara em vil saída
E o manto resumisse a farsa e a luta...
Ainda vejo o sonho feito em luta
No encanto que se faça ora sanguíneo
E sei da sensação desta saída
Do tempo quando a vida fosse vã,
A luta na verdade se aproxima
E nada no final inda viera...
Portanto já viera em rude luta
O tempo se aproxima mais sanguíneo
Tornando uma saída, ausente ou vã...
998
Marcando com meu verso o quanto seja
A luta de quem ama em vãs promessas
E quando no momento vagamente
Astuciosamente volto ao fim,
E bebo o que restasse desta taça
Brindando cada corte que se vê.
O caos que na verdade ninguém vê
O todo que maldito sempre seja
Quebrando com vigor cristal e taça,
Na falsa sensação destas promessas
O mundo se esboçasse em claro fim
Tentando novo passo, vagamente...
O peso se mostrara vagamente
Aonde o que em verdade jamais vê
O mundo que pudesse ter ao fim
A senda quando siga sempre seja
Além da solidão destas promessas
A clara fantasia em bela taça.
Mas quando se imagina vinho e taça
O todo se desenha vagamente
E o quanto são inúteis as promessas
E delas nem a sombra mais se vê
O tanto que se possa e sempre seja
O risco desdenhoso dita o fim.
Meu mundo se aproxima do seu fim
E vejo o quanto resta desta taça
E quando se presume que assim seja
O todo que pudera vagamente
E nisso o quanto possa e mais se vê
Desdenha dos rancores e promessas...
Ainda quando vejo em tais promessas
A luta sem sentido já no fim,
O mundo se presume em rude taça
E o quanto na verdade em vão se vê
Além do que pudesse vagamente
Esquece e no final o nada seja.
E quando sempre seja sem promessas
O tempo vagamente dita o fim
E o quanto ora se vê destrói a taça...
999
O mundo que se pode ser diverso
Do todo quando eu tente de tal modo
Traçar alguma forma de seguir
As ânsias do cenário em turbulência
Um tempo mais suave e talvez possa
Trazer esta expressão bem mais suave.
O tanto se desenha onde suave
Tentasse traduzir o ser diverso
E nisto a solidão agora possa
Tornar o meu anseio a grosso modo
Gerando dentro da alma a turbulência
De um tempo sem limites a seguir.
O quanto na verdade quis seguir
Embora seja a sorte ora suave,
Ainda quando expresse a turbulência
Do tanto que mostrasse o ser diverso,
O mundo se demonstre em claro modo
Meu passo que tentasse, mas não possa...
Ainda quando a vida tente e possa
Trazer o quanto resta a nos seguir
Marcando com ternura cada modo
Que tente desenhar o ser suave,
E nisto noutro rumo mais diverso
O mundo moldaria a turbulência.
O quanto se anuncia em turbulência
Ou mesmo na verdade siga e possa
Trazer este cenário mais diverso
E nele cada farsa a se seguir
Permita o que se tente ser suave
E mostre a própria vida deste modo,
Preparo o meu caminho e sei do modo
Mais claro que produza em turbulência
O sonho mais audaz e até suave
Ditando na verdade o quanto eu possa
E tente com firmeza ora seguir
O rumo que se mostre ora diverso,
O passo tão diverso deste modo
Programe o que seguir em turbulência
Marcando o quanto possa ser suave...
1000
Não vejo como fosse uma promessa
A vida que se espalha em forte vento
O tanto quanto busque e mesmo aceite
Expressa com temor o que viria,
Crepusculares sonhos. Vida embosca
E traça no final rude tocaia,
A luta se anuncia e na tocaia
Apenas o final dita a promessa
Enquanto a solidão agora embosca
Quem sabe e se presume neste vento
Ainda que decerto enfim viria
O tempo não permite nem aceite,
O todo que deveras mais se aceite
Olhando de soslaio esta tocaia,
A vida se transforma e não viria
Sequer alimentar esta promessa
Do quanto se anuncia em raro vento
E a morte neste instante já me embosca,
O quanto da verdade agora embosca
O prazo que meu mundo não aceite
E nisto se deseja mais que o vento
E tanto se moldara em vã tocaia
Na senda feita em torno da promessa
Enquanto nada além eu sei, viria...
O mundo de tal forma inda viria
Vencendo a solidão que tanto embosca
Gerando o quanto possa em tal promessa
E nisto outra verdade não aceite
O verso traduzindo esta tocaia
Que eclode num mais forte e rude vento,
Portanto quando sinto em mim o vento
Marcando o que decerto inda viria
Trazendo o quanto possa na tocaia
O sonho quando envolve e assim embosca
A farsa que deveras mais aceite
Expressa a negação de tal promessa...
Perdida esta promessa solta ao vento
Sem ter quem mais aceite o que viria
O sonho ora me embosca em vã tocaia...
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