quarta-feira, 25 de agosto de 2010

49001 até 50000

1

Es preciso conocer el fin hacia el que debemos dirigir nuestras acciones. En
cuanto conozcamos la esencia de todas las cosas, habremos alcanzado el estado
de perfección que nos habíamos propuesto.
Desde el hombre más noble al más humilde, todos tienen el deber de
mejorar y corregir su propio ser.

Confúcio

O aprendizado eterno em sapiência
Traduz o quanto ainda há de saber
Quem tanto se entranhando pode ver
A vida em sua rara e pura essência,
E tendo deste fato tal ciência
Desvenda o que propõe e passa a crer
Na rara plenitude o próprio ser
Proposição ao quanto em excelência.
Ensinamento, eu tento dia a dia
E neste desenhar eu poderia
Ser bem melhor decerto, e assim procuro
Ao corrigir meus erros corriqueiros
Alçar os mais sublimes paradeiros
Aonde em magnitude, um cais seguro.


2

El hombre noble, cualesquiera que sean las circunstancias en que se
encuentre se adapta a ellas con tal de mantenerse siempre en el centro. En
cuanto conseguía una nueva virtud, se apegaba a ella, la perfeccionaba en su
interior y ya no la abandonaba en toda la vida.

Confúcio

Vencer os sortilégios em humildade
Sabendo ser eterno, este aprendiz
Enquanto a própria vida o contradiz
Um novo amanhecer surgindo invade,
Sem prepotência trace esta verdade
Que muda num constante tom, matiz,
E quando se propõe a ser feliz
Aperfeiçoa assim a realidade.
Conserva dentro em si ensinamentos
Em atos mais audazes nos momentos
Aonde a tempestade se anuncia
E aberto ao que virá sem mais reservas
Os verdadeiros fatos já conservas,
Já que a própria certeza se recria.


3

Mucho más excelente es la virtud del que permanece fiel a la práctica del
bien, aunque el país se hay carente de leyes y sufra una deficiente admintración.


A verdadeira face em plenitude
Ao ser liberta enfrenta estas galés
E neste caminhar só por quem és
A vida se pressente em atitude.
Ainda quando o mundo se faz rude
Justiça se perdendo num revés
Uma alma virtuosa tem aos pés
O quanto na verdade não a ilude.
Obedecer à própria consciência
E disto ter certeza e com ciência
Gerar manso caminho rumo ao tanto,
Vencendo as discordâncias, pois humanas
Ousando em tais certezas soberanas
A paz comigo mesmo assim garanto.


4


interior.
No es verdadera norma de conducta la que se descubre fuera del hombre,
es decir, la que no deriva directamente de la propia naturaleza humana.

Confúcio

Legar ao rude espaço o natural
Da natureza da alma é se perder,
E neste fato infausto esvaecer
Num tétrico caminho rude e mau.
Falsário num aspecto gutural
Explode noutro instante e posso ver
Apenas caricato o tosco ser
Qual hibrido fantoche em espectral.
Violentar-se é crer que a falsidade
Impere sobre a dura realidade
E o passo se transforma em movediço,
Porém quando em perfeita sincronia
A planta com denodo cevaria
E neste desenhar um raro viço.


5

Quien desea para los demás lo mismo que desearía para sí, y no hace a
sus semejantes lo que no quisiera que le hicieran a él, éste posee la rectitud de
corazón y cumple la norma de conducta moral que la propia naturaleza racional
impone al hombre.

Confúcio

Amar é muito mais que algum desejo,
E num compartilhar em mesmo rumo,
O tanto quanto quero em ti aprumo
Retrato de minha alma agora eu vejo
E neste especular instante almejo
O quanto deste fausto ora consumo,
Um mesmo caminhar ao supra-sumo
Transcende ao quanto pude em cada ensejo.
A ti desejo o todo que inda espero
Num franco desenhar claro e sincero
Ousando numa só fraternidade.
Assim quem sabe possa redimir
Os erros e gerar novo porvir
Aonde uma esperança alcance e brade.


6

La perseverancia en el camino recto y la práctica constante de las buenas
obras, cuando han alcanzado su prado máximo de perfección, producen óptimos
resultados; del mismo modo, el fiel cumplimiento del deber dará lugar a beneficios
sin límite, siendo su causa unas fuerzas de naturaleza sutil e imperceptible.


Confúcio.

O quanto se plantando já se colhe
E o tanto quanto cevo diz da messe
Aonde o meu caminho ora se tece
Num rumo que minha alma em paz escolhe,
E o todo se prepara e volta em luz
Gestada pelo amor sem mais medidas,
Unindo com ternura nossas vidas
E um noutro instante em paz compus.
Revigorando a sorte de saber
O quanto deste mundo possa dar
Além do que pudesse imaginar
Seara desenhada em bel prazer,
Uma alma abençoada, clara e rica
Ventura a cada instante multiplica.



7


Estos deberes se refieren a las cinco relaciones siguientes: las relaciones
que debe existir entre el príncipe y los súbditos, entre el padre y sus hijos, entre el
marido y la esposa, entre los hermanos mayores y los menores, y entre los
amigos. El recto comportamiento en estas cinco relaciones constituye el principal
deber común a todos los hombres.

Confúcio

O quanto se entregando sem cobranças
Transcende ao próprio amor em transparência
E neste caminhar rara clemência
Enquanto a distribuis também alcanças,
E quando em noites turvas tu te cansas
Deixando para trás a prepotência
Revigorando em ti a paciência
A fera que te habitas; cedo amansas.
E o todo se reflete a cada passo
E neste desenhar um mundo eu traço
Em harmonia e luz, em plenitude
Permita que isto enfim em ti transmude
Cedendo ao farto amor um raro espaço
Cessando este cenário amargo e rude.


8



Para el buen gobierno de los reinos es necesaria la observancia de nueve
reglas universales: el dominio y perfeccionamiento de uno mismo, el respeto a
los sabios, el amor a los familiares, la consideración hacia los ministros por ser los
principales funcionarios del reino, la perfecta armonía con todos los funcionarios
subalternos y con los magistrados, unas cordiales relaciones con todos los
súbditos, la aceptación de los consejos y orientaciones de sabios y artistas de los
que siempre debe rodearse el gobernante, la cortesía con los transeúntes y
extranjeros, y el trato honroso y benigno para con los vasallos.


Confúcio.

Harmonizar o passo rumo ao farto
E respeitar diversas condições
E nisto com certeza é que compões
O mundo aonde; em paz, busco e reparto,
O quanto se aprendendo a cada instante
Gerando um ser evoluído
Além do que pudera presumido
E um dia mais superno se garante,
As relações humanas ditam regras
E respeitá-las gera o bom saber,
Aprenda a deveras conhecer
Outrem e; nele o tanto quanto integras
Reflexos de nós mesmos noutra face
Sabedoria plena então se trace


9


Si antes de ponernos a hablar determinamos y escogemos previamente las
palabras, nuestra conversación no será vacilante ni ambigua. Si en todos nuestros
negocios y empresas determinamos y planeamos previamente las etapas de
puesta actuación, conseguiremos con facilidad el éxito. Si determinamos con la
suficiente antelación nuestra norma de conducta en esta vida, en ningún momento
se verá nuestro espíritu asaltado por la inquietud. Si conocemos previamente
nuestros deberes, nos resultará fácil su cumplimiento.

CONFÚCIO

Ao conheceres todos os deveres
Verás a magnitude em raro tom
E o quanto disto traça um rumo bom
Sem ter disparidades em poderes,
Em consonância veja os tantos seres,
Ecoam dentro da alma cada som,
Partilha é muito mais do que algum dom,
É nela que te dás a conheceres.
Espaços se respeitam, pensamentos
Diversos geram mais conhecimentos
E deste aprendizado dia a dia,
Ao mais perfeito olhar em divindade
Aproximando sempre da verdade
E nela toda a sorte se veria.


10



El que no es fiel y sincero con sus amigos, jamás gozará de la confianza
de sus superiores.

CONFÚCIO

Apenas quem se mostra mais fiel
Aos que sempre o circundam pode ter
A messe de se dando a conhecer
Expressa o mais louvável, bom papel;
E nisto como um imenso carrossel
A vida se desenha e volta ao ser
Em confiança rara e posso crer
Num homem de princípio em raro véu.
E assim ao demonstrar a confiança
Ao ápice da vida então alcança
No quanto possa haver em hombridade,
Bem mais do que decerto sempre agrade
Ao auge num instante ora se lança
E traz como bandeira a honestidade.


11

¿No sería más eficaz lograr que fueran innecesarios los juicios?, ¿No
resultaría más provechoso dirigir nuestros esfuerzos a la eliminación de las
inclinaciones perversas de los hombres? .

CONFÚCIO

Quem dera se não fossem necessárias
As leis, juízos, regras num limite
Aonde nada disso necessite
As almas tão vorazes, temerárias.
As sendas mais audazes, libertárias
No quanto a própria vida nos permite
Um único horizonte, pois se fite
Gestado pelas claras luminárias
E nelas refletidas almas puras
E nisto a cada instante mais depuras
Caminho em consonância, em harmonia
Sem ter qualquer promessa em lucro ou dano
O amor por si gerir o ser humano
Que neste próprio amor se conteria.


12


Para conseguir que nuestras intenciones sean rectas y sinceras debemos
actuar de acuerdo con nuestras inclinaciones naturales.

CONFÚCIO

O natural de um ser que vive em bando
É ter compartilhado o dia a dia
Enquanto o próprio lar defenderia
Noutro momento, unindo-se e caçando.
E neste desenhar suave e brando
É necessária sempre uma harmonia
E nela esta igualdade se faria
Na divisão de lucros e de danos,
Porém os racionais seres humanos
Lutando contra a mãe mor, natureza
Despreza este princípio e se transforma
Mudando a original e mansa forma
Fazendo de um irmão, também a presa.


13


Cuando el alma se haya agitada por la cólera, carece de esta fortaleza;
cuando el alma se halla cohibida por el temor, carece de esta fortaleza; cuando el
alma se halla embriagada por el placer, no puede mantenerse fuerte; cuando el
alma se halla abrumada por el dolor, tampoco puede alcanzar esta fortaleza.
Cuando nuestro espíritu se haya turbado por cualquier motivo, miramos y no
vemos, escuchamos y no oímos, comemos y no saboreamos.

CONFÚCIO

Movidas pelo duro e vão rancor
Marcadas pela insânia da conquista
Enquanto novo rumo não se avista
As almas entranhadas, desamor.
Devoram sem sequer saber sabor
Olhando na verdade não assista
Dos sonhos nem talvez a menor pista
Perdida fantasia sem se opor.
Assim também se temos no prazer
Razão maior até para viver
Ultrapassamos todos os limites,
E neste vão cenário assim tecido,
O quanto em esperanças vãs lapido
Somente nada vês, nem acredites.



14


Raras veces los hombres reconocen los defectos de aquellos a quienes aman, y
no acostumbran tampoco a valorar las virtudes de aquellos a quienes odian.


CONFÚCIO



Saber já discernir sem pré-conceito
E acreditar na justa divisão,
Podendo perceber e desde então
O quanto de um diverso ser; aceito.
Ousando ver também qualquer defeito
Na própria face ou mesmo de um irmão
Somente assim decerto inda verão
O mundo num mais claro e nobre pleito.
Valorizar os dotes do inimigo
E neste caminhar inda persigo
A sorte mais audaz que já se viça
E gera noutro instante a mesma sorte
E trama com certeza o que me aporte
Moldando nestes termos a justiça.


15


Lo que desapruebes de tus superiores, no lo prácticas con tus
subordinados, ni lo que desapruebes de tus subordinados debes practicarlo con
tus superiores. Lo que desapruebes de quienes te han precedido no lo
practiques con los que te siguen, y lo que desapruebes de quienes te siguen no
lo hagas a los que están delante de ti.

Confúcio


O quanto desaprovas nunca o faças
Assim num coerente e claro agir
Garantirás o mesmo no porvir
Sem tanto mais temeres ameaças,
E quando a vida traz tantas trapaças
E neste desenhar o que há de vir
Enquanto se pudesse resumir
Levado pelas vagas, vãs fumaças.
Da forma que tu tratas qualquer ser
Mal importando o quanto possa ver
Num ato de igualdade és solidário,
E o mundo em consonância se veria
Quem sabe noutro irmão mesma utopia,
Gerando um novo rumo igualitário.


16


No dar importancia a lo principal, es decir, al cultivo de la inteligencia y del
carácter, y buscar sólo lo accesorio, es decir, las riquezas, sólo puede dar lugar a
la perversión de los sentimientos del pueblo, el cual también valorara únicamente
las riquezas y se entregará sin freno al robo y al saqueo.

Confúcio


O quanto valorizo o descartável
Num ato de total insânia eu trago
Invés da placidez de um manso lago
Um mundo com certeza vulnerável,
O passo neste rumo ora execrável
Transporta por si mesmo imenso estrago
E quando desta forma o vão afago
Também me tornaria dispensável.
Valores invertidos, feras cria
E mata alguma luz traçando o dia
Em nuvens tão terríveis refletindo
O olhar bandido e torpe da canalha
Que aos poucos sem limite ora se espalha
Num tosco delirar quase que infindo.


17


Si el príncipe utiliza las rentas públicas para aumentar su riqueza personal,
el pueblo imitará este ejemplo y dará rienda suelta a sus más perversas
inclinaciones; si, por el contrario, el príncipe utiliza las rentas públicas para el bien
del pueblo, éste se le mostrará sumiso y se mantendrá en orden.

Confúcio

Reflexo de seu próprio governante
O povo se transforma enquanto vê
Cenário sem qualquer rumo e só crê
Naquilo quanto pode e se adiante,
Enquanto num momento delirante
A vida se esvaindo sem por que
O olhar que neste espelho se revê
Apenas desvario ora garante.
E tendo como exemplo a bandidagem
Aonde poderia haver um pajem
A mesma dissemina; torpe peste,
E nesta epidemia sem sentido
O senso de justiça já banido
A vida em canalhice se reveste.


18


Si el príncipe o los magistrados promulgan leyes o decretos injustos, el
pueblo no los cumplirá y se opondrá a su ejecución por medios violentos y también
injustos. Quienes adquieran riquezas por medios violentos e injustos del mismo
modo las perderán por medios violentos e injustos.

Confúcio

As ondas que uma pedra traz ao lago
Demonstram num reflexo o quanto a vida
Ao ser; no mesmo tom, pois decidida,
Expressa o quanto busco ou até trago.
O violento quer algum afago?
Esta esperança o tempo não lapida
E marca com somente igual ferida
Um passo em descaminho atroz e vago.
Mostrando a face escusa em violência
Ainda se buscara uma clemência?
A sorte se traduz em igual face
Destarte quando agindo, é temerário
O mundo traz idêntico e contrário
Caminho aonde tudo se desgrace.


19


Sólo hay un medio de acrecentar las rentas públicas de un reino: que sean
muchos los que produzcan y pocos los que disipen, que se trabaje mucho y que
se gaste con moderación. Si todo el pueblo obra así, las ganancias serán siempre
suficientes.

Confúcio

O quanto se gerasse num momento
E noutro dispersasse não traria
A luz do mais suave e claro dia
Tramando tão somente algum tormento;
Aonde trabalhando eu já fomento
O ciclo em mesmo tom se refaria,
Sem ter nem opulência ou regalia
Do quanto ora produzo eu me alimento.
E assim em consonância a caminhada
Demonstra noutra face desenhada
A imagem de um equânime cenário,
E quando compartilha labor/pão
Andando em concordante direção
O lucro é bem maior que o imaginário.


20


La situación en que nos hallamos cuando todavía no se han desarrollado en
nuestro ánimo la alegría, el placer, la cólera o la tristeza, se denomina "centro". En
cuanto empiezan a desarrollarse tales pasiones sin sobrepasar cierto límite, nos
hallamos en un estado denominado "armónico" o "equilibrado". El camino recto del
universo es el centro, la armonía es su ley universal y constante.

Confúcio

Procuro em harmonia um passo além
Gerado por constância e em tal firmeza
Enfrento qualquer rude correnteza
Que certamente um dia ainda vem,
E nisto se liberto e não refém
Tampouco meramente leda presa,
Minha alma se elevando a tal grandeza
O centro em equilíbrio já contém.
E deste desenhar um tanto harmônico
O dia não seria mais agônico
Quando em hedônico delírio traz
Tormento invés da imensa calmaria
Assim no dia a dia perderia
O quanto mais desejo: a própria paz.


21

Cuando el centro y la armonía han alcanzado su máximo grado de
perfección, la paz y el orden reinan en el cielo y en la tierra, y todos los seres
alcanzan su total desarrollo.

Confúcio

A consonante rota aonde soma
Transforma muito além e multiplica
Tornando esta seara bem mais rica
Enquanto a fúria insana toca e doma,
E neste desenhar a própria messe
Gerada em consistente passo trama
Bem mais do quanto pôde em mera chama
E assim um novo rumo se obedece.
O desenvolvimento em harmonia
Presume a mais perfeita solução
E neste desenhar se moldarão
Cenários onde a sorte em paz nos guia.
Gestando uma colheita bem maior
Traçada em divisão de pão, suor.

22


Cuando el hombre prudente es elevado a la dignidad soberana, no se
enorgullece ni envanece por ello; si su posición es humilde, no se rebela contra los
ricos y poderosos.

Confúcio

O quanto com prudência; se percebe
E traz uma harmonia redentora
Aonde no contrário sempre fora
Terrível, desonesta árida sebe.
Limites não podendo ultrapassar
No quanto se respeita o semelhante
E nisto também cresça e se agigante
Tomando consistente e bom lugar.
Imprudência gerando intolerância
Apenas leva ao fim e nada traz,
O quanto se desenha em tom mordaz
Transgride e não permite a concordância
E neste caminhar rumo à falência
A vida se perdendo em consistência.


23


Cuando el reino es administrado con justicia y equidad, bastará su palabra
para que le sea conferida la dignidad que merece; cuando el Reino sea mal
gobernado, y se produzca disturbios y sediciones, bastará su silencio para salvar
su persona.

Confúcio


Justiça transformando-se em justiça
Dirime qualquer erro e basta a si,
E neste rumo o tanto percebi
A sorte noutra face, movediça,
E quando tanta coisa se cobiça
Tramando outro cenário desde aqui
Apenas o vazio eu revivi
E a vida na verdade não mais viça.
Calar-se quando injusto este reinado
Num déspota caminho desolado,
Apenas te protege e nada mais,
Porém quando se mostra em plenitude
O passo com firmeza não ilude
Nem gera; impunemente, os temporais.


24


Todos los seres participan en la vida universal, y no se perjudican unos a
otros. Todas las leyes de los cuerpos celestes y las que regulan las estaciones se
cumplen simultáneamente sin interferirse entre sí. Las fuerzas de la naturaleza se
manifiestan tanto haciendo deslizar un débil arroyo como desplegando
descomunales energías capaces de transformar a todos los seres, y en esto
consiste precisamente la grandeza del cielo y de la tierra.

Confúcio


O mundo em harmonia se formara
E nesta sóbria face vê-se o encanto
Aonde num cenário eu adianto
A plenitude rara em tal seara,
Porém quando a incerteza se escancara
Gerando tão somente o vão quebranto
Decerto só verás a dor e o pranto
Marcando invés da tarde imensa e clara,
A fúria por poder, ganância escusa
E neste passo insano tanto abusa
Quem pensa tão somente em vã fortuna,
E saiba que em verdade a natureza
Quando se mostra assim, qual mera presa
A cada novo instante mais nos puna.


25


El sabio pretende que sus acciones virtuosas pasen desapercibidas a
los hombres, pero día por día se revelan con mayor resplandor; contrariamente, el
hombre inferior realiza con ostentación las acciones virtuosas, pero se
desvanecen rápidamente. La conducta del sabio es como el agua: carece de
sabor, pero a todos complace; carece de color, pero es bella y cautivadora; carece
de forma, pero se adapta con sencillez y orden a las más variadas figuras.


Confúcio


O fato de ser tanto só por ser
Já gera a mais real satisfação
E nisto pouco importa se verão
Ou mesmo se te traz ledo prazer.
O quanto retratado pode ver
Quem sabe desenhar a direção
E nisto com total moderação
Num mundo mais equânime irei crer;
Porém ao se mostrar em tosca face
Depressa se consegue e logo passe
Volátil caminhada rumo ao nada,
E quando presumida uma ventura
A sorte nesse instante não perdura
Seguindo sem sentido a velha estrada.


26


Contrólate a ti mismo hasta en tu casa; no hagas, ni aún en el lugar más
secreto, nada de lo que puedas avergonzarte.

Confúcio


Vigia-te, porquanto a vida seja
Da forma mais tranquila e coerente,
E nisto não somente uma aparente
Realidade aonde o nada eu veja,
A vida em consonância é benfazeja
E mesmo que outro rumo ora te tente,
O passo com firmeza e competente
Traduz o quanto em ti já se azuleja.
E sendo desta forma o dia a dia
O quanto pode mesmo e não faria
Gerando um fato harmônico e concreto,
Não divergir jamais de teu caminho
É quando; em divindade, tu és vizinho
Quiçá mesmo quem sabe, o predileto.



27


Sin ofrecer bienes materiales el sabio se gana el amor de todos; sin
mostrarse cruel ni encabezado, es temido por el pueblo más que las hachas y las
lanzas.

Confúcio

Somente o pleno amor em liberdade
Transcende ao mais supremo e rude algoz,
E nisto imperativa a mansa voz
Que tanto em tom suave nos invade.
Pois sendo libertária uma verdade
Impede qualquer rumo mais atroz
E cala a própria senda mais feroz
Que inútil, tolamente cedo brade.
E nisto se consiste a sapiência
Gerada pela livre consciência
Num passo mais conciso e decisivo,
Bem mais do que decerto a penitência
A vida noutro rumo dá ciência
Superior a todo lenitivo.


28


La pompa y la ostentación sirven de muy poco para la conversión de los
pueblos.

Confúcio

A história de um império se repete
Noutro momento e traz a mesma face,
E nisto se mostrando aonde grasse
O quanto em mesmo rumo já compete,
O olhar num ledo espelho ora reflete
A desdenhosa senda onde se trace
Na ostentação soberba se desgrace
Gerando tão somente vãos confetes.
Em Roma, Babilônia quando a pompa
Supera a consciência sempre irrompa
A furiosa tez do desperdício,
E nisto se desenha a cada fase
E o tempo neste fausto não embase
Traçando meramente o precipício.

29



Si el hombre sabio observa una conducta displicente, no inspirará respeto;
si se limita a estudiar, sus conocimientos no serán profundos. Debéis ser siempre
sinceros, fieles y actuar con buena fe. No entabléis amistad con personas de
virtud o conocimientos inferiores a los vuestros. Si tenéis algún defecto, procurad
corregirlo.


Confúcio

Quando te espelhas noutra face, seja
Ao menos tão sobeja quanto a tua
E neste caminhar a vida atua
Bem mais do que decerto em vão se veja
Compartilhando a estrada benfazeja
Espalhas como um sol a luz à lua
E neste desenhar a alma flutua
Por mais que a vida inglória ora dardeja.
Porém quando no lodo sempre pisas
Gerando tempestades queres brisas?
Insólito caminho em sal e fel,
Marcando em virulência o dia a dia
Apenas mera sombra se veria
Teimando nesta lama haver o céu.


30


La cortesía que debe presidir nuestras actuaciones cotidianas se
fundamenta principalmente en el respeto y comprensión hacia todos.

Confúcio


O quanto a cortesia já traduz
A própria cortesia em consonância
E gera com ternura uma abundância
Marcando em plenitude a imensa luz.
O passo em coerência reproduz
O quanto se mostrara em concordância
E nisto se moldando a rara estância
Aonde o pensamento em paz eu pus.
O respeitar limites rege a sorte
E nela tão somente o que comporte
A quem em seu direito e nada além,
E quando as diferenças respeitando
O mundo mais suave, manso e brando
Deveras neste instante nos contém.






31


Se puede calificar de " hombre superior " el que primero pone en práctica
sus ideas, y después predica a los demás lo que él ya realiza.

Confúcio

Um ato refletindo o pensamento
Permite em coerência a vida em paz
E neste desenhar o ser audaz
Presume num maior acolhimento
Do todo e se espalhando ao próprio vento
Realizando o quanto busca e faz,
Num consonante passo enquanto o traz
Bem mais do que decerto um vão momento.
E neste caminhar é que se vê
A vida em plenitude e em seu por que
Redimindo-nos mesmo e nos salvando
Porquanto o que semeias; logo o colhas
A sorte se fazendo em tais escolhas
Senão a perderia, um ledo bando.

32



La verdadera ciencia consiste en conocer que se sabe lo que realmente se
sabe, y que se ignora lo que en verdad se ignora. En esto consiste la verdadera
sabiduría.

Confúcio


Saber o quanto sabe e tão somente
E nisto se preserva esta humildade
Gerando em consistência o quando brade
Da própria sapiência se alimente,
E apenas demonstrar esta semente
Colhendo o quanto planta e além da grade
Procurar sempre ver toda a verdade
Aprendendo e gestando o quanto atente.
Jamais se acreditar numa vanglória
Moldando a face falsa da vitória
Cevar o quanto nunca colheria,
E assim a própria sorte se traduz
No exato desenhar da tua luz
Gerenciando assim, sabedoria.

33




Aprende a escuchar sin descanso para disipar tus dudas; mire tus palabras,
para que nada de lo que digas sea superfluo; sólo de este modo lograrás evitar
todo error. Obsérvalo todo, para prevenir los daños que pudiera ocasionarte una
insuficiente información. Controla tus acciones, y así no tendrás que arrepentirte
con frecuencia de ellas. En cuanto hayas conseguido que tus palabras sean
normalmente rectas, y no debas arrepentirte con frecuencia de tus acciones, serás
digno del cargo que ocupas.

Confúcio

Pensar bem antes mesmo de seguir
E nisto com prudência desenhar
O quanto se buscando em tal lugar
Presume a própria paz no teu porvir.
E quando imaginar outro cenário
Ouvindo muito mais do que falando,
E nisto desvendar um rumo brando
Aonde temerário se, ao contrário.
Perdoar é melhor, tenha a certeza
Do que se arrepender a cada instante
Num ato de insolência intolerante
Na retidão gerando esta nobreza,
Porquanto a vida traz sem imprudência
O quanto se administra em coerência.

34


Conocer lo que es justo y no practicarlo es una cobardía.

Confúcio

O quanto se conhece da justiça
E praticando um ato noutra face
E nisto esta fraqueza demonstrasse
Moldando a vida em tez mais movediça.
Porquanto a realidade não cobiça
O quanto noutro rumo já se trace
Mostrando o doloroso e rude impasse
Aonde uma incerteza apenas viça.
E assim de ti somente a paz se aguarde
Senão mero canalha, outro covarde
No injusto desenhar em desalento
Gerando novo vórtice ao invés
De demonstrar deveras quem tu és
Num passo traduzindo alheamento.


35


El hombre superior no discute ni se pelea con nadie. Sólo discute cuando
es preciso aclarar alguna cosa, pero aún entonces cede el primer lugar a su
antagonista vencido y sube con él a la sala; terminada la discusión, bebe con su
contrincante en señal de paz. Estas son las únicas discusiones del hombre
superior.

Confúcio

No embalde debater a cada idéia
Tramando como guerra o que seria
Apenas discordância e dia a dia
Jogando insanamente pra platéia,
Assim numa terrível alcatéia
Outra armadilha insana criaria
A fera que decerto em agonia
Marcasse o quanto pode em assembléia.
Ao construir em passo consonante
Um novo amanhecer já se garante
Na justa divisão e em concordância
Sem crer noutro cenário onde degrade
Justeza com superna claridade
Traçando o quanto dita em elegância.


36





Los hombres ambicionan las riquezas y los honores, pero si no es posible
obtenerlos por medios honestos y rectos, deben renunciar a estos bienes. Los
hombres huyen de la pobreza y de las injurias, pero, si no pueden evitarse por
caminos honestos y rectos es preciso aceptar estos males.

Confúcio


Uma ambição limita-se em verdades
Respeitando caminho em honra e glória
E traduzir na paz toda a vitória
Além do quanto mesmo só te agrades.
E assim nestas constantes claridades
Jamais se demonstrar qualquer vanglória
Gerando a plenitude em tua história
Sem que deveras já degrades.
Assim se permitindo em tal justiça
Superior ao quanto se cobiça
Somente por gestar e nada mais,
Assim o mundo pode se mostrar
Num reto e concordante caminhar
Deixando no passado os grãos venais.


37



Los defectos y faltas de los hombres dan a conocer su verdadera valía. Si
examinamos con atención las faltas de un hombre, llegaremos a conocer si su
bondad es sincera o fingida.

Confúcio

Uma alma se desnuda em coerência
E nisto se demonstra quem tu és
Diverso do caminho onde em viés
Tu bradas com soberba ou eloqüência.
A messe se traduz em virulência
Enquanto te traduzes em revés
E neste desenhar tramas galés
Agindo sem pudor com imprudência.
Aceitar a pobreza sem vender-se
Ou ter a face em vão, prostituída,
Mostrando apodrecida a própria vida
Ou noutro instante mesmo corromper-se.
Destarte te afastando do venal
Constróis outro cenário em nada igual.


38



Observad a los sabios para comprobar si vosotros poseéis sus virtudes.
Observad también a los perversos para meditar en vuestro interior si estáis libres
de sus defectos.

Confúcio


Observando noutro semelhante
Espelhas a tua alma nesta face
Porquanto quando atroz caminho trace
Outro decerto igual já se garante.
Da pequenez até a mais gigante
Faceta aonde o todo se mostrasse
Desnudo desenhar sem mais embace
Reflete a nossa vida a cada instante.
Moldando-se no bom serás também
E quando do nefasto és um refém
Mostrando neste espelho o mesmo traço
Do quanto poderia em plenitude
O passo em descompasso tanto ilude
Gerando invés do farto o mesmo, escasso.







39

Los que controlan en todo momento sus actos, raras veces se desvían del
camino recto.

Confúcio

O controlar o passo rumo ao farto
Traduz em ato nobre o dia a dia
E neste caminhar se poderia
Mostrar o quanto tenho e já reparto,
Mas quando noutro instante não comparto
Minha alma ao mesmo instante perderia
E nisto outra faceta mais sombria
Expulsaria a lua deste quarto.
E a messe em trevas feita, vã fortuna
Noutro momento a vida tanto puna
Causando a dor temida, dura algoz
Rompendo os velhos laços da verdade,
Apenas o terror atroz invade
Rompendo da esperança, os frágeis nós.


40



Una virtud nunca puede subsistir aislada; siempre ha de hallarse protegida
por otras virtudes.

Confúcio

Um passo se isolado nada traz,
A estrada é bem maior e mais constante
E nisto noutro passo se adiante
Tramando com ternura a sorte e a paz.
O ser e persistir tanto tenaz
Deveras novo rumo nos garante
E o quanto se mostrando radiante
Afasta outro cenário vão, mordaz,
É nisto que consiste uma virtude
Não numa sombra frágil que inda ilude
O incauto passageiro em tom aéreo
Um brado solitário não se ouvindo,
Porém quando em conjunto é quase infindo
E vence mesmo o vago e imenso etéreo.


041

Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos. Com nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo.
Buda


O quanto poderemos ou fazemos
Depende deste livre pensamento
E quando outro cenário ainda tento
Ousando neste mar diversos remos
Decerto tantas vezes nós podemos
Fugir do tolo e vago alheamento
E nisto renovar cada momento
Enquanto noutro espaço nos vertemos.
É necessário crer mesmo que incrível
Caminho, assim tornando mais possível
Um passo rumo ao todo, muito além
Do quanto ao ausentar-me se obteria
Tornando até palpável a utopia.


42

Sua tarefa é descobrir o seu trabalho e, então, com todo o coração, dedicar-se a ele.
Buda

Dedica-te ao que tanto necessita
Da luta com ardor e mais pujança
Somente quem assim, todo se lança
Atinge alguma luz quase infinita,
A sorte se mostrando mais bendita
Enquanto dia a dia sempre avança
Ousando neste olhar em confiança
E em tal labor verás a tua dita.
Assim na redenção de teu trabalho
O quanto se puder sem ato falho
No amor e tão somente tu terás
Além do que pensavas ter qual rumo,
E quando em tal cenário eu me acostumo
Encontro o meu desejo feito em paz.


43



Só há um tempo em que é fundamental despertar. Esse tempo é agora.
Buda


O tempo é desde agora e sempre e já
Não deixe que se passe tal momento
E quando deste sonho eu me alimento
O todo se mostrando brilhará,
Ousando num instante, se verá
Além do que pensava em desalento
Jogado sem sentido em tosco vento,
Aos poucos, com certeza aprumará.
Assim ao se mostrar em segurança
O mundo se transforma e agora alcança
O tanto quanto pude acreditar,
E tendo com firmeza cada passo,
O mundo desejado agora abraço,
Bastando tão somente o despertar.


44


A paz vem de dentro de você mesmo. Não a procure à sua volta.
Buda

O quanto existe em ti traduz teu ato,
E neste desenhar tua alma expões,
Diversas são as tantas direções
E nelas com certeza eu me retrato,
O pensamento dita o que resgato
Ou mesmo transcendo em negações
Tramando dia a dia soluções
Enquanto o meu caminho; ali constato.
Destarte a paz que tento e assim procuro
Num mundo turbulento ou inseguro
Apenas dentro em mim posso encontrá-la.
Sabendo ser possível desde que
O quanto de meu mundo se revê
Liberta uma alma outrora vã, vassala.

45


Persistir na raiva é como apanhar um pedaço de carvão quente com a intenção de o atirar em alguém. É sempre quem levanta a pedra que se queima.
Buda


Enquanto agir com fúria, em tempestades
Os erros cometidos de tais formas
Que deles outros tantos já deformas
E neste desenhar logo degrades.
Os dias se permitem liberdades
E delas se desenham regras, normas,
Somente em paz deveras tu transformas
E torna mais possíveis claridades,
E quando irado agires, com certeza
Da própria insanidade serás presa
E o fogaréu que espalhas o alcançando,
Reflexo de um momento mais atroz,
Em ti se percebendo a turva foz
De um tempo mais feroz, mesmo nefando.

46

Um amigo falso e maldoso é mais temível que um animal selvagem; o animal pode ferir seu corpo, mas um falso amigo irá ferir sua alma.
Buda

O quanto pode até ferir-te a fera,
Um fato tantas vezes revelado
Ou mesmo noutro foco imaginado,
Pois dela cada bote já se espera,
Assim a própria sorte se tempera
No quanto poderia realçado
E o dia noutro rumo ora traçado
Ficando nesta clara e leda esfera.
Porém uma amizade em tons tão falsos
Gerando inesperados tais percalços
Decerto fere além e mais profundo,
Aonde poderia ter apoio,
Infesta tal trigal, um turvo joio
Num antro tão nefasto quanto imundo.



47

Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.
Buda


Nem tudo o que reluz traduz tesouro,
Nem mesmo a vida dita só verdades,
Imagens do passado quando invades
Mostrando um falso tom de ancoradouro,
E quando em sol fictício eu tento e douro
Apenas turbulências tramam grades
Que impedem necessárias liberdades
E matam desde o tenro nascedouro,
Analisando os fatos e as palavras
Decerto o teu caminho mesmo lavras
Gerando uma colheita que é só tua,
Verdade incontestável? Não conheço,
Caminhos se fazendo em tal tropeço
Uma alma já liberta além flutua.



48


tudo o que é passageiro é uma ilusão que vem nos incomodar.
buda


O quanto poderia ser diverso
De o frágil desenhar deste momento
E quando na verdade eu me alimento
Gerando da ilusão sonho disperso,
Fugacidade rege este universo
E traça tão somente o desalento
Destarte o que deveras diz provento
Recende ao passo alheio e já submerso,
Esvaecendo rápida, a “verdade”
A cada novo dia se degrade
Gestando o que incomoda e me atrapalha,
A vida se desenha de tal forma
Que enquanto num segundo se transforma
Marcando como fogo em leda palha.


49

Um homem só é nobre quando consegue sentir piedade por todas as criaturas
Buda


Retratando-te em cada ser vivente
Imagem de tua alma se transforma
E toma absoluta e nobre forma
Num ato tão sensato quão clemente,
E assim a presumir o que se sente,
Respeitando deveras cada norma
O passo num instante ora te informa
Do todo soberano e previdente.
Já não mais caberia outro caminho
E quando em tal momento ali me aninho
Encontro resgatada uma alma em paz,
Diversos, porém unos neste mundo
Num sentimento claro e mais profundo
A vida numa vida se refaz.

50


Todos os seres vivos tremem diante da violência. Todos temem a morte, todos
amam a vida. Projete você mesmo em todas as criaturas. Então, a quem você poderá
ferir? Que mal você poderá fazer
Buda

A violência espúria traz apenas
A mesma violência noutra face,
E o todo no vazio transmudasse
Gerando o quanto em ti já te condenas,
Assim como atitudes mais serenas
Tramando o que deveras se mostrasse
Vencendo em mansidão qualquer impasse,
Traçando luzes claras, sempre amenas;
Compartilhar o todo em mansidão,
Respeito a cada ser e desde então
Terás o teu caminho mais suave,
Sem nada que deveras tanto o entrave,
Liberto coração traduz tal fato
Aonde a plena paz, enfim retrato.



51




"O Eu é o mestre do eu . Que outro mestre poderia existir ?
Tudo existe , é um dos extremos.
Nada existe é o outro extremo.
Devemos sempre nos manter afastados desses dois extremos,
e seguir o Caminho do Meio."
Buda


O quanto se extremasse numa vida
Gestando outra atitude em reação
Tramando a mais espúria direção
Trazendo imagem turva e distorcida,
E assim cada passagem sendo urdida
Marcando com imenso turbilhão
Aonde é necessária a mansidão
Causando; a todo instante, outra ferida.
Uma existência feita em tempestade
Matando em nascedouro a liberdade
Degrada nossa história e seca o veio,
No estio mais atroz, o dia a dia
E nisto a insensatez já se veria,
Caminho em redenção? Sempre o do meio.


52

Feliz aqueles cujo conhecimento é livre de ilusões e superstições
Buda


O ser ultrapassando o imaginário
Traduz felicidade e com certeza
Maior que qualquer sonho ou correnteza
O rumo se desenha além do vário.
E neste traduzir sem temerário
Momento transformando em mera presa
Quem tanto poderia com leveza
Traçar a redenção neste cenário.
Destarte ao vencer as ilusões
E nelas as banais superstições
Podendo ser liberto o quanto quis,
Transcendes aos que possa se moldar
Na imagem deturpada a te rondar,
Decerto enfim serás bem mais feliz.


53

O ódio nunca desaparece, enquanto pensamentos de mágoas forem alimentados na mente. Ele desaparece, tão logo esses pensamentos de mágoa forem esquecidos.

BUDA




Tramando-te com ódios e rancores
Deveras tanta mágoa que alimentas
No fundo são também tuas tormentas
Seguindo mesmo aonde tu te fores,
Destarte tu terás tais dissabores
E nestes com certeza tu enfrentas
As noites solitárias, virulentas
Matando em teu canteiro as belas flores.
E quando agindo assim se refletindo
Em ti o que deveras traz o infindo
Cenário em turbulência e nada mais,
Traçando a cada instante um vão cenário,
E nele todo passo é temerário
Gerando tão somente os vendavais.


54


Se o telhado for mal construído ou estiver em mau estado, a chuva irá entrar na casa; assim a cobiça facilmente entra na mente, se ela é mal treinada ou fora de controle.

BUDA


A disciplina rege o dia a dia
E tendo com firmeza ali teus pés
Enfrentarás decerto algum revés
Que a vida tantas vezes já traria,
Assim ao se mostrar a vilania
Gerando a cada instante tais galés
Atando-te deveras, por quem és
A sorte se traduz em agonia,
Ao crer ser mais possível liberdade,
O todo noutro rumo não degrade
Tampouco se perdendo em vã cobiça,
Fortuna ao ditar cada momento
Enquanto da alegria eu me alimento,
A vida não se mostra tão mortiça.


55


Uma mente perturbada está sempre ativa, saltitando daqui para lá, sendo difícil de controlar; mas a mente disciplinada é tranqüila; portanto, é bom ter sempre a mente sob controle.

Buda

O quanto ao controlar tuas vontades
E delas traduzir em paz, a vida
Permite uma certeza resumida
No todo aonde em luz, mais alto brades,
E sendo mais possíveis claridades
Na sorte desenhada e assim urdida,
O tanto se traduz; cura a ferida
E deste bom caminho não te evades.
Um passo com firmeza se desenha
E neste teu momento só convenha
O todo traduzindo em paz, somente
Destarte a placidez que determina
O dia mais suave onde se atente
Obedecendo sempre à disciplina.


56

Aquele que protege sua mente da cobiça, e da ira, desfruta da verdadeira e duradoura paz.

Buda

Somente quem não deixa que a cobiça
Invada o dia a dia e determine
O quanto de seu mundo mais sublime
Adentre numa terra movediça
Enquanto tal imagem já não viça
O todo se perdendo não redime
Tampouco noutro tanto ora estime
O que deveras dite a dura liça,
Assim como também uma ira trama
O duro desenhar em fúria e chama
Gestando a face escusa onde se faz
A guerra sem sentido e mata a paz
Aonde duradoura poderia
Gerando uma emoção atroz, sombria.

57


Numa viagem, um homem deve andar com um companheiro que tenha a mente igual ou superior a sua; é melhor viajar sozinho do que em companhia de um tolo.

Buda

O quanto se perdendo num caminho
Aonde tão somente a estupidez
É tudo o que deveras inda vês
Num ato tão escuso quão daninho,
Deveras é melhor estar sozinho
E neste desenhar o que inda crês
Marcando outro momento, insensatez
E neste vão cenário, mais mesquinho.
O todo se desenha em tal tolice
E nela cada passo contradisse
Enquanto poderia ser diverso,
E assim ao se mostrar na companhia
De quem somente o rude mostraria
Iguala com o mesmo este universo.

58


É parte da cura o desejo de ser curado.
Séneca

Enquanto em tratamentos desejamos
A cura esta se faz muito mais clara
E deste desenhar já se declara
O quanto nós queremos e buscamos,
E neste desejar se somos amos
A fonte se mostrando quando alçamos
Ao todo e na verdade a sorte rara
Transforma da maneira onde se ampara
Alçando o quanto temos e encontramos.
Destarte o que traçamos se apresenta
Na face mais tranquila e mais sedenta
Aonde cada dia se desnuda
E quando a sensação se faz presente
Da cura e nela vejo claramente
Porquanto a decisão decerto ajuda.


59

É válido procurarmos conhecer a que má e penosa servidão nos sujeitamos quando nos abandonamos ao poder alternado dos prazeres e das dores, esses dois amos tão caprichosos quanto tirânicos.
Séneca


No quanto a vida traça em tal prazer
A imensa servidão tão caprichosa
Destarte enquanto o todo em vão se goza
Mostrando imensurável e vil poder
Assim também eu posso sempre ver
Na dor imagem turva e rancorosa
E desta sensação atroz, penosa
Gerando a cada instante o desprazer,
E em tal face diversa que se cria
Assim na imensidão da tirania
Gestando dentro em nós tal turbulência
Nos vórtices mais duros e vorazes
Enquanto em discrepância tanto trazes
Criando tão somente a virulência.

60


Muitas coisas não ousamos empreender por parecerem difíceis; entretanto, são difíceis porque não ousamos empreendê-las.
Séneca

Dificuldade enquanto se aparenta
Gerando outro problema a ser vencido
E neste desenhar me dilapido
Gestando por mim mesmo tal tormenta,
E quantas vezes isto ora acrescenta
O medo noutro passo decidido
E quando o dia a dia é presumido
Na dura realidade mais sangrenta,
Assim criamos nós o contratempo
Aonde poderia noutro tempo
Com mais serenidade se vencer,
O todo se transforma em mais nefasto
Quando da realidade mais me afasto
Criando um empecilho, sem saber.


61

Nada é tão lamentável e nocivo como antecipar desgraças.
Séneca

Desenho pré-moldando uma desgraça
Gerando muito além do que pudera
A imagem tão temível da quimera
Aonde há pouco fogo e tal fumaça
E desta forma sempre além se traça
E nisto o próprio engodo degenera
Causando muito além do que se espera
A fúria enquanto o torpe; tanto grassa,
Num lamentável manto já puído
E assim a cada instante dilapido
O que decerto eu não soubera ver,
Um gesto em dores fartas se me crivo,
Trazendo este cenário mais nocivo
Gestando antes do todo, o desprazer.


62


Nossa pátria é onde nos sentimos bem.
Aristófanes

Meu lar é onde eu possa ter certeza
Do quanto bem me sinto ainda que
Outro cenário além do que se crê
Pudesse retratar com tal surpresa,
E neste desenhar em mesa farta
A sorte tantas vezes se traduz
Na imagem demonstrada em clara luz
Da qual a nossa vida não se aparta,
Aonde me sentisse sempre bem
É lá que eu estarei e serei grato
E tanto nisto tudo me retrato
Marcando o quanto possa e sei que tem,
Ali eu me adotara e como tal
Transcendo até ao mero tom natal.


63

Quem é sábio, aprende muito com os seus inimigos.
Aristófanes


Observando quanto tanto nos odeia
Talvez aprenderemos muito além
Do que somente aquilo que provém
De quem deveras sempre nos rodeia.
Traduz sabedoria o perceber
E nisto a cada instante desenhando
Outro cenário mesmo quando infando
Gerado em tom diverso do prazer,
Assim ao se mostrar diversidade
O todo se absorvendo num instante
Quem sabe noutro rumo se garante
Além do que decerto em paz se brade,
Por isso muita vez o que persigo
Aprendo quando vejo este inimigo.


64


A juventude envelhece, a imaturidade é superada, a ignorância pode ser educada e a embriaguez passa, mas a estupidez dura para sempre.
Aristófanes


Sendo irremediável a estupidez
Somente em tal cenário degradante
A vida não produz num outro instante
Aquilo que decerto ainda crês
O tempo ensina muito, assim também
O dia a dia pode transformar,
Moldando com certeza devagar
E neste outro momento sempre vem,
Na embriaguês o quanto é passageira
A própria insanidade também passa,
Porém é bem maior esta desgraça
Da qual já com certeza nada queira
Quem mesmo sob a força da benesse
Jamais até com dor, amadurece.


65


como é sábio aquele que não julga sem ouvir a outra parte
aristofanes


Julgar sem ter certeza do que tanto
Pudesse traduzir sem ter ouvido
Versão de cada ser ora envolvido
No errático cenário onde me espanto,
E assim enquanto o engano em vão garanto
Trazendo em antemão já resolvido
Verdade a cada passo eu dilapido
Gerando no final o desencanto,
Ousasse acreditar em tal falácia
E dela ser a vítima da audácia
Gestando este imbecil pré-julgamento,
E exposto às variantes tu te enganas
E marcas com as cenas mais profanas
No olhar deveras tolo e desatento.


66


A riqueza de uma nação se mede pela riqueza do povo e não pela riqueza dos príncipes.
Adam Smith


Toda injustiça traz numa aparência
Diverso do que dita a realidade
Um ar aonde o todo se degrade
Mostrando tão somente a violência
E neste fato vejo uma ingerência
Da tosca e mais atroz onde se invade
Matando desde já tal claridade,
E nisto se mostrara uma impotência,
Riqueza do soberbo soberano
Enquanto a plebe vive em pleno dano,
Marcando tão somente a espúria face
E nisto é falsa imagem da riqueza
Traçada com terror, dura vileza
O quanto a cada engodo nos desgrace.


67

A ciência é o grande antídoto do veneno do entusiasmo e da superstição.
Adam Smith


Somente na ciência eu posso ver
A vida realmente sem face clara
E quando outro caminho se declara
Marcado pelas sendas do prazer,
Destoa do que tanto posso crer
E trama com astúcia tal seara
E nela simplesmente se escancara
Veneno a nos tocar e a embrutecer,
Assim ao se mostrar ledo veneno
Aos erros mais ferozes me condeno
Criando esta ignorância mais atroz,
E quando se mostrara em tal crendice
O quanto se aprendera e se desdisse
A toda vã tolice dando voz.


68


O consumo é a única finalidade e o único propósito de toda produção.
Adam Smith


O quanto se consome traz certeza
De toda a produção e de tal forma
A vida num momento se transforma
E gera a cada passo esta grandeza,
Assim o quanto existe é mera presa
E deste desenhar constante norma
Enquanto o dia a dia se conforma
Seguindo a variável correnteza,
Destarte em tal propósito se vê
E dita este caminho e seu por que
Traçado o quanto agora já resumo,
Moldando o quanto enfim tanto produz
Reflexo desta sorte em contraluz
Gerada tão somente por consumo.


69

A ambição universal do homem é colher o que nunca plantou.
Adam Smith

Colher o que deveras não se planta
Uma ambição decerto universal,
Num ritmo com certeza desigual
Aonde à própria sorte já garanta
A força desenhada sendo tanta
E neste mais sombrio ritual
Chupins neste momento tosco e mau
A voz noutro sentido se levanta,
O caos gerado após pouco me importa,
Deveras ao abrir cada comporta
Inundação se mostra em correnteza,
Melhor ser caçador do que ser presa
E nisto se consiste esta colheita
E nela a humanidade se deleita.


70


Superiores pelo amor, mais dispostas a subordinar a inteligência e a atividade ao sentimento, as mulheres constituem espontaneamente seres intermediários entre a Humanidade e os homens.
A. Comte


Na sensibilidade se presume
O quanto se é decerto bem maior
E neste caminhar eu sei de cor
O todo que em verdade ora se assume
Marcando o dia a dia com nobreza
E nisto com certeza as rédeas tomem,
Bem mais do que decerto qualquer homem,
Com toda inteligência e sutileza,
De quem sabe do amor e nele rege
O passo rumo ao tanto em claridade,
E quando esta certeza agora invade
Bem mais do que a fúria em tom herege
Da humanidade plena se aproxima,
Mulher que traz no amor superno clima.




71



A liberdade é o direito de fazer o próprio dever.
A. Comte


A liberdade apenas se conquista
Sabendo o seu dever e nele até
Ousando superar qualquer galé
Mantendo o seu direito sempre à vista,

E o quanto se presume a cada instante
Do que já poderia, obrigação,
Tramando a cada passo a decisão
E nela o todo em paz já se garante,

Destarte ao se mostrar em plenitude
Liberto das correntes, das algemas
Deveras com certeza nada temas,
Nem mesmo o quanto a vida nos ilude,

Marcando cada dia com tal fato,
O libertário sonho enfim constato.


72


A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original.
Albert Einstein


Libertando o pensar se amplia o mundo
E gera além do todo muito mais,
E nestes rumos raros, magistrais
A cada pensamento eu me aprofundo
E nisto vou cerzindo outro caminho,
Marcando o dia a dia de tal sorte
Que toda esta certeza se comporte
Além deste cenário mais mesquinho,
Abrindo a minha mente eu sei tão bem
Do quanto tantas vezes poderia
Ousando noutro intento a cada dia
Traçando o que decerto mais contém
E sei deste cenário aonde eu pude
Tocar com mais firmeza a plenitude.

73


O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.
Albert Einstein

Uma omissão se mostra mais daninha
Do que deveras vejo em qualquer ato,
Assim a cada instante ora constato
A sorte aonde o incerto já se aninha,
Marcando com terror o dia a dia
Apenas o vazio toma a cena
E a face mais atroz sempre condena
Matando o que decerto ainda havia
Gestando tão somente a dor e o medo
E neste caminhar enfrento o lodo,
E a cada novo instante em ledo engodo
O passo noutro rumo ora concedo,
Desnuda realidade se apresenta
Gerando com terror leda tormenta.



74

Ao libertar meu sonho tanta vez
Desvendo muito além de uma ilusão
E sei dos tantos dias que trarão
O quanto num instante ainda vês
E o todo se perdendo em altivez
Mergulho neste abismo e desde então
A vida se desenha em tal senão
Aonde meu caminho se desfez,
Gerasse dentro da alma alguma luz
E neste desejar inteiro eu pus
O sonho mais feliz ou mesmo até
Vencendo os meus anseios e rancores
Pudesse desenhar mais belas flores
Num mundo que se faz só por quem é.

75

Trouxesse algum alento a quem procura
Vencer os dias turvos noutro passo,
E quando este caminho ainda traço
Marcando uma esperança em tal moldura,
A vida noutro enredo se assegura
E gera muito além deste compasso,
Ocupa sem perguntas cada espaço
E trama o que decerto em mim perdura,
Trazendo algum alento a quem sofrendo
Só vê cada cenário mais horrendo
Tocando com terror o dia a dia,
Pudesse acreditar noutro cenário,
Enquanto; o mundo, o vejo temerário
E a sorte a cada instante não veria.


76

Se resolutamente ainda tento
Sentir este vigor mais juvenil,
O quanto na verdade inda se viu
Completa o meu caminho em desalento,
O olhar por vezes sórdido e sedento
Demonstra este vagar decerto vil,
E aonde se pudesse ser gentil,
O canto se mostrara em ledo vento,
Escassas noites dizem de um anseio
E quando de esperanças me rodeio
Esbarro nos meus erros, mas prossigo,
E ao ver cada momento se perdendo
Apenas solidão por dividendo
Encontro no final, o desabrigo.


77


Um gole de café, outro cigarro
Os erros cometidos pela vida
Enquanto a sorte mostra decidida
A farsa aonde incauto, inda me agarro,
Se feito ou não do mero e ledo barro
Meu canto se mostrara em tal partida
Há tanto noutro engodo; revolvida
E dela a solidão em vão esbarro.
Nefasta face feita em fútil fato
Meu rumo sem sentidos eu resgato
E sigo contra tudo e contra todos,
Meus passos adentrando a charqueada
Minha alma há tanto tempo desolada
Entranha com certeza torpes lodos.


78

Já nada mais coubera senão isto
E o fato de sonhar renega o quanto
Pudesse noutro instante e não garanto
Sequer o que deveras mal conquisto,
Esbarro nos meus erros e persisto
Cevando tão somente o desencanto
E neste meu tormento um acalanto
Tentasse, mas decerto enfim desisto,
Efêmeras e frágeis emoções
E nelas outras tantas tu me expões
Marcando com terror o dia a dia,
Meu verso se perdendo em ledo engano,
Aonde mais pudesse enfim me dano,
E nada mais deveras se veria.


79


Resgato os meus enganos e presumo
O quanto ainda tenha por viver,
Sabendo desde agora o ledo ser
E nele percebendo inteiro o sumo,
O mundo se traduz neste resumo
E dele com certeza eu posso ver
Somente o que deveras pude crer
Bem mais do quanto dita o mero fumo.
Extraio dos meus versos a certeza
De ter apenas leda e vã surpresa
Ousando este caminho aonde um dia
Pudesse adivinhar um novo encanto
E quando neste todo eu me garanto,
A sorte noutra face morreria.


80


Já nada caberia a quem profana
A sorte mais atroz ou mesmo rude,
E quando este fator já desilude
A vida noutro instante desengana,
Imagem muitas vezes desumana
Marcando com terror cada atitude
E nesta farsa escusa o quanto pude
Expressa a solidão e a sorte dana.
Medonha e caricata realidade
Aonde o meu caminho se degrade
Sem luta e sem sequer saber por onde
O todo poderia ser diverso
E quando neste rumo eu me disperso,
Ao nada cada passo corresponde.


81

Meu canto se desfaz em solidão
E nada do que busco ainda creio
Senão cada momento aonde alheio
Encontro do passado a provisão
Por quanto a minha vida fora em vão
E nela simplesmente cada anseio
Traduz de uma esperança o ledo veio
Marcando com terror a sensação
Do nada desenhado em tom grisalho
E quando neste instante em vão espalho
Meu canto sem sentido e sem valia,
Apenas o que traço dentro em mim
Transcende ao que pudesse ter no fim,
Matando o quanto quero ou poderia.


82


Já não mais suportara o mero ocaso
E nem talvez a pedra no caminho,
E quando do vazio eu me avizinho
Apenas num momento em vão me atraso,
E o todo se mostrara em tal descaso
Gerando este cenário mais mesquinho,
Se eu sigo após o todo tão sozinho,
O quanto imaginário dita o acaso,
Esboço de um momento aonde eu pude
Tentar outro caminho menos rude,
Porém do infausto trago a face espúria,
E o quanto se apresenta em solidão
Tramando meus engodos desde então
Desenha dentro da alma tal penúria.

83

O prazo terminando e nada fiz
Sequer alguma luz eu pude ver,
O mundo noutro enfado a se perder
Gestando dentro da alma a cicatriz,
E o corte se aprofunda enquanto gris
Cenário se desenha e posso crer
Apenas no meu canto a se prender
No vago desenhar que me desdiz,
Ousando num momento ser diverso
Do quanto poderia e se disperso
A voz em tom suave ou mais tranquilo,
O rústico vagar em noite fria,
Matando o quanto houvera em fantasia,
E neste delirar nada destilo.

84


O rumo se perdendo aonde vira
Além de mera luz, a intensa rota
E quando a solução já se denota
Deixando para trás qualquer mentira
Ainda que deveras interfira
A luta num momento diz derrota
E o todo quando brado não mais brota
Aonde toda a sorte se retira,
A cada novo engodo, o sobressalto
Enquanto cada passo em vão ressalto
Tentando vislumbrar novo momento,
Do rústico delírio de um poeta
A vida a cada instante não completa
Marcando cada sonho enquanto o tento.

85


Expressos tão diversos da verdade
E neles me perdendo em direção
Diversa das que tanto me trarão
O rumo aonde a vida se degrade,
O quanto se encontrara em claridade
Ousando noutro rumo, desde então
A vida se promete e a servidão
Aos poucos no vazio ainda brade
Esbarro nos enganos e percebes
As duras virulências de tais sebes
Num ermo caminhar em noite escusa,
E o todo que pudesse ainda ver,
Marcando o dia a dia em desprazer
A cada novo infausto se entrecruza.


86


Já não pudera crer neste momento
Aonde cada passo dita aquém
Do quanto na verdade nunca vem
E neste delirar ledo, eu fomento
O sonho quando o trago desatento
E deste ledo engodo sou refém,
Marcando o dia a dia com desdém,
Enfrento o mais temido e turvo vento,
Cerzira do passado o que não veio,
E sigo a cada instante mais alheio
Aos erros contumazes de quem ama,
E neste delirar o passo traça
Gerando no final leda fumaça
Enquanto se quisera a plena chama.


87

Restando muito pouco do que um dia
Pudesse ser maior do quanto vejo,
E num segundo apenas, num lampejo
A sorte noutro rumo perderia,
Sentido aonde tanto em alegria
O verso mais feliz; ainda almejo
E deste caminhar tento o desejo
Bem mais do que pudesse em utopia
Meu canto relegado noutro plano
A cada nova queda mais me dano
E vejo o quanto resta dentro em mim,
Um discordante sonho se apresenta
E molda sem sentido a violenta
Imagem mais atroz deste jardim.


88

Um dia após o sonho em ares tais
Aonde os meus tormentos tu verias
Ousando com temor em utopias
Ou dias mais audazes, magistrais,
E quando a noite dita em seus astrais
As sortes ou decerto as fantasias,
O quando na verdade me trarias
Expressam o que a vida traz a mais.
Esgoto cada passo aonde eu pude
Vencer o dia a dia bem mais rude
E crer noutro momento em redenção,
Cansado desta luta em tal fastio,
Ainda noutro passo eu desafio
Os sonhos quando os mesmos; sei, virão.

89

Um todo se perdendo no que outrora
Pudesse acreditar, mas nada veio
Somente o mesmo olhar ausente e alheio
Aonde a vida toca e me apavora,
Esbarro nos meus erros desde agora
E sinto este caminho em devaneio,
Ainda procurasse ver um meio
Porquanto a solidão ainda aflora
E bebo deste vinho, poesia
Marcando o quanto quero ou poderia
Ousando num momento mais sutil,
E o todo noutro rumo se previra
Gerando tão somente esta mentira
E nela todo o infausto se reviu.

90


O tanto quando pude e nada vinha
Sequer a mesma luz que outrora eu quis
O mundo se mostrara em tal matiz
E a sorte desenhada mais mesquinha,
O quanto imaginara toda minha
E apenas este engodo contradiz
A vida se desdenha, falsa atriz
E mostra a sua cara tão daninha,
Escassas luzes dizem do futuro
E o passo no vazio eu asseguro
Amortalhando o verso aonde eu tento
Vencer os meus temores num instante
E a vida no final nada garante
Somente este cenário em sofrimento.



91


Perdendo a direção enquanto tento
Vencer os meus anseios costumeiros
E sigo em tais caminhos os romeiros
Na busca pelo sonho, em vão provento,
A vida se entregando ao forte vento
Os dias são deveras garimpeiros
E os erros tão comuns e corriqueiros
O passo sem sentido, sofrimento.
Nos antros mais atrozes, hordas tantas
E quando me percebes te levantas
Ousando com palavras de ironia,
E o verso se presume em arrogância
A morte se aproxima em tal distância
Aonde o meu sonhar nada traria.


92

Jogado sobre a lona neste embate
A sorte não permite uma saída
E vejo a cada instante a despedida
Enquanto a fantasia se debate,
E o gesto mais atroz e sem resgate
A fúria noutro intento presumida,
Não deixa mais sequer o quanto olvida
Uma alma já sem força e que combate,
Arcando com meus passos rumo ao fim,
O todo se esvaindo e sempre assim
Apenas o final se aproximando,
O tempo se desenha em ermo passo
A cada nova ausência eu me desfaço
E tudo se perdendo desde quando.

93

Olhando a tua foto na gaveta
Amarelada há tanto, ilusão
Aonde poderia desde então
Haver o que deveras me acometa,
E a sorte se perdendo qual cometa
Vagando por espaço, imprevisão,
Os dias na verdade não trarão
Sequer o quanto pude ou se prometa,
E nada mais se vendo além do caos,
Os olhos entre ritos turvos, maus
Medonha face exposta a cada verso,
No quanto me perdera e nada houvera,
Alimentando assim a dura espera,
Enquanto o meu caminho em vão disperso.


94

Liberto pensamento alçando além
Do quanto ainda posso e não consigo,
A cada novo instante, outro perigo
E a vida na verdade nada tem,
Somando cada passo, num desdém
A queda se anuncia e até prossigo
Arcando com meus erros, desabrigo,
Desta esperança torpe, sou refém.
Marcantes ironias da existência
E anda mais se vendo em consistência
Diversa da que tanto pude crer,
Essencialmente perco a direção
E o passo se mostrando sempre em vão
Enquanto inda tentara amanhecer.

95

Já não comportaria uma esperança
Sequer enquanto luto pelo brilho
Dos antros mais imundos que palmilho
Enquanto a minha voz ao vão se lança;
Pudesse traduzir em confiança
Bem mais do que deveras o estribilho
Aonde vez em quando inda me pilho
Num ato de temor ou temperança,
Seduz-me imaginar outro cenário
E nele um sonho bom e necessário,
Mas sei ser tantas vezes ilusório,
Destarte o caminhar se perde aquém
Do quanto na verdade nada tem
Gerando este momento mais inglório.

96

O cândido cenário que pudesse
Reger cada caminho invés da queda,
E neste desenhar a vida veda,
Ousando no final em turva messe,
O todo num instante se obedecesse
E pago com a mesma vã moeda,
E nada do que eu possa se segreda
Senão este vazio feito em prece,
O rumo em desalento, o passo em vão,
Os dias com certeza não trarão
A paz que necessito e buscaria,
Içado pelas ânsias mais fugazes
Ainda quando o sonho tu me trazes,
A vida se persiste mais sombria.

97

Erguendo o meu olhar além do quanto
Pudesse no horizonte traduzir
O canto mais diverso no porvir
Gerando o que inda quero e não garanto,
E assim a cada instante eu me adianto
E sinto o meu momento a redimir
Os erros de um passado a permitir
Somente no final, o medo e o pranto.
Negando cada passo rumo à sorte,
O todo noutro rumo não suporte
Quem tenta acreditar num só momento
E vejo traduzindo dentro da alma
Apenas esta fúria que diz trauma
Aonde cada engodo eu alimento.

98


Abrindo os meus caminhos, a esperança
Apenas me traria um novo encanto,
Mas sei que no final somente o espanto
Aos poucos neste errôneo mundo avança
E sei que poderia em tal fiança
Ousar noutro cenário e se inda canto
Resumo o desamparo e não garanto
Sequer o que pudesse ser mudança,
A fonte inesgotável se resgata
E deste desenhar a face ingrata
Da vida deposita seus venenos,
E o quanto poderia ser feliz,
Agora num instante contradiz,
Em erros tão diversos, ledos, plenos.

99

Buscando cada passo rumo ao fim
Levando com certeza uma alegria
Aonde meu cenário poderia
Trazer o mundo todo para mim,
E quando prenuncio e sei que assim
O todo se transforma em ironia,
Marcando com ternura a fantasia
O canto se traduz enquanto eu vim,
Trazendo dentro da alma simplesmente
O quanto na verdade se apresente
Matando uma esperança sem sentido,
Assim ao presumir cada detalhe,
A vida se permite e já retalhe
O que deveras tento e nunca olvido.

100

Carpindo a cada engodo, outro momento
E neste delirar a vida traça
Apenas um cenário em luz escassa,
Embora outro caminho além, eu tento,
Seguindo a direção do imenso vento
A sorte se esvaindo em tal fumaça
E o quanto poderia e agora passa
Marcante quão nefasto, desalento.
Escassas emoções, atrozes lutas
E quando no final já não me escutas
Somente preparando esta armadilha,
A vida atocaiada e em leda espreita
Adentra este vazio e se deleita
Enquanto noutro rumo segue e trilha.


101


Do todo imaginado apenas vejo
O escasso caminhar em noite vã,
Ainda que pudesse na manhã
Matar minha vontade, o meu desejo,
E assim a cada instante eu já dardejo
A sorte desenhada e tão malsã,
Erguendo o meu olhar num ledo afã
Apenas tão somente isto eu almejo.
A sorte mais audaz e mesmo rude
Aonde se desenha o quanto ilude
Cenário feito em medo e nada mais,
Os olhos se perdendo n horizonte
Enquanto o meu caminho desaponte
Gestando tão somente os vendavais.

102

Escuto a voz do mar a me clamar
Ouvindo a plenitude deste tanto
Momento aonde apenas me garanto
Ousando noutro rumo, em pleno mar,
Adentro este certeza de lutar
E nisto tão somente não me espanto
E luto contra todo o desencanto
Aonde poderia examinar
Cerzindo cada passo rumo ao fim,
Gerando com angústias mais dolentes
O quanto na verdade sei que sentes,
E tanto se promete noutro engodo,
Encontro o meu caminho em pleno lodo,
E chego ao todo exposto dentro em mim.

103

Fragilizando o passo aonde um dia
Pudesse acreditar noutro caminho,
E sei do quanto sigo mais mesquinho
Ousando na esperança que traria
Apenas o que tanto esperaria
Quem sabe neste encanto o novo ninho,
E embora prosseguisse mais sozinho,
A morte noutro engodo eu poderia,
Esbarro nos meus erros, mas persisto
E sei que meu cenário se faz disto
Dos sonhos mais felizes que me trazes,
E espalho tão somente em vento inútil
O quanto se desenha tanto fútil
Marcando com vigor, fortes tenazes.

104

Grassando no vazio da esperança
O passo na verdade nada traz
Somente a mesma face mais mordaz
De quem contra a tempesta sempre avança,
E o todo se traduz nesta mudança
Matando o quanto houvera inda de paz,
E o risco se desenha e satisfaz
Quem tanto noutro engodo enfim se lança,
Amortalhada tarde dentro da alma
Nem mesmo uma alegria vã me acalma,
E sigo contra a fúria das marés,
E desta forma sinto o que me ilude
Ousando noutro passo, em atitude,
Sabendo na verdade quem tu és.

105

Heliantos seguindo a claridade,
Meus sonhos te perseguem todo instante
No fim da própria sorte não garante
O quanto poderia na verdade,
Tentando outro caminho onde me agrade
O rumo noutro engodo, delirante
Expresso este cenário e doravante
Meu mundo foge à plena realidade.
Escuto a voz do sonho e nada vendo,
Apenas desenhando este remendo
Aonde poderia crer no fato
Do qual somente vejo esta promessa
E o quanto no vazio se endereça
O todo que deveras mal constato.


106

Imaginasse apenas um momento
E nele me entranhando a cada engano,
Enquanto na verdade ora me dano,
Dos erros mais comuns eu me alimento,
E estendo o coração enfrento o vento
E novo passo em rito soberano,
Marcando com terror e desengano
O tempo aonde apenas nada enfrento;
Cerzindo dentro da alma uma esperança
Aonde o meu caminho agora avança
Matando o quanto tive e não soubera,
Apascentando ao fim o quanto é rude
O mundo enquanto o todo se amiúde
Tramando tão somente a dura fera.

107

Jazigo da esperança, o verso dita
O fim de cada passo onde pudera
Vencer o desespero e em tal quimera
A vida se traduz tosca e maldita,
Esbarro no que a sorte necessita
E marco o quanto rude destempera
Apenas desenhando a triste esfera
Marcando com a dor, leda e infinita,
Escassos sonhos traço dia a dia,
E vejo este cenário onde podia
Ousar um pouco mais e ver além
Do canto em dor e pranto, e nada mais,
Os dias são deveras mais banais
Enquanto uma alegria nunca vem.

108

Levando dentro da alma este momento
Cerzido por palavras mais audazes
E nele outros iguais decerto trazes
Tramando a cada passo o que inda tento,
Vencido pelo medo e sofrimento,
Tentando matizar o que desfazes
E nisto se presume mais vorazes
Os erros num fatal alheamento,
Esboço reações e vejo o fim
Traçando este cenário e sendo assim
Meu rumo se prendera em tal vazio,
O canto em discordância não resume,
O quanto poderia por costume
E apenas noutro engodo não recrio.


109

Mereço alguma chance? Pelo menos
Pudesse acreditar num novo fato
Aonde o meu caminho inda resgato
Tentando dias claros ou amenos,
Porém os erros tantos, sendo plenos
No fundo esta heresia em vão constato
E sigo cada sonho em tal regato
Matando os dias mansos e serenos,
Esqueço cada passo rumo ao canto
E teimo muito além do desencanto
Amordaçada sorte em heresia,
Destarte o meu caminho se renega
E a solidão traduz a sorte cega
E nela nada mais se cerziria.


110


Navego o pensamento além do quanto
Pudesse em tais procelas enfrentar,
Nefasto e violento, o imenso mar
Gerando dentro da alma este quebranto
E quando a cada engodo eu não garanto
Sequer o que tentara adivinhar
Ousando cada passo a divagar
Mergulho nos meus erros, desencanto.
Esboço reação, mas nada vem,
E sei do quanto sigo em tal desdém
Arcando com meus erros de tal sorte
Que tudo se perdera num segundo
E quando neste infausto eu me aprofundo
Sem nada que deveras me conforte.


111

Ouvisse este momento em tão suave
E doce melodia, mas não veio
E o todo se mostrando em tal receio
Apenas na verdade o passo entrave,
E o quanto deste medo ainda agrave
E marque cada dia em devaneio,
O tanto quanto pude e sigo alheio,
Arcando com meus erros, matando ave
Liberta sensação já não consigo,
Somente no meu canto o desabrigo
Entoa a melodia mais funesta
E a sorte se desenha noutro engodo
Aonde poderia ter um todo,
A face mais atroz é o quanto resta.


112

Procuro algum momento em claridade
E sei que no final já não existe
Somente esta incerteza, um mundo triste
E nela todo o engodo agora invade,
Marcando o que pudesse em realidade
E o canto noutro instante ora consiste
Matando o que deveras não persiste
E trama o fim de toda a liberdade,
Audaciosamente eu quis além
Do quanto com certeza sei que vem
Na face mais medonha, dor e medo,
O tanto se perdendo no vazio,
Minha alma se entregando, desafio
E apenas noutro instante ao nada, cedo.


113

Quisera mais feliz um novo dia,
E nada mais se fez senão tal erro,
E quando me presumo em vão desterro
A sorte na verdade não viria,
Marcando com terror, melancolia
O canto se traduz em ledo cerro,
E o sonho se perdendo neste aterro,
Aonde a minha vida eu não teria.
Seduz-me esta vontade de saber
O quanto poderia perceber
E nada se permite além da queda,
Riscando assim do mapa uma esperança
O passo noutro rumo não avança
E o sonho num momento, tudo veda.



111

Ouvisse este momento em tão suave
E doce melodia, mas não veio
E o todo se mostrando em tal receio
Apenas na verdade o passo entrave,
E o quanto deste medo ainda agrave
E marque cada dia em devaneio,
O tanto quanto pude e sigo alheio,
Arcando com meus erros, matando ave
Liberta sensação já não consigo,
Somente no meu canto o desabrigo
Entoa a melodia mais funesta
E a sorte se desenha noutro engodo
Aonde poderia ter um todo,
A face mais atroz é o quanto resta.


112

Procuro algum momento em claridade
E sei que no final já não existe
Somente esta incerteza, um mundo triste
E nela todo o engodo agora invade,
Marcando o que pudesse em realidade
E o canto noutro instante ora consiste
Matando o que deveras não persiste
E trama o fim de toda a liberdade,
Audaciosamente eu quis além
Do quanto com certeza sei que vem
Na face mais medonha, dor e medo,
O tanto se perdendo no vazio,
Minha alma se entregando, desafio
E apenas noutro instante ao nada, cedo.


113

Quisera mais feliz um novo dia,
E nada mais se fez senão tal erro,
E quando me presumo em vão desterro
A sorte na verdade não viria,
Marcando com terror, melancolia
O canto se traduz em ledo cerro,
E o sonho se perdendo neste aterro,
Aonde a minha vida eu não teria.
Seduz-me esta vontade de saber
O quanto poderia perceber
E nada se permite além da queda,
Riscando assim do mapa uma esperança
O passo noutro rumo não avança
E o sonho num momento, tudo veda.

114


Resolvo cada dia de tal forma
Usando o mesmo passo que deveras
Pudesse noutros tempos onde geras
A própria sensação que não conforma
Exposta ao mais diverso; destemperas
E trazes dentro da alma o que transforma
Ousando noutro passo, em nova norma
Vencendo mansamente torpes feras,
Espalho esta canção aonde eu pude
Tocar a minha vida em amplitude
E ter esta certeza junto a mim,
Do quanto imaginara ser possível
Um mundo mais audaz, e noutro nível
O todo se moldando, início e fim.



115


Soubesse neste instante o quanto possa
Quem tanto desejara muito além
Do todo quando a vida já provém
Certeza mais diversa e assim se apossa,
Da face aonde exposta, sendo nossa
Vencendo o que pudesse num desdém,
Ousando com certeza este refém
Marcando o quanto eu quis e ora se endossa.
No canto mais suave, uma alma traça
Além do que decerto dita escassa
Verdade entre cenários mais dispersos,
E tendo esta certeza mais sutil,
O todo num momento se previu,
Cerzindo com delírio novos versos.


116


Tentando desvendar o quanto resta
Desta alma mais audaz, e de tal jeito
Ainda quando além tento e me deito
A imagem se adianta em rara fresta,
Ocaso dita o quanto ainda empresta
Da sorte enquanto quero e me deleito,
Usando na esperança, um velho pleito
Imagem do passado, atroz, funesta.
Agora se desenha em mansidão
Tocando a cada instante esta amplidão
Marcada nos meus ermos mais profundos,
E sigo sem saber nos tantos mundos
Os dias onde todos poderão
Tramar diversos sóis, raros, fecundos.

117

Uníssono vigor ousando aonde
O passo na verdade poderia
Traçar noutro cenário a fantasia
E nela cada fato corresponde
Ao quanto com certeza ora se esconde
Tocando com ternura esta ousadia
E todo o meu caminho se faria
Enquanto o dia a dia aqui se esconde,
A vida não presume queda e medo
E quando noutro instante eu me concedo
Usando cada frase como lume,
Por onde quer que eu vá deveras tento
Um tempo feito em glória e sentimento
Aonde com brandura eu me acostume.


118

Vagando sem destino após o todo
E neste desenhar a vida trama
O quanto poderia após a lama
Ousando esta verdade invés do engodo,
O rumo se promete bem diverso
Do tanto quando o quis e de tal forma
O mundo pouco a pouco se transforma
E sigo este momento enquanto verso
Traçando cada dia noutro rumo,
E neste desenhar eu posso ver
O raro e desejado amanhecer
E desta forma luto e ora me aprumo.
Sentindo a brisa mansa da esperança
Meu passo com certeza além avança.


119


Abrindo o coração já não consigo
Vencer os meus anseios e percebes
O todo noutro rumo em ledas sebes
Usando da esperança como abrigo,
O tanto desenhado onde persigo
O passo quando em paz já não recebes
Sequer o que deveras tu percebes
Qual joio suplantando enfim o trigo,
Pudesse acreditar noutro cenário
E neste desejar o temerário
Não fosse tão comum a quem se dera
Usando da esperança e nada mais,
Os dias se desenham desiguais
E tramam sem sentido a longa espera.


120

Brindasse um pouco além do quanto pude
Cruzando cada passo rumo ao tanto
E neste delirar o que garanto
Tramasse outro momento menos rude,
Assisto à caminhada, e quanto ilude
O passo enquanto tento e se me espanto
O lúdico alimento e neste canto
O sonho se tomando em amplitude,
Na essência de uma vida mais audaz,
O canto noutro rumo sempre traz
Uma esperança aonde se renova
Esta alma que pudesse mais além
Do quanto na verdade sei que tem
A lua maviosa, rara e nova.




121


.Não importa o tamanho da montanha, ela não
pode tapar o sol..
Provérbio chinês



Não deixe que um problema impeça o passo
E mude a direção do pensamento,
Estando de tal forma sempre atento
A cada novo instante um rumo eu traço
Ousando noutro canto em novo espaço
O tanto quanto possa eu alimento
E vejo a todo passo num momento
O tempo se mostrando sempre escasso,
No canto mais sincero e mesmo após
O lúdico cenário aonde em nós
Traçando com intensa claridade
O passo mais audaz traduz o quanto
Do mundo neste instante eu já garanto
E o sol com toda força agora invade.


122

.A adversidade é um espelho que reflete o verdadeiro
eu..

Provérbio chinês


Quem sou e quanto posso tão somente
Encontro num momento mais atroz
E deste desenhar percebo a foz
E nela outro caminho se alimente,
Ousando a cada instante ainda tente
Tramar o que pudesse dentro em nós
E o passo se mostrara mais feroz
Usando do que tanto não lamente,
Especular cenário se apresenta
Na face mais cruel e virulenta
Traçando tão somente o quanto pude,
Destarte minha vida poderia
Tentar no quanto dita a cada dia,
Gerando a mais completa magnitude.


123




.Sem a oposição do vento, a pipa não consegue
subir..

provérbio chinês

O quanto nos ajuda em crescimento
Uma dificuldade eu posso ver
E nisto ao desenhar o desprazer
Fazendo dele o quanto me alimento
Nas dores e reveses, não lamento
E posso neles raro amanhecer
No amadurecimento aonde crer
O dia a dia traz discernimento
E o tanto quanto vejo além do farto
Delírio quando a sorte eu já descarto
Tramando outro momento e neste todo,
Fortuna sem igual traçando o verso
E neste caminhar se me disperso
Supero com certeza algum engodo.

124



.São os nossos inimigos que nos ensinam as mais
valiosas lições de vida..

provérbio chinês

As várias e diversas sensações
Tramando a cada instante um pouco além
Do todo quando o muito nos convém
E nele este caminho; agora expões
E quando se presume soluções
Deixando para trás qualquer desdém,
Os dias na verdade sempre vêm
Mostrando além das tantas direções.
Resumo o dia a dia neste passo
E quando esta certeza em mim eu traço
Ousando muito além do que pudera,
O fato de encontrar na adversidade
O tanto quanto possa ou desagrade,
Esterco garantindo a primavera.


125


.A juventude não é uma época da vida, é um estado
de espírito..

Provérbio chinês

O quanto em primavera trago a sorte
E dela me permito muito além
Do que deveras vejo e até contém
O passo aonde o todo me comporte,
Destarte desenhando assim meu norte
Reparo com certeza e sigo bem
Dourando o que inda tenho, ou mesmo vem,
E neste desejar me sinto forte,
Apenas o caminho onde se ampara
Trazendo sob a mira o quanto é clara
A luz de um jovem peito em claridade,
Enquanto noutra face se degrade
A vida com firmeza se declara
Tramando a sempre jovem liberdade.


126

.Seja lento na promessa e rápido no desempenho..

Provérbio chinês.

Agindo com total impertinência
Deveras muita vez se perde o passo,
E assim a cada instante ainda traço
Além de meramente virulência,
Meu rumo se desenha em previdência
E nisto marco sempre o meu compasso,
Determinando assim o farto espaço
E dele toda a sorte em contingência
Diversa da que fora no passado,
E o rumo com firmeza desenhado
Permite um passo rápido e sutil,
Enquanto o precipício presumido
No errático momento em vão lapido,
Gerando o que decerto aquém se viu.


127



.Melhor ser muito cético do que muito crédulo..

PROVÉRBIO CHINÊS


Aquele que se deixa até levar
Pelo primeiro vento, nada traz
Senão a mesma face mais mordaz
Deixando cada sonho sem lugar,
E o todo se pudesse adivinhar
Gerando a todo instante a imensa paz,
E dela se mostrasse mais capaz
Regendo co’ esperança o imaginar,
Deveras desconfio a cada passo
Do quanto na verdade atento, eu traço
Ousando noutro intento bem diverso,
Assim tão sutilmente me alimento
Da vida noutro rumo e, mais atento
Jamais na ingênua trama, em vão eu verso.


128


.Quem quer colher rosas deve suportar os espinhos.
.
Provérbio chinês


A vida traz aroma e traz a dor
Do espinho aonde outrora quis bem mais,
Assim imerso em ledos temporais,
Presumo em meu canteiro a leda flor,
Destarte a cada instante me compor
Dos ermos e vazios marginais
Ou mesmo de momentos magistrais
Marcados por insânia e por temor,
Aprendo quando errático pudera
Ousar conter além a rude fera,
Mas sei que cada passo se traduz
Apenas no vazio de minha alma,
E nada mais serena nem acalma
Quem vive procurando a escassa luz.


129



.Palavras ríspidas e argumentos pobres nunca resolveram
nada..

Provérbio chinês


A dura rispidez com que me falas
Não traz qualquer resposta ao que procuro,
E quando imaginando um solo duro
As horas são deveras vis vassalas
E neste delirar, adentro as salas
E bebo cada gota deste escuro
E sei do quanto posso ou já depuro
Enquanto com terrores tu me abalas,
Assisto ao quanto tenho ou poderia
E neste desenhar, leda ironia
Traçando o que virá depois de tudo,
E quanto me permito ao sonho e tento
Vencer em calmaria o desalento
A cada novo engano, desiludo.


130

.Não compense na ira o que lhe falta na razão..

Provérbio Chinês

Por vezes quando falta um argumento
Erramos direção do nosso sonho
E assim a cada passo não componho
Senão cada tortura aonde eu tento
Vencer o mais temível sofrimento
E sei deste cenário tão bisonho
E quando na verdade ainda enfronho
Minha alma se derrama em desalento,
Por vezes pude crer noutro cenário,
Mas quando em ato rude ou temerário,
Apenas se escasseia uma esperança
E o todo sem razão já se desdenha
E deste caminhar nada convenha
Enquanto no vazio a voz se lança.


131

.O homem é a principal fonte de seu próprio infortú-
nio..

provérbio chinês

O quanto se provoca em tempestades
Retorna ao gerador do infausto quando
A imagem noutro espelho desenhando
Aonde com certeza já degrades,
O todo se desdenha enquanto evades
Do rumo mais audaz me demonstrando
Um tanto quanto posso e se faz brando
Gerando após o tanto, novas grades,
Culpado pelos erros tão mordazes
E nele com certeza o que trazes
Reflete o quanto outrora fora em vão,
Assim ao me fazer em ledo engano
Também aos poucos tudo em mim eu dano
E dias dolorosos se verão.

132



.Por trás de acusações maldosas há sempre um
argumento fraco..

Provérbio chinês

Acusações diversas da verdade
Ousadas e decerto tenebrosas
Negando noites claras, caprichosas
No quanto o dia a dia desagrade,
Apenas o que trago e se degrade
Matando em meu canteiro as belas rosas
E nelas ansiedades quando glosas
O rumo mais disperso e o sol se evade.
Risonho caminheiro do futuro
O passo num instante eu asseguro
Tentando claramente ver além
Do fato corriqueiro e mais feliz
De ter o que decerto ainda eu quis,
Nenhum falso argumento me detém.


133

.O amor por uma pessoa deve incluir os corvos de
seu telhado..

provérbio chinês


O amor não segregando engodos vários
Comuns a quem se entrega ou mesmo tenta
Na face mais exposta, a virulenta
Imagem sem sentido dos corsários,
Ousando em dias fartos, temerários
A vida se mostra turbulenta
Gerando tão somente esta tormenta
Em dias mais diversos, adversários.
Ainda quando vejo tal momento
No quando em esperança eu me alimento
Permito um passo além e sigo em frente,
Deveras se mostrando de tal sorte
O quanto na verdade nos conforte
Suporta mesmo a dor que ora se sente.


134

.Aquele que se importa com os sentimentos dos
outros não é um tolo..

Provérbio chinês

Tolice se traduz em mero espelho
E nada mais além do próprio rosto
Enquanto neste todo segue exposto
E neste delirar não me aconselho,
Somente traduzindo este egoísmo
Aonde cada engano traz além
Do todo desenhado e sempre vem,
No passo mais atento, ainda cismo,
Vestindo a face escusa da mentira
Meu canto noutro engodo traduzisse
Bem mais do que deveras a tolice
Se nela o meu caminho em vão se atira,
Resumos de outros erros costumeiros
Marcando com terror ledos canteiros.


135

.As bênçãos chegam uma de cada vez, a desgraça
vem em grupo..

provérbio chinês

As dores que inda trago são diversas
E delas imagino um novo dia
Aonde toda a sorte se faria
Enquanto noutro rumo tu dispersas,
Engodos mais atrozes; desconversas
E traça esta emoção aonde eu via
Apenas um cenário em fantasia
E as sortes noutras tantas já submersas.
Mas quando se apresenta em claridade,
A vida em parcimônia ainda brade
Gerando tão somente um passo em paz,
Porém quando se vê diversidade,
O mundo se desdenha e nos degrade
Marcando este momento mais mordaz.


136


.Pobres são aqueles que não têm talentos; fracos
os que não têm aspirações..

Provérbio chinês

O quanto é necessário ser mais forte
Gerando um passo além, determinado,
Assim cada momento desenhado
Aonde na verdade nos conforte
Regendo com certeza nossa sorte
E nela se apresenta cada fado,
E deste desejar em paz invado
O todo se moldando num aporte,
Esbarro nos meus erros quando pude
Traçar além do cais nova atitude
Marcando com vigor, cada esperança,
Destarte meu cenário se traduz
Além do que pudesse em contraluz
E o passo com firmeza, além avança.


137


.Para viver bem e por muito tempo, seja moderado..

Provérbio chinês

Moderação é tudo o que precisa
Quem quer a vida em face mais tranquila
E neste caminhar logo desfila
Tramando com firmeza a mera brisa,
E quando na esperança se matiza
O passo aonde tudo se perfila
Sendo da vida mais que mera argila
A plenitude em paz assim se visa.
Ousando noutro instante um pouco mais
Vencendo os mais diversos temporais
Ausento-me das dores e tormentas
As horas mais sombrias já não vejo
E quando me proponho, num lampejo
Dos sonhos tão felizes me alimentas.


138

.Se comermos menos, degustaremos mais..

Provérbio chinês

Prazeres quando à mesa se entregando
Com toda a mansidão a degustar
O dia a dia posso então moldar
Trazendo este cenário bem mais brando,
O tanto quanto quero se mostrando
Além do que pudesse caminhar
E neste meu delírio divagar
Num passo mais suave me entregando.
Vencer com calmaria a tempestade
E ter o que deveras nos agrade
Presume ser feliz, eis o que eu sinto,
E toda esta certeza traz à mente
O quanto do futuro se apresente
Marcando com ardor o que era extinto.


139


.Se em vez de enchermos o bolso enchermos a cabe
ça, não seremos roubados..

provérbio chinês

O quanto acrescentando ao conhecer
Garante um bem maios, isto se vendo
Além do que deveras eu pretendo
Tomando este cenário em tal prazer,
O todo na verdade eu posso crer
E neste desenhar mais que um adendo
A vida noutro rumo se provendo
Do quanto com certeza tento ver.
Vestindo esta esperança de um futuro
O quanto mais diverso eu asseguro
Gerando tão somente a liberdade,
Ousando muito mais do que se espera
A vida renovando a primavera
Impede que este manto se degrade.


140

.O bom-senso vai mais longe do que muito conhecimento.
.

PROVÉRBIO CHINÊS

Ousar sem ter bom senso é ter certeza
Da queda num abismo sem igual
Destarte este caminho magistral
Fazendo da esperança mais que presa,
A sorte se transforma e com grandeza
Permite um novo dia, em ritual,
Ousando a cada passo em senda tal
Moldando com ternura a fortaleza.
Assim ao ter bom senso chego além
E neste desenhar tanto convém
Gerar outro momento mais em paz,
Do quanto a própria vida dita a sorte
Deveras neste rumo sou mais forte
E o meu caminho em glória ora se faz.


141


Ouvir da consciência a voz enquanto
A vida se transcorre mansamente,
Além do que deveras inda tente
O mundo se transforma noutro tanto,
E quando se anuncia noutro encanto
A sorte desenhada imprevidente
Arcando com tal mundo onde se sente
Apenas o temido desencanto,
Traçando o dia a dia com leveza
Quem sabe possa contra a correnteza
Vencer os descaminhos e seguir,
Aprendo com meus erros, mas a dita
Por vezes tão audaz quanto maldita
Transborda em virulência o meu porvir.

142

Já não me caberia mais sonhar
Nem mesmo acreditar noutro momento
E quando ainda busco ou teimo e tento
A sorte se transforma devagar,
O rústico cenário a se bordar
Marcando com terror e desalento
O passo que pudera mais atento
Aos pouco sinto em fúria se entornar,
Esbarro nos meus erros, mas prossigo
E quando desenhasse o desabrigo
Nesta alma transparente e mais sutil,
O encanto se perdendo a cada passo,
Do todo que deveras inda traço
Apenas um vestígio em vão se viu.


143


Nos erros costumeiros e malditos
Os olhos se presumem sem sentido,
O quanto ainda tento ou mal lapido
Transforma quaisquer sonhos, meros mitos,
E os tempos entre tantos, são finitos
Marcados pelo quanto ainda olvido
E o tempo noutro canto redimido
Expressa a insensatez em toscos gritos,
Já nada poderia acreditar
Sequer no que talvez a me rondar
Gestasse novamente um erro enquanto
A vida não supera algum deslize
E mesmo que esperança em vão matize
Meu passo se perdendo em outro encanto.


144

Já nada mais teria quem pudera
Acreditar nos erros do passado,
E quando a cada engodo mais me enfado
Gestando dentro da alma a leda fera,
O rústico cenário destempera
E traça este caminho lapidado
O passo num destino mais ousado
Tramando a cada instante a velha espera,
Escassos dias olham para trás
E o todo que deveras se desfaz
Assume cada rústico cenário,
E o caos dentro desta alma se anuncia
Marcando com terror a poesia
Num rumo muito aquém do imaginário.


145


Uma esperança trama o quanto pude
Acreditar num erro e neste fato
Apenas e somente assim constato
Um mundo com certeza bem mais rude,
No ocaso deste engodo desilude
O rumo quando em paz nada resgato
Alçando com certeza o que retrato
No máximo pendor, leda atitude.
Ascendo ao quanto possa num momento
E vejo com ternura o que inda tento
Marcar em consistência ou mesmo até
Razões para viver e ser além
Do quanto na verdade a vida tem
Regida pela sorte e pela fé.

146


Aperta o coração esta saudade
E vejo o meu caminho em concordância
E neste delirar se desde a infância
A vida noutra face ora me invade,
Ousando caminhar na tempestade,
Vencendo a qualquer custo uma inconstância
Gerada pelos erros, discrepância
No todo que deveras não agrade,
A sorte se lançando sobre a mesa,
As cartas colocadas na certeza
Do dia mais feliz que inda virá
Presumo meus enganos e pudesse
Além do que traduz a rara messe,
Aprendendo o que possa e desde já.


147

Não vejo mais sequer alguma chance
De ter outro cenário além do vago,
E quando neste sonho apenas trago
O quanto se presume em novo alcance,
Destarte meu caminho sempre avance
E trace com certeza o quanto afago
Do passo noutro encanto e assim me alago
Enquanto o meu caminho além se lance,
Expresso com ternura o que inda resta
Gerando dentro da alma a intensa festa
Marcada por dispersa concordância
Meu carma se desenha a cada dia
E o todo noutro rumo tomaria
Gerando deste fato a nova estância.

148

Restando muito pouco ou quase nada
Do todo anunciado há tantos anos,
E neste caminhar velhos enganos
Regendo a cada instante a velha estrada
A noite noutro tom, mesmo estrelada
Esbarra nos meus tantos e profanos
Caminhos entre perdas duras, danos
E a vida se traduz descompassada.
Aprendo com ternura a caminhar
Ousando sob os raios de um luar
Diverso do que tanto imaginara,
Destarte a lua desce sobre nós
E o rumo se traçando em nova foz
Domina totalmente esta seara.


149


Fazendo do meu verso algum escape
Enquanto toda a sorte traduzisse
E neste desenhar qualquer tolice
Mostrara o que deveras não se tape,
E o canto se traduz em ironia
E vejo o quanto pude a não fizera
Alimentando assim a rude fera
E nela outra somente se faria,
Moldando com temor um passo além
Do quanto ainda tenho dentro da alma,
Uma incerteza apenas vem e acalma
Enquanto a realidade não convém,
Esbarro nos meus erros mais audazes
E vejo o quanto em luzes tu me trazes.


150


Reparo os meus caminhos entre tanto
Engodo e me anuncio mais diverso,
Pousando o coração neste universo
E nele novamente eu me garanto,
Resulto do que fora e sem espanto
O passo se mostrara hoje disperso
E quando em tal cenário em paz eu verso,
O rústico viver traduz o canto.
Num merecido passo rumo ao que
Ainda na verdade mal se vê
Tentando contra a fúria dos enganos
Marcar meu dia a dia com ternura
O quanto deste todo se depura,
Causando no final, somente danos.


151

Premias com teu canto quem te adora
E toda a solidão se esvai enquanto
Ainda com ternura e sem espanto
A sorte neste todo não tem hora,
O passo noutro rumo se demora
E toda esta certeza ora garanto,
Vibrando em consonância cirzo o manto
E nele toda a sorte se vigora,
Ousando navegar contra as marés
Olhando para a vida de viés,
Resumo o meu caminho noutro engodo,
E o canto se anuncia mesmo assim,
Tramando o que inda resta dentro em mim
Supero a cada dia mais o lodo.


152

Já não comportaria algum detalhe
A vida se traduz num canto além
Do quanto poderia e me convém
Marcando com ternura o que retalhe,
A sorte na verdade não mais talhe
O canto se traduz ou segue aquém
Do passo aonde sendo algum refém,
A voz sem ter sentidos já se espalhe.
Apraz-me perceber o quanto possa,
No quanto esta ilusão se fez tão nossa
Vencendo os descaminhos mais audazes,
Destarte cada encanto se traduz
Gerando dentro da alma a farta luz
Que agora tão somente tu me trazes.


153

Ainda quando pude perceber
Um risco mais atroz ou mesmo até
A sorte se desenha além da fé
E traz o que deveras pude crer,
Cerzindo esta esperança a me conter,
Regendo o dia a dia além sopé
Erguendo o meu caminho por quem é
Marcando o quanto pude perceber.
No ocaso desta vida em ironia,
O todo noutro engodo se faria
Matando desde já meu canto em paz,
E o risco de sonhar não mais pudera
Vencer o que decerto ora se espera
E a vida num momento em luz nos traz.

154

Resolvo a caminhada em luz suave
E o passo se transcende aonde eu pude
Vencer qualquer anseio, mesmo rude,
E neste desenhar nada se agrave,
O coração desenha além da trave
E molda a mais perfeita magnitude
Minha alma se alimenta em juventude
Libertando afinal a mágica ave
E desta liberdade alçando o todo,
Vencendo a cada passo o velho engodo
E neste caminhar enfim prossigo
Traçando o meu momento em ascensão
Ousando na palavra mais sutil
Tramando o que deveras já se viu
Num rumo em mais perfeita precisão.


155

Encontro a minha vida de tal forma
Que nada poderia ser diverso
Do mundo aonde tento e me disperso
E a sorte noutro rumo se transforma,
O caso desenhando traz por norma
A vida noutro tom, e se inda verso
O quanto se apresenta e não perverso
Restaura meu caminho e se reforma,
Ousando com ternura novo passo
No todo aonde luto e assim eu traço
Cerzindo estes cenários dentro da alma,
Certezas conduzindo cada sonho
Enquanto o meu caminho; em paz, componho
A sorte num momento agora acalma.


156

Reféns de uma esperança mais expressa
No quanto a nossa vida poderia
Traçar além do medo e da ironia
O passo aonde tudo recomeça
E sinto a sorte em rústica promessa
E nela se dourando em poesia
O quanto na verdade poderia
E toda a minha vida já tropeça.
Restauro meus anseios e permito
Chegar ao mais dourado no infinito
Arcando com meu sonho e muito mais,
Do todo desenhado e desejado
O rumo noutro tanto dita enfado
E vence os mais diversos vendavais.

157


Reparo cada passo rumo ao fim
E sinto a ventania me tocando
Um ar onde pudera ser mais brando
Tempestuoso o trago dentro em mim,
Do todo desejado, sendo assim
O rústico cenário desenhando
O todo onde pudera ser mais brando
Marcando em discordância traz enfim
O passo num alento mais sutil,
E o quanto de tal sorte inda se viu
Traduz o meu caminho em concordância
E bebo desta sorte impunemente
E o todo a cada instante se incremente
Ousando neste sonho em abundância.


158

Não mais resistiria ao quanto trago
Desta alma mais atroz, mesmo insensata
E o quanto desta vida se resgata
Enquanto o caminhar mostrasse vago,
A sorte de tal forma num afago
Ainda o meu caminho já retrata
O todo num cenário onde se trata
O tempo noutro todo e assim divago,
Encontro cada traço do que fora
Apenas alma clara e sonhadora
Marcada pelos erros de um passado
E neste delirar sem mais apoio,
O quanto se perdera em ledo arroio
Agora se apresenta num legado.

159

Jamais acreditara noutro enfado
Sequer eu poderia ver o rumo
Aonde com certeza se me esfumo
O passo representa o meu passado,
O canto noutro tom anunciado
O traço se desenha enquanto aprumo
E vivo tão somente este consumo
Gerado pelas ânsias do pecado.
Ouvindo a minha voz não poderia
Pensar de forma tal na fantasia
Gestada a cada instante e tão somente
Assim ao me entranhar noutro momento
O rumo se apresenta enquanto eu tento
A vida onde decerto se atormente.


160

Causando a dor aonde nada pude
Sequer imaginar novo caminho
Se eu sigo e vou deveras mais sozinho,
O passo noutro rumo em magnitude
Pudesse desenhar cada atitude
E neste delirar eu me avizinho
Do tanto quanto quero e ali me aninho
Marcando com terror a plenitude,
Ousasse muito além do que pudera
E quando a vida molda noutra esfera
Cerzindo esta esperança dentro em mim,
O canto mais audaz se mostra claro
E o verso aonde a paz busco e declaro
Traduz a maravilha em tal jardim.


161

Havendo ou não um sonho aonde eu possa
Tramar outro detalhe ou mesmo creia
Na sorte quando muito devaneia
Ousando noutra senda, tanto nossa,
E o quanto da esperança ora se endossa
E nesta solidão, a vida alheia
Gerando este cenário onde permeia
A dita que deveras não se anseia,
Reparo meus enganos e procuro
Vencer este tormento que, inseguro,
Garante tão somente o nada em mim,
Do todo desenhado, apenas vejo
A vida se perdendo num lampejo
Marcando desde agora o ledo fim.


162

Sentado do teu lado, uma esperança
Espalha em verso a voz que inda pudera
Gestar dentro de mim a leda fera
E nela a vida traz sorte e mudança
E quando noutro passo enfim se lança
Esbarra no que tanto degenera
E trama após o todo, a leda espera
Marcando com orgulho, a temperança,
Aonde se pudesse caminhar
Seguindo cada raio de um luar
Esplêndido cenário em noite clara,
A vida se anuncia soberana
E toda este alegria não se dana
Enquanto o meu caminho se prepara.


163

Ouvindo o mar clamando por alguém
Que simplesmente foge desta areia
E o todo noutro rumo se permeia
Trazendo o quanto resta ou não contém.
Vislumbro o meu caminho enquanto vem
Cerzindo com ternura o que incendeia
E a lua se mostrando sempre cheia
Dos sonhos sou apenas um refém,
Resumo num encanto o quanto pude
Vencer este tormento aonde é rude
A face de quem tanto poderia
Ousar em tom suave e se renega
Moldando a cada dia a velha entrega
Marcada por total hipocrisia.


164

A lua prateando o meu caminho
Num rastro fabuloso aonde eu trace
O quanto se mostrara noutra face
E neste desenhar não vou sozinho,
E quando noutro encanto em paz me alinho,
Ousando a cada passo um novo enlace
E neste delirar o sonho abrace
Traçando a sensação do doce vinho,
Apenas dedilhando uma canção
As horas com certeza só trarão
Enquanto acreditara em vária luz,
Destarte ser feliz já não pudera
E tendo esta certeza em leda fera,
Meu passo noutro tanto reproduz.


165


O vento nos tocando mansamente
Traduz o quanto quero e mesmo posso,
Sabendo do caminho agora nosso
A vida na verdade já não mente
E trago dentro da alma esta semente
E neste desejar em sonho aposso
Do rumo desenhado e; se é destroço,
Meu mundo com certeza ora desmente.
Erijo um monumento ao canto enquanto
O rumo noutro engano não garanto
Marcando com ternura o quanto quis,
Ousando num instante muito além
Cevando o quanto resta e sempre vem
Tramando um dia a dia mais feliz.


166

Nesta expressão divina até pudera
Sentir a mansidão do pensamento
E quando um novo dia; eu busco e tento
A sorte se desenha em rara esfera,
Ausento dos enganos, mato a fera
E sinto esta explosão em forte vento
E sei do passo aonde em paz me alento
E vivo dentro da alma a primavera,
Num tanto quanto pude acreditar
Cenário mais sobejo, algum luar
Traçando tão somente a liberdade,
E assim ao perceber clara vontade,
Meu canto se desenha a divagar
Ousando procurar felicidade.


167

Nas espumas, o mar trazendo à praia
A força que inconteste nos impele
E traz até se mesmo à flor da pele,
O quanto na verdade sempre traia,
Ousando novamente ainda espraia
Meu verso enquanto a vida me compele
E neste desenhar o todo atrele
Marcando com ternura o que distraia,
Esbarro nos meus erros mais temidos
Cenário de outros tantos presumidos
Matando uma tristeza que, inerente
Pudesse tão somente me trazer
A vida num enorme desprazer
E agora noutro enredo se apresente.



168

Desejos nos tomando em plenitude
E o caso mais atroz já se esquecendo
O tanto desenhando este remendo
E nele cada engodo desilude,
Marcando com temor, uma atitude
E nela novo rumo se tecendo
O passo num instante e sem adendo,
Presume o que decerto sempre eu pude,
Espreito cada curva e vejo bem
O todo quando o sonho ainda vem
Mostrando esta nudez feita esperança
Destarte meu caminho não mais traço
Regendo a sorte imensa em raro espaço
E neste delirar o bem se alcança.


169

Vontade de em meus braços receber
Quem tanto posso ou tento apenas isso:
Um mundo aonde tanto em paz eu viço
Ouvindo o mar trazendo este prazer,
E nele tão somente o que tecer
Mostrara algum momento movediço
E quando outro decerto em paz cobiço,
Meu todo se desnuda e posso ver,
Além da plena paz, o quanto tive
E neste caminhar não me contive
Se resolutamente sigo além
Do canto sem alívio num tormento
E assim a cada instante me atormento
Ousando no torpor que cedo vem.

170


Neste momento exato a vida traz
Um risco mais suave e mesmo rude,
Quem sabe noutro passo tanto ilude
Matando em nascedouro a leda paz,
E o caos se transformando em tal mordaz
Cenário por defesa ou atitude
Expressa dentro em mim o que transmude
E seja noutro rumo mais audaz,
Acolho tão somente o que pudesse
E deste caminhar, sobeja prece
Marcando o dia a dia de tal forma
Que a vida sem certezas ou detalhes
Ainda com tormento tu retalhes
E toda a fantasia se transforma.



171


Entregues aos anseios mais vorazes
As ânsias percorrendo esta nudez
Aonde tantas vezes o que vês
Traduz o quanto posso ou já me trazes,
E neste desejar nada perfazes
Somente a mais sensível sensatez
E o todo neste alento se desfez
Moldando muito além de meras fases,
Resumos de outras vidas numa só
E o quanto poderia além do pó
Traçar esta ventura aonde eu posso
Vencer o turbilhão chamando o escasso
Delírio enquanto o todo teimo e traço
Num dia aonde o sonho fosse nosso.


172

Do vento, deste mar, do paraíso
Espreitas tão diversas se mostrando
Num ato mais feliz, quem sabe brando
Marcando cada passo com sorriso,
E o todo mais audaz que inda preciso
Num ato mais sutil já vicejando
Enquanto cada engodo se marcando
Num átimo tramando o mais conciso
Mergulho sem temer a liberdade
No quanto ainda ousasse e se degrade
Regendo o meu caminho em tom sutil,
E o tanto quanto pude reviver
Gestando dentro da alma este prazer
Aonde outro cenário além se viu.


173

Nos beijos que trocamos, nas carícias
Diversas emoções se fazem tanto
E neste caminhar sempre garanto
O quanto se aproxima em tais delícias.

E a vida se desenha onde as notícias
Tramassem muito mais que o mero espanto
Risonho caminheiro o que adianto
Vagando muito além destras primícias,

Encontros mais diversos; poderia
Ousar num rumo em paz ou sem transtorno
E sigo esta vontade, e sem contorno

O rústico desenho em plenitude
Mudando o quanto toca e desilude
Trazendo tão somente a fantasia.

174

Deitamos nosso amor enquanto a vida
Transcende ao que pudesse e mesmo assim
Gerando o quanto possa dentro em mim
Na sorte muitas vezes presumida,
E o canto num louvor trazendo urdida
A fase mais sobeja e quando enfim
O todo se pudesse ter ao fim
Do canto aonde a sorte é resolvida,
Detalhe tão suave eu poderia
No quanto a própria sorte em alegria
Dourasse o dia a dia aonde eu tento
Vencer o mais temido caminhar
E neste mesmo instante carregar
O passo num diverso e bom alento.


175


Minha alma na tua alma em plena luz
Regendo cada passo rumo ao tanto
E neste mesmo instante o que garanto
Deveras tão somente reproduz
Esboço do caminho em sorte e cruz,
Regendo o dia a dia e se me espanto
Expresso em poesia o todo ou quanto
Ainda na verdade me conduz,
Restauro cada passo rumo ao farto
E o manto mais suave eu não descarto
Ousando nalgum verso em rara paz,
Assim o meu alento se desnuda
E sinto a vida em glória e tudo ajuda
Mostrando um dia a dia mais audaz.


176

Por testemunha só trouxera o sonho
E quando recompus este cenário
O mundo noutro rumo imaginário
Enquanto em verso e luz tudo eu componho,
Vagando desde o nada eu me reponho
E gestual caminho mais bisonho
Traçando um dia a dia mesmo vário
E o canto mais suave de um canário
Trouxesse algum instante mais risonho,
Esvoaçante luz gerando o tanto
E neste mar imenso, apenas vejo
O todo mais audaz, neste desejo
Vagando sem temor, hoje eu garanto
O quanto pude crer e não me calo,
Ousando; da esperança, o ser vassalo.


177


Querida, dentre as flores que cultivo
Neste canteiro feito em esperança
Meu passo neste rumo agora avança
Mantendo o meu alento sempre vivo,
O todo se trazendo nada privo
E o sonho no caminho além se lança
Marcando com ternura a temperança
Meu sonho se transforma em lenitivo.
Arcando com meus erros, tão somente
No quanto a cada passo me alimente
Dos sonhos mais audazes e felizes,
Deixando para trás cada atitude
Enquanto o dia a dia nada mude,
Acenas com futuro e contradizes.


178

Tu sabes deste amor vida cerzindo
Momento mais feliz enquanto visse
A marca mais audaz, sem a tolice
De um tempo aonde apenas não deslindo
O rústico cenário enquanto brindo
O manto mais audaz e contradisse
O rumo neste todo e sem mesmice
O canto poderia ser mais lindo
Esvaio num tormento em tempestade
E o quanto na verdade desagrade
Presumo num instante ou nada além
Da variável dita a cada tempo,
E neste farto encanto o contratempo
Cenário mais audaz, vaga e contém.


179


O quanto toda noite poderia
Ousar num claro instante, em liberdade
Assim ao assumir realidade
A sorte noutro todo fantasia,
E traça a concordância em poesia
E quando a sorte trama e não degrade
Tramando o dia a dia em claridade,
Expresso o que deveras mais queria,
Arcando com meus erros, sigo em frente
E o quanto pude ver e não desmente
Matando uma tristeza dentro em mim,
Decerto cada passo diz do quanto
Ainda noutro rumo desencanto,
Trazendo desde agora o ledo fim.


180

No quadro mais sublime aonde eu trago
O tanto quanto quis ou muito mais,
A vida desenhando em vendavais
O todo quando o quero em raro afago
E sei que na verdade se divago
Encontro os meus caminhos tão venais
E venço tais distâncias abismais
Num ato plenamente em caos me alago
E desta claridade apenas quis
Moldar a fantasia em tal matiz
Aonde todo o canto se mostrara
Tramando esta incerteza em tom sincero
E neste desenhar tudo o que eu quero
Transcende ao que pudesse em tal seara.



181

Meu mundo no teu corpo, porto/cais
Arcando com as ânsias mais profusas
E quando noutro instante; não recusas
Momentos mais sobejos, divinais
Pudesse desenhar e muito mais
Do quanto na verdade não abusas
As horas são diversas e confusas
E nelas tu deveras não me trais,
Usando da esperança como alento
O quanto ainda busco e sei que tento
Vestindo a sorte imensa a cada passo,
Decerto noutro rumo poderia
Viver a sorte além da fantasia,
Marcando o que deveras sempre traço.

182

E nada mais importa além de tudo
O quanto quis e nada mais pudesse
A vida noutra face ainda tece
O canto quando posso ou não me iludo,
Vencendo o desafio não transmudo
O passo sem ternura em leda prece
O canto noutro tanto se obedece
E deste desejar eu me amiúdo
E creio muito além do quanto tramo
E vendo este caminho em novo ramo
Ousando com meu verso muito além
Do tanto quanto pude ou mesmo vira
Marcando com temor qualquer mentira
E neste delirar nada convém.

183

Saber-te sem espinhos, bela rosa
Gestando com ternura o meu canteiro
E quando além do sonho verdadeiro
A noite se promete majestosa,

Reinando sobre tudo ainda glosa
A sorte num momento derradeiro
E trago dentro da alma este celeiro
Traçando o quanto quero e se antegoza

Na fúria mais contida e nada além
Do quanto poderia e cedo vem
Trazendo o sortilégio aonde eu pude

Cerzir em esperança o dia a dia,
Maçando o que deveras fosse rude
Gerando dentro da alma a fantasia.


184

Aquele que se fez em esperança
E traça muito mais do que pudera
Ousando noutro rumo mata a fera
E trama o dia a dia com pujança
E neste desenhar cada mudança
Marcasse com temor a primavera
E quando mais anseio o que me espera
A sorte se desdenha enquanto lança
Meu passo rumo ao todo ou muito além
Do quanto na verdade sempre tem
Matando esta ilusão em cor diversa
E o rústico cenário se adivinha
Enquanto a solidão se fez tão minha
E o canto já sem medo; não dispersa.


185

Ouvindo tua voz no quanto pude
Tramar novo cenário e me propor
Vencendo o que trouxesse com temor
Gerando mansamente esta atitude,
Trazendo dentro da alma um quadro rude
E neste delirar a decompor
O todo se mostrasse em tal valor
E nisto traduzisse em magnitude
O parto mais suave e com pujança
Aonde o dia a dia agora avança
E molda num momento o quanto quero,
E sei que na verdade nada temo
E trago com certeza um novo remo,
Traçando este caminho mais sincero.


186
As páginas bonitas da esperança
Trazendo o meu caminho em glória e paz,
E quando a vida adentra e satisfaz
O rumo aonde o passo em luz avança
Moldando com total luta em mudança
O todo se desenha mais audaz,
Enquanto a vida mostra em contumaz
O rústico cenário em aliança
Marcando o dia a dia muito além
Do tanto quanto em sorte se convém
Margina com temor o desalento,
E deste delirar apenas vejo
O mundo e quando apenas longe eu tento
Vencer o que pudesse ser lampejo.


187


A força que me move a cada passo
Expressa muito mais do que pudera
E sei da sorte enorme em primavera
E neste desenhar o quanto faço
Ousando na esperança aonde traço
O rústico cenário destempera
Marcando dentro da alma a leda espera
Deixando no caminho o cais escasso,
Esbarro nos altares onde um dia
Ainda se mostrara em alegria
O tanto quanto pude desvendar,
E assim ao ledo encanto em lua cheia
A sorte tantas vezes me rodeia
Traçando o meu desejo a divagar.


188

É feita do perfume mais suave
A vida noutro rumo e se desenha
Além do que pudesse em rara senha
O dito coração já nada agrave,
Mostrando a solução sobeja nave
Enquanto cada dia sempre venha
Na audácia de quem tenta e não convenha
Vencer a minha sorte em leda trave,
Ousando noutro verso, outra versão
Os dias mais felizes moldarão
O quanto imaginasse e sendo assim,
O tanto quanto quero e não pedisse
Tramando muito além de uma crendice
Marcando o meu alento além do fim.


189

Que exalas, minha amada a cada instante
Perfume sem igual, suave e manso
E quando o dia a dia em paz alcanço
O mundo se desenha deslumbrante
E a todo desvendar já se garante
Um dia quando muito sempre avanço
Vencendo o quanto houvera em ledo ranço
Mostrando ainda a sorte doravante
Espalho muito além o meu caminho
E cirzo este cenário e me avizinho
Da etérea sensação em plenitude
Destarte caminhando contra o vento,
Seguindo cada passo, vou atento
E tudo se transforma enquanto mude.


190

Por isso estou feliz e vejo o tanto
Aonde meu caminho se fizera
Gerando tão somente noutra esfera
O carma desejado enquanto canto,
E sendo de tal forma o que garanto
Deixando no passado esta quimera
Meu sonho noutro rumo destempera
E tudo se resume em ledo pranto,
Arcando com meus erros, desengano
E tão somente assim quando me dano
Expresso a solidão de quem buscara
Apenas a vitória e nada veio,
Somente o meu caminho em devaneio
Matando em nascedouro a noite clara.

191

Negaste cada sonho aonde enfrento
Os mais diversos rumos que pudesse
Gerando dentro em nós a rara prece
Bebendo em mansidão tal forte vento,
E quando outro cenário ainda alento
Regendo com ternura o que se tece
Marcando o dia a dia em tal benesse
E neste caminhar estou atento,
Vencendo o meu caminho em plena fúria
A nada mais trouxesse além da incúria
Além deste momento em sortilégio,
A vida se pudesse noutro instante
Traçar o quanto tenho e doravante
Mostrasse a cada passo um rumo régio.


192
Usando os subterfúgios mais audazes
Extraio dos meus sonhos a emoção
E neste desenhar e desde então
Os dias entre tantos tu me trazes
E sei dos passos rudes e mordazes
Tramando a cada engano a solidão
Gerada pelos erros que virão
Matando o meu viver em ledas fases,
Assumo meus pecados e pudera
Vencer o que deveras dita a fera
Medonhamente exposta a cada dia
Sem dúvidas prometo um novo rumo
E quando noutro encanto eu me acostumo,
Bebendo toda a sorte mais sombria.

193

Quem sabe se depois da queda eu veja
A sorte desenhada em novo passo
E o todo que pudesse enquanto o faço
Trazendo dentro da alma o que se almeja
A vida tantas vezes malfazeja
Gerada pelo engodo em ritmo lasso,
E o manto se mostrasse em cada traço
Ocasionando a morte e sempre esteja
Cenário transtornando o dia a dia
E neste desejar tudo podia
Vencendo os desacordos mais temidos,
E tanto noutro sonhos presumidos
Vestindo o quanto quero e deveria
Ousando em dias claros, ressurgidos.


194

Transforme calmaria em tempestades
Quem tanto quis o corte e nada mais,
Meus dias entre tantos, racionais
E neles incertezas ditam grades,
E sei que quantas vezes tu te evades
Marcando meus momentos com teu cais
E dias mais audazes, magistrais
E a vida a cada engano mais degrades.
Respinga dentro em mim cada tormento
E quantas idas vejo enquanto tento
Vencer os meus anseios mais constantes
E sei que deste todo nada pude,
Viver além da mera juventude
Assim os olhos mudam por instantes.


195


Permita-me então que eu siga além
Do tanto quanto pude e não teria
Ousando tão somente na alegria
Enquanto na verdade nada vem
Sequer a realidade e em tal desdém
A sorte se desenha, alegoria,
Marcando com terror o dia a dia,
Expondo o que deveras não detém
O passo rumo ao fato de existir
Deixando para trás e sem porvir
O sonho mais audaz, felicidade.
Dos erros onde outrora se fizera
A vida num momento em leda esfera
Tomando com horror em tempestade.


196

De todos os meus medos onde tanto
Sentisse tão presente o que se traz
Em face dolorosa ou mais mordaz,
Gerando o que deveras desencanto,
Marcando tantas vezes com tal pranto
O dia não seria pertinaz
Nem mesmo o caminhar ainda audaz,
Gestasse dentro da alma o que garanto,
Mergulho neste infausto e sendo incauto,
Apenas o que possa em luz eu pauto
Cerzindo cada passo até o fim,
Matando o meu anseio, num momento
Ainda quando busco estar atento
O todo se transcende dentro em mim.


197

Mas saiba que talvez inda tivesse
O sonho mais feliz: felicidade
E o todo se desenha na verdade
Marcando o dia a dia em leda prece,
O quanto se pudera e a vida tece
Regendo tão somente o que me agrade,
Matando dentro em mim realidade
A vida noutro rumo se oferece.
Nascendo dentro da alma este cenário
Ousando num momento temerário
Restauro cada passo rumo ao fato
Do mais diverso rumo em tom suave
Aonde se desenha o que se agrave
Mostrando o quanto possa e enfim constato.


198

O tempo enfim vislumbre algum momento
Vencendo os dissabores, desafetos
Meus dias entre tantos, incompletos
Ousando na verdade este tormento
Enquanto noutra face sempre tento
Usar dos meus caminhos prediletos
Regendo dentro da alma os mais diretos
Momentos entre os vários, mais atrozes
Escuto neste instante as velhas vozes
De quem se perderia em lua cheia,
E vendo a minha vida sem destino,
O quanto poderia cristalino,
A cada novo instante me rodeia.


199

Das preces que fizeste no passado
O custo mais sutil em ledo engano
E quando na verdade enfim me dano
O tempo se mostrasse em raro enfado,
E tendo este cenário enquanto invado
Gerando tão somente um ermo plano
O rústico desenho ou soberano
Caminho aonde tudo enfim degrado,
Resumos desta vida em virulência
A sorte não se mostra em coincidência
Nem mesmo se permite muito além
Do todo imaginário ou sem sentido
E neste meu delírio eu não lapido
Sequer o que deveras me convém.


200

Confesso meu perdão embora reste
Do todo pelo menos a esperança
E neste caminhar enquanto avança
A sorte noutro tanto fora agreste,
E sei que tão somente em paz vieste
Marcando cada rumo em aliança
Expondo num cenário esta mudança
Esbarro nos meus erros onde ateste
Apenas o vazio dentro da alma
E quando a minha vida não se acalma
Regendo todo passo e deste nada
Cerzido no vazio aonde eu traga
A sorte desdenhosa qual adaga
E a morte a cada engano desenhada.



201

O corpo em sacrifício se dourando
Marcando com temor a inquisição
E nela velhos tempos moldarão
Cenário enquanto o vejo em tom nefando,
O rústico momento emoldurando
Apenas tão somente a imprecisão
Traçando este caminho sempre em vão,
Aonde o desenhara bem mais brando,
Ousasse novamente em rumo alheio
O quanto a cada instante eu devaneio
Vagando sem temor, a cada passo,
Atravessando o rumo enquanto eu vejo
O dia noutro todo e assim desejo
Trazer o desalento em ledo espaço.

202

Mas nada disso importa a quem pudera
Trazendo dentro da alma esta pureza
E quando a vida traça em tal surpresa
Gestando dentro em mim leda quimera,
A vida noutro passo destempera
E trama o que deveras fosse presa
Da sorte desenhada em correnteza
Matando dentro em mim a vária fera,
Austera companhia enquanto pude
Marcar com mais temor cada atitude,
Gerando a tempestade mais atroz,
Da farsa mais ativa em tom venal,
O rústico cenário marginal
Traçando o dia a dia em ledos nós.


203

Dos sonhos que tiveste eu poderia
Ousar noutro momento e até tentara,
Mas quando se desvenda a vida amara
Marcada pela dor em agonia,
Meu canto na verdade não traria
Senão a mesma face aonde aclara
A rota desdenhosa e tão amara
Matando o quanto resta em poesia,
Do todo nada tenho nem tentasse
Vencer a qualquer custo algum impasse
Gestado dentro da alma mais voraz,
E o todo na verdade se desfaz
Matando o que deveras me desgrace
Num rumo tão feroz quanto mordaz.

204
É tudo o que consigo embora tente
Sentir alguma paz dentro do peito
E quando em solidão, deveras deito
O tempo se mostrasse pertinente,
E o rumo noutro tanto se apresente
Arcando com ternura em raro pleito
Escassa solidão, de qualquer jeito
Armando o que deveras tanto mente,
Escassas luzes dizem da cidade
Aonde o meu caminho em tempestade
Regesse cada passo rumo ao fim,
E desta forma sigo contra a fúria
De quem noutro momento diz incúria
E marca este cenário podre em mim.


205

Meu canto te encontrando após a sorte
Diversa aonde eu pude ver bem mais
Do todo em passos rudes, vendavais
E nada na verdade me conforte,
Vestindo esta ilusão, um passo forte
Apenas se desenha em marginais
Anseios entre tantos desiguais
E assim o meu caminho não comporte,
Mesquinhos dias ditam tão somente
O quanto a cada engodo se apresente
Matando em nascedouro uma esperança
Destarte meu alento não pudera
Vencer o quanto é rude cada espera
Enquanto o passo aquém jamais avança.


206

Pois sabe deste amor quem mais trouxesse
Além da plenitude outro momento
É quando em solidão eu me atormento
E tento tão somente uma benesse,
No caos gerado em mim, sobeja prece
Vagando em dor e tanto alheamento
E sei que de tal forma me alimento
Regendo cada instante onde comece
Em pânico meu mundo sem proveito,
À sombra do passado eu me deleito
Espero qualquer coisa em mansidão,
Mas sei dos meus enganos e procuro
Ainda quanto pude mais seguro
Nos dias onde os rumos se verão.

207

É bom saber que estás sempre comigo
E nisto poderia muito além
Do passo aonde o mundo sempre vem
Traçar o que procuro e não consigo,
Destarte em solidão sempre prossigo
E sei de uma esperança ser refém,
Olhando para trás vejo ninguém
A cada nova curva, outro perigo.
Arcar com meus enganos, produzindo
O todo num instante bem mais lindo
Findando a sorte enquanto ainda houvera
Somente esta semente de esperança
E o passo no vazio ora se lança
Matando o quanto quis em primavera.


208

Nas ruas ou nos campos, nos sinais
Os olhos procurassem pelo menos
Suaves caminhares bem mais plenos
Dos tantos onde andara; marginais,
Esboço a cada instante os temporais
E vejo em sorvedouro tais venenos
E sei dos meus anseios tão serenos
Num canto aonde pude e muito mais,
Escusas não resolvem o problema
E sei que no final o todo eu tema
Acasos desenhados num momento,
Escapo dos meus passos, sorvedouro
E bebo deste infausto e quando o douro
Aos poucos sem defesa eu me atormento.


209

Eu sei que amar demais somente traz
O engano mais comum, leda esperança
E a vida na verdade ora se lança
Num passo tenebroso e sempre audaz,
Resolvo cada engodo e deixo atrás
O rastro que deveras nada alcança
Senão a minha vaga e vã lembrança
Marcada pelo rumo mais voraz,
Espero tão somente o dia a dia
Toando dentro da alma a poesia
Maior que poderia presumir,
E sei quando em tal forma a vida trama
Bem mais do que deveras medo e chama
E assim cada tormento redimir.

210

O sentimento triste adentra o peito
E rouba o que restara em esperança
Assim ao vago rumo a sorte lança
O quando se mostrara já desfeito
E o tanto quanto posso, noutro pleito
Gerando a cada engodo outra mudança
O verso se aprofunda em aliança
Marcando aonde enfim, tanto me aceito
Acasos poderiam ser diversos
E nestes novos rumos mais dispersos
Meus passos não encontram o que eu quis,
E resolutamente nada trago
Somente a mesma face em turvo estrago
E deste nada além sou cicatriz.


211


Muitas vezes vencido pelo sonho
Aonde poderia haver um canto
Somente me percebo em tal quebranto
E assim num novo rumo eu me proponho,
O tempo se apresenta tão medonho
E tento desviar meu desencanto,
Apenas o final triste eu garanto
E o verso noutro engodo o decomponho.
Essencialmente sigo em busca desta
Imagem, talvez única que resta
Marcando o dia a dia. Sendo assim
A sorte desdenhosa se aproxima
E reina sem defesas sobre o clima,
Prepara para o ledo e amargo fim.



212

Deitando nos jardins apenas pude
Singrar esta esperança aonde houvera
A imagem desdenhosa desta fera
Que embora mais presente em atitude
Presume a vida incauta em plenitude,
Deixando no passado o que tempera
Matando atocaiada a vaga espera
E nisto se conduz ao quanto ilude.
Resulto deste todo ou mesmo até
Do passo em sincronia quando a fé
Resume o meu caminho onde a defesa
Presume cada engodo ou muito além
Do mero desdenhar e quando vem,
Dos sonhos na verdade sigo presa.


213


Mergulhos, simplesmente expressando
O quanto poderia haver em nós
E a vida se desenha, ledo algoz
Apenas num caminho mais infando,
O tanto quanto quis em contrabando
A sorte silencia a minha voz
E deixa para trás o quão feroz
Pudesse ser meu mundo, o desolando.
Expresso com carinho embora saiba
Do pouco ou quase nada aonde caiba
Somente um verso triste e nada mais,
Dos erros costumeiros e bisonhos,
Desfraldo esta bandeira em rotos sonhos
E adentro a cada instante os vendavais.


214

Queimado pelos tristes caminhares
Em noites solitárias ou decerto
O rumo que pudesse e não deserto
Retrata a solidão em seus esgares,
E quando além de tudo já notares
E o todo dentro da alma enfim desperto
Marcando este momento agora aberto
Remando contra a fúria dos altares,
Vencido pelas ânsias costumeiras
Ainda que deveras tu não queiras
Eu tento a solução de forma vária,
Mas sei em quanto a vida se resume,
Tentando sem sucesso algum perfume
Além da mesma essência temerária.


215


Vagas vozes volvendo vez em quando
Cenários que passara em minha mente,
E o todo se deveras não desmente
Apenas outro fato consumando,
Esbarro no caminho mais nefando,
E a sorte se mostrando plenamente,
E sigo este tenaz e impertinente
Caminho noutro tanto se tornando
Vagasse dentro da alma a claridade,
No quanto deste sonho se degrade
Forçando a luz sombria da esperança,
Mas luta sem final, batalha triste
Somente este vazio inda resiste
E o nada noutro engodo nos alcança.


216


Tentar sentir, ter sonhos onde outrora
Somente este espinheiro em tais daninhas
E quando da esperança são vizinhas
As dores na verdade desancora
O canto sem saber enquanto aflora
Resumos destas sortes que são minhas,
E as horas se perdendo por onde vinhas
Marcando cada angústia em vã demora.
Espalho a minha voz e nada escuto,
E tento na verdade em passo bruto
Cerzir novo caminho em meio ao nada,
Dos erros costumeiros, sendo ausente
O risco a cada passo se apresente
Já tornando inviável toda estrada.

217

Nas urzes dos jardins profanamente
O caos se demonstrando sem defesa
A sorte se apresenta e sendo presa
Da vida muita vez impertinente
Minha alma se tornando esta indigente
Dos sonhos mais audazes, leda presa
Lutando contra a forte correnteza
No todo onde se perde ou mesmo tente.
Resulto deste caos e nada além
Do todo imaginário me convém
Marcando com ternura o passo aonde
Pudesse desenhar novo momento
E sei do quanto possa ou alimento
O sonho quando em sonho corresponde.



218

Sentindo o fim chegando e nada faço
Sequer acreditar num novo dia,
Apenas outro engodo se faria
Regido pelos ermos de um cansaço
E quando a solidão por vezes traço
Resumos de uma vida em ironia
E desta solidão, a fantasia
Transcorre noutro canto, em ledo espaço,
Ousando transformar completa e rara
A noite noutro tanto em direção
Contrária aos quantos erros que virão,
Apenas o vazio se escancara,
Matando em nascedouro cada sonho
Aonde o meu caminho; em vão componho.

219

Cravando tais agravos no meu peito
Assisto à derrocada mais atroz
Cerzida pela essência em rude foz,
O rio se traçando em novo leito,
E quando a realidade enfim aceito
E a morte se desenha mais veloz
A porta se fechando para nós
O rumo com certeza em vão deleito,
Deleto a paz que há tanto conhecia
Ousando na esperança em fantasia
Num formidável rito, mas alheio
Aos tantos de minha alma mais confusa
E o todo noutro tempo se entrecruza
E desta forma sigo em devaneio.


920

Das roseiras somente as mesmas que
Meu canto poderia em tal jardim
Trazer como esperança viva em mim
E quando se procura, além; cadê?
O parto se presume enquanto vê
Semente mais atroz, e sendo assim
O rústico cenário traz ao fim
A vida simplesmente e em nada crê.
Acordos entre vários elementos
Os dias se traçando desatentos
Hostilizado passo rumo ao nada,
Assim na solidão de cada verso
Reparo este cenário mais disperso
E sigo sem sentido a leda estrada.


921

Das falhas cometidas vida afora
Errático cometa se transforma
E o todo noutro rumo toma a forma
Que ainda mais feroz já me devora,
A sorte sem caminho me apavora
E sei do quanto a vida agora informa
Marcando com terror e se demora
Ousando na verdade e tudo explora
Cerzindo dentro da alma esta reforma.
Mergulho nos meus erros, sigo assim,
Vacância dominando cada passo,
E assim neste momento eu me desfaço
Tentando reverter o amargo fim.


922

Delírios e martírios noutra face
A sorte não permite algum caminho
E quando na verdade desalinho
Desejo mais feliz já se mostrasse
Resumo cada canto noutro impasse
E neste meu momento mais sozinho,
Gerando dentro em mim o vago espinho
E toda esta certeza se moldasse,
Resisto ao quanto possa acreditar
E embora não conceba um só lugar
Matando esta esperança aonde houvera
Sinal deste tormento em tal constância
A vida se transforma em penitência
E dota de terror a angústia fera.

923
Deitando nos jardins das esperanças
O mundo se transforma em coerência
Dos todos desenhados a ciência
Da vida noutro passo agora alcanças
As horas mais diversas sendo mansas
E as tramas transcorrendo em transparência
Do encanto mais feroz, leve indulgência
O sonho no vazio agora lanças.
Restauro o dia a dia e me permito
Além do que pudera sendo aflito
O passo noutro engodo, vaga mente.
E o rústico cenário se apresenta
Marcando com terror cada tormenta,
Enquanto outro caminho não desmente.


924

Cavalgas todo dia neste vago
Cenário em turbulência e nada mais
O dia se desenha em temporais
Enquanto outra incerteza; em vão divago
E deste caminhar enquanto indago
Adágios mais profanos tu retrais
E vastas amplitudes terminais
Transformam a esperança em turvo lago,
Se resolutamente ainda vejo
A sombra dos meus passos num dardejo
Digiro com temor cada momento,
E sei deste cenário mais sutil,
E dele tão somente produzira
Além do quanto visse em vã mentira
O todo aonde o rumo se previu.


925

Sorvendo cruelmente cada passo
Encontro os meus anseios quando pude
Vencer com mais ternura a plenitude
Tramando o meu caminho enquanto traço
O rústico cenário num compasso
Diverso do que tanto ainda ilude
Mostrasse com furor cada atitude
E nela outro momento em descompasso,
Ousando na palavra liberdade
Meu canto na verdade agora invade
E gera tão somente este momento
E dele cada passo se traduz
Na imensa liberdade sem a cruz
Deixando no passado algum tormento.


226

Quem dera se entendesse deste enredo
Aonde a vida fosse noutro instante
Deveras tão somente o degradante
Caminho enquanto além eu me concedo,
Ousando passo a passo sigo ledo
E vejo o quanto possa doravante
E a sorte na verdade não garante
Sequer o menor sonho em tal degredo,
Arcando com meus erros, poderia
Traçar outra verdade em harmonia
Moldando cada canto de tal forma
Que a vida não presume liberdade
E quando a solidão tomando invade,
O rumo se destoa e se deforma.

227


Que tantas vezes dói e nos maltrata
A sorte enquanto a vida se anuncia
Marcando com temor e rebeldia
A face mais cruel ou mesmo ingrata,
A vida noutro enfado não resgata
Senão a mesma dor, melancolia
Aonde o meu caminho perderia
A mera sensação clara e sensata.
Arcando com meus erros costumeiros
Trazendo florescência aos meus canteiros
Retrato o que deveras quis e tanto
Pudesse ser diverso do que agora
Tocando com ternura logo aflora,
Mostrando o quanto eu quero e até garanto.

228

No fundo sempre sou o sonhador
Perdido entre as diversas heresias
E quanto mais presente tu virias
O fato a se perder e a se propor,
No canto deste enfado, o redentor
Cenário enquanto tanto poderias
Marcadas horas turvas, ledas frias
Tramando a cada engano o desamor.
Rastreio todo passo que tu deste
Num solo tão diverso quanto agreste
Regendo o dia a dia em torpe voz,
E o todo desejado se esvaíra
Nas ânsias mais diversas da mentira,
Rompendo os frágeis laços, ledos nós.


229


Vagando sem destino aonde pude
Sentir a imprecisão de cada passo,
E quando na verdade eu me desfaço
A vida se promete em magnitude,
Restando dentro da alma a face rude
Marcando o meu caminho em descompasso,
Ousando noutro instante quando traço
Medonha e caricata se transmude.
Risíveis temporais em noite escusa
E a sorte se desenha e se entrecruza
Recuso com meus erros, desengano.
E quantas vezes vejo aquém do todo,
Apenas tão somente o mesmo engodo
Enquanto na verdade, enfim me dano.


230

Falando em sentimentos poderia
Vencer o quanto houvera neste rumo,
E o caos deveras toco e logo assumo
Os erros numa noite amarga e fria,
Pudesse ter apenas sintonia
Embora meu caminho em vão resumo
Peçonhas tão dispersas e se aprumo
Meu passo em lassidão já se veria.
Ausente dos desejos, tal fastio,
Marcando com terror o desafio
Esbarra dentro em mim mais claramente,
E o nada se desenha de tal forma
Aonde a fantasia se deforma
E a própria resistência não desmente.


231

Desisto plenamente desta luta
E nada mais pudesse quem porfia
Tentando apenas sorte e fantasia
Enquanto a própria vida já reluta,
A imagem delicada, outrora bruta
Matando o quanto houvera em alegria
Traçando a mais distante sintonia,
Marcando a minha vida em tez astuta,
Reluto e nada vejo além do caos
E nele se pudessem tais degraus
Alçando a eternidade num momento,
Mas quando vejo o fim em turva história
Presumo a vida tosca e merencória
E deste desenhar nada alimento.


232

De tantos os caminhos se perdendo
Apenas aprendi mesma lição
Ousando noutro rumo e direção
A sorte se transforma em dividendo,
E quanto num instante este remendo
Trouxera o que pudesse em precisão
Os olhos mais cansados não verão
Sequer o mesmo passo onde me estendo,
Arcando com meus erros só procuro
O canto mesmo quando em solo duro
Escusa realidade dita o tom
E o pântano adentrando dentro em mim,
O fogo se desenha e neste fim
A vida não seria mais que um dom.

233

A dor, amor, cansei e nada mais
Pudesse desejar quem tanto quis
Viver este momento mais feliz
Envolto nos diversos temporais,
Sequências de momentos magistrais
E nestes outros todos me desfiz
Gerando novo passo em tal matiz
Quebrando na verdade os meus cristais,
Resisto o quanto possa e na verdade
O todo se desenha em liberdade
Ousando muito mais do quanto eu quero
Esbarro nos engodos e procedo
Destarte aonde a vida em desenredo
Tramasse um rumo em paz, claro e sincero.


234

Prefiro descansar após a guerra
Aonde se escondera uma esperança
A vida neste passo ora se cansa
E o velho coração tanto desterra,
Usando da palavra enquanto emperra
A rude sensação em temperança
Marcando cada dia onde se lança
A porta se traduz no que descerra,
Ousando cada engano enquanto um dia
Tramasse com ternura e se veria
Cenário transbordando em luz e glória
Revelo o meu anseio e assim permito
O todo desenhado no infinito
Mudando a direção da minha história.


235

Falar de coisas tantas quanto eu possa
Traçando o meu caminho em ledo espaço
E a vida se mostrara em tal cansaço
No quanto se desenha em rude fossa,
Esta esperança alheia, sendo nossa
E nela se revela cada traço
Aonde poderia ser escasso
O quanto a vida nega e não endossa,
Eu sei que sou deveras agridoce
E quando o meu caminho inda não fosse
O todo pretendido num cenário
Diverso do que tanto imaginei,
Ousando procurar na velha grei
Um rumo tão somente imaginário.

236


Vagar sem ter sentido além do cais
E ter noutra palavra a redenção
Ousando ver decerto os que jamais
Pudessem transformar a direção
E o peso se transtorna e nunca mais
As sortes noutro rumo tocarão
Alheios e diversos vendavais
Marcando com terror cada verão,
Espúria madrugada aonde eu pude
Viver esta emoção em plenitude
Arcando com engodos, tão somente
A vida não pudera ser dispersa
E quando este caminho além já versa
A face mais atroz nada desmente.

237

Caminhos que no fundo, sei tão bem
Trazendo alguma luz a quem buscara
No falso caminhar pela seara
O nada noutro lado não convém,
E o passo se desenha em tal desdém
Marcando com terror o que declara
Ousando na palavra mesmo rara
E nela todo o canto sei tão bem,
Esbarro nos enganos costumeiros
E sigo sem temor os mais inteiros
Cenários percebidos no abandono,
E o caos se transformando a cada engano
No todo aonde aos poucos se me dano
Apenas do vazio em mim adono.


238


Eu nunca mais farei deste momento
O todo desejado e nada traz
Senão a face escusa e mais mordaz,
Marcada pela vida em desalento,
O passo na verdade sempre tento
Toando dentro da alma a rude paz,
E o canto noutro engodo satisfaz
Gerando dentro em mim suave vento,
Expresso a realidade enquanto pude
Vencer com mais vagar em plenitude
A rústica paisagem dentro da alma,
Assisto à derrocada do meu canto
E sei que na verdade o desencanto
Aos poucos gera apenas novo trauma.


239

Vazio, vou sozinho e sem proveito
Resisto aos desenganos, mas sei bem
Do todo que em verdade já não vem
Enquanto noutro rumo nada aceito,
E sendo de tal forma quando deito
A vida se transforma em vão refém
Ousando num instante o quanto tem
Transcende à realidade em tom perfeito,
Negando com meu verso este caminho
Andando sem destino, eu vou sozinho
Matando uma esperança em tom atroz,
E a pedra desenhada neste cais
Transforma dias claros, magistrais
Calando da esperança a leda voz.


240


Receios que carrego dentro em mim
Desfiladeiros tantos, abismais,
E quando procurara muito mais
Do quanto revelado em ledo fim,
Ociosamente chego e vejo assim
Os erros mais comuns, mesmo boçais
Resumo meu cenário em dias tais
E mato em nascedouro este jardim,
Uma esperança apenas poderia
Trazer outro caminho em novo dia
Marcando cada engodo de tal forma
Gerasse nova face em primavera,
Porém o meu anseio se tempera
No caos que a cada engodo se transforma.


241
Dos olhos da quimera a mesma tez
Diversa da que tanto perseguira
E vendo este cenário em vã mentira
A sorte noutro rumo se desfez.
O passo procurando a sensatez
Marcando o dia a dia quando gira
E o corpo noutro engano a vida estira
Matando o quanto resta em lucidez,
Presenciando o fato mais audaz
E quando esta esperança a vida traz
Ousando na palavra redenção,
Medonha face exposta a cada instante
Demonstra este momento degradante
E nele novos dias se farão.

242

Não vejo minha sorte aonde há tanto
Pudera acreditar ou ver somente
O quanto na verdade busque e tente
E assim cada cenário em vão garanto,
Mergulho no terror do desencanto
E cevo dentro da alma esta semente
Marcando a minha vida em permanente
Ocaso enquanto busco ou mesmo canto,
Cerzisse uma esperança além do todo
Matando a cada passo em novo engodo
O rumo sem saída ou mesmo o ocaso,
Destarte a poesia não traria
Sequer a menor sombra em fantasia
Traçando o dia a dia em claro atraso.

243

Nem quero mais morrer após a queda
Ousando noutro rumo mais sutil
E o todo na verdade não previu
Sequer o quanto posso e tanto veda,
Pagando com terror, mesma moeda,
O quanto necessário se reviu
Entrecruzando o passo bem mais vil,
A sorte no vazio ora se enreda,
E sei do quanto pude acreditar
Cerzindo dentro da alma este abandono
E quando da ilusão plena me adono
Erguendo para além o meu olhar,
Seduz-me tão somente esta verdade
E nela cada passo ora degrade
E nada se desenha a divagar.


244

Agradeço assim meus tantos caminhares
Em noites mais diversas onde eu pude
Viver com toda a glória a plenitude
Enquanto noutro rumo me tocares,
Ousando passos longos, constelares
O todo num momento desilude
E o vasto desenhar se fez mais rude
Ao profanar na vida os seus altares,
Reparo nos enganos e prometo
Apenas o que possa algum soneto
Alcanço a liberdade prometida
Dos tantos vários erros do passado
O sonho noutro rumo anunciado
Transcende ao que seria a própria vida.

245

Que buscam na ante sala da esperança
Um traço onde pudera ver além
Do quanto na verdade não convém
E a vida noutro rumo em vão se lança
A sorte se mostrando com pujança
Marcando o que pudera sem desdém
E o nada na verdade ainda vem
Moldando com ternura esta aliança
Mudando este cenário plenamente
A vida noutro instante tanto mente
Remete ao que passara sem sentido
Destarte caminhando contra tudo
Enquanto na verdade inda me iludo
O canto do passado nunca olvido.


246
De meus pressentimentos vejo apenas
As horas mais doridas de abandono,
E quando da esperança enfim me adono
Em horas tão diversas me condenas,
Assumo o que pudessem mais amenas
As sacras fantasias onde clono
O passo noutro rumo e desabono
As fontes onde tanto me envenenas.
Resumos de outros erros tão somente
As emoções tomando realmente
O rústico cenário dentro em mim,
Vacantes esperanças do passado
Aonde novo sonho é desenhado
Matando o que inda resta até o fim.


247

De tudo que escrevi já não conheço
Sequer a menor parte da ilusão
Matando o que pudesse desde então
Gerando noutro sonho este tropeço,
O rústico cenário, este adereço
E nele se presume o passo em vão
Marcando com total sofreguidão
Risível desenhar deste endereço,
Medonha cena vejo após o nada
E tanto quanto pude em desolada
Imagem desafia o passo quando
O rumo se transforma num segundo
E tendo o meu passado ora me inundo
Do vento noutro rumo se moldando.


248

Enganos prometidos desde quando
A vida se fizera mais suave,
E o quanto deste todo sempre agrave
O passo noutro rumo desenhando,
O canto se perdera e se moldando
Ainda dentro da alma a dura nave
Vagando sem saber qualquer entrave
O canto noutro engodo se formando,
Resumos de minha alma em transparência
E a vida sés mostrando em eloqüência
Sequências entre quedas e fastio
E quando me percebo de tal forma
Aonde o meu caminho desinforma,
Apenas a verdade eu desafio.

249

São formas de iludir e nada mais
Os erros mais atrozes e emoções
Vagando sobre tantas dimensões
E nestes ermos vejo vendavais
Ausência de esperança toma o cais
E nela cada passo agora expões
Tramando sob tantas direções
Os rumos mais sobejos em cristais,
Encontro meus caminhos e prometo
Ser mais do pudesse este amuleto
Traçando num momento outro cenário,
Esbarro nos meus dias mais felizes
E sei que na verdade contradizes
Marcando o dia a dia temerário.


250


A noite vem chegando mansamente
E traça outro momento enquanto eu possa
Viver o que deveras sempre roça
A sorte noutro rumo, impertinente,
Vagante coração já se alimente
Do quanto poderia além da fossa,
Mergulho neste todo aonde endossa
A vida mais feliz ou plenamente,
Escassas noites ditam abandono
E tanto quanto possa hoje me abono
Nos ermos mais sofridos de quem tenta
Vangloriando o passo noutro rumo,
O canto se presume e assim resumo
Meu canto além da face violenta.



251


Tomando grandes goles da esperança
Ousando noutro rumo, apenas isto
E quando esta verdade ora conquisto
Meu passo se transforma e logo avança
O todo se desenha em temperança
E neste caminhar tanto consisto
Meu canto neste engodo e não resisto
Tecendo a cada dia uma mudança
Gerando dentro da alma a mais sombria
Ou mesmo a mais dorida fantasia
E nela me entranhando a cada instante,
Resulto dos anseios mais vorazes
E sei que a vida dita em novas fases
Aquilo quanto eu possa e me garante.



252

Em rudes caminhadas pela vida
O tanto quanto pude ou desejara
Mostrando a sorte dura, leda e rara
A vida noutro passo decidida
Encontro cada farsa e se lapida
Esboço a reação e nada ampara
Sequer este cenário em tal seara
E o tanto quanto possa fosse urdida,
Palavra mais feliz e nada falo,
O sonho se transforma em vão vassalo,
Negando qualquer messe enquanto pude
Tramar o meu caminho em luz diversa
Aquém do farto instante e desconversa
Marcando com temor cada atitude.


253


Passeio meu olhar além do todo
E neste desenhar o quanto pude
Vencer o meu caminho em plenitude
E disto aprofundando em ledo lodo,
A cena se repete dentro em mim
E o custo da esperança; enquanto alcanço
Tentando desvendar qualquer remanso
Aonde mais devesse crer enfim,
Negando este momento em tom suave
O passo noutro engodo, noutro rumo
Enquanto a cada instante me consumo
O sonho se mostrara enquanto agrave,
Resolvo meus momentos mais ausentes
No todo quando muito tu consentes.


254


Se sou não sei, seria além de tudo
O marco de uma vida mais ardente
E o quanto na verdade se apresente
Transcende ao quanto posso e já me iludo,
O rústico cenário onde amiúdo
Vencendo o dia a dia impertinente
Marcando com ternura esta semente
E o caos dentro do peito em vão eu mudo.
Restando tão somente o quanto quis
Vestindo esta esperança em tal matiz
Diverso do que tanto poderia
Ousar com mera luz ou mesmo até
Risonho caminheiro dita a fé
Supera qualquer dor ou ironia.


255


De quanto tanto tempo pude além
Do rápido momento em tempestade
E o carma se desenha enquanto evade
Do sonho o mais diverso que inda vem,
Respondo com meus erros e sei bem
O passo no vazio e a claridade
Perdendo todo o rumo ou liberdade
Resumo meu caminho em teu desdém,
Vasculho dentro da alma e nada vejo
Sequer a menor sombra de um desejo
Ousasse quem porfia e não descansa
A sorte se assemelha ao quanto pude
Trazer dentro do peito em atitude
Aonde a sorte lança sem mudança.


256


Espero que demore cada passo
Na direção do vento mais agudo
E sei quando em verdade desiludo
E todo o meu caminho ora desfaço,
Reinando dentro da alma o descompasso
Enquanto com certeza nada mudo
Sequer o que pudesse inda, contudo
O canto noutro engodo em ledo espaço
Esbarro nos meus dias mais felizes
E vejo tão somente cicatrizes
Aonde nada mais se poderia
Sequer a noite escassa em liberdade
Deixando para trás velha saudade,
Na cena mais atroz, dura e sombria.


257

Do pranto que não sinto ou lacrimejo
Apenas outro infausto coletando
E sei do meu caminho desde quando
Somente sou refém deste desejo
O mundo se pudesse em azulejo,
Porém dentro desta alma vai nevando
E o rumo se perdendo mais nefando
Negando o quanto quero e até prevejo,
Sentidos mais diversos da esperança
Enquanto a sensação que ora me alcança
Traduz o mero rumo em tal fastio
E um passo sem sentido eu perfilasse
Gerando tão somente o ledo impasse
Aonde cada engodo eu desafio.


258

Meu mote nada sinto e sei do ocaso
Gerando com ternura o quanto quis
E sei deste momento em vão matiz
E neste desenhar eu já me atraso
Mergulho num cenário em tal descaso
E tento outro caminho e nele fiz
O tanto quanto pude ser feliz
E o rápido momento ora defaso,
Esvai-se em ledo sangue o pavoroso
Caminho tantas vezes pedregoso
Matando o dia a dia aonde outrora
A vida não pudesse desenhar
Sequer o quanto quero imaginar
E a fonte noutro rumo me apavora.


259


Se curvo minha estrada após a queda
Dos ermos de minha alma mais sutil
O todo noutro rumo se previu
E a sorte no vazio ora se enreda
E o quanto dia a dia se envereda
Ousando outro momento onde se viu
Meu canto em desencanto presumiu
E nada mais deveras toma e seda
A face doentia da esperança
E quando noutro engodo já se cansa
Quem tanto procurara alguma luz
Cerzindo do vazio esta quimera
A sorte no meu mundo destempera
E apenas ao não ser ora conduz.


260


Se tento viver sempre este momento
Cerzido em desencanto e nada mais
Ousando em ritos novos, sensuais
Apenas na verdade eu me atormento
E regiamente invado o desalento
E bebo destes dias magistrais
Rompendo os meus caminhos sempre iguais
Marcados pela fúria deste vento,
Presumo dentro da alma esta palavra
Que a vida noutro instante tenta e lavra
Resumos de meus erros contumazes,
Assim se prenuncia o fim do jogo
E o canto noutro passo, em ledo rogo
Deveras sem sentido algum me trazes.


261


Do vento que impedia a caminhada
Já nada se presume desde quando
A vida noutro rumo se moldando
Traduz o quanto pude nesta estrada
E a sorte muitas vezes amparada
Na face mais tranquila em contrabando
E a cada novo instante transformando
A lida numa vaga e leda estada,
Expresso com palavras o que possa
Trazer esta aliança rara e nossa
Ousando no momento mais sublime
E o medo transfundindo cada rito
Enquanto na verdade eu necessito
Do passo aonde tudo se redime.


262

Cabendo meu momento num anseio
Aonde poderia desvendar
O todo desenhado a divagar
Ousando tão somente em devaneio,
O quanto da esperança em vão rodeio
E bebo desta sorte a me tocar
Resgato cada passo a mergulhar
No tanto quanto possa e sigo alheio
Errático cenário se apresenta
Vencendo a magnitude da tormenta
Criada a cada ocaso em minha vida,
A sorte noutra fase se perdendo
O tanto quanto possa em vão remendo
A luta há tanto tempo presumida.


263


Gemente tal festim em noite escusa
A sorte não pudera ser traçada
Depois de ver somente o mesmo nada
Aonde cada passo se recusa,
A morte se anuncia e tão reclusa
A vida se transforma em leda estrada
Marcando com a sorte anunciada
E deixa a minha senda mais confusa,
Medonha esta utopia aonde outrora
O passo sem sentido me apavora
E rege outro momento em desencanto,
Destarte no final já nada trago
Sequer o que deveras dita o afago
E o quanto inda pudera não garanto.


264


Anseio pelo fim e tão somente
Acreditando além do quanto pude
E vendo o meu caminho agora rude
A sorte na verdade tanto mente,
E o quanto se resume ou se apresente
Marcando o que me resta em juventude
Enquanto a cada engano desilude
O mundo se tortura em vã semente,
Escassa realidade dita o canto
E sei que no final nada garanto
Sequer a menor chance de esperança
E assim se desenhando este vazio
Enquanto cada sonho eu desafio
A vida num estio ora se lança.


265


Reverso da medalha pude ver
O todo se transforma num instante
Aonde o nada trama ou se garante
Matando em nascedouro algum prazer,
O canto sem momento a se viver
Expressa o rumo atroz e delirante
Marcando minha vida e doravante
Pudesse pelo menos perceber
Enaltecendo o passo rumo ao quanto
Pudesse e na verdade mal garanto
Ousando com total hipocrisia
A morte não se trama em leda voz
E o canto se mostrasse meu algoz
Enquanto todo o rumo eu perderia.



266


Estar sempre ao teu lado e ver além
Do quanto poderia se sincero
O passo aonde tanto eu regenero
A vida enquanto o todo me convém
Olhando para trás vejo o desdém
E deste caminhar atroz e fero
Apenas noutro engodo desespero
E marco o dia a dia qual refém,
Evado dos meus tempos mais felizes
E sei que na verdade contradizes
Errôneos caminhares, noite escura,
E o tanto quanto pude noutro engodo
Marcando a poesia em medo e lodo
Traduz o medo aonde a paz procuro.


267

Vibrando nos meus versos a emoção
De quem tanto pudera e não mais via
Sequer a voz suave em fantasia
Moldando os dias tantos que virão,
Essencialmente bebo a negação
E nela se aprofunda esta heresia
Somente o meu caminho ora se adia
E a morte se transforma em solução
Negando cada brilho em teu olhar
Pudesse noutro rumo a divagar
Gerando constelares espirais,
E os erros cometidos no passado
O canto desta vez mais desolado
Demonstra o quanto posso e nada mais.


268

Que possa te lembrar cada momento
Gerado pelo anseio mais audaz
Mudando o meu caminho aonde traz
O todo e neste fausto eu me alimento
O rumo se mostrasse mais sedento
E neste delirar tão contumaz
O tanto se mostrasse mais mordaz
Vencido pelo engano em raro vento,
Esbarro nos meus erros e prossigo
Traçando tão somente este castigo
Vagando pelas ânsias mais tenazes
E assim me percebendo noutro enfado
A sorte se traduz e logo invado
O rumo onde deveras me desfazes.


269


Que tudo se começa e mal termina
Ousando da palavra em pleno rito
E sei do quanto possa ou necessito
E a morte se previne em triste sina,
A vida se permite e me domina
Marcando este cenário mais bonito
E deste desenhar não acredito
No todo quanto pude e determina
O passo noutro rumo e nada mais
Vencendo os meus anseios magistrais
Resumo noutro verso o que pudera
Vestir em plenitude esta mortalha
Enquanto a sorte trama e logo espalha
O canto se transmuda em leda fera.


270


Não queiras que estas águas onde passas
Vagando sem destino em ledo rio
E neste desenhar onde desfio
A sorte noutro engodo, velhas traças
Esbarro nos meus erros, são escassas
As chances de quem tanto em desvario
Pudesse noutro canto em desafio
Ousar aonde tanto vês fumaças,
E sei das mais diversas sensações
Enquanto na verdade tu me expões
Desnudo em face tosca e nada além
Do ocaso de minha alma se traçando
Num rústico cenário mesmo brando,
E apenas o cansaço é o que vem.


271


Se quero tantas luzes e não trazes
Ousando num momento mais audaz,
A vida tanto quanto se desfaz
Renova-se em diversas; várias fases.
E os passos noutros rumos mais tenazes,
Deixando todo o sonho para trás,
Resumo de uma sorte onde se traz
As horas mais suaves, sonhos, frases.
Apresentando a sorte a cada passo,
E neste desenhar eu me refaço
Após as tantas quedas dia a dia
E quanto mais pudesse acreditar
Ousando noutro instante a navegar
Presumo o quanto posso ou poderia.

272

Nas danças que danamos vida afora
O rústico desenho em ilusões
E nele todo o sonho tu me expões
Enquanto a fantasia assim aflora,
Marcando este caminho e se assenhora
Do todo aonde em festa te compões
Negando com certeza as emoções
E nada mais decerto me apavora.
Esvaio em versos tristes ou atrozes
E os sonhos se perdendo em torpes vozes
Audaciosamente nada eu trago,
Senão a mesma falta de esperança
E a vida em tal momento vão se lança
Buscando inutilmente algum afago.


273
Amamos os venenos mais sutis
E somos muito além do mero fato
Enquanto dia a dia ora constato
O quanto se transforma e se desdiz,
A sorte se tomando em tal matiz
Do rústico caminho este retrato
Aonde o meu delírio assim retrato
Bebendo cada gole, peço bis.
Espero após a curva algum alento
E quando me desenho além e enfrento
Os vários dissabores da alma escusa,
Um cântico transcende ao pensamento
E o todo vence o mero alheamento
Fazendo da esperança a Diva, a Musa.

274

Que cortam e me queimam tão somente
Os olhos procurando algum aprumo,
E nesta sensação eu nada assumo
Aonde a própria insânia volve e mente,
Reparo com meus erros a semente
E neste caminhar encontro o sumo
Enfrento os meus delírios e resumo
Cerzindo dentro em mim o quanto mente.
Esqueço dos terríveis desalentos
E sigo o meu caminho em novos ventos
Vencendo os meus rancores, sigo além
Do tanto quanto pude e não pensara
Ousando desenhar nesta seara
E nela nem o passo se detém.

275
Roubando toda a cena, o meu caminho
Expressa a solidão aonde eu vim,
Tramando cada passo chego ao fim
E neste delirar em vão me aninho,
O rumo se tomando, eu tão mesquinho
Audaciosamente o tempo em mim
Traduz o que pudera sendo assim
A própria fantasia gera o ninho,
Não pude e nem pudera presumir
O quanto ainda tenho no porvir
Ou mesmo este passado enquanto o vivo,
E o tempo se perdendo noutro enfado,
O canto tão somente desenhado
Servindo como mero lenitivo.

276

De tristes argumentos meu caminho
Mostrasse cada engodo e tendo ao menos
Momentos mais diversos e serenos
No quanto mais pudera e se me alinho
Bebendo cada gole deste vinho
Os riscos mais atrozes são venenos
Embora os meus cenários vãos, pequenos
O todo se desenha mais mesquinho.
Na tétrica voragem nada tenho
Sequer o que pudesse num empenho
Gerar dentro do peito uma saudade,
E o passo sem sequer a direção
Marcando cada dia mesmo em vão,
Aos poucos minha vida enfim se evade.


277


Tornando a nossa noite mais atroz
Meu canto se perdendo, aleatório
E o quanto poderia ser inglório
Calando pouco a pouco a nossa voz,
Gerando até quem sabe dentro em nós
Um tempo mais audaz ou merencório,
Mas quando me percebo em tosco empório,
Errático cenário adentra a foz,
E o passo se derrama sem sentido,
Assim deveras tento e dilapido
Mudando cada passo noutro instante
Esbarro os meus momentos noutro rumo,
E desta fantasia eu nada tenho
Sequer alguma luz aonde eu possa
Trazer esta esperança toda nossa,
Encontro a poesia a cada encanto
E quando me fizera mais audaz,
A sorte noutro rumo se desfaz
E nada mais pudesse nem garanto.



278

Transmuda toda a cena num instante
Nadando contra a fúria das marés
E sei que na verdade por quem és
O passo noutro rumo se garante,
Marcando com ternura doravante
Ousando sem temores, ritos fés
Tentando caminhar entre as galés
Num passo aonde o nada se adiante.
E nesta solidão já não comporta
A vida se tramando aquém da porta
Viceja uma esperança redimindo
O canto noutro canto se traindo
Matando este cenário aonde eu pude
Viver com mais ternura a plenitude


279

Do teu sorriso, amiga, a sorte leve
E trace novamente um rumo alheio
E quando noutro encanto o tanto veio
Apenas um momento em vão se atreve,
Qual fora simples bola feita em neve
O todo num cenário onde rodeio
Traduz o que deveras devaneio
E sei deste caminho, mesmo breve.
Cerzindo esta alegria noutro encanto
O quanto ainda reste e mal garanto
Traçando dentro da alma esta ilusão,
Negando o passo aonde poderia
Vencer a mais dorida fantasia,
Os dias se repetem desde então.


280


Apenas me restou
O quanto pude ver
No raro amanhecer
Por onde, busco e vou
Contando o que restou
Espero acontecer
E tento merecer
O todo enquanto estou.
Traduzo dentro da alma
O que decerto acalma
O velho navegante
Ousando, timoneiro
Um rumo derradeiro
Na paz que me garante.


281


As luzes na cidade onde eu tentara
Apenas um atento e nada mais
As cenas mais audazes, magistrais
Toando dentro da alma em luz mais rara,
Somente este vazio desampara
E gera novos erros, vendavais
E o tanto quanto quero e além te esvais
Na sorte desenhara em vã seara,
Esparsos sonhos ditam esperanças
E desta forma em paz tu já te lanças
Marcando em harmonia cada passo
E quando em poesia tu pensaste
A vida se transforma e num desgaste,
O canto se mostrara mais escasso.


282

Deixando simples rastros onde um dia
Perdera a direção de cada sonho,
Talvez noutro momento onde medonho
O rústico tecer nada traria,
Somente o quanto quis, melancolia
Marcando o meu caminho onde eu proponho
Vencer este tormento mais bisonho
Matando dentro da alma a sintonia.
Ousasse num instante ainda além
Do quanto na verdade não contém
Mexendo com meus brios, tão somente
Do todo desenhado no passado
Não vejo nem sequer mero traçado
Enquanto a própria vida me atormente.


283


Um dia prometido e nada mais
Dos medos costumeiros de quem tenta
Vencer esta ilusão tão virulenta
Esboço de caminhos terminais,
E os tantos desejares, rumos tais
Marcando o quanto eu posso e desalenta
Ousando dia a dia na violenta
Certeza destes vãos mananciais.
Escuto tão somente a ventania
E nada mais pudesse nem veria
Sequer após a chuva, num verão
E todo se perdendo a cada impasse
A vida noutro rumo emoldurasse
Os dias mais diversos que virão.

284

Refaz um novo brilho; estrela guia
Marcando cada passo em ledo engano
Meu mundo desenhado soberano
Agora na verdade não traria
Sequer a menor sombra em alegria,
Gerando este caminho mais profano
E neste dia a dia ora me dano
Na face mais cruel: a hipocrisia.
lutando inutilmente contra a fúria
De quem se desenhara em tal incúria
Gestando a tempestade mais atroz,
Rompendo desde o início outro momento
Enquanto esta ventura eu quero e tento
Mantendo com firmezas nossos nós.

285

Teu nome, o coração já desconhece
E o rumo se perdendo sem sentido
E o quanto poderia ou não lapido
Ousando noutro instante em rude prece
Vagando simplesmente em tal benesse
A vida se prostrando em desvalido
Caminho aonde o todo eu invalido
No rústico rumor em medo e prece.
Esclarecendo assim a minha sorte
E nela nada mais busque ou suporte
Regendo o meu anseio a cada instante,
Minha alma poderia ser diversa
E neste desejar porquanto versa
A sorte se transforma doravante.

286

Estribilho somente
A vida quando traz
Além do que é capaz
E também, leda mente
O todo se desmente
Num rumo mais audaz,
A sorte satisfaz
E nela sigo crente,
Buscando algum sentido
O todo resumido
Espelha o doce canto
E o passo mais suave
Aonde nada agrave
Ao fim, não mais garanto.

287


O dia que em teus dias
Mostraste com carinho
E quando me avizinho
Do cais que me trarias
Volvendo em noites frias
O rumo dita o ninho
E sei que sou sozinho
Ausentes garantias
Audaciosamente
A vida tanto mente
Remete ao nada ser,
Do quanto imaginasse
Vencer algum impasse
Traduz o anoitecer.


288

Na luz de um belo sol
O quanto se mostrara
Na face bem mais clara
Domínio em arrebol,
Ousando sempre em prol
Da sorte que declara
E nela o bem se ampara
Risonho girassol,
Marcando em desencanto
Ainda se eu garanto
O rústico momento,
Deveras pude ver
O tempo alvorecer
E nisto não lamento.


289



De toda a plenitude
O rumo se pensara
No canto em tal seara
A vida nos ilude,
Marcando em atitude
O quanto se declara
Ousando a jóia rara
No todo quando pude.
Rudeza em noite fria
Matando a poesia
Gerando a solidão,
Deveras quis além
Do pouco que inda vem
Em farta previsão.

290


Que possa renascer
Após cada momento
Enquanto a sorte eu tento
Num raro e bom prazer
O todo a se perder
O dia em que alimento
A vida em vão tormento
E nisto passo a crer,
Ousasse em novo canto
Ainda o que garanto
Expressa o verso em paz,
Destarte um timoneiro
No sonho derradeiro
Aos poucos se desfaz.



291

Aonde em cada verso eu poderia
Vencer os desafetos e seguir
Arcando com meus sonhos de um porvir
Enquanto vivo em rara fantasia,
O rústico cenário se esvazia
E mata o quanto pude sem sentir
Os erros mais atrozes no carpir
A morte da esperança em ledo dia,
Escuto a cada ausência a mesma escusa
E a vida se mostrara mais confusa
Terrificando o passo rumo ao vago,
Destarte meu momento se desenha
E a vida noutro engodo em vã resenha
Já não comporta mais qualquer afago.


292


Expresso em versos tantos o que eu quis
Um sonho libertário ou algo além
Da vida que se mostra em tal desdém
Gerando este compasso por um triz,
E o rumo se aproxima do infeliz
Causando dentro da alma o quanto vem
E neste delirar, mero refém
Caminho tão somente, este infeliz.
Expresso sem certeza o meu futuro
E o quanto deste engodo eu asseguro
Amortalhando o sonho aonde eu pude
Traçar além do cais, do mero porto
O manto se mostrando semimorto
Num átimo feroz, em passo rude.


293

Ainda vejo a mesma face quando
O tanto se aproxima do infinito
E quando mais além eu necessito
Do dia mais suave me tomando,
A vida se mostrara sem comando
E o passo noutro rumo gera o mito
E sei do quanto posso e sigo aflito
O tempo noutro tanto se moldando.
Esvaio em tantos erros contumazes
E sei que na verdade tu me trazes
Olhares mais diversos sobre o nada,
Resumos de outras eras, finalmente
E a vida noutro engano se apresente
Enquanto a sorte eu vejo; desdenhada.

294


Mergulho no passado e sei do falso
Momento desenhado em noite rude,
E o quando a cada instante desilude
Marcando cada dia em tal percalço,
Ousando muito além do cadafalso
E neste meu cenário ainda pude
Matar o quanto houvera em atitude
Eu sinto o caminheiro ora descalço.
Esbarro nos meus erros, costumeiros
E os dias que pudessem timoneiros
Já não comportariam novos sonhos,
Os velhos entrelaces mais bisonhos
Escalam os cenários corriqueiros
Enquanto sempre os quis, bem mais risonhos.


295

A fome se espalhando em tal seara
Ousando com palavras muito além
Do quanto na verdade ainda vem
E a vida noutro passo se escancara
A face desenhada desampara
Marcando cada instante com desdém,
Dos sonhos sou deveras um refém
E a sorte de tal forma se prepara
Matando o quanto trago ou mesmo quero,
Um dia mais atroz, porquanto fero
É tudo o que me resta e nada mais,
Bebendo dos meus erros sigo em frente
E quando novo rumo se garante
Enfrento os mais terríveis vendavais.


296

Já não comportaria mais um fato
E sei que na verdade pouco resta
A vida se penetra em triste fresta
E neste caminhar ledo maltrato,
E quando a solidão enfim retrato
O todo no vazio ora se empresta
E a sorte se desenha e nada presta
Na morte aonde o nada além resgato.
Na tépida manhã ensolarada
A vida noutro rumo em alvorada
Transcende ao quanto quis em harmonia,
Marcantes ilusões, erros fatais
E neles outros tantos, sempre mais
Toando com terror cada agonia.


297


Aonde quis um rumo e nada houvera
Sequer a menor sombra em atitude
A vida na verdade desilude
Mantendo sempre alerta a velha fera
Minha alma se desenha em tal cratera
Tentando com ternura a plenitude
E o quanto poderia em magnitude
Deixando para trás a leda espera,
Expresso em verso o fato de sonhar
Marcando em consonância este lugar
Gerado pelos ermos de minha alma,
A pedra no caminho, costumeira
E quando outro cenário ainda queira
Sequer a fantasia ainda acalma.



298

Esqueço o quanto pude noutro instante
E o passo em tal diversa sintonia
Apenas na verdade não traria
Sequer o que emoção busca e garante,
A vida em avidez se doravante
Pudesse neste engodo em fantasia
Marcando a consistente poesia
No passo mais audaz e deslumbrante,
Esbarro em tantos erros do passado
E o corte se mostrara quando invado
Cenários mais diversos; cicatrizes
E assim sem mais saber felicidade
No quanto poderia ou já degrade
Ao fim do ledo passo me desdizes.


299


Expresso com meus medos outros dias
E neles tantos ritos quis a sorte
Marcando com terror o quanto aporte
Embora nada ao fim, tu me trarias,
E vejo tão sutis melancolias
E nelas vou ousando enquanto corte,
E o passo se traduz em nosso norte
E nele as noites seguem mais sombrias,
Urdindo cada instante aonde eu pude
E sendo na verdade bem mais rude
Resumos de outros dias, desatento,
Enquanto alguma lua eu tento em paz
A sorte no vazio se desfaz
E o novo caminhar ainda tento.


300

Presumo cada engodo mais além
Do quanto na verdade pude crer
E neste desdenhar ao bel prazer
Apenas o vazio me convém,
Perigos sei que a vida sempre tem
E os passos sem sentido, tento ver
No canto desenhado em tal querer
As horas na verdade nunca vêm
Sequer houvesse na alma uma esperança
Gerando tão somente o que me cansa
Ousando a todo instante noutro rumo,
E quando mais pudesse acreditar
A sorte se perdendo num vagar
E nele cada passo em vão resumo.


301

Já nada mais teria após o canto
E neste desenhar a vida traça
Marcante caminhada em leda praça
Enquanto o dia a dia eu não garanto
E o mundo se mostrasse em tal quebranto
A vida noutro passo se esfumaça
E o quanto poderia em voz escassa
No rústico cenário ainda espanto,
E sigo mensageiro do vazio,
E quando noutro passo desafio
Engodos derradeiros da alma em peso
O corte se anuncia e esta esperança
De tanto se perder ora se cansa,
Quem dera se escapasse sempre ileso.


302

Já nada mais teria quem lutasse
Vencendo ou mais tentando nova luz
E o farto desenhar não mais produz
Sequer do quanto eu quis a mera face,
E neste delirar se demonstrasse
Apenas o momento feito em cruz
E o corte se anuncia enquanto eu pus
O passo noutro rumo, ledo impasse.
Esqueço meus anseios e procuro
Um porto que pudesse mais seguro
Depois de tantos erros no passado,
E quantas vezes vejo a solidão
Matando com total indecisão
Mudando este delírio mal traçado.


303

Não mais pudesse ver além do engodo
E neste farto canto se perdendo
O todo num escasso dividendo
Gerando dentro da alma aquém do todo,
Escassas ilusões ditando regra
E o canto se destoa da verdade
Aonde a minha luz já se degrade
O canto noutro passo inda tento
Vestindo a fantasia feita em glória
A sorte no passado merencória
Agora em novo instante busco alento.


304

Restauro cada passo quando eu pude
Cantar com esperança e nada havia
Sequer a menor sombra em fantasia
E o carma se desenha em amplitude
Diversa da que tanto ora transmude
Marcando com terror esta agonia
E nela novo passo se faria
Apesar de sentir o quanto é rude,
Amar e ser amado, nada além
Do quanto em canto raro se detém
Metáforas diversas; tento crer
E neste meu caminho em volta à luz
O manto se desenha e reproduz
Nesta alma o mais diverso amanhecer.

305

Já nada mais pudesse quem deseja
Viver a plenitude e neste sonho
O todo se desenha onde enfadonho
O mundo se transforma e assim dardeja
Uma alma que pudera benfazeja
Marcando cada passo onde me enfronho
Vagando a todo instante onde me ponho
Cerzindo o quanto a vida se azuleja,
Legados mais atrozes, voz espúria
E nada mais pudesse em tal injúria
Nem mesmo algum alento se trouxera
E o todo noutro encanto poderia
Ousar além de toda a fantasia
Marcando cada passo em erma fera.

306


No todo mais audaz pudesse ver
O quanto se tentara em podridão
As horas noutros ermos moldarão
Apenas o que trago em desprazer
Vagando neste instante sem poder
Saber dos dias torpes que virão,
Deixando para trás a negação
E gera outro cenário a me perder,
Esbarro nos meus erros costumeiros
E sigo nestes passos, os canteiros
Aonde em florescência inda pudera
Vencer os descaminhos mais audazes
E neste caminhar deveras trazes
A face atordoante da pantera.


307

Numa expressa diversa da verdade
O ocaso se transforma num momento
E quando noutro rumo eu me alimento
A vida neste instante já se evade,
O passo se desenha e a realidade
Moldando na minha alma este elemento
E quantas vezes vejo e me apascento
Ousando muito aquém da claridade.
Espécies tão diversas de ilusões
E nelas outras tantas decompões
Em traços mais audazes e venais,
Assim ao mergulhar em tez sombria
A sorte noutro rumo se daria
Deixando tão distante o que mostrais.

308

Já não mais caberia outro momento
Sequer a liberdade aonde eu possa
Traçar esta alegria outrora nossa
E neste delirar eu me atormento,
E quando noutro canto me apascento
Cerzindo o quanto pude e sei da fossa
Marcada em heresia e ora destroça
O rústico viver em desalento,
Medonha noite expressa a solidão
E quando vejo a sorte e não virão
Sequer o quanto pude e merecia,
A morte desenhada em tom atroz
Reinando noutro instante dentro em nós
Amortalhando a leda fantasia.


309


Meu canto se perdendo sem sentido
E o caos tão costumeiro, leda herança
O passo se atormenta e nada alcança
Enquanto dia a dia dilapido,.
O fardo tantas vezes prometido
Marcando com temor cada aliança
A vida desejada enquanto avança
Deixando este cenário desprovido
Dos erros e dos tantos desenganos
Matando o quanto pude em fartos danos
Errático cometa, amor em vão
E deste delirar pudesse apenas
No quanto com certeza me condenas
Toando dentro da alma a ingratidão.


310

O quanto se mostrara mais ingrato
Cenário aonde a vida se anuncia
E toda a minha sina em ironia
Apenas num instante em vão retrato,
E o canto se aprofunda e assim resgato
A noite em tanta dor e hipocrisia,
Marcando cada engodo em ironia
Secando na nascente este regato,
E o pântano que adentro num instante
E nada do que tento se garante
Sequer a mera luz aonde eu tento
Vencer as mais audazes emoções
E quando noutro rumo tu me expões
O dia se pudesse mais atento.


311


Que bom saber que estás
Ainda mesmo quando
O tempo emoldurando
Além da mera paz
O quanto satisfaz
E gera em contrabando
O rumo desenhando
E nele sou capaz
De ver enquanto pude
O tempo amargo e rude
Da vida mais venal,
Assíduo sonhador
Poeta traz na dor
Um rito magistral.

312

Embora ao me ocultares
Os erros mais ferinos
Aonde em pequeninos
Anseios são altares
E neles prepares
Os dias cristalinos
Meus olhos, dois meninos
Vicejam sem notares,
Escondo cada passo
Enquanto eu mesmo traço
Um rumo sem sentido,
E o quanto mais pudera
Marcando a leda fera
No passo em que o lapido.

313


Amor quando em amor
Amores; procurava
A vida em fúria e lava
Por vezes refletor
Do quanto além se pôr
Gestando enfim a trava
E o todo se esperava
Marcando com o horror
Do passo após o tanto
E nele eu não garanto
Sequer uma ilusão.
Meus dias se perdendo
A sorte de um remendo
Nos sonhos que virão.

314

Não deixa que isso ocorra,
Nem mesmo a queda após
A vida dentro em nós
Deveras nos socorra,
E sendo antes que morra
Chegando à sua foz
A sorte mais feroz
Nos dedos não escorra,
Vagando em céu imenso
No quanto busco e penso
Quem sabe algum alento?
No fim de cada dia
Apenas me daria
Ao todo quando o tento.


315



Mas sei o quanto quero
Dos ermos de meu sonho
E quando além componho
Um dia mais sincero,
No quanto destempero
E gero outro risonho
Caminho onde proponho
O tanto que ora espero,
Ousando muito além
Procuro sempre e vem
À sombra do que eu possa,
Marcando o dia alheio
O quanto em mim já veio,
Supera qualquer fossa.

316

Mas sei que te desejo
E nada mais pudesse
Ousando na benesse
A cada relampejo
O coração andejo
Procura além da prece
A paz onde se tece
Um céu em azulejo,
Reajo enquanto aquém
Do todo que se vem
Ainda noutro engano
Ascendo em fantasia
Ao quanto poderia
E assim, ledo eu me dano.

317


Entranhas tua vida
Na vida mais audaz
E nela se é capaz
Da sorte resumida,
E quando se duvida
Do passo feito em paz
O rústico e mordaz
Ainda nos agrida,
E a ponte se desenha
Aonde desempenha
Papel mais relevante,
O corte se aproxima
Mudando todo o clima
E amor já se garante.


318


Embora eu, meramente
Pudesse acreditar
No canto a se traçar
Em corpo, sonho e mente,
Vagando onde apresente
O rumo sem lutar,
Vencido por sonhar
E nada mais se atente,
Medonha claridade
No quanto ainda invade
E gere com certeza
O sonho mais audaz,
E nele tanto traz
Além da correnteza.


319

Espero uma ousadia
Sonhando com apenas
O quanto me serenas
E nada se faria
À parte, esta utopia
E nela me condenas
Ainda quando amenas
As sortes; não as via.
E o caos dentro do peito
Enquanto em vão me deito
Buscando algum descanso
No errático caminho
No vago onde me alinho
Aos poucos eu avanço.


320

Que venhas desfrutar
Do passo rumo ao quanto
Pudesse e me adianto
Gestando algum luar,
Na essência do lutar
E nisto me garanto
O prazo onde me espanto
Pudesse adivinhar,
Resumo em cada verso
O tanto mais disperso
Que existe dentro em mim,
E assumo meus pecados,
Em dias depredados,
Chegando ao ledo fim.



321


Mais forte do que pensas,
Ou mesmo aquém do quanto
A vida onde garanto
Traçando em recompensas
As eras mais intensas
E nelas tal quebranto
Gerando um ledo espanto
Enquanto me convenças,
Dos erros mais audazes
E nestes outros trazes
Cerzindo em poesia
O canto mais feliz
Que a vida contradiz
E nada mais traria.


322

É feita deste amor,
A sorte mais humana
E quando isto se dana
Traçando com rancor
O passo em tal valor
Gerado pela insana
Vontade mais profana
De ver tal refletor
Luzindo mansamente
O todo se apresente
Marcando cada passo,
Destarte meu caminho
Aonde em paz me aninho,
Remete-me ao cansaço.


323


Não quero ser somente
Aquele que talvez
Ainda quando vês
O coração desmente,
E sei do impertinente
Caminho em altivez
E tosca estupidez
A vida não mais tente,
Um pântano se espalha
Na sorte feita em falha
Falida solução,
Ferrenhas noites; busco
E o mundo em lusco fusco
Adentra a solidão.


324

Preciso desfrutar
Momento mais feliz
E tendo o que se quis
Pudesse caminhar
Vencendo a divagar
A sorte por um triz,
Vagando em céu mais gris,
Resolvo o meu sonhar,
Expresso em verso e canto
O quanto não garanto
Nem mesmo poderia,
Marcando o meu caminho
Num ermo mais daninho
Envolto em fantasia…

325


Quem dera ser criança
E ter esta visão
Dos dias que virão
Ainda em esperança,
A vida enfim se cansa
E mata desde então
Os ermos, solidão,
E o tanto em nada avança,
Mergulho no passado
E trago por legado
O rústico momento,
Vestindo o velho luto,
Enquanto em vão reluto,
Do nada eu me alimento.


326

Brincar em seus jardins,
Deixando para trás
O quanto satisfaz
E nele sei dos fins,
Vagando em meus motins
Matando em mim a paz,
O rústico e tenaz
Explode em vãos festins,
Esbarro nos desterros
E sei dos tantos erros
Aonde poderia
Ousar um pouco além
Do nada que inda vem
Reinando dia a dia.


327

Correndo pela casa
A sorte não pudera
Deitar além da espera
E tudo então se atrasa,
Resumo aonde abrasa
A sorte dita em fera
E busco em primavera
O passo onde defasa,
Esbarro nos meus danos
E tento em novos planos
Mudar a direção
Do passo rumo ao quanto
Ainda enquanto eu canto
Matando: imprevisão.

328


Meus dias mais felizes,
Enquanto inda pudesse
Tentar nova quermesse
Vencendo as cicatrizes
Se tanto contradizes
Apenas a benesse
Ainda me enlouquece
E gesta tais deslizes,
Mergulho no passado
E sei do quanto invado
O passo sem temores,
Destarte desenhando
Um dia bem mais brando
Aonde quer que fores.

329

Da fruta que roubava
O tempo mais feliz
O quanto outrora quis
E a sorte se fez trava,
Minha alma agora escrava
Enquanto contradiz
Marcando em sonho gris
O todo onde esperava,
Ousando num alento
Bebendo enquanto tento
O rumo noutro engano,
A morte se aproxima
E deixa em ledo clima
O passo onde me dano.


330


Da roupa que quaraste
Nos sonhos, noutro passo,
O quanto não mais traço
Moldando este desgaste
E nele em tal contraste
O rústico eu desfaço
E bebo deste espaço
Aonde o sonegaste,
Cerzindo com palavras
No quanto; ainda lavras
Ousando em caminhada
Diversa da que pude
E tudo em atitude
Trazendo o mesmo nada.



331

De cores, minha vida,
Moldasse cada trama
E nisto quando chama
A sorte percebida
Marcando, dilapida
E gera o velho drama
Matando o quanto clama
Na sorte mais urdida,
Espelho de minha alma
E nisto enquanto acalma
Esbarro nos meus erros,
Espalho a minha voz
Em sonho mais feroz
E venço os meus desterros.


332


No rio, uma esperança
Do tempo que viria
Marcando enquanto avança
A vida em fantasia,
E o passo então se lança
Aonde nada havia
Sequer qualquer mudança
Toando hipocrisia.
Esqueço cada passo
E nada mais pudera
Enquanto ainda traço
O bote da pantera
O rumo sem espaço
Matando a primavera.


333

Agora que te vejo
Depois de cada queda
A sorte de um desejo
O passo sempre veda,
Enquanto em azulejo
O sonho se envereda,
O tempo benfazejo
Aos poucos se depreda,
Esgoto o meu caminho
E quero muito além
Do canto onde me aninho
E sei do teu desdém,
Do tanto mais daninho,
Somente o vago vem.


334


Noutros jardins, as flores
Pudessem me trazer
Além das tantas cores,
O sonho em bem querer,
Ousando refletores
Aonde eu possa ver
As honras e os amores
No encanto de um prazer,
Esboço a claridade
E nada mais pudesse
Além do que se evade
E traga a mesma messe,
No todo que me agrade,
Enquanto se obedece.


335

Brilhando como o sol
Que tanto conheci
Vagando em arrebol
Chegando então a ti,
O passo sempre em prol
Do que não mereci,
Do mundo sem farol,
Eu tanto me perdi.
E agora num alento
Lutando contra quem
Pudesse enquanto tento
Reger o quanto vem,
Matando em tal tormento
A trama em vão desdém.

336


E vejo renovadas
As horas mais gentis
E nelas tais estradas
Aonde eu sempre quis
As horas desenhadas
Num canto outrora em giz,
Palavras destroçadas
No mundo por um triz,
Restando o mesmo engano
Enquanto não pudesse
Traçar em cada dano
A vida em tal benesse
Assim sigo profano
Caminho onde se tece.

337


Do amor que me mostrou
O engodo mais sutil,
O quanto decorou
E o nada se reviu,
Ousando aonde eu vou
Em termo até gentil,
Restando o que passou
E o mundo resumiu,
Meu verso noutro canto
E tantas vezes vi
O mundo em desencanto
Aonde me perdi,
E ao fim nada garanto
E volto enfim a ti.

338



Ser feliz. Renovar
O passo aonde um dia
Pudesse imaginar
A velha fantasia
E neste caminhar
O mundo me traria
A sorte se moldar
Gerando esta utopia
Vencendo o meu cenário
Atroz e delicado
O mundo imaginário
E nele se eu me enfado
Bebendo este fadário
Não tendo algum legado.


339

Doces lembranças guardo
De tempos mais diversos
A vida dita o fardo
E tento com meus versos
O quanto inda resguardo
Dos dias mais perversos
Pudesse; um vate, um bardo,
Vencer meus universos
Marcados pelo sonho
E nele me entranhara
Ousando e me proponho
Vencer cada seara
E neste tão medonho
Cenário se escancara.


340

Dum tempo tão feliz
Enquanto a sorte veio
Trazendo o que mais quis
Num passo mais alheio,
Vivendo este matiz
E quando além rodeio,
Meu canto por um triz
Além do quanto anseio,
Vagando sem destino
Mergulho no passado
E sei quando alucino
O passo no traçado
Aonde não domino
Sequer o meu legado.


341


Sentindo-me, por ti,
Do tanto que a quisera
Enquanto percebi
A vida em vã quimera
O todo presumi
E nisto destempera
O passo aonde eu vi
A renovada fera
Apenas pude crer
Nas horas mais atrozes
E sem um bem querer
Ouvindo as rudes vozes
Meu mundo sem prazer
Desenha seus algozes.


342


Jogado nos arquivos
Do sonho mais antigo
Os olhos, sendo vivos,
O todo onde prossigo
E sei que lenitivos
Apenas não consigo
Tramando em tons altivos
A vida em tal perigo,
Ousando muito além
Do quanto inda pudesse
O passo quando vem
Aonde esta benesse
Traçasse este desdém
Enquanto o nada tece.


343


Trazendo em largos dias,
O quanto quis e enfim
As horas que trarias
Dizendo dentro em mim
Das faces mais sombrias
Porquanto em dor eu vim,
Vagando em fantasias,
A vida em tal motim.
Esbarro em desencanto
E tento muito mais
Do quanto não garanto
Em ledos e banais
Caminhos e; entretanto
Adentro todo cais.

344

Vivendo o que queria
Ainda quando pude
Na sorte dia a dia
Num tempo bem mais rude,
Saber da noite fria
Enquanto desilude,
Assim a poesia
Trouxesse a plenitude,
Marcando o meu caminho
Em tez diversa e vária
Aonde enfim me aninho,
A sorte temerária
Traduz o quanto em vinho
A vida é vã corsária.

345

O quadro, o sonho traz,
E gera após a queda
O quanto mais audaz
Pudesse e assim se veda,
Num mundo feito em paz
Cenário onde se enreda
O quanto sou capaz
De crer no que me seda,
Ausente do futuro
Um passo mais venal,
O quanto me asseguro
E tento em ritual,
O canto aonde escuro
Um tempo mais banal.


346

Sabendo que jamais
Pudesse entorpecer
Diversos temporais
E neles posso ver
O quanto quis em cais
Aos poucos se perder
Gerando os magistrais
Alentos do querer,
Esboço reações
E tento além do nada
Aonde decompões
E tramas cada estrada
E nela em direções
Imagem desolada.

347

Erguendo, das saudades,
O cálice do sonho
Enquanto ainda brades
O passo além componho,
E nestas claridades
O rito mais bisonho,
Aquém do mar evades
E tramas onde eu ponho
Legado mais sutil
E nele também quis
O quanto se reviu
E vivo por um triz,
O passo audaz e vil,
Enorme cicatriz.


348

Num brinde de esperança
Ao tanto quanto tento
E a vida assim se cansa
Gerando o desalento,
No todo esta mudança
Tramando em novo vento
A sorte em aliança
E nisto me contento,
Na sórdida emoção
No encanto mais profano,
Momentos que virão
Enquanto aquém me dano,
As horas não verão
Do canto o mero pano.


349


Não deixe, meu amor,
Que o tempo nos torture
A vida em teu calor
Deveras já perdure,
E o quanto em refletor
Aonde se procure
Gestando além da flor
O quadro onde emoldure
O passo mais suave
E nele cada engano
Gerando o quanto entrave
Um coração cigano,
Aos poucos liberta ave,
Destarte aquém me dano.

350

Reacenda esse quadro
Aonde pude ver
A vida sem esquadro
O passo a se perder,
E quando além me enquadro
No todo posso crer
E mesmo quando ladro
Procuro não morder,
Mas sei que ao fim de tudo
O canto impertinente
Enquanto desiludo,
No todo se pressente
O rumo mais agudo
E nele em vão, se tente.



351

E vamos renascer,
Após o nada enquanto
A vida em bem querer
Pudesse noutro encanto
Traçando eu posso ver
O todo neste tanto
E quando amanhecer
O passo eu mal garanto,
Vestindo uma ilusão
E nela eu poderia
Ousar na imprecisão
Da leda fantasia
Nos dias que virão
Sem sonho ou poesia.


352

Amor que sempre fora
Diversa desventura
Enquanto sonhadora
Uma alma se emoldura
Marcando a redentora
Imagem mesmo dura
De quem foi protetora
E nada mais procura
Cerzindo este cenário
Aonde eu pude ver
O quanto imaginário
Trouxesse algum prazer
O tempo, este corsário
Negando o amanhecer.


353

Deitada na verdura
Dos sonhos mais felizes
Enquanto se assegura
Além das tantas crises
A noite sempre escura
Tramando em seus deslizes
O quanto se emoldura
E nada mais me dizes
Ferrenho sonhador
A queda eu prenuncio
E sei de tal valor
Em ledo desafio,
Gestando o que compor
Num vórtice, meu rio.

354

Desnuda sob o sol,
A imagem de quem tento
Andando sempre em prol
Bebendo o desalento
E sei que no arrebol
A vida em tal momento
Gestasse o girassol
E nele me atormento,
Erguendo cada olhar
Aonde nada vejo
Apenas mergulhar
No intrépido desejo
Do quanto mais sonhar
Em passo tão sobejo.

355


Espera por carinho
Quem tanto quis a glória
E agora se avizinho
Da vida em merencória
Espalho o velho ninho
Sabendo ser escória
E o canto mais mesquinho
Minha alma sem memória,
Ousasse neste fato
Cercando cada engano
E quando eu me retrato
Aquém do todo dano,
E neste ser ingrato,
Meu mundo é mais profano.

356

Aguarda uma esperança
Quem tanto quis além
Do quanto já se cansa
Marcando com desdém
O passo em vão se lança
E mata quem não vem
Ousando em temperança
Dos sonhos sou refém,
E ledo, este andarilho
Não tendo mais paragem
Apenas se palmilho
Os sonhos, tal miragem
Do quanto em novo trilho
Presumo nova aragem…

357

Eu sinto que tu queres
Além da queda e sonho,
O quanto mais vieres
Gestando o quanto ponho
Assim logo interferes
Num mundo mais bisonho
A vida sem talheres
O canto em vão, medonho,
Esgoto o passo quando
O nada anunciara
A sorte em contrabando
A vida não mais clara,
O tempo em mim nevando
A porta se travara.


358

Que não posso te dar,
Nem mesmo quando eu quis
Cerzindo este luar
Vivendo por um triz,
E o todo se mostrar
Na sorte que me diz
Do passo a divagar
No canto em cicatriz,
Moldando este cenário
Aonde nada trago,
O tempo imaginário
Resume em ledo afago
O rumo temerário
Enquanto além divago.

359

Teus braços que sei plenos
De sonhos e verdades
Bebendo tais venenos
Enquanto desagrades
Os dias tão pequenos
As hora, meras grades,
Cenários mais amenos
E neles tanto brades,
Ousasse uma esperança
E nela perfilasse
O quanto ora me alcança
Gestando cada impasse
Jactando em esperança
O quanto emoldurasse.

360


Abraçam tal vontade
Do tempo após a sorte
E nada mais agrade
Quem tanto não suporte
A vida feita em grade
E nisto rasga o norte
Teimando em liberdade
No todo onde comporte,
Resolvo tal problema
Enquanto nada vira
Quem sabe e nada tema,
Sequer qualquer mentira,
A sorte em tal algema,
No lodo em vão me atira.


361

Mas amo teu amor
E nada poderia
Além do resplendor
Traçando em harmonia
O quanto em tal valor
Gerando esta alegria
E nela a rara flor
Trouxera a fantasia
Num brilho redentor,
Esboço cada passo
Ousando muito mais
Do todo onde desfaço
Momentos magistrais
E deixo meu espaço
Aos ritos funerais.

362

Desejo teu desejo
E sei que também sonhas
Embora quando a vejo
Em horas mais risonhas
As sortes que prevejo
Deveras enfadonhas
Enquanto noutro ensejo
Sem rumo tu te oponhas,
Vencido pelo nada
A dita que presumo,
Na vida lapidada
Tentando cada sumo,
Da face desenhada
Em ledo e torvo rumo.

363

Meus lábios aguardando
O beijo mais sutil
De quem em contrabando
Já tanto resumiu

O dia mais nefando
E nisto o que se viu,
Trazendo em ledo bando
O todo mais gentil,

Resumo de outro engano
Ou mesmo mais sincero
Enquanto aquém me dano,

Vivendo o quanto eu quero,
O passo soberano
Gestando o tempo, fero.



364


Teu beijo que pudera
Trazer esta alegria
A quem se fez quimera
E nada mais teria
Sequer o quanto espera
E gera em fantasia
Marcando com a fera
Imagem da alegria,
O caos se desenhando
E o tempo resoluto
Aonde se fez brando
E sei ser sempre bruto,
O todo me tocando
Enquanto não reluto.

365


E chamo calmamente
Quem tanto se pudesse
Trazer à minha mente
O quanto inda se tece
Gerando claramente
O novo rumo em messe
E o prazo se apresente
E nele nada esquece
De quem se fez e tenta
Vencer outro cenário
A vida sem tormenta
Assume este fadário
E bebe a virulenta
Noção do imaginário.

366


Entre as estrelas, nua,
Desenha em raro brilho
A luz aonde atua
E o passo onde palmilho
Gerando a sorte crua
E nela este andarilho
Marcando em plena lua
O quanto em paz polvilho.
Ousando num instante
Vencer o quanto ilude
E o todo se garante
Embora bem mais rude,
A sorte noutro instante
Bem mais que sempre pude.

367

A fonte luminosa
Dos sonhos mais gentis
Enquanto a vida glosa
E gera o que não quis,
A noite majestosa
E nela por um triz
O quanto possa e goza
E marca em tom mais gris,
Cenário aonde possa
Trazer a claridade,
A vida sendo nossa
Aos poucos se degrade
E o todo agora endossa
O passo enquanto eu brade.


368

A noite se esfalfando
Entoa dentro em mim
Um dia em contrabando
Traçando o quanto eu vim,
Marcando e emoldurando
O amor que sei sem fim,
O medo em tom infando
Resumo de um festim
Matando a fantasia
E nela não se vê
O quanto poderia
Ainda sem por que,
Matando uma alegria
E em nada mais se crê…

369

Vivemos nossas tramas
E nada mais que o fato
Aonde tu me clamas
E assim nada resgato
Apenas velhos dramas,
E nestes não constato
O quanto mais reclamas
E geras o maltrato
Expresso em luz o quanto
Ainda pude ver
E quando me adianto
Tramando em meu prazer
O passo sem espanto,
Marcando o meu viver.


370


E sinto a natureza
Rondando em luz e sonho
O quanto em tal surpresa
Agora recomponho
E a vida com leveza
Mostrara o quanto enfronho
E sigo em correnteza,
O passo mais bisonho,
Não quero acreditar
Nos erros mais mordazes
E neste caminhar
Apenas tu me trazes
As teias de um luar
Em todas suas fases.

371

Reluz especular
Caminho aonde eu pude
Vencer o meu sonhar
E nada mais ilude
Quem tanto no luar
Ao fundo em atitude
Pudesse divagar
E assim tudo transmude,
Gerando cada passo
E nele novo rumo,
O tanto quanto traço
Deveras eu assumo
E sei do meu cansaço
Gerando o mesmo aprumo.


372

Não falo mais em medo
Nem mesmo poderia
Ousar o quanto cedo
E tento em novo dia
A vida sem degredo
Marcando em heresia
O passo em desenredo
Gestando esta agonia
E sei do fim de tudo
Enquanto não tentasse
Gerando o quanto mudo
E nisto se traçasse
O canto onde amiúdo
O ledo deste impasse.

373

Apenas vou morrer
Tampouco um sonho além
Do quando amanhecer
E neste sempre vem
Tramando o meu querer
No encanto sem desdém
E o passo eu posso ver
A mais que algum desdém,
Respinga dentro em mim
A chuva mais atroz
E sei enquanto eu vim,
Marcando em cada voz
O tempo sem motim,
O passo em novos nós.

374

Nos favos onde encontro
O mel que tanto quis
E sei que neste encontro
A vida não mais diz
Do ledo desencontro
Aonde tanto em gris
O passo eu desencontro
Gerando a cicatriz,
Esqueço o passo em rumo
Ao nada mais venal
E quando além eu rumo,
O tempo em ar banal
Traçando este resumo
No farto ritual.

375

Polinizas meu mundo
Com cerne da esperança
E nisto eu me aprofundo
Enquanto a sorte avança
Marcando em tom imundo
A vida em temperança
O sonho mais fecundo
Trazendo esta aliança
E nela nada vendo
Sequer o que pudera
Além deste remendo
A dita se tempera
E sei do dividendo
Na ausente primavera.


376

Ascendo, sem ter asas,
Ao quanto pude outrora
E logo que me atrasas
A sorte desancora
E gera em ledas brasas
O corte que apavora,
E sei das várias casas
Aonde se demora
O fato de sonhar
Presume cada engano
E quanto a navegar,
Aos poucos eu me dano,
Vencendo a divagar
O quanto fui profano.

377

E vivo loucamente,
O quanto pude crer
E a vida sempre mente
Matando algum prazer
E sei que se descrente
Ainda possa ver,
O passo penitente
Marcando o meu querer,
No caos dentro do passo
Aonde não pudera
Vencer o descompasso
Gerado pela fera,
E o quanto ainda traço
Apenas destempera.


378

E mostro cada parte
Do todo num alento
E quando se comparte
A vida em sofrimento
No sonho se descarte
O quanto ainda tento
Vencer com tanto aparte
O velho pensamento,
Resumo o meu caminho
No vórtice venal
E sei do velho espinho
Em tom quase carnal,
Meu passo mais sozinho,
Um turvo ritual.


379


Entregue na ventura
Do tempo mais ferino
O quanto se assegura
O sonho onde fascino
O passo em face escura
A noite não domino,
A vida se procura
E nada além destino,
Viceja dentro em mim
O quanto quis além
E o tanto em meu jardim
Moldando o quanto vem,
Ascendo ao quanto vim,
Na noite do meu bem.

380

Amigo, não permita
A sensação da dor,
E quando mais aflita
Imagem sem valor
Da sorte em tal desdita
O canto em redentor
Caminho que acredita
No todo em fina flor,
Ousasse algum alento
Ou mesmo um novo rumo,
E quanto mais eu tento
Aquém eu me resumo
Bebendo o mesmo vento,
Tomando o etéreo sumo.

381

Destroce um sentimento
Audaciosamente
Enquanto ainda invento
Ou mesmo busque e tente,
Resumo o pensamento
Às vezes envolvente
No quanto em desalento
Deveras não invente,
Matando o sonho em mim,
Restando a minha voz
O passo no jardim,
A vida logo após
O todo de onde eu vim
Negando a minha foz.

382

Espero que tu tenhas
A sorte que não tive
A vida em tais resenhas
Já nada mais se prive,
E o canto onde desdenhas
Deveras me cative,
O passo em novas senhas
Em erros não me crive,
Esgoto cada verso
Aonde quis bem mais
E quando assim disperso
Enfrento os vendavais
E neles o perverso
Caminho em vãos cristais.

383

E saiba que amizade
Jamais se faz presente
No quanto desagrade
Ou mesmo penitente
O cume em claridade
O todo se pressente
Na paz em liberdade,
No rito que contente
Quem luta em paz e busca
A sorte noutro instante
Aonde a sorte é brusca
E o nada se garante
O quanto agora ofusca
E marca doravante.

384

Nos trôpegos caminhos
Ainda que pudesse
Vencer os meus daninhos
Cenários onde esquece
A vida dos espinhos
E tenta esta benesse
Os passos mais mesquinhos
E a gente assim padece,
Do rumo em discordância
Da sorte sem sentido,
O passo em elegância
O tempo eu dilapido
E sigo noutra estância
O quadro dividido.


385

Por vezes estaremos
Além do que eu pudera
Ousando em velhos remos
Matando a dura fera,
E sei que tentaremos
No quanto destempera
Marcados velhos demos,
Além do que queremos,
Encontro meu cenário
E vejo muito além
O quanto imaginário
Ainda se convém
Ousando em novo horário
E nisto o meu desdém.


386

Assim uma presença
De quem já nada traz
E nesta a recompensa
Cenário mais tenaz
A vida onde se pensa
O canto mais audaz,
E o verbo em noite tensa
O passo satisfaz,
Mergulho no vazio
E tento novo rumo,
E bebo o desafio
Enquanto assim resumo,
O sonho eu não recrio
E aquém do canto esfumo.


387

Liberta das tristezas,
As horas mais sinceras
E nestas as ilesas
Versões de tais panteras,
O quanto em correntezas
Diversas desesperas,
Marcando com surpresas
As horas, dias e eras;
Pudesse tão somente
No todo acreditar
Gerando de repente
A luta a desenhar
E o canto se apresente
Toando a divagar.


388

A vida vem em ondas
E traça esta maré
E nada me respondas
Sabendo disto até
Às sortes, correspondas
Num ato em plena fé
E nisto não escondas
O canto sem galé,
Ousando num momento
O tanto que pudera
Vencer o meu tormento
Viver a primavera,
E quando assim me alento
O passo destempera.


389

Espero teu amparo
Após a queda em mim
Vivendo o despreparo
Ascendo ao estopim
E logo desamparo
O todo morto enfim
Apenas mal preparo
Em sonhos meu jardim,
A vida não pudesse
Sequer em atitude
Vestir o quanto tece
E nada mais ilude
Quem tanto se fez prece
Marcante juventude.


390

Num sentimento triste,
Meu verso se negando
O quanto não resiste
Tramado em contrabando
Ainda em mim persiste
No canto mais infando
E nada se consiste
No tempo em tom mais brando,
Resumos de outros tantos
E neles me aprofundo
Ousando em desencantos
Tentando um novo mundo
Tateio pelos cantos,
Um passo: vagabundo.



391

Eu quero encantamento
Onde nada mais teria
E se tanto ainda tento
Vasculhando a fantasia
A verdade num momento
Noutro rumo tomaria
Coração em desalento
Traça o passo em ventania
Mergulhando no passado
Novo canto não se ouvira
O meu rumo quando invado
Feito em lendas e mentira
Traz o todo onde me enfado
E o cenário se retira.


392


Nosso companheirismo,
Num caminho agora igual
Superando o velho abismo
Sigo o passo em ritual,
E se tanto ainda cismo
Venço em mim este ar venal
E por certo noutro sismo
Desenhando em tez banal
O cenário onde se apronta
O passado sem presente
E a verdade toma conta
Do que tanto se apresente
Na verdade desaponta
Quem pudera estar contente.


393

Recebendo de teus braços
Este apoio que procuro
Em caminhos velhos, lassos
O meu porto não seguro
Esbarrando em tantos traços
Nada mais inda emolduro
Noutros ritos, mais escassos
A verdade eu esconjuro
E mergulho no passado
Entre tantas dores, quando
O meu mundo quando eu brado
Noutro rumo me enganando,
O suave e bom traçado,
Mero sonho, atroz e brando.


394


Que teima em me queimar
Este incêndio dentro em mim,
Já não tendo outro lugar
Traduzindo agora o fim,
O caminho a se mostrar
Gera apenas o estopim
Navegando imenso mar,
Outro passo diz motim,
E o meu canto não vencendo
O momento em ritual
Acredito no remendo
E procuro desigual
Solução em dividendo
Num enorme vendaval.


395

Declino-me em teu colo,
E desenho muito além
Do que tanto ora me assolo
E decerto nada vem,
Se eu pudesse em turvo dolo,
O caminho aonde aquém
Cada passo agora imolo
E o vazio me convém,
Resumindo a vida enquanto
Noutro engodo poderia
A verdade diz do quanto
Já pudesse em fantasia
No final nada garanto
Nem sequer minha alegria.


396

Sabendo que encontrei
Um caminho mais suave
Decorando a minha grei
Sem ter nada que inda entrave
O cenário que tracei
Libertário como uma ave
Que desfaz a velha lei
E supera algum agrave,
Enfrentando a tempestade
E pudesse sem aviso
No que tange e me degrade
Bem diverso do granizo
Adentrando esta saudade
No passado eu me matizo.

397

Não quero mais engano
Desta vida sem proveito
E deveras me profano
Quando vejo assim desfeito
O caminho onde me dano,
E se posso enfim me deito
Noutro engodo, soberano
Desfiando o velho pleito,
Meu passado diz do fato
Onde nada mais pudera
E se tanto inda resgato
O meu peito dita a fera
E no canto onde retrato
Solidão, velha quimera.


398


Meus medos esquecidos
Onde nada mais se via,
Os momentos em libidos
Trazem rara fantasia,
Mas deveras os sentidos
Tanto quando decidia
Os tormentos resumidos
Na esperança amarga e fria,
Venço o ocaso deste nada
E deveras bebo a sorte
Imagino outra alvorada
Onde tudo me conforte,
Produzindo a velha escada
Resumindo cada norte.


399

A vida permitiu
A quem tanto já se dera
O que achasse bem mais vil
Emoldura a primavera
E se tange o que assumiu
Novo tempo destempera
E o meu canto mais sutil
Presumindo a mesma fera
Nada resta do que tento
Nem sequer a mera sombra,
Minha vida em tal lamento
Não traduz conforto e alfombra
E o cenário em desalento
Tanto fere quanto assombra.

400


Agora eu quero estar
Onde nada mais houvesse
Sigo os raios do luar
Coração se prevalece
Do vazio a desenhar
E procuro uma benesse
No momento a navegar
E deveras já se esquece
Do meu canto em novo rumo,
Minha voz em dor e medo
Quando aos poucos me resumo
No final eu me concedo
E bebendo todo o sumo,
Permaneço ausente ou ledo.


401

Não faço mais discursos
Nem bebo a fantasia
A vida nos seus cursos
Gerando esta utopia
E sigo sem recursos
O quanto mais queria
Não quero amigos ursos
Tampouco esta heresia,
Resumo de outro tanto
Aonde se mostrara
A vida onde garanto
Apenas esta escara
E o vento do quebranto
Ao nada me prepara.

402

Meus versos d’ora em diante
O canto não pudera
Vender o que garante
Além da primavera
Aonde a cada instante
Bebendo esta quimera
O rumo galopante
Aos poucos destempera
Ousando num momento
Vencer o quanto é rude
O todo aonde tento
E nisto se amiúde
O fato em desalento
Marcando esta atitude.


403

Deitando no teu porto
Meu barco em ar tranquilo
O olhar já semimorto
Enquanto aqui desfilo,
O passo num deporto
O rumo onde perfilo
E sigo em ledo aborto
O canto onde destilo
O véu se transformando
Aonde nada havia
O sonho mais nefando
Matando a fantasia
E assim vou desde quando
O todo levaria.

404


Agora meu prazer
Já não conhece além
Do quanto do querer
O passo sempre vem
Mostrando o amanhecer
Gerando este refém
Que tanto pude ver
Deveras com desdém,
Espero num acento
O canto mais feliz
E deste ledo vento
O todo onde me fiz
Enquanto um passo eu tento
Seguindo por um triz.


405

De amores hedonistas,
Já não comporto mais
O quanto ainda avistas
Imerso em vendavais
E nisto não resistas
Bebendo até demais
A cena enquanto insistas
Em ventos tão venais
Vencido pelo tanto
Aonde pude outrora
E nada mais garanto
Sequer o que demora,
A morte em desencanto,
O todo me apavora.

406

Nenhum novo desejo,
Nem mesmo o quanto venha
Ousando quando o vejo
A sorte não se empenha
Dos passos, num lampejo
Procuro a velha senha
E tanto quanto almejo
Já nada mais detenha,
Meu passo se afigura
E gera nova queda
Assim a criatura
Deveras sempre veda
A noite mais escura
E nela se envereda.

407

Ilustre teu caminho,
Porquanto o sonho traz
E sei que sou mesquinho
E mesmo até mordaz,
E neste velho espinho
Já não encontro a paz
O rumo mais daninho
Somente satisfaz
Quem pode acreditar
No canto mais bisonho
Gerando este luar
Bem mais do que componho
No passo a divagar,
Num ar ledo e medonho.


408

Eu sei que irei te amar
E nada mais pudera
A sorte a me tomar
Matando em leda esfera
O quanto a decifrar
Presume e destempera
Mergulho imenso mar,
A o todo diz quimera,
Ausência toma tudo
E nada mais permite
Enquanto desiludo
A vida em tal palpite
Mostrando o quanto mudo
Além de algum limite.


409


Amor assim demais,
Já não me caberia
E nestes temporais
A vida em fantasia

Gerando os dias tais
A sorte sempre fria
O corte em tão banais
Verdades, na heresia.

Medonha e escassa fonte
E nela nada tendo
Somente o que desponte

Aos poucos me envolvendo
Mostrando a mesma ponte
Num passo em vão remendo.


410


Amar passou a ser
O quanto mais pudera
Quem tanto a se perder
Gerasse a primavera
E nada a recolher
Senão a mesma espera
Matando o amanhecer
E tudo o que quisera
Expresso com meu sonho
O nada aonde enfrento
O passo mais medonho
Tocado pelo vento
Aonde agora enfronho
Imenso sofrimento.


411

Desprezo tais ciúmes
E nada mais procuro
Da cordilheira, os cumes
E um canto mais seguro
E quando além tu rumes
O passo neste escuro
Traduz os meus ardumes
E neles eu perduro.
Vencer o meu legado
Ousando muito além
Do sonho lapidado
E tudo o que convém
Ousando quando invado
A vida em raro bem.

412

Que amor é como guerra
E nada mais descansa
Gerando o que descerra
Enfim nesta aliança
A vida sempre encerra
Em si qualquer mudança
E a sorte se desterra
No quanto em vã pujança
Mergulho em tal abismo
E nada vejo enquanto
Ainda tento e cismo
Gerando o velho pranto
E nisto o cataclismo
Traduz o quanto encanto.

413

Amor não preconiza
Sequer outro momento
A vida encara a brisa
E traça além do vento
O quanto não avisa
Produz o sentimento
E sendo mais precisa
A sorte eu atormento,
Resumo cada passo
Aonde pude então
E neste descompasso
Os rumos mudarão
E assim em ledo espaço
A imensa imprecisão.

414

Também não nos permite
Sonhar enquanto pude
E o todo sem limite
Traduz em atitude
O canto onde se admite
O todo quando mude
Mudando se acredite
No todo em que se ilude,
Resumo o dia a dia
Expresso a solidão,
E nesta fantasia
O caos em previsão,
E o passo poderia
Trazer a negação.


415


Revolta-me saber
Dos ermos deste rumo
E quando em desprazer
Os erros eu assumo,
O mundo passo a ver
Enquanto eu me acostumo,
Esqueço o bem querer
Da vida algum resumo,
Espreitas mais diversas
E nelas outras tais
Assim quando tu versas
Vencendo os terminais
Ouvindo tais conversas
Em turvos rituais.

416

Dos olhos de quem ama,
O canto se apresenta
E gera a mesma chama
Audaz e virulenta
O canto se reclama
E nada me alimenta
Sequer o quanto em drama
Pudesse em tal tormenta,
Cerzindo neste espaço
O quanto procurei
Num canto mais escasso
Ousando em nova grei,
Assim eu me desfaço
No quanto eu mergulhei.

417

Vagueia procurando
Um porto aonde possa
Traçar um dia brando
A sorte sendo nossa
Do todo se moldando
Além do quanto endossa,
O dia se gerando
Aonde o bem acossa,
Vestindo a hipocrisia
De um tempo mais dorido
O quanto poderia
E sempre dilapido
Matando a fantasia
Roubando este sentido.


418

Um jeito de matar
Quem tanto quis além
Do imenso navegar
E anda mais convém
Senão cada luar
E nele tanto bem
Gerasse a divagar
O passo onde não tem
Sequer a direção
De um dia mais feliz
A sorte em solução
O amor que tanto eu quis
Os erros mostrarão
Somente a cicatriz.

419

E quero ter teu mar
E mesmo quando a vida
Trouxesse a divagar
A sorte presumida,
O todo a caminhar
Aos poucos dilapida
E gera num olhar
O quanto se duvida,
Não quero a mesma sorte
De quem se fez atroz,
E nada me conforte
Mantendo os velhos nós
Seguindo sem suporte
Apenas nada após.


420

Vibrando meu desejo
Aonde quis a festa
Apenas eu revejo
Da vida a velha fresta
E o beijo num ensejo
Jamais ledo assim resta
O passo em azulejo
A porta ora não presta
Resumo deste enfado
O passo se anuncia
Além do lapidado
O mundo me traria
O canto aonde brado
Ousando em fantasia.


421


Meu coração buscando
A sorte mais atroz
E nisto desde quando
Pudesse dentro em nós
O risco se mostrando
Enquanto é meu algoz
O dia se negando
Matando a mina voz,
Reservo meu caminho
E nisto me confesso
E sei quando me alinho
E nada mais impeço
Resulto do mesquinho
Cenário onde tropeço.


422

Em vagos turbilhões
Carícias do vazio
E nestas direções
Apenas me recrio,
Ainda se me expões
O quando que anuncio
Em tantas soluções
Somente em desvario,
Ausência de esperança
Marcando o dia a dia
E a vida em vão se lança
E nada mais teria
Ousando em aliança
Na imensa fantasia.

423


A mesa dos amores
Em velhos rituais
E nela se já fores
Verás os desiguais
Caminhos entre flores
E nestes outros tais,
Pudesse em medo, horrores
Vencendo os meus fatais
Momentos onde pude
Viver o que inda resta
A minha juventude
Perdida em dura fresta
Aonde desilude
Já nada mais se empresta.


424

Meu peito enamorado,
O canto prenuncia
O tempo aonde enfado
A sorte em ousadia,
O sonho demarcado
E nele; a cada dia,
O todo resgatado
Não posso ou não queria,
Ousando muito além
Da vida aonde iludo
O todo não contém
O passo; mas, contudo
Somente sou refém
E sigo alheio e mudo.

425

Eu quero uma ilusão
Aonde possa ter
Além dos que virão
Os dias sem sofrer
Marcada imprevisão
Do todo a entristecer
Matando a direção
Do quanto pude crer,
Expresso esta vontade
E dela mais audaz,
A imensa liberdade
Pudesse enquanto traz
O canto onde se brade
Bebendo em fonte a paz.


426

Não cabe mais o medo
Nem mesmo a fantasia
E quando me concedo
Marcando o dia a dia,
A sorte em desenredo
Gerando o quanto cria
No verso onde procedo
Vencendo esta agonia,
Mergulho no passado
E vejo o quanto posso
Num canto desejado
E neste engano, o nosso
Caminho desenhado
Provoca o quanto endosso.


427

Amor é seduzir,
E ter nesta certeza
O quanto do porvir
Gerasse sem surpresa
Marcando o que há de vir
Em lauta e rara mesa
E assim ao me servir
Enfrento a correnteza
Não mais pude sonhar
Tampouco tive um canto
Aonde imaginar
O quanto não garanto
Matando devagar
Apenas ledo pranto.


428

Da vida, uma alegria
Apenas desenhada
E o quanto se queria
Após o mesmo nada
A sorte elegeria
A imagem destroçada
De quem em fantasia
Tramasse a desolada
Figura de quem sonha
E nada mais promete
O quanto da vergonha
Somente me arremete
Enquanto a vida enfronha
Adaga e canivete.

429


Eu, vendo teu sorriso
Da forma mais sutil,
O quanto foi preciso
E o todo se previu
Marcando com granizo
O tempo se emergiu
Gerando o paraíso
Aonde o nada viu,
Cerzisse apenas isto
E nada mais pudera
E sendo que consisto
Num sonho, amarga fera
O tanto se benquisto
Agora não se espera.

430

Não deixo de sonhar
Embora saiba bem
Do quanto a divagar
Pudesse sem desdém,
Sorvendo este luar
E nele o brilho tem
Marcando o caminhar
E dele sou refém,
Meu passo se aproxima
Do fim inusitado
E muda todo o clima
Enquanto além invado
Tocando esta auto-estima
Num tempo mal traçado.


431

Depois de perder rumo em tal desdita
O quanto que pudesse e nada vinha
A sorte tantas vezes mais daninha
Expressa o que alma necessita
E quando em plenitude se limita
A dor desta quimera e sendo minha
Do nada a cada passo se avizinha
Tramando muito além do que acredita,
Resumos de outros dias, tempestades
E neste desenhar ainda evades
E marcas com torturas os meus passos,
Diversos desta imagem, ledo espelho
E tendo tão incertos meus escassos
Aos poucos neste todo eu me aconselho.


432


Em ruas e botecos do passado
A vida se fizera em tal non sense
E mesmo que deveras recompense
O tombo num momento anunciado,
E sei do dia a dia e se me enfado
No quanto cada passo não convence
Marcando o que deveras não pertence
A quem se desejara em tal traçado.
Escassas noites dizem do provento
E quando outro caminho eu teimo e tento
Ousando muito mais do que já pude
O mundo destroçando cada passo,
Enquanto no vazio eu me desfaço
Buscando inutilmente uma atitude.

433

Chutado em bofetões, olhar alheio
O canto se perdera sem o rumo
E quantas vezes; teimo e me acostumo
Enquanto a velha sombra em vão rodeio,
E o sonho se desenha em devaneio
E neste mero infausto tento o sumo
E quando inutilmente eu tanto assumo
As luzes da esperança; em vão anseio.
Pudesse ter além desta semente
E nisto cada passo não desmente
O rude desvendar em noite escusa,
E o passo quando além do dia avança
Não deixa sequer ver uma mudança
E a sorte neste caos, vida recusa.

434


Sangrando pelos olhos a atitude
Mordaz se preparando em vã cobiça
A morte se apresenta em tez mortiça
E o sonho, com certeza tanto ilude,
Marcando em consonância a plenitude
A pele se desfaz, leda carniça
E a vida; tão somente movediça
Num canto que decerto ora transmude.
Vagando sem destino vida afora
Apenas o vazio me decora
E mata qualquer sonho mais feliz,
Medonha face exposta da verdade
Aonde cada passo me degrade
Deixando muito além o quanto eu quis.

435

Encontro o que me resta após o nada
E volto ao mesmo rude caminhar
Buscasse qualquer raio do luar
Mudando com certeza uma alvorada
A sorte tantas vezes se me enfada
Expressa o que pudesse desenhar
E adentra em esperança o novo mar,
Mostrando a mesma sorte enfileirada.
Não posso mais viver o quanto ilude
E gera outro caminho após o tanto
E neste desenhar tudo eu garanto
Marcando com terror cada atitude
Vagando noutro infausto e noutro engodo,
E neste desejar enfrento o lodo.

436



E vago pelo quarto sem sentido
Vertendo a direção do pensamento
E quando noutro engodo eu sempre tento
Meu rumo noutro intento eu invalido,
Ousando o quanto pude e; presumido
Minha alma na verdade em desalento
Gerando tão somente o sofrimento
Enquanto o dia a dia eu dilapido,
Neste horizonte vejo o mesmo barco
E sei do quanto em dúvidas eu arco
Traçando em solilóquio outro cenário,
Resumos de uma vida incontinente
Porquanto cada passo ainda tente,
A vida muito além do imaginário.

437

No gosto desta boca em puro fel
Assídua maravilha não se vendo,
O todo se desenha em tal remendo
Marcando com terror cada painel
Aonde se pudesse ser cruel
E tanto quanto quero se devendo
Viver noutro momento e já prevendo
Distante dos meus passos, ledo céu.
Resumos de outras eras, no futuro
E o todo quanto possa eu asseguro
Matando em nascedouro a fantasia,
Gerasse tão somente a liberdade
No fato enquanto a vida se degrade
E mate em nascedouro uma alegria.

438

Em forças e correntes nada mais
Dos erros e verdades que me dizes
E geras entre medos, novas crises
Matando dias fúteis, terminais,
Vacante coração tenta demais
O quanto se pudesse em tais matizes
Sabendo destes sonhos tristes, grises
E neles outros erros mais banais.
Expresso a redenção enquanto eu rumo
Tocando o quanto possa e sem tal sumo
O sacerdócio dita esta ilusão
Somente o que me resta posso ver
E neste desenhar o amanhecer
Demonstra as horas duras que virão.

439


Amamos novamente cada passo
E nada se permite em plena ação,
A vida noutro rumo e desde então
Apenas com certeza ora desfaço,
E sei do meu caminho em tal compasso
Vestindo a mais dorida imprecisão,
E sei dos dias tantos que virão,
Ousando na verdade em tal cansaço,
Esbarro nos meus dias mais atrozes
E bebo do passado em ledas fozes
Prelúdios imagino e nada vem,
Cenário se pintando multicor
Aonde poderia em pleno amor,
A sorte se desenha em tal desdém.

440


Das ruas e senzalas do meu canto
Marcando em consonância rumo e fardo,
O passo se mostrando onde o retardo
E bebo do passado em tal quebranto,
E quando na verdade eu mal me espanto
E sinto o coração em vão petardo,
O prazo se anuncia e nada aguardo
Senão cada momento em desencanto.
Mortalhas entre engodos e; presumo
O quanto se pudesse em tal resumo
Vestindo esta incerteza ou muito mais,
Assíduo sonhador já nada vejo
Sequer outro caminho em vão desejo
Apenas desvendando os desiguais.

441


No gesto em que recatas cada passo
Marcando em discordância o sonho, e tanto
A vida noutro rumo eu não garanto
Enquanto na verdade descompasso,
Marcando o meu caminho em ledo traço
Pudesse muito mais do que ora espanto
E tendo a sensação do imenso canto
O pântano se mostra e me desfaço.
Envolto nestas brumas, tão somente
O quanto mais pudera e se desmente
No impertinente passo rumo ao fim,
E o sonho desenhando o ledo esgoto
Num ato tantas vezes velho e roto
Trazendo este cenário morto em mim.


442

Se mostra assim deitada, a lua plena
E o vórtice gerando a confusão
Os dias mais atrozes me trarão
O quanto na verdade não condena
E o passo noutra luta mais serena
Envolve cada rumo à traição
Matando meu caminho desde então
A sorte se traduz leda e pequena,
Espreitas tão diversas; na tocaia
E o quanto se pudesse e sempre traia
Merece alguma chance quem porfia.
E vago em noite espúria, merencória
Ousando outro caminho sem vitória
E acaba de uma vez toda a alegria.


443

Do fogo que atiçamos num segundo
O passo se desenha muito aquém
Do quanto poderia com desdém
E nada mais deveras aprofundo,
Um sonho tão amargo e vagabundo
Traduz o que decerto ainda vem,
E o canto se mostrasse enquanto tem
O sórdido momento onde me inundo.
Já não mais comportasse uma esperança
Enquanto o meu caminho ao nada avança
E gera a solidão e nada mais,
O canto se trazendo em dissonância
A vida se moldando em discrepância
Apenas em momentos terminais.

444


Amor vai se perdendo a cada passo
E vejo retratado dentro em mim,
O quanto poderia ter no fim
Gerando este momento agora escasso,
Restauro o meu caminho quando traço
E vejo esta semente, este jardim,
Marcando o quanto pude e sei que enfim
Apenas noutro encanto me desfaço.
Já não comportaria qualquer messe
Quem tanto na verdade ora se esquece
Do passo mais suave em liberdade,
E o nada se avizinha deste lodo
Gestando dentro da alma o velho engodo
Ainda que distante o sonho brade.

445

Já não comportaria a nova voz
Quem sabe no futuro possa bem,
Tramando o que deveras sempre vem
Marcando o meu caminho logo após,
Reinando noutro engodo, o mais feroz
Dos todos os enganos se contém
Esbarro nos meus erros, sou refém
Do pântano gerado em dura foz,
Esbanjo fantasia e tento a sorte
Aonde na verdade não suporte
Sequer outro momento em ansiedade.
Diverso da esperança mais perfeita
Minha alma com certeza nada aceita
Matando o quanto resta e se degrade.

446

Sentindo o desenhar em rumo vário
O manto mais sublime se desfez
Gerando dentro da alma a insensatez
Marcando o meu caminho temerário,
Ousando ao enfrentar um adversário
Enquanto na verdade nada vês
Senão a mesma fonte em lucidez
Ou rumo noutro canto, em vão corsário,
Rosário; poderia quem se alenta
E vence com carinho a virulenta
Vontade tão escassa de sonhar,
Espúria realidade toma o rumo
E nada mais deveras eu resumo
No encanto onde pudesse mergulhar.

447

Num êxtase divino, a sorte trama
O quanto quis e nunca pude ver
Somente a minha vida a se perder
Apenas no vazio, em lodo e lama,
Acende este pavio, mera chama
E nada do que tento ainda crer
Marcando a cada instante o merecer
Gerando o quanto quero e não se clama
Resumos tão diversos da esperança
E o caos neste momento a vida alcança
E mata qualquer sonho do passado,
Vencido desde quanto mais pudera
Vencer dentro do sonho a vã quimera
E neste sonho vejo-o lapidado.

448

Desejos mais profanos ou deveras
Encenações sobejas e temidas
Marcando em discordância nossas vidas
E neste caminhar já destemperas,
A vida remetendo às velhas eras
E quando mais audazes são urdidas
As sortes em terríveis despedidas
Em vão pudesse crer nas primaveras,
Espero qualquer queda e mesmo quando
O dia no vazio se moldando
Trançando cada passo rumo ao farto
E vendo o desalento mais atroz
Não tendo qualquer laço, meros nós
Aos poucos noutro encanto eu já reparto.

449

Enfeitam-se e mergulham no vazio
Meus erros são deveras costumeiros
E quando imaginara meus canteiros
Apenas o que tanto eu desafio
Esboça a solução em desvario
Matando em nascedouro os vãos ribeiros
Os sonhos sendo duros derradeiros
Não vejo alguma paz, somente o estio.
E bebo deste cálice: esperança
E a vida na verdade não alcança
Sequer a menor parte do que pude,
E o marco se propõe sempre em tal forma
Que a vida noutro enfado se transforma
E a morte me atingindo em plenitude.


450

Exploro teus caminhos onde eu possa
Ousar e crer na luz que inda viesse
A vida se promete em tal benesse
Gerando uma alegria toda nossa,
E todo o meu caminho não endossa
Apenas sonegando cada prece
A sorte neste instante assim se tece
Enquanto o meu caminho se destroça
Quem dera se eu pudesse em ousadia
Gerar dentro do peito um novo rumo,
E quando este cenário; agora assumo
Mostrando muito mais do que eu queria
Resumos do passado num instante
Cenário mais atroz e degradante.

451

Saboreando cada sorte enquanto
A vida não permite outro caminho
Cerzindo o dia a dia mais daninho
Apenas o vazio ora garanto
E neste desenhar em ledo espanto
Vencido caminhante hoje me alinho
E deste delirar eu me avizinho
Do quanto imaginara em ledo canto,
Esvoaçante sonho dita o rumo
E sei que na verdade nada assumo
Tramando um passo além do quanto pude
E vejo o meu momento em plena paz
Ousando com certeza o que se traz
Marcando a redentora juventude.

452

Procuram nosso olhar, os vãos faróis
E tanto poderia ser diverso
A cada novo engodo desconverso
E tento aproveitar velhos lençóis,
Meus dias se emolduram nestes sóis
E quanto mais atroz ou mais perverso
O todo se mostrara mais disperso
Gerando dentro da alma os girassóis
Expresso a realidade em cada passo
E neste desenhar se nada faço
Encontro tão somente o quanto anseio
E vivo a imensidão neste momento
Enquanto no vazio eu me atormento
E sei do meu cenário torpe e alheio.

453

E viajo em delírios onde outrora
A sorte desenhasse novo fato
E quando na verdade mal constato
O quanto a cada passo me apavora,
Gerando o que deveras nada ancora
Marcando com terror cada retrato
O passo noutro rumo inda resgato
E a fome sem juízo e sem demora,
Respaldos do passado procurando
E vendo o meu caminho em contrabando
Resumos de passado mais atroz,
E nada se mostrasse tão somente
Enquanto o caminhar pudera e tente
Matando em nascedouro ou logo após.

454

É bom poder te amar, mesmo se vejo
A sorte desairosa enquanto adentro
O passo aonde tudo desconcentro
E teimo enquanto em mero relampejo,
A vida se desenha em tal desejo
E neste caminhar estou no centro
A força se desenha e me concentro
No medo mais atroz a cada ensejo,
Resolvo com perdão toda a palavra
E tanto quanto pude ora se lavra
Matando uma esperança e nada além
Do rústico cenário se avizinha
Marcando a velha história tão daninha
E neste sentimento; o nada vem…

455

Numa entrega total,
O canto mais feliz
No velho ritual
O todo quanto eu quis
E vejo pontual
A sorte por um triz
Bebendo cada sal
E nele estranho bis
Vencido pelo encanto
De quem se fez cruel
Apenas eu garanto
O manto em ledo véu
E o passo noutro espanto
Persiste sempre ao léu.


456


Loucuras de vulcão
Em plena fantasia,
E sei que não verão
O quanto se recria,
Marcando a direção
E nela o dia a dia,
Matando imprecisão
Gerando a poesia
Assisto à derrocada
De quem pudera além
Do tempo quase nada
Trouxesse este desdém
Na noite, a madrugada
Solitária já vem.

457

Vestígios de caminho
Enquanto não ressalto
E sempre me avizinho
Do medo aonde assalto
Os ermos deste espinho
Cerzindo em passo incauto
O todo de mansinho
Aonde o quis mais lauto.
Expresso em verso e canto
O quanto pude outrora
E neste ledo encanto
A vida se apavora
E o passo num quebranto
Toando desde agora.


458

Amor que nos tomou,
Em leda tempestade
E quando aqui nevou
O todo não degrade
Marcando o que restou
E nisto ainda evade
O sonho enquanto estou
Matando a liberdade,
Ousasse num momento
Vencer o que não veio
E sigo em tal tormento
Tocado por receio
E neste alheamento
O sol já não rodeio.

459

Amada.. por favor;
Não deixe assim de lado
Quem tanto a se propor
Pudesse desejado
Momento redentor
Ou nada no legado
Matando a decompor
O mundo, outro traçado
Pretendo um passo além
Do quanto poderia
Vencer algum desdém
Em noite etérea e fria,
E sei que nada tem
Sequer a fantasia.

460

Não tenha tanto medo
Que a vida não permite
O quando já concedo
E vejo este limite
E sei que sendo ledo
No fim não acredite
No caos em desenredo
E tanto delimite
Meu passo rumo ao nada
E neste caminhar
A vida desolada
Marcando a divagar
A velha e rude estrada
Diverso navegar.



461

Amar é se perder em direção
Diversa do que possa noutro rumo,
E quando a cada passo o mesmo assumo
Moldando com ternura esta emoção
Visando os dias tantos que virão
Nas ânsias dolorosas do consumo,
Vencendo a sensação enquanto aprumo
Esbarro nos meus erros desde então.
Viceja dentro da alma esta vontade
E o quanto da esperança aflora/evade
Resiste ao que pudesse num momento,
Vertendo este caminho mais atroz,
Já não conheço mais a leda voz
E a cada novo passo me alimento.

462

Na cama que se inflama aonde um dia
Pudesse acreditar e nada veio,
Apenas conseguindo estar alheio
Ao quanto se perdera em fantasia,
Vestindo esta ilusão nada viria
Sequer a lua imensa que rodeio,
E o tanto quanto quero e ainda anseio
Investe noutro rumo em agonia,
Explodem passos largos e venais
E sei dos dias tolos quando esvais
Vagando sem sentido aquém do todo,
Mergulho neste medo e nada sinto
Meu canto noutro passo segue extinto,
Traçando tão somente o medo, o engodo.

463

Vencido pelo urdido passo em falso
O sonho apodrecendo nalgum canto
E sei do mais amargo desencanto
Gerando o tão dorido cadafalso,
E o passo se apresenta em tal percalço
E nada mais do encanto em vão garanto,
Esbarro nos meus erros, entretanto
Minha alma noutro espaço, buscando; alço.
Revolvo os meus porões e tento achar
Ainda alguma forma de lutar,
Mas sem ter forças, sigo ao ledo cais,
E vejo este cenário: hipocrisia
E o nada mais traçando o que traria
Os dias entre tantos, desiguais.

464

Formoso sentimento se apodera
Do sonho mais incauto, juventude,
A vida noutro tempo desilude
Alimentando sempre esta quimera,
Ousando sem saber o quanto espera
De um canto mais amargo e mesmo rude,
A morte se apresenta em plenitude
E o corte se aprofunda em nova esfera.
Medonha espécie rústica e vacante
No todo se desenha muito aquém
Do quanto com certeza eu sei que vem
Gerando o velho passo doravante,
Marcando em ilusões o descaminho
Aonde noutro instante em vão me aninho.


465

Nas labaredas tantas,
O sonho do poeta
Morrendo; desencantas
A vida se repleta
Dos erros e quebrantas
Marcando com tal seta
O quanto ainda espantas
Na sorte mais discreta,
Ousando muito além
Do quanto poderia
Somente o que inda vem
Traduz a fantasia
E morro sem alguém
Aonde o bem queria.


466

Das flores mais gentis
Às ânsias infinitas
Enquanto tudo eu quis
Ou mais tu necessitas
Do céu espúrio e gris
As horas mais benditas
Moldando este infeliz
Caminho em vãs desditas,
Resumo de outro engano
E neste desenhar
O quanto ainda dano
Ou mesmo a me tocar
O mundo mais profano,
Produz o desdenhar.

467
Bagunça totalmente
O coração febril
Ousando enquanto mente
Um sonho onde se viu
Marcando o corpo e a mente
Num ato sempre vil,
E o tanto se apresente
Da forma que surgiu
Vacantes esperanças
Momentos terminais
E neste rumo lanças
As horas sempre iguais
E as velhas temperanças
Transformam rituais.

468


Já me embriaga em sangue,
A fúria mais atroz
E quando em ledo mangue
Encontro a minha foz,
O corpo quase exangue
A sorte, a morte após
Neste mesmo bang-bangue
O encanto em dura voz,
Resumos de outras eras
E nelas se apresenta
O quanto destemperas
E nada mais se agüenta
Sequer as tantas feras
Em face violenta.

469

Consagro meu amor
Na morte da esperança
E busco um redentor
Caminho, mas já cansa
Saber do sonhador
E nada mais alcança
Quem tenta a mesma flor
E no jardim avança,
Resumos de outros dias
E neles reconheço
A face em agonias
Sabendo do tropeço
Aonde inda virias
De volta, em recomeço.


470


Da forma mais serena
Aonde pude ver
O quanto se condena
Um mundo sem querer
Ousando esta sirena
E nela a se perder
Gerando a fonte amena
E nada a se verter,
A morte se aproxima,
O sonho queda atrás
E o todo sem estima
Mostrasse o quanto traz
O passo não redima
E a dor se faz tenaz.


471

Deitado nesta esteira
Aonde pude ver
A sorte derradeira
Aos poucos, se perder,
Imagem costumeira
Traduz o bem querer,
Ousando o quanto queira
E nada a se conter.
Jamais eu pude além
Do passo mais sutil,
E o quanto em tal desdém
Deveras não se viu,
A noite quando vem
Pudesse ser gentil.


472

Voracidade intensa
O tempo traduzindo
Momento outrora lindo
Agora não compensa
E vaga recompensa
Ainda produzindo
O todo onde deslindo
A sorte em dor imensa,
Esbarro nos meus erros
E sei do passo em vão,
Mostrando além dos cerros
A farta direção
Ousando em tais desterros
Nos dias que virão.

473


São puros e profanos
Ou mesmo sem limites
Os quantos velhos danos
Aonde não permites
Sequer os novos planos
Da vida em tais palpites
E nestes desenganos
O todo enquanto o fites,
Resumos de outras eras
E nelas posso ver
Ainda o que temperas
E marca o bem querer,
E sei sem primaveras
E nada eu posso ter.

474

Nos dedos e no sonho
O rumo mais atroz
Mudando o que componho
Gerando a mesma voz
Do tanto aonde enfronho
Um passo logo após
Marcando em ar medonho
O nada dentro em nós,
Um mero sacrilégio
Num tempo audaz e régio
Drenando esta ilusão,
Engodos entrelaçam
E os dias sempre passam
Tocando os que virão.



475

Rondando sem sentido
O tanto quanto possa
Viver em decidido
Desenho além da fossa,
No todo ora lapido
A sorte que me endossa,
Vertendo além do olvido
O quanto em nada apossa.
Invisto nesta sorte
E nada se aproxima
Do passo onde conforte
Marcando o mesmo clima
E neste velho norte,
A vida mata a estima.

476

Vestida da esperança
A sorte não pudesse
Vencer o quanto avança
E gera esta benesse,
Na farsa sem mudança
O rumo logo esquece
E o todo em confiança
Produz a velha prece.
Resumo o meu caminho
Em plena tempestade
E sei que vou sozinho
E nada mais invade
O quadro onde de aninho,
Morta felicidade.

477

Por certo toda a vida
Marcada em passo igual
E nada decidida
A sorte é tão banal,
E a paz não resumida
Num velho ritual,
Toando sem medida
O passo desigual.
Resumo de uma história
Aonde não viria
Sequer uma vitória
E tudo em agonia
Traçando sem memória
O etéreo dia a dia.


478

Sem ter o teu amor
E nada mais sentisse
Além do destemor,
Espúria e vã tolice,
No quanto sem rancor
Espreito esta mesmice
E gero em tal calor
O quadro onde se visse,
O pântano desenha
As mãos mais dolorosas
E nelas velha senha
Expressa as mortas rosas,
E sei do quanto venha
Em rotas pedregosas.

479


Repare como a lua
Já não mais se prateia
Da forma onde cultua
Outrora bela e cheia
Agora continua
Na vaga mais alheia
Tocando em vão a rua
E nesta se permeia
Ousando sem demora
No passo para frente
E o todo me apavora
E gera outro descrente
Caminho aonde aflora
O medo, este demente.


480



Repare como o mundo
É feito em esperança
E neste tanto inundo
Enquanto a vida cansa
E sei do mais profundo
Desenho em temperança
Marcando com o imundo
Cenário em vã mudança,
Espero na tocaia
Ou mesmo numa espreita
Embora a vida traia
O todo não se aceita
E sinto quando esvaia
A sorte insatisfeita.


481

A pele descorando,
O nada se apresenta
E deste quadro infando
A margem da tormenta
No tanto e desde quando
A vida se alimenta
Do tanto mais nefando
Na face virulenta,
A burguesia estúpida
A morte em plena vida
A face outrora cúpida
A luz ora envolvida
Gerando apenas treva
Enquanto a vida neva.



482

E toma quase tudo,
Cenário discrepante
Aonde eu já me iludo
E o nada se garante,
O quanto fosse mudo
E sinto doravante
O mar onde transmudo
Espúrio num rompante
Ousando sempre mais
Do quanto poderia
Enfrento vendavais
E vejo esta agonia
E nela os terminais
Matando em agonia.

483

Amiga; não se iluda
O tempo continua
Tapando a velha lua
Imagem já desnuda
E o quanto se amiúda
E vejo a face nua
Da sorte sem a ajuda
De quem sempre flutua
Negasse este abandono
E nisto não pudera
Vencido, o desabono
Matando a primavera
E agora em tanto sono,
A sorte destempera.


484


São vários os caminhos,
Porém já nada traço
Sequer os mais daninhos
Momentos sem espaço
E volto aos velhos ninhos
Marcando este cansaço
Resolvo os meus espinhos
E perco passo a passo,
Vestindo a solidão
Invisto no passado,
E sei que não verão
Sequer já desenhado
Os rumos, solidão
O tempo desolado.

485

Desvenda sem temer
O passo sem destino
E quando posso ver
Deveras me alucino
E sinto perecer
O quanto não domino
Ousando sem prazer
E em paz eu me fascino,
Resumos do passado
Aonde em tal tortura
A vida num legado
Matando em tez escura
O quanto imaginado
Agora em amargura.


486


Se vista de energia
A sorte mais audaz,
E nisto se traria
O quanto se desfaz,
E o mundo em ventania
Pudesse ser audaz,
E nesta hipocrisia
O rústico e tenaz
Matando em tez atroz
O todo ainda vivo
E neste rumo, o algoz
Deveras um cativo
Trazendo em rude voz
Do quanto enfim me privo.


487

Amiga, amor nos traz
E mostra esta vontade
Aonde mais audaz
Pensara em liberdade
No quanto satisfaz
E o passo se degrade
Ousando além da paz,
No todo onde se evade
O passo sem sentido
Ou rumo e direção,
O quanto resumido
E mesmo em negação
Ainda em vão lapido
Os dias que virão.

488

Que sempre se alimenta,
Dos erros mais venais
E sei quão virulenta
A vida em erros tais,
No quanto se apresenta
E tento em desiguais
Caminhos da tormenta
Em erros tão fatais,
Viceja uma esperança
E nada mais pudera
Vencer esta aliança
Entre o terror e a fera
Matando com vingança
O vão que nos espera.


489

Nos vivos versos vago
E tento relutar
Vencendo ou já divago
Nas ânsias a tramar,
O quanto apenas trago
E sinto se entranhar
O passo outrora mago
Agora sem lugar.
E o canto em harmonia
Ousasse muito além
Do quanto poderia
Traçar o que também
Marcasse em fantasia
O nada quando vem.


490


Escrevo meus penhores
E sei de cada passo,
Aonde quer e fores
O tempo ora desfaço,
O sonho sem as flores
Morrendo em tal cansaço
Traduz velhos pendores
E deixa um atroz traço.
Restauro uma esperança,
Mas nada além persisto
E quando o passo cansa,
Pensando sempre nisto,
A vida não alcança
O rumo e; enfim, desisto.

491

Eflúvios esfumaçam
A visão do horizonte
E sei enquanto traçam
Momento onde desponte
E tanto se entrelaçam
Ousando em cada fonte,
Marcando os que compassam
No todo onde se aponte
Regendo todo instante
No sonho em duro ardil,
E o canto se garante
Aonde nada viu
Sequer o que me encante
Ou mesmo o tanto vil.


492

E levam tantas levas
Aonde não pudesse
Reger além das trevas
Ou crer numa benesse
A vida enquanto nevas
E tenta o que se tece
Tramando o que tu cevas
E nada mais se esquece,
O passo sem sentido
O rumo em torpe escala
A sorte onde lapido
A vida na ante-sala
O canto resumido,
E o nada me avassala.

493

Sentindo o cintilar
Do passo onde redimes
Os dias a brilhar
Diversos e sublimes
Procuro algum lugar
E nele tanto estimes,
Marcando o quanto ousar
Em atos ledos, crimes,
O velho caminhante
Depois de certo dia
No quanto se adiante
Deveras não sabia
O mundo se garante
Regendo esta ironia.

494


Vagando nos diversos
Caminhos onde eu pude
Traçar com velhos versos
A dura juventude
E nada em universos
Deveras desilude,
Marcando com perversos
Cenários onde ilude
O passo sem sentido
O rumo em tom atroz,
O canto desvalido
O sonho de um algoz
E quando me invalido
Calando a minha voz.


495


Deitando em teu desejo
Da imensa liberdade
O quanto ainda vejo
E traz sinceridade,
Assim neste lampejo
O rumo desagrade
Matando em ledo ensejo
Cenário onde degrade
O canto se desenha
Na face mais dorida
E nela a velha lenha
Há tanto desprovida
Do quanto me convenha
Marcando a minha vida.


496

Nas bordas destes mares,
O acento mais sutil
E nele ao me tocares
Deveras também viu
Diversos, vãos altares
E o nada se reviu
Gerando em seus luares
O passo agora vil,
E o canto em harmonia
Pudesse acreditar
No quanto não teria
Sequer algum lugar
A vida desafia
E segue em rude mar.

497

Transmito em cada quadra
Falando da esperança
A vida não se enquadra
Na velha temperança
A sorte de uma esquadra
Enquanto em vão avança
Maldita espera; a ladra
Envolta em tal mudança.
Regendo o passo enquanto
Apenas poderia
Gerar o que garanto
Já não traduz o dia,
E sei do quanto espanto
Atroz melancolia.


498

Convulsionadamente
O tanto se traduz
Na vida que ora mente
E gera em contraluz
O passo mais descrente
E o quanto reproduz
Do velho e penitente
Cenário em morte e pus.
E resoluto eu sigo
Cerzindo cada instante
Aonde algum perigo
Mostrado doravante
Tramando este castigo
E nada se adiante.


499

E quero nosso amor
Aonde pude crer
Arcando com valor
Diverso do querer,
Aquém do refletor
Somente posso ver
O tanto em leda dor,
Um mundo a se tecer.
No caos enquanto a vida
Transcende à liberdade,
A sorte dilapida
E o passo aquém se evade,
Gerando em despedida
Apenas velha grade.


500

Vibrando de prazer,
Aonde pude além
Da vida a se perder
E nisto sei tão bem
O quanto em desprazer
Pudesse e quando vem
O todo a se tecer
Matando enquanto tem,
Resumos de outras eras
Diversas fantasias
E quando destemperas
Tais sonhos me trarias
E nestas vãs taperas,
Presumo as agonias.



501


Meus versos te tocando
Ainda quanto ilude
O passo em atitude
Deveras bem mais brando
E sinto desde quando
O rumo em plenitude
Delira enquanto eu pude
Aos poucos terminando,
Ousasse noutro instante
Cerzindo o canto aquém
Do todo onde garante
O nada quando vem,
Toando doravante
O que jamais provém.


502

Em nome da loucura
Jamais eu pude ver
O quanto se procura
E deixa amortecer
A queda em noite escura
O rumo a se verter
Na face em amargura
Gerada em desprazer,
Vestindo este cenário
Em ledo turbilhão
O canto temerário
Nos ermos que trarão
Ao sonho, o seu contrário
Gestando a negação.

503

Nasceste tão divina
E deste belo fato
A sorte se alucina
Em ermo vão e ingrato
O todo determina
A ausência deste prato
E sei da minha sina
Enquanto eu me maltrato,
Herético caminho
Pudesse adivinhar
Gerando este daninho
Desenho a se mostrar
Traçando em cada espinho
A vida a divagar.

504

Em plena insensatez,
O mundo pode bem
Traçar o quanto vês
E nisto sempre vem
Marcando que se fez
E neste sonho tem
A leda estupidez
E trama este desdém.
Resumos de outras eras
Em tanta hipocrisia
E logo degeneras
O quanto poderia
Moldar entre as taperas
A dura fantasia.

505

Vivemos tão atados,
Aos ledos caminhares
E sei dos meus enfados
E neles os altares
Vencidos por legados
Enquanto vasculhares
Marcando em destroçados
Cenários, meus altares,
Respondo o quanto posso
E vejo neste instante
O quanto sendo nosso
Deveras não garante
O passo onde me aposso
Da vida delirante.

506

Nas emoções diversas
Enquanto se permite
A sorte; desconversas
E vendo este limite
Aonde nada versas
E enfim já se acredite
Nas dores onde imersas
As dores; nada evite.
Encontro em discordância
O passo mais atroz
E sei da militância
Num dia aonde o algoz
Mostrasse a cada estância
O canto em dura foz.

507

Eu quero majestosa
A vida aonde possa
Traçar além da rosa
O quanto ainda goza
A sorte caprichosa
Se fosse assim tão nossa,
Vendida sempre glosa
E gera apenas fossa,
Mergulho neste incauto
Cenário em turbulência
A vida em tom mais lauto
Gerando a impertinência
E enquanto em vão ressalto
Adentro em penitência.

508

Num lance irradiante
O passo mais venal
E sei do que garante
O fim em ritual
Gerando noutro instante
Momento desigual
Reinando doravante
Escasso e mais banal.
Esbarro nos meus dias
Ausente da esperança
E quando ainda vias
O todo onde se lança
Encontro as heresias
Matando esta mudança.


509

Ardendo tremulante
Bandeira da ilusão
E sei do que garante
Em rumo e direção
O todo se levante
E molde em tal gestão
O rústico montante
Marcando esta lição
Esvaio num segundo
E sinto a dor do nada,
A morte quando inundo
Deveras desolada
Imagem num profundo
Negar de nova estrada.

510

Rasgando o teu conceito
O quanto pude crer
E nada onde me deito
Gerando o meu prazer
Pudesse ser aceito
Ainda em bem querer,
Mas sei cada defeito
Ausência eu posso ver.
Esbarro nos meus dias
E sei dos meus sinais,
E quando me trarias
As horas desiguais
Gestando em agonias
Os ermos temporais.

511

Dardejantes olhares
Aonde nada existe
E sei que no tocares
O mundo agora triste
Matando os desejares
O olhar envolto e em riste
O caos onde tramares
O quanto em vão se insiste
Restando aquém do fato
O passo noutro rumo
E quando me retrato
Apenas eu me assumo,
E sei da solidão
Nos dias que virão.

512

Um lasso coração
Cansado de lutar
Diversa direção
Aonde navegar
Depois nada verão
Sem lua, céu ou mar
Marcando esta estação
Audácia a sonegar
Expresso o verso enquanto
O rumo não se vê
E o todo que garanto
Na vida sem por que
Envolve em luz e dor
A trama em leda cor.

513

Nas mãos que tanto caço
Encontro a liberdade
E sei do vago espaço
Ou mesmo se degrade
O canto noutro espaço
Diversa claridade,
E sei do quanto escasso
Desenho em falsidade,
Marcando o meu caminho
Em tons incomparáveis
E sei do mais daninho
Aonde em intragáveis
Resumos de uma vida
Há tanto presumida.


514

Buscando em cada toque
Apenas o futuro
A vida não se estoque
Nem mesmo o que procuro
O passo não provoque
O solo e sobre o muro
O quanto se desloque
Num tempo mais escuro,
Ousasse ver além
Do todo noutro instante
E o canto já não vem
E nada se garante
Senão a mesma sorte
Aonde a dor conforte.


515

E vamos neste amor
Vibrando em movediça
História sem rancor
E nada se cobiça
Senão a velha flor
E sei que quando viça
A sorte sem valor
Agora mais mortiça
Presume cada engano
E gera este vazio
E o passo soberano
Tramando cada estio
No quanto ora me dano,
O mundo eu desafio.

516

Nas vagas deste mar
No sonho mais distante
O quanto caminhar
Aos poucos se garante
E o todo a nos rondar
Mergulha em delirante
Caminho a se traçar
No passo onde adiante,
Vestindo a fantasia
Da luz em tal quimera
O todo poderia
Gerar a nova fera
E disto não teria
O quanto em vão se espera.


517

Nas frestas percorridas,
As horas mais cruéis
E vejo em nossas vidas
Além dos vários féis
Momentos; onde urdidas
As sortes infiéis
Mergulham nas feridas
Renovam seus papéis,
Escassa solidão,
O passo não permite
E o todo em negação
Deixando algum limite
E desta pregação,
Em nada se acredite.

518

Nos dentes que cravaste
Nas ânsias mais vorazes
Os olhos num contraste
Aonde nada trazes
Cenários onde eu gaste
A sorte em tons mordazes
Vagando em tal desgaste
O todo em ledas fases.
Ousando a cada passo
Vencer a solidão,
E sei do rumo escasso
Das noites que virão,
Tramando o quanto traço
Em rude direção.


519

As bocas tão carentes
Os olhos delicados
Os dias bem mais quentes
Os rumos desolados
Os tantos coerentes
Caminhos desenhados
E neles tu pressentes
Os erros, meus legados,
Esbanjo em heresia
O quanto pude outrora
A vida não teria
Sequer aonde ancora
O barco em ledo cais,
Exposto aos vendavais.

520

Se servem desta fome
Os erros costumeiros
E quando ainda some
A sorte em tais canteiros
Marcando o que não dome
Nem mesmo derradeiros
Cenários onde eu tome
Os passos verdadeiros,
Ousando muito além
Do quanto poderia
A vida sempre vem
Diversa e tão sombria
Usando na verdade
Do mal que nos degrade.


521

Rígidos movimentos
Aonde outrora eu fiz
Os dias em tormentos
Enorme cicatriz
E sei dos violentos
Cenários num véu gris
E tantos elementos
Não deixam ser feliz
Quem tanto acreditara
Na vida em sua face
E sendo a sorte rara
O todo gera impasse
E nada se prepara
Enquanto o nada trace.

522

Derramam nossos erros
Os dias mais diversos
E sinto além dos cerros
Os passos noutros versos
E quando em tais desterros
Pudessem vãos e imersos
Os marcos dos aterros
Mostrados tão perversos,
Escuto a voz do vento
E sei da imprecisão
Aonde eu me atormento
E morro desde então
Em nada me alimento
Silêncios se farão.

523

Viajo por eflúvios
Invado os sonhos quando
Envolto e me negando
Adentro tais dilúvios
E sei dos dias quantos
E neles outros tais
Marcando em marginais
Caminhos, desencantos
E assim cada quimera
Ousando noutro passo
O todo não mais traço
E sei do que me espera
Num átimo mergulho
Em vago e louco orgulho.

524

Desejos mais divinos
Aonde nada houvera
Momentos cristalinos
E tudo destempera
A sorte em vãos destinos
Alimentando a fera
Pudessem desatinos
E nada em leda esfera
O corte traduzido
No passo sem fronteiras
E quando dilapido
Ainda que tu queiras
No fim já destruído
Enfrento as vãs ladeiras.

525

Aromas exalados
E sonhos mais atrozes
Nos tempos derrotados
As sortes noutras fozes
Diversos os tratados,
Mas solitárias vozes
Pudessem renegados
Momentos mais ferozes,
Porém a vida trama
Além do quanto veda
E marca a velha chama
Na rústica moeda
E o todo se reclama
E esta verdade veda.

526

Humores misturados
Caminhos discordantes
E neles alegados
Os sonhos deslumbrantes
Os passos relegados,
E nada mais garantes
Marcando em depredados
Cenários em rompantes,
Vestindo a velha face
E nada mais pudera
O quanto se mostrasse
Traçando esta nova era,
Marcando dia a dia
O tanto em agonia.

527

Suores que se formam
Em dias mais diversos
E sei dos ledos versos
E nada mais informam,
Gerando os que conformam
Com erros tão perversos
Sem nexo ou sempre imersos
Jamais sonhos reformam,
Vestindo esta ilusão
Já nada poderia
Quem traz em poesia
A vida em direção
E tanto contraria
Os sonhos que virão.

528

Formando esse compósito
De sonho, sangue e pus
A vida em vão propósito
No quanto recompus
O mundo em tal depósito
Gestando em contraluz
O rumo se traçasse
No todo ou mera história
Tramando noutra face
A dura e merencória
Vontade que desgrace
O quanto fora escória
E assim nada se visse
Senão esta tolice.

529

Depois da maratona
Aonde o passo avança
A sorte desabona
E traz nova mudança
Enquanto vem à tona
O todo quando dança
A morte ora se adona
E nega a confiança;
Somando cada engano
E neste fim se vendo
O quanto ora me dano
Apenas sou remendo
Do mundo mais profano
E nada mesmo, crendo.

530


Descanso no teu colo
Sonhando com o dia
Aonde nada assolo
Nem mesmo a fantasia
E vejo em duro dolo
O quanto não teria
E sei que me consolo
Nos ermos da agonia,
Reúno cada passo
E sinto mais sozinho
E quando me desfaço
No vago passo aninho,
Mostrando este mormaço
Matando algum carinho.


531

Quantas vezes; invado
O nada e busco ver
O mundo depredado
O tempo sem prazer
No quanto ora me enfado
O rumo a se tecer
Trazendo o meu passado
Distante do saber.
O canto se transforma
E tendo desvendar
O quanto toma a forma
De um todo em vão lugar
Buscando a velha norma
E nisto a me entregar.

532

E faço-te refém
Do sonho aonde eu pude
Vencer o que inda vem
E tanto desilude
Ousando em tal desdém
Matando a plenitude
E o passo se detém
Num tempo bem mais rude,
Espero o quanto veja
A mando da esperança
E o todo em tez sobeja
Ao vago ora se lança
E a vida se dardeja
Trazendo a vã mudança.

533

Num ato tresloucado
O passo se redime
E nada do passado
Ainda quando estime
Demonstra este alentado
Caminho antes sublime
E o vento desolado
Marcando o que suprime,
Vencendo a fantasia
Gerando além de tudo
O quanto se recria
No passo onde me iludo
Traçando em agonia
A imensa fantasia.

534

Imerso na beleza
De um sonho mais gentil
Não vejo com surpresa
O quanto se previu
Marcando cada presa
Com ar duro e senil
Vencendo a correnteza
O encanto se traiu.
Vestindo o mesmo fato
E nele o passo aquém
Do quanto não retrato
E nada mais convém
E sei que se resgato
Ainda sou refém.

535

Te prendo nos meus passos
E vejo o que pudesse
Gerar além de escassos
Momentos; não regresse
A vida sem benesse
E os olhos velhos, lassos
Depois de tantos passos
O fim se estabelece,
Encontro cada instante
E nada mais sentira
Senão a degradante
Vontade em vã mentira
Do ocaso mais atroz
Já não se escuta a voz.

536

Requintes de magia,
Ou mesmo de esperança
No quanto poderia
E sei que não avança
Marcando a melodia
Em leda temperança
O corte se anuncia
E trama esta vingança
Vencendo o meu caminho
Em paz e na atitude
Aonde em vão me alinho
E sei que desilude
O rumo em tom mesquinho
Além do quanto eu pude.

537

Nas graças e favores
Da vida enquanto eu posso
Viver sem nada pores
Sequer o quanto endosso
E sei de tais rumores
Cerzindo este destroço
Marcando como fores
E nada mais aposso,
Somente o verso em tese
E nele outro momento
Aonde o que se preze
Deveras busco e tento
Por mais que eu ore e reze
Só vejo o desalento.

538

Num ato de paixão
Ou mesmo em tempestade
Os dias que virão
A sorte onde se evade
Os rumos da ilusão
Marcando cada grade
Permitem desde então
O quanto desagrade,
Vasculho cada ponto
E vejo a mesma dor,
E sei do quanto apronto
E neste vão calor
O beijo sem desconto,
E a vida sem valor.


539

Desejos enlevados,
Momentos acessíveis
E os dias delegados
E neles outros níveis
Vencendo os destroçados
Caminhos mais visíveis
Eu sinto os desolados
Anseios quase incríveis
Marcados pela guerra
Buscando enfim a paz,
A sorte se desterra
E gera o que se faz
Depois do quanto emperra
O canto mais audaz.

540

Em versos sonhadores
Pudesse acreditar
E sei por onde fores
Diverso caminhar
Traçando sem pudores
O quanto a desejar
Marcando com as flores
O rumo a se traçar
Vencido caminheiro
Já nada mais comporta
A sorte por inteiro
Fechando agora a porta
O canto derradeiro
No vago cais aporta.


541

És dona dos meus sonhos,
E tanto quanto eu possa
Viver os mais risonhos
Caminhos; nada endossa
Ousando em tais medonhos
Cenários, sorte nossa
Vencendo os mais bisonhos
Tormentos, leda fossa
A sorte não pudera
E nada mais teria
Gerando esta pantera
E nela em ousadia
A morte destempera
E trama uma heresia.

542

Não sabes meu amor,
Do passo em prepotência
Vagando num rumor
Aonde esta impotência
Trouxera sem valor
O quanto da demência
Pudesse sem rancor
Gerar outra falência
Do vasto sonho em mim
E nada se transforma
E o passo no jardim
Ainda dita a forma
E mata enquanto eu vim,
Translada em dura norma.

543

Nas doces maravilhas
Os olhos se cansando
Das velhas armadilhas
Num tempo mais nefando
E sei porquanto trilhas
Os arcos desenhando
Aonde em vão palmilhas
O tempo desfrutando;
Resumos de outros dias
E nada mais pudesse
Vencer as ironias
E crer nesta benesse
E nisto não verias
O caos onde se tece.

544

Deitando sem temor
Meu passo se adivinha
E vejo em plena dor
A sorte mais daninha
E o quanto e aonde for
Presume a leda vinha
Marcando em dissabor
O que jamais continha,
Resulto da promessa
Enquanto quis outrora
Vencer o começa
E logo se devora
O barco já se apressa,
Porém no nada ancora.

545

Não desanime amiga
Que a vida não se dá
A quem quer que prossiga
Deveras desde já,
A face mais antiga
Decerto moldará
A vida onde se abriga
O quanto mudará
Meu passo em desafio
O rumo se traçando
E neste desvario
O todo desde quando
O mundo onde desfio
O caos se transformando.

546

No final vencerás
Os ermos do passado
E tento este tenaz
Caminho desenhado,
O rumo feito em paz
Há tanto desprezado
Enquanto nada traz
Sequer este legado,
Resumos de outras eras
Aonde nada vejo
E sei que destemperas
Num tempo malfazejo
Pousando em tais esperas
E nelas um lampejo.


547

Serenidade vence
Loucura e insensatez?
No fundo este non sense
Permite o que não vês
E traça o quanto adense
Cenário em turva tez
O canto não convence
Imensa estupidez.
Num árido cenário
Caminhos mais diversos
E neles sendo vário
O rumo dos meus versos
O templo imaginário
Em ritos mais perversos.

548

Não há na vida um só
Momento mais tranquilo
Voltando ao velho pó
Sozinho; em vão desfilo,
A sorte é leda mó
E neste vago estilo
Apenas trago a dó
Aonde em dor destilo,
Meu canto se aproxima
Do quanto desejei
E sei do triste clima
Tomando inteira a grei
E nada mais suprima
O todo em dura lei.

549

Mas creia na coragem
De quem se fez mais forte
Buscando nova aragem
Jamais nada conforte
E tendo esta miragem
E nela sigo o norte
Procuro uma ancoragem
E o vago traz a sorte
De quem pudesse além
E tanto se mostrara
A face num desdém
Refém desta seara
E quando se fez bem
A porta se travara.

550

Sabendo que ninguém
Jamais alcançaria
O mundo quando vem
E traça em novo dia
A sorte num desdém
Farta melancolia
O passo sempre tem
Ao fim esta ironia,
Gerando a cada engano
O marco mais audaz
E sei do quanto dano
A sorte sempre traz
Deixando qualquer plano
Agora para trás.


551

Pois tens nos dons do amor
A face mais inglória
Regendo sem valor
A leda e merencória
Imagem a propor
Aquém da velha história
Mostrando sem pudor
A vida sem memória
O passo noutro ocaso
A sorte se presume
No quanto em vão me atraso
Ausência de perfume
Enquanto ledo acaso,
Em morte se resume.

552

Amor que te traz sonho
E gera novo passo
Aonde eu me proponho
E aos poucos me desfaço
Ousando em tom medonho
Mergulho embora escasso
O rústico eu componho
E nada mais eu traço,
Vestindo a fantasia
E nada se traduz
No quanto poderia
Gerar em farta luz
E sei que a noite fria
Esboça a mera cruz.

553

Bem sei quanto é preciso
O passo de quem tenta
Vencer com um sorriso
A sorte virulenta
E o todo onde matizo
Deveras me atormenta
E sendo algum juízo
O quanto me apascenta
Esbarro nos meus passos
E vejo a queda à vista
No quanto em tons escassos
As horas quando avista
O marco em velhos traços
Já nada mais resista.

554

Se queres encontrar
Apenas solução
O mundo sem luar
A vida sem verão
Meus olhos no pomar,
As frutas não verão
E o canto a desnudar
A sorte em compaixão
Vestindo este cenário
Aonde pude enfim
Viver o temerário
Caminho desde o fim
No vago itinerário
O pouco mata o sim.

555

Não deixe essa esperança
Morrer num ato em tédio
E quando a vida alcança
A imensidão de um prédio
O todo em tal mudança
Não tendo outro remédio,
Ainda em aliança
Deveras dita o assédio.
Resumo cada engano
Aonde pude outrora
E quando aquém me dano
A sorte me apavora
E rasga o mesmo pano
Aonde o sonho ancora.


556

E saibas que esse amor
Pudesse desenhar
O quanto em refletor
Já pude imaginar
Traçando sem pudor
A vida a se mostrar
No todo em tal rancor
Sem canto e sem lugar,
Diversa realidade
Expressa a solidão
E sei do quanto invade
O tempo feito em vão
E assim diversidade
Dos medos, tradução.

557

Não desanime quando
O tempo se mostrasse
E nisto transformando
A sorte noutro impasse
Resume o mais nefando
Marcando o quanto trace
A vida em contrabando
E nada mais moldasse
Senão tal heresia
E nela outro cenário
Matando uma alegria
Num rito temerário
E sei do que me guia
Num vago itinerário.

558

Depende só de ti
O dia de amanhã
E o quanto presumi
Na sorte tão malsã
Vencido, estou aqui
E sei de cada afã
E nele mereci
A dor em turvo clã
Aprendo com as rugas
Das cãs sei muito bem
E quando o sonho alugas
E nada mais detém
Das velhas sanguessugas
Não quero ser refém.


559

Querida, sou helianto
E nada mais pudera
Vencer o mero encanto
E sei da longa espera
Vagando em cada canto
Proponho a primavera
E quanto mais me espanto
A vida trama a fera
Risonho camarada
Dos tempos mais felizes
Agora em quase nada
Deveras me desdizes
E sei desta lufada
Em torpes cicatrizes.

560

Buscando por teu lume
Aonde nada vejo
Meu passo não mais rume
Além deste azulejo
Marcando o quanto assume
E sinto que dardejo
Enquanto o medo aprume
E trace o malfazejo
Cenário aonde eu possa
Trazer felicidade
A sorte nunca é nossa
E quando enfim se evade
A porta dita a fossa
E trama a velha grade.


561

Será que essa menina
Não vendo a minha dor
Transforma e me alucina
Aonde em tal calor
O passo determina
O fim em tal rancor
Matando o quanto mina
Da sorte sem valor,
Expresso em verso e canto
O todo quando busco
Cerzindo em desencanto
Um mundo bem mais brusco
E sei que sou matuto
E nada além escuto.

562

De tudo que pensei
Há tanto imaginado
Eu vejo a mesma grei
No passo lapidado
E quando me espelhei
Nas tramas do pecado
Em vão eu mergulhei
No canto aonde enfado,
E vejo plenamente
O tudo noutro rumo
E sei do quanto mente
A vida onde eu resumo
O passo de um demente
Atroz e ledo fumo.


563

Sabendo que o que resta
Já nada mais traria
Sequer e menor fresta
Gerando a fantasia
E nesta dor se empresta
A sorte em agonia,
Vencendo a mera festa
E nela a hipocrisia,
Espero num momento
O quanto pude ver
E quando me alimento
Desfraldo o amanhecer
Gestando em ledo alento
A morte a se antever.


564

Acordo todo dia
Embora nada veja
Do tanto que podia
A sorte benfazeja
Matando em ironia
O quanto em vão se almeja
E o nada se traria
E o fim já se preveja,
Ousando um pouco mais
Do quanto quis e veio,
Apenas vendavais
Traduzem tal receio
E o mundo em desiguais
Caminhos, devaneio.

565

Mas sonho com amor
Embora nada visse
Caminho em furta cor
E traz velha mesmice
No quanto sem rancor
O todo se previsse
Gerando este valor
E nele tal tolice
Reparo muito bem
Na queda após o tanto
Mergulho quando vem
O ledo desencanto
Restauro o que convém
E enfim, nada garanto.

566

Nas noites que sem medo,
A vida não soubera
Do quanto me concedo
E vejo tal quimera
Aonde num degredo
O rumo desespera
E o todo em vago enredo
Apenas se tempera
Na fúria deste caos
Em ledos caminhares
Momentos duros, maus
Rendendo aos vãos altares
E nestes tais degraus
Meu mundo, mal notares.


567

Nas horas mais vadias,
Nas tramas envolventes
Enquanto não querias
As horas não desmentes
E marcas noutros dias
Os tantos em dolentes
Caminhos, melodias
Aonde as quis mais quentes
E sei do passo em vão
E nada se transforma
Na mesma direção
O rumo dita a forma
E os dias que virão
Apenas, leda norma.


568

Sem rumo, te pergunto,
E sei que sem resposta
O quanto quis mais junto
Agora em vã proposta
Traçando o mesmo assunto
E toda a sorte aposta
No fim enquanto ajunto
O todo já desgosta
E sei do descaminho
Também do despreparo
E sendo tão sozinho,
Meu mundo tanto amaro,
Traduz o morto ninho
E o caos eu escancaro.

569

Não vejo mais no olhar
A sorte desejada
Tampouco a se mostrar
A vida iluminada
Aonde algum luar
Dissesse o mesmo nada
Vagando sem cansar
Marcando a leda estrada
Ousando em tom diverso
Do quanto mais sonhasse
A vida noutro verso
Mostrando a mesma face
E traz neste universo
Apenas novo impasse.


570

Não sinto tua pele
E nada mais se vendo
Apenas me compele
A sorte em tal remendo
Ousando enquanto apele
E traz por dividendo
O quanto me repele
E morro em ledo adendo,
Já nada mais trouxera
Quem vive sem alento
E sei da mesma fera
E nela ainda tento
Vencer esta quimera
Entregue ao forte vento.


571

Te quero, não vou mais
Lutar contra a vontade
Que vence os vendavais
E vaga enquanto invade
E o todo rompe a grade
Mostrando em desiguais
Caminhos da verdade
Em dias triunfais,
Invisto cada sonho
E nisto vou inteiro
O canto que proponho
Risonho e derradeiro
Gerando o que proponho
Em paz neste canteiro.

572


Amor se não quiser,
O todo não trouxera
A sorte sem qualquer
Desenho destempera
E sei do quanto quer
Quem vive esta nova era
E traço o que eu puder
E nada mais se espera
No espólio deste fato
Ainda bem tentara
Moldar cada retrato
Na sorte bem mais clara
E quando em vão constato
O tempo desprepara.

573

Não posso mais viver
Apenas da ilusão
E passo a sempre crer
Nos dias que virão
Traçando ao bel prazer
As ânsias de um verão
E nela pude ver
Diversa direção
Ousando noutro rumo
E quando enfim, o invado
O todo em ledo fumo
Aos poucos já degrado
E assim eu me acostumo
À dor doce legado.


574

A fila, companheira,
Traçada desde quando
A sorte não se queira
No todo se moldando
A vida traz rasteira
Na força me entranhando
E quando o nada beira
O passo em contrabando,
Ousasse um pouco mais
E vendo este cenário
Aonde em temporais
O canto imaginário
Traduz o quanto trais
Meu sonho, um velho otário.

575

Por tanto amor que tive
E nada veio em troca
O rumo onde se vive
A sorte se desloca
E muda o quanto prive
Do manto onde se toca
O canto sobrevive
No passo onde se invoca
A fúria desdenhosa
Nas ânsias mais fugazes
E mata a leda rosa
Enquanto me desfazes
A estrela majestosa
Apenas, tristes fases.


576

Vivendo uma emoção
Aonde nada vira
As horas que virão
Trarão leda mentira
E o passo em precisão
Ao nada ora se atira
E a Terra, indecisão,
Deveras teima e gira.
O mundo se pudesse
Traçar novo momento
E neste cada prece
Enquanto eu me atormento
E o nada mais se tece
Senão tal desalento.


577

Recebo teu carinho
E embora busque mais
Meu canto mais daninho
Expondo aos vendavais
E neles cada espinho
Traduz velhos cristais
E nada mais alinho
Ousando até demais.
Resulto deste enfado
E tento a claridade
E quando em vão degrado
A sorte enfim se evade
E o tempo desejado
Recende à tempestade.


578


Com sensação de paz,
Pudesse ver além
Do quanto nada traz
Ou mesmo não convém
Ousando ser audaz
E sei do manso bem
E quando satisfaz
Aos poucos sempre vem,
Marcando em tom diverso
O fato mais sombrio
E vejo em cada verso
O quanto sou vazio
E busco outro perverso
Cenário onde eu me fio.

579

E trago, nos meus versos,
Além deste momento
Os vários universos
Aonde eu me alimento
Em passos tão diversos
E sei deste lamento
Nos rumos mais dispersos
Aos poucos me contento
E sei do vago rumo
Aonde nada houvera
Sequer o que consumo
Matando a primavera
E neste ledo, esfumo,
Morrendo em vaga esfera.


580

De quem viveu, por certo
O tempo mais audaz
O mundo ora deserto
E nada mais se faz,
Podendo sempre aberto
Caminho onde quis paz,
E sei do quanto alerto
O rito mais tenaz,
Ousando a cada passo
O pouco que inda trago
A vida; se a desfaço
No tanto ledo estrago
Mergulho em farto espaço
E busco em vão; o afago


581

Na busca desta incrível
E tola liberdade
O mundo noutro nível
Aos poucos se degrade
Querendo ser sensível
O nada ainda agrade
Enquanto a luz visível
Traduz a leda grade,
E o passo sem destino
Reinando sobre tudo
E quando o determino,
Deveras eu me iludo
E sei desde menino
Do canto alheio, e mudo.

582

Eu quero teu amor
Embora saiba bem
Da imagem sem pudor
Enquanto o todo vem
Testando em tal calor
O quanto sou refém
Da vida em tanta dor
E vivo este desdém,
Resumo o meu caminho
No corte da esperança
E sei quanto é daninho
O passo onde se alcança
Apenas cada espinho
Em torpe confiança;

583

Vivendo sem ter medo
Apenas num momento
Aonde em vão concedo
O todo em desalento,
E sei que desde cedo
Enfrento a fúria em vento
E sei do desenredo
E nisto me atormento,
Vencido caminheiro
Dos ermos mais profundos
Trazendo este canteiro
Em tantos velhos mundos
Esbarro; derradeiro
Em sonhos moribundos.

584

Cobrindo essa saudade,
O tanto quanto quis
Aos poucos tanto evade
E muda este matiz
E sempre desagrade
E apenas me desfiz
Gestando a liberdade
E nada mais eu fiz,
Cerzindo do vazio
O passo mais audaz
E quando desafio
Encontro a leda paz,
Vivendo por um fio
A sorte nada traz.

585

Eu quero essa alegria
Embora saiba bem
Do quanto poderia
Se nada me convém
A noite amarga e fria
Deveras quando vem
Promessa de outro dia
Em duro e vão desdém,
Expresso com saudades
Os tempos doravante
E tanto me degrades
Enquanto se adiante
A sorte além das grades
Num passo deslumbrante.

586

Nestas trevas noturnas,
As horas doloridas
E sei que são soturnas
As tramas destas vidas
E quando além te enfurnas
As mãos já presumidas
Os sonhos matam urnas
Nas sombras resumidas.
Espalho o verso em vão
E sei da face escusa
Dos dias que virão
Na luta mais confusa
E busco novo chão
Enquanto em vão me acusa.


587

Aos poucos com carinho
Pudesse transformar
Meu mundo em manso ninho
A sorte em tal pomar,
E quando em vão me alinho
Já pude reservar
O todo em ledo vinho
E o nada a modular,
Expresso o recomeço
E sei que nada resta
Do passo em grã tropeço
A sorte mais funesta
E traz como adereço
A vida morta em festa.

588

Mudando sua face
A vida nada traz
E quando se mostrasse
Vencida em tom mordaz
A luta se travasse
E tudo se desfaz
Gerando o quanto trace
O rumo em tom audaz,
Resumos de outras eras
E nelas me entranhando
Cerzindo o quanto esperas
No canto se formando
E sei das vãs quimeras
Num tempo mais infando.

589

Dessas névoas, coberta,
A vida não permite
Enquanto não desperta
Sequer algum limite,
E logo já deserta
O todo e se acredite
Na porta sempre aberta
E o tanto necessite
Do passo sem destino
Do manto mais cruel
E sei que determino
Meu rumo em ledo véu
E sinto em desatino
A vida em seu papel.

590

Vagando solitária
A estrela que me guia
Um tanto temerária
Deveras não traria
Sequer a luminária
Na vida amarga e fria
Ousando esta corsária
Em tal melancolia.
Gestando cada passo
Aonde nada pude
O mundo em raro espaço
Matando a juventude
Do quanto ainda traço
E tanto agora ilude.

591

Rainha maviosa
A dona do pedaço
Enquanto se antegoza
De um dia mais escasso
Trouxesse majestosa
A sorte noutro traço
E quanto mais se glosa
A vida diz cansaço,
Resumo cada engodo
Num canto desenhado
E sei do imenso lodo
Do tombo charqueado
E quando invado o lodo
Aos poucos me degrado.

592
Em seus braços futuro
Já nada mais trouxera
A vida, eu asseguro
Apenas é quimera
E sei do quarto escuro
Porão em que pudera
Vencer além do muro
O todo onde se espera
Vendido em cada sonho
Apenas não teria
O tanto onde componho
A sorte em agonia
E vejo este medonho
Cenário em noite fria.

593


Eu amo cada instante
Aonde poderia
Viver o que garante
A imagem mais sombria
E sei que doravante
O todo perderia
Quem sabe e se adiante
Matando a poesia,
Vencido pelo ocaso
O mundo não se vendo,
O quanto em mero atraso
Renega o mero adendo
E sei que em pleno acaso
Meu manto se esquecendo.

594

Em brancas, alvas luzes,
As sortes; poderias
E nada onde produzes
Além dos velhos dias
E quanto me conduzes
Toando em heresias
As sortes tramam cruzes
E matam fantasias.
Gerando cada passo
E nele não verás
O quanto em descompasso
Perdera até a paz,
E o todo se desfaço
Já nada mesmo traz.


595


O bom de todo amor
É ter na liberdade
O sonho refletor
E o quanto sempre agrade
Vencendo este rancor
A sorte se degrade
E gera sem pudor
A tola liberdade,
Vagando sem destino
O passo se transmite
E nada determino
Aquém deste limite
E nele se alucino
Em vão não se acredite.


596

Nas horas mais tardias,
As sortes sonegadas
E sei das heresias
Há tanto desenhadas,
Marcando em noites frias
Ou mesmo em vãs estradas
As sortes que trarias
Diversas, desoladas,
Esbarram neste caos
E sinto degradante
A sorte em turvas naus
Um mero navegante
Ascende aos teus degraus
E cai a cada instante.


597

Beleza que me encanta,
A sorte não pudesse
E nada mais se é tanta
A vida em leda prece
E o quanto se levanta
Deveras já padece
O passo se garanta
E nada mais se esquece,
Ousando em ledo traço
O rumo se aproxima
Do quanto em vão cansaço
A sorte dita o clima
E assim tudo desfaço.


598

Deitada em minha cama,
A deusa mais atroz
Presume enquanto chama
Marcando em dura voz
O todo gera o drama
E traça novo algoz
O quanto não se clama
Expressa em leda foz
O rústico cenário
Aonde enfim pudera
Vencer o temerário
Caminho em tola espera
Em vago itinerário
A morte destempera.

599

Em nossa noite, a lua
O canto mais agudo
A sorte se flutua
E neste vão me iludo
E sei da própria rua
E quando eu não ajudo
A porta continua
Matando o que transmudo
Gerando o caos enquanto
O passo não se visse
O dia em que quebranto
Transcorre em tal tolice
E disto eu me garanto
O todo se desdisse.

600

E trama no luar,
Um dia mais gentil
E sei que ao me tocar
O todo não se viu

Ousando navegar
Embora siga vil
O mundo a desenhar
Diverso o quis gentil,

E o passo discordante
Marcando em temporal
O quanto me adiante

E gere em ritual
E nada me garante
Senão enfado e cal.


601


Trazendo nosso amor,
Aonde se mostrasse
Além do redentor
Caminho sem impasse
A vida em vão calor
E nisto sempre trace
O passo em tal valor
E nada mais tocasse
Formando opiniões
Diversas das que vejo
Adentro estes porões
Amargos do desejo
E sei do quanto expões
E em vão mais nada almejo.


602
Nos rastros deste lume
A vida se traria
E quanto me acostume
Sabendo da sombria
Vacância aonde rume
A leda poesia
Morrendo em vão costume
Matando quem queria
Ousar noutro momento
Vencendo os meus enganos
O quanto em desalento
Provoca novos danos,
E sei que me atormento
Em rudes, toscos planos.

603

Esperanço-me de ter
Depois da tempestade
Algum mero prazer
Ou mesmo a claridade
O quanto pude ver
E nesta leda grade
O quanto a se rever
Matando a liberdade,
Ousando num segundo
Enquanto nada fiz
O todo mais profundo
Gerando este matiz
E nisto quando inundo
Traduzo a cicatriz.

604

Escapando por fim,
Dos erros costumeiros
O quanto existe em mim
Traduza tais canteiros
E neles de onde eu vim
Em sonhos derradeiros
Marcando este estopim
Em ritos verdadeiros
Gerasse noutro fato
O canto em harmonia
E quando me retrato
Na leda hipocrisia
Aos poucos sigo ingrato
Ao quanto mais queria.


605

Ao sentir essa voz
Clamando em liberdade
Ousando sempre após
O quanto não agrade
Marcando a leda foz
Rompendo a forte grade
O coração feroz
Em nada se degrade,
Sepulto o sentimento
E bebo este vazio
Momento onde me alento
E busco o desafio
Destarte o meu provento
Em vão tento e desfio.

606

Mirando teu olhar,
Já nada mais pudera
Além do caminhar
Enfrento a torpe fera
Marcando este lugar
Aonde se tempera
A vida num vagar
E tanto se quisera
Pousando mansamente
Num sonho mais audaz,
O quanto se apresente,
No fundo tanto faz
Só sei deste demente
Cenário em tom mordaz.

607

Eu quero nos meus versos
Falar da sensação
De dias mais dispersos
Ou nada me trarão
Sequer sonhos perversos
Ou medo, ou emoção
E sei dos mais diversos
Desenhos da ilusão,
Restando cada passo
Aonde pude ver
E neste vão compasso
Matando algum prazer
O todo sendo escasso,
Vazios; recolher.

608


Furtivos, meus desejos
E nada mais pedisse
Enquanto em tais lampejos
Desenho esta mesmice
E sei dos azulejos
Marcando enquanto visse
O tom destes andejos
Caminhos da tolice,
Vestindo a sorte inglória
O rumo se desdenha
E sei da merencória
Vontade em leda senha
E toda a minha história
Talvez não me convenha.

609

Colhendo, nestes céus,
As cores do infinito
Enfronho longos véus
E sei quando acredito
Na sorte em fogaréus
Marcando este bendito
Cenário aonde ilhéus
Presumem cada rito
Esboço um verso em sonho
E nada mais traria
Sequer o mais medonho
Caminho da agonia
E neste caos me imponho,
Toando em fantasia.

610

Vencendo toda forma
Do passo aonde pude
Tocar o que transforma
Em leda juventude,
Marcando como norma
O passo em atitude
Diversa da reforma
Aonde tudo ilude,
Vestindo a minha túnica
Palavra se recorda
A vida ao ser, pois única
Tramada em curta corda
Traduz o quanto eu quis
Na imensa cicatriz.

611


Amor; não quero o medo
Nem mesmo a queda quando
O tempo onde procedo
Traduz o ledo bando
E tento e me concedo
No passo transformando
O dia noutro enredo
E o sonho em contrabando,
Audácia não permite
O canto enquanto o vejo
E tendo este palpite
Tramando algum ensejo
O passo delimite
O caos neste azulejo.

612

Nem quero o gosto amargo
Que tanto poderia
Traçar enquanto alargo
O todo noutro dia
E o passo aonde largo
A vida em ironia,
A cada novo embargo
A mesma hipocrisia,
Vestindo esta vontade
Veiculando a sorte
No quanto se degrade
O todo não comporte
Ou mesmo a liberdade
Expressa um novo norte.


613

As contas com a dor,
Os erros costumeiros
O passo em tal andor
A sorte em vãos canteiros
Os olhos num louvor
Amores verdadeiros
E neles a compor
Os ermos derradeiros,
Viceja esta esperança
E nada mais traria
Aonde a sorte avança
E trama a hipocrisia
Vendendo a confiança
Na espúria sacristia.

614

Manhãs inesquecíveis
Envoltas em balaços
E os olhos noutros níveis
Momentos duros, lassos
E sei dos mais incríveis
Anseios quase escassos
E nestes tão audíveis
Cenários em cansaços,
Esgoto o meu caminho
Na turva noite vã,
E quando ali me alinho
Procuro na manhã
Quem sabe algum carinho
Em sorte tão malsã.

615


Agora nossa aurora
Há tanto desfilava
O todo se apavora
E gera apenas lava
O quanto se demora
E nisto a sorte escrava
Deveras revigora
E o tanto agora trava,
Esqueço o dia a dia
E vejo a claridade
Aonde não queria
Sequer a liberdade,
Temendo o que viria
O passo se degrade.


616

Mas ventos de promessas
Não dizem do futuro
E quando recomeças
Os erros asseguro,
Marcando não confessas
O tempo mais escuro
E sei quando tropeças
Num ermo audaz e duro,
Duelo com a sorte
E vendo o fim de tudo
Apenas não comporte
O quando desiludo
Matando em pleno corte
Persisto quiete e mudo.

617


A noite que dormimos,
Nos ermos da esperança
Ousando nestes limos
Aonde a vida alcança
Deveras se sorrimos
O todo não se avança
E sei do quanto vimos
Somente em tal mudança
Resumos de outras eras
E nelas se percebe
O quanto destemperas
Tentando noutra sebe
Vencer as mesmas feras
Que o passo se percebe.


618

Aos poucos, os calados
Anseios do que eu possa
Trazer como legados
A vida nunca nossa
E os dias demarcados
Gerando o que destroça
Os dias demarcados
E nisto tudo empossa
A sorte mais venal
O tempo se anuncia
O canto desigual
A luta; hipocrisia
E o rumo em funeral
Apenas se traria.


619

No toque que senti
Da pele sobre a pele
O quanto vive em ti
Ao todo me compele
E sei que mereci
Ainda que se atrele
O passo eu percebi
E nada me atropele
Ousando num momento
Diversa liberdade
O canto onde fomento
Presume a realidade
E o passo em alimento
Deveras se degrade.


620

Amando sob as tramas
Da lua imensa e clara
No quanto sempre clamas
A sorte se declara
Ousando velhos dramas
A sorte não prepara
Sequer vicejam ramas
Aonde a corte é rara,
Não pude acreditar
Nem mesmo mais queria
E vendo este teimar
Da sorte em agonia
Enfrento o imenso mar
E nele a hipocrisia.


621


Embora tu me escondas
As horas mais sombrias
Deveras tantas ondas
Nos mares, agonias
E logo correspondas
Em noites tão vazias
Eu vejo que respondas
Às tantas heresias.
Marcando com consonância
O tempo que virá
O quanto em elegância
A vida mostrará
Vertendo em discrepância
E sempre, e desde já.

622

Amor quando em amor
Reflete este cenário
E nele sem pudor
O tempo necessário
Vagando flor em flor
Um colibri, corsário
Dos sonhos; refletor
Num tosco itinerário
Ousando muito além
Do quanto poderia
Quem sabe e sempre vem
Galgando esta ironia
E sinto quando alguém
Transcende à fantasia.

623

Não deixa que isso ocorra,
Nem mesmo quando trace
A vida não socorra
Quem tanto se desgrace
E nesta vã gangorra
Mostrando a nova face
Aonde em vão se escorra
O quanto se negasse.
Ousando muito aquém
Do passo incauto e duro,
O todo quando vem
No fim, nada asseguro
Somente este desdém
Num ato audaz e puro.


624

Mas sei o quanto quero
E nada mais pudera
Vencer o tempo fero
E crer na primavera,
Mas logo sou sincero
E sei do quanto espera
Quem vive o que tempero
A cada instante ou era.
Expresso a realidade
E nada mais pudesse
Vencer enquanto evade
O passo onde se tece,
Vagando em liberdade
Ao nada se obedece.

625

Mas sei que te desejo
E nada mais pedisse
Senão num novo ensejo
Embora em tal mesmice
O risco do azulejo
O passo aonde eu visse
O manso de um lampejo
E traz mera tolice
Visivelmente alheio
Ao todo mais atroz
Procuro num receio
Manter a minha voz,
E sei do quanto veio
Num canto amargo em nós.


926

Entranhas tua vida
As horas mais audazes
E sei da despedida
Enquanto o nada trazes
Marcando a dor urdida
Apenas por tenazes
E sei que sem guarida
A morte dita fases.
Resumos de outro sonho
Aonde quis bem mais
E quando me proponho
Enfrento os vendavais
E neste céu medonho
Só vejo os meus finais.

627

Embora eu, meramente
Não possa te dizer
Do quanto se pressente
E dita algum prazer
Um ser tão envolvente
Aonde pude ver
O corte mais presente
No todo a se conter
Já nada pude quando
A vida se mostrara
O tempo transformando
Gerando em noite clara
O mundo mais infando
E o nada se prepara.

628

Espero; uma ousadia
De quem tanto se fez
Na luz de um novo dia
Em mera insensatez
Ousando em alegria
O quanto nada crês
E vejo a hipocrisia
Marcando cada tez,
Espero noutro anseio
O todo se denote
E vejo sem receio
O mero e ledo bote
Espreito em tom alheio
E traço o que se note.

629

Que venhas desfrutar
Do todo num alento
E sei do caminhar
E mesmo quando tento
Vencer o meu sonhar
O passo eu não contento
E vejo a navegar
Lutando contra o vento,
Marcando em tom sombrio
O quanto pude crer
No sonho em desvario
Na força do prazer
E aqui, verso, eu desfio
Tramando o bem querer.


630


Mais forte do que pensas,
As horas não se dão
Em ondas tão imensas
Diversa solução
Em noites mais intensas
Matando este verão,
E nisto as recompensas
Gestando a ingratidão.
Resumo após resumo
O todo se perdendo
Na vida, o ledo sumo
Anseia o dividendo
E quanto além me esfumo
Sou mero e vão remendo.

631


É feita deste amor,
Uma aliança aonde
O todo em refletor
Ao quanto corresponde
E nada sem valor
Ao mero cais responde
E vejo o redentor
Caminho onde se esconde
A face mais venal
E tanto tão atroz
Vestida em sempre igual
Anseio mais feroz
Resumo virtual
Matando tudo em nós.

632

Não quero ser somente
Quem nada produzira
A vida tolamente
Expressa tal mentira
E nisto este envolvente
Caminho se retira
Marcando enquanto alente
A sorte em leda pira.
Resumos de promessas
Diversas das que tenho
E sei quando tropeças
Num ledo desempenho
E a vida em tantas peças
Decerto em paz me embrenho.


633

Preciso desfrutar
Do passo mais audaz
E nada a me tocar
Enquanto busco a paz,
Resgato este luar
E sei que tanto faz
Pudesse me encontrar
Num dia mais tenaz.
Resplandecente mente
A vida em contraluz
O quanto se apresente
Gerando a dor e o pus
No todo que envolvente,
Ao nada me conduz.


634

Quem dera ser criança
E crer no fim da tarde
No passo onde se avança
E nada mais aguarde
O mundo em esperança
Já sabe e se resguarde
Da luta em confiança
E o canto se retarde,
Vestindo esta ilusão
Meu sonho nada diz
E sei dos que virão
Em mero tom mais gris
A sorte, imprevisão,
O tempo por um triz.

635

Brincar em seus jardins,
Jogando pelos cantos
Os dias, ledos fins
E sei dos desencantos
Trazido por chupins
Deixando meros prantos
São tantos os cupins
E os ermos, duros mantos
Vislumbro a realidade
E nada mais teria
O quanto ainda brade
Marcando em heresia
O todo se degrade
E mate a poesia.

636

Correndo pela casa
O nada mais se traz
E o quanto agora atrasa
Presume o mundo em paz,
E nada mais embasa
O passo que se faz
Ousando enquanto abrasa
Em fúria Satanás.
Respondo aos meus pecados
E sei do que mais pude,
Vivendo extasiados
Caminhos onde é rude
Meu canto sempre em lados
Diversos; desilude.


637

Meus dias mais felizes,
E os cantos anuncias
Marcando com deslizes
As horas ledas, frias
E sei das cicatrizes
Aonde poderias
Trazer o que não dizes
E tramas fantasias,
Vencido caminheiro
Do passo em turbulência
Gerando este canteiro
Ainda em penitência
Matando onde me esgueiro
Em mera coincidência.

638

Da fruta que roubava
O tempo em meu pomar
A sorte dita a lava
E posso imaginar
O rumo diz da trava
O canto a se mostrar
Na sorte velha escrava
Matando devagar,
E resolutamente
Um passo não traria
Sequer o quanto mente
Ou gera em ousadia
A vida impertinente
Marcando o dia a dia.


639

Da roupa que quaraste
No tom mais reticente
O tempo diz desgaste
E a sorte não se sente
Matando em tal contraste
O passo de um demente
E neste velho traste
O quanto se acrescente,
Ousando passos tento
Vencer o que não veio,
E sei do ser atento
E nada mais anseio
Vagando em desalento
E sigo em devaneio.


640

De cores, minha vida,
Já não mais comportasse
O quanto sem guarida
Levasse ao ledo impasse,
Traçando a despedida
Enquanto o rumo grasse
Vagando em voz urdida
O nada noutra face,
Meu carma, velho enfado
O rumo se perdendo
O passo lapidado
A vida em vão remendo,
O dia desejado,
O medo me provendo.


641

Ó Prenda desejada,
Calor em noite intensa
E quando o sonho invada
Ousando no que pensa
Uma alma iluminada
Do todo me convença
Usando a destinada
E rara recompensa,
Vacante coração
Aprende a cada sonho
Em dias que virão
Cenário mais risonho
Moldando esta emoção
Enquanto a paz; proponho.

642

Carinho que tu trazes
Em noites mais diversas
E quanto mais audazes
Histórias onde versas
E nestas várias fazes
Por vezes tão adversas
Ousando em novas fases
Até quando dispersas,
Esbarro nos enganos
E sei da majestade
Aonde em soberanos
Caminhos; já degrade
Envolta em velhos planos
A doce liberdade.


643


O sonho mais airoso
Pudesse desenhar
E sei que cada gozo
Nos faz imaginar
No todo majestoso
Cenário além do mar
E nele o caprichoso
Caminho a se traçar
Vencendo a solidão
Os ermos de minha alma
Nos dias que virão
O medo além do trauma
Traçando a direção,
Aonde o sonho acalma.


644

Na boca tão carnuda
Desejos desenhei
E o sonho em rara ajuda
Decerto toma a grei
E nada mais acuda
Quem tanto eu desejei
Ousando nos iluda
A sorte enquanto entrei,
Cerzindo um passo além
Do quanto mais pudera
A vida quando vem
Decerto destempera
E traça noutro bem
O todo em vã quimera.

645


No gosto mais audaz
De quem se fez presente
O todo se apresente
E nisto a vida traz
Momento mais mordaz
Gerando um descontente
Caminho onde se faz
O rumo imprevidente,
Marcando com a sorte
O quanto poderia
E nada mais conforte
Aquele em tez sombria
Usando em vão transporte
A leda fantasia.

646

Vivendo todo amor
Quanto pudera crer
No todo em tal valor,
Diverso amanhecer
E sei do vão calor
E nada mais tecer
Senão cada rancor
Gerando o desprazer,
Espero após o passo
Apenas queda em luto
E quando a sorte eu traço
Deveras não reluto
E sei do ledo espaço
Ou canto amargo e bruto.


647


Num sentimento manso,
A vida se prepara
E logo quando alcanço
A sorte bem mais rara
O quadro sem descanso
Desdenha em tal seara
O quanto em ledo ranço
Aos poucos desprepara
Usando da amizade
Ou mesmo da alegria
O todo se degrade
E invade um novo dia,
Ousando em tempestade
A dita amarga e fria.

648

Te quero sem temer
As ondas que virão
Traçando algum prazer
Ou mesmo a solidão,
Escasso bem querer
Negando a precisão
Do passo aonde ver
Intensa solução
Resumo em ledo encanto
O quanto pude outrora
E nada aonde tanto
Caminho ainda aflora
Mudando enquanto eu canto
E a vida nos devora.


649


Meus versos te buscando
Após a tempestade
E o tempo desde quando
Aos poucos se degrade
E nada mais ousando
Sequer a liberdade
O mundo se traçando
Em leda tempestade
Ousasse noutro passo
Vertiginosamente
O quanto do cansaço
Trazendo mais presente
O tempo onde refaço
O quanto se apresente.

650

Corcéis que cavalgaste
Além deste infinito
O tempo gera o traste
E nada mais permito
Sequer o que levaste
E nisto um novo rito
Ousando num contraste
E tanto eu acredito
Marcando com a voz
O quanto poderia
E nada mais atroz
Que a luz de um novo dia
E nisto cada foz
Expressa esta agonia.


651


Do céu que se azuleja em poesia
A sorte desenhada além do quanto
Pudesse desvendar e se me espanto
A vida noutra face eu não veria,
Marcando com ardume o dia a dia
Ainda na verdade eu não garanto
Sequer o que pudesse num encanto
Mergulho em tons diversos, utopia.
Gestando cada passo aonde eu pude
Vestir a solidão, numa atitude
Diversa da que tanto presumisse
E ao todo sobra pouco ou quase nada,
A lida noutra face desejada
Repete a mesma cena; atroz mesmice.

652

Vibrando em cada nota, tudo encampa,
O tempo não pudesse mais cerzir
O quanto na verdade ao resumir
Ousasse num momento em nova rampa,
E o todo se perdendo enquanto acampa
Nesta alma outro momento sem porvir
Tentando desvendar um elixir
A vida noutro rumo, velha tampa.
Escolho cada passo e vejo bem
Apenas o que tenho e o quanto vem
Detendo o velho sonho imaculado,
E os erros se repetem, são constantes
E quando novos dias não garantes
Eu vejo o meu caminho, desolado.

653


Viajo num momento até o Norte
E tento noutro rumo, nova sina
O quanto se desenha e determina
Traduz o que deveras não comporte
Meu mundo se pensasse em novo corte
A vida não traduz e se alucina
Marcando em ironia, já fascina
Quem tanto desejara além da sorte
E sedimenta o fato mais cruel
Girando dentro da alma o carrossel
E nele se embrenhando a solidão,
Esbarro nos meus erros e sei bem
A morte num instante me detém
E dias novos; sinto: não virão.


654

Procuro minha prenda em alegria,
Mas nada que se atenda ao meu chamado
O passo noutro quando invado
Traduz o quanto quero e não teria,
Mergulho o meu passado na sombria
Vontade de viver e sou jogado
Na praia mais atroz, e cada enfado
Apenas do vazio me cobria,
Visito em pensamento a liberdade
E sei da solidão que agora invade
Matando cada sonho em nascedouro,
Depois deste momento em dor e tédio
Somente o desafio em ledo assédio
Transforma o meu caminho, ancoradouro.


655

Almíscar: meus desejos, teu perfume;
E sinto esta delícia nos tocando
E sei do quanto possa e me acostume
O mundo noutro tanto se formando,
Ainda que meu passo não se aprume
A vida me levando em contrabando
O todo quando invade em vago ardume
E o passo se mostrasse mais nefando,
Mergulho neste infausto: fantasia
E o corte se aprofunda dentro em mim,
Vivendo o que deveras não queria
O canto se transforma e sei do fim
Aonde na verdade nada havia
Senão a mesma ausência de onde eu vim.


656

Penetrando as narinas, me conquista
O aroma delicado de quem ama
A sorte muito além da mera chama
Deveras com firmeza tão benquista
E nada do que possa ainda insista
Usando para tal diversa trama
E neste desenhar o quanto clama
Programa a solidão, nada despista
E o manto se transforma em negra face
Aquém do que decerto eu concebia
E noutro caminhar nada mostrasse
Sequer esta verdade mais esguia
E nada quanto o pouco se traçasse
Matando o quanto resta em fantasia.


657

E não há, na verdade, quem prossiga
Em meio aos vendavais tão costumeiros
Os olhos destes velhos timoneiros
A sorte se traduz atroz e antiga
Ainda que outro rumo se consiga
Os dias são deveras derradeiros
E mortos os cenários altaneiros
Meu canto no vazio dita intriga
Meu verso solidário e em tom suave
Aonde a liberdade ditando a ave
Presume sem limites cada céu,
O farto desejar se faz tão bem
E sigo neste rumo enquanto tem
O canto em ironia, um vão papel.


658

Nem quero e nem concebo mais diversa
E turva sensação do quanto outrora
Pudera e na verdade desancora
E traz a solução, mas desconversa,
Vestindo esta emoção a sorte inversa
Mergulha num cenário onde apavora
E gera a tempestade ou desde agora
Além do quanto pude teime e versa.
Ousando cada vez que a vida traça
O rumo noutro passo, uma fumaça
Audaciosamente desenhada
E sei dos meus caminhos mais mordazes
E quando lua nova tu me trazes
Depois de certo tempo, resta o nada.

659

A vida sem teus olhos no horizonte
Marcando com terror cada atitude
E neste desenhar já nada aponte
Sequer o quanto quero e desilude
O rústico cenário em leda fonte
Ainda na verdade se transmude
Matando o que decerto ora desponte
Secando na nascente o velho açude.
Espero alguma luz e sei tão bem
Dos erros que deveras sempre vêm
Moldando a minha face em dor e medo,
Do quanto poderia e nada fiz
Apenas tão somente um aprendiz
O canto noutro rumo em vão concedo.

660

Meu caminho se perde. Não desisto,
Recolho minhas sobras pelo chão
Cenário se desenha desde então
No quanto poderia e não persisto,
E sei que se resume apenas nisto
O todo se mostrando em ilusão
E os dias mais atrozes me trarão
O passo enquanto eu penso e logo, existo;
Espero alguma luz e nada veio
Sequer a mera tocha em luminária
A vida se traçando sem receio
A morte desenhada e solitária
O canto em mais temível devaneio
A sorte se desnuda, amarga e vária.

661

Grito contido, perco-te deveras
E sei do quanto tento e nada vinha
A sorte que pensara mais mesquinha
Ainda noutro canto destemperas,
E sei dos meus anseios e quimeras
E quando a minha luta mais daninha
Somente do final já se avizinha
Marcando em discordância velhas eras.
Mergulho no passado e sei do quanto
O tempo se mostrara e se me espanto
Não posso traduzir o quanto trago
No olhar enamorado, em poesia
O todo noutro rumo mostraria
Além de meramente algum afago.

662


Mas teu olor suave, quanta vez
Tomando este cenário em primavera
A sorte se transforma e tanto gera
Bem mais do que decerto ainda vês.
E nada do caminho aonde crês
Gestasse dentro em mim esta nova era
O canto noutro engodo se tempera
E mostra a mesma face em altivez.
Restauro cada passo enquanto eu pude
Tramar noutro momento uma atitude
Diversa da que tanto me seduz,
E o pântano desta alma em ironia
Aos cântaros chovendo em agonia
Apenas novo mundo; frágil luz.

663

Denuncia teus passos, minha amada
E o foco se deslinda em tal cenário
Moldando cada engodo temerário
E teima em novo rumo, ou mesmo em nada,
Trazendo dentro da alma esta alvorada
Eu posso me mostrar mais solitário
E sei do quanto traça em dia vário
A sorte noutro tempo depredada.
Escandalosamente a vida emite
O sonho onde deveras não pudesse
Traçar outro caminho em rude prece,
E ter no olhar o sonho em tal limite,
Versejo com olhar nesta esperança
E vejo muito bem o quanto pude
Tramando outro momento bem mais rude
E neste desenhar o passo avança;


664

Não perderei jamais a tua fonte
Marcando com terror e hipocrisia
O quanto na verdade me traria
A sorte num caminho onde desponte
O tanto quanto quero e desaponte
Matando com terror o dia a dia
E nesta solidão, não mais veria
O corte noutro passo onde se conte
O rumo mais audaz e ledo em vão
Traçando dias novos que virão
Ousando a tempestade invés do sonho,
Já nada mais terei além do fato
Aonde a cada passo eu me constato
Num ato mais audaz, duro ou medonho.


665

Nem quero mais sentir outra vontade
E nem pensar no rito onde se trace
A vida se mostrando em tal impasse
Enquanto o dia a dia se degrade
A sorte noutro rumo quando evade
E traz o que deveras se moldasse
Tramando com terror o passo e grasse
Ousando contra a fúria em tempestade,
Resumos de momentos mais diversos
E trago dentro da alma os velhos versos
Disperso caminheiro do futuro,
E sei o quanto pude e não viera
Marcando com ternura a vida fera
E nada além da queda eu asseguro.

666

Teu perfume causando, nesse instante,
Vontade mais audaz e mesmo rude,
E sei do quanto possa e se me ilude
O passo noutro rumo degradante,
E quando na verdade se agigante
Matando o que tentasse e nada pude,
Resolvo a mais distante juventude
E nela tão somente o sonho andante.
Vasculho dentro da alma e nada vendo,
Apenas o tormento em tal remendo
Vestindo a ingratidão e nada além
Do mundo mais audaz ou mesmo nobre
E quando a solidão toma e recobre
A sorte noutro passo sempre vem.

667

A doçura suave do carinho
O tempo mais feliz aonde eu possa
Viver além do quanto gera a troça
E neste desejar em vão me alinho
E bebo da incerteza o tão daninho
Cenário aonde o mundo dita a nossa
Vontade mais diversa e disto apossa
Somente o que pudera ser mesquinho,
Arcando com meus erros, sigo em frente
E o todo noutro caos já se apresente
Mostrando em plena luz a liberdade
E o canto se transforma enquanto pude
Viceja este momento atroz e rude
Enquanto a própria vida se degrade.

668

Presença do Senhor, glorificando
O sonho mais sutil e mesmo agora
A vida noutro passo não ancora
E teimo em plenitude desde quando
O rumo noutro passo desenhando
A poesia toca e sem demora
Ousando num instante toma e aflora
Aos poucos noutro tom alforriando
Esboço reações e tento a paz
E nada quanto mais pudesse traz
Senão a face exausta da emoção,
Destarte o caminheiro noutro rumo,
Enquanto na verdade eu me acostumo
Presumo tão somente a negação.

669

Procuro a alma das árvores na mata
Que tanto em vãs queimadas destruíste
Cenário tão atroz, deveras triste
E a sorte sem destino me arrebata
O corte da esperança nos maltrata
E deixa como pista o quanto insiste
Marcando esta ternura aonde existe
Apenas outro nada em voz ingrata
Resumos de momentos mais diversos
E vejo outros caminhos e universos
Ousando num momento em pleno caos
Meus olhos se perdendo em dura imagem
Ao menos poderia numa aragem
Traçar desta esperança alguns degraus.

670

Encontro tão somente esse momento
Aonde desejar muito mais,
A vida em suas fases terminais
Enquanto um novo passo ainda tento,
Vicejo neste instante e me atormento
Em rudes e sutis, irracionais
Desenhos entre tantos magistrais
E nada me restara onde é sedento
O mundo aonde a paz já não viesse
E o todo transbordando além da messe
E resolutamente nada vejo,
Semeio esta esperança no vazio
E bebo cada passo e desafio
O sonho onde pudesse mais andejo.


671
Quisera perceber um só segundo
Do quanto a vida traça ou simplesmente
Enquanto num instante a vida mente
Noutro caminho além eu me aprofundo
E sei do quanto verso em ledo mundo
E nada mais pudesse ou tanto ausente
Do rumo mais audaz e imprevidente
No canto aonde em lodo eu já me inundo
Abraço a solidão e tento além
O passo e sei que nada mais convém
Pousando mansamente etéreo fado,
E sigo noutro rumo e sei do farto
Delírio aonde cada passo se eu reparto
Traduzo em solidão cada recado.

672


Do duvidoso tempo que me resta
Após a tempestade costumeira
Além do quanto sei e mesmo queira
A porta se traduz em leda fresta
E sei deste caminho aonde empresta
A morte decidida enquanto esgueira
Vencendo tão somente o quanto esgueira
Marcando a fantasia em voz funesta
E sei da solidão e nada mais
Pudesse desenhar em dias tais
Conforme a claridade me tocasse
E sinto a cada curva este desenho
E quando noutro rumo ainda empenho
Oferecendo sempre esta outra face.


673

Sentidos tão banais, a vida traz
E gera a tradição e nada aquém
Do quanto na verdade sempre vem
Ainda que já fosse mais tenaz
O passo noutro engodo satisfaz
E gera tão somente este desdém
E nada que pudesse muito bem
Tramar outro caminho em leda paz
Resumo em atitudes mais diversas
As horas onde tanto queres, versas
Num ritmo delicado e mesmo atroz
No tanto quanto quis e nada houvera
A vida se prepara em vã quimera
E cala a cada instante a nossa voz.

674

Que nunca mais terei um só caminho
Depois do todo em rumo mais disperso
E tendo nos meus olhos o universo
Percebo este cenário mais daninho
Pudesse noutro tanto quando aninho
E quando em solidão deveras verso
Tentando outro momento aonde imerso
No passo tão feroz quanto mesquinho
Já não comportaria mais a sorte
E sei do quanto possa e não comporte
A vida em tal desenho, atroz e rude
Ainda quando quero um sonho além
Apenas o delírio ainda vem
E a própria persistência desilude.

675

Nas falsas esperanças
Momentos mais doridos
E quando além alcanças
Desenhos desprovidos
Das sortes em mudanças
Gerando em tais olvidos
Os ritos, temperanças
Ou passos decididos
Não posso caminhar
Nem mesmo até queria
Pousando devagar
Nas mãos desta heresia
Aonde o delirar
Já nada mais traria.


676

Viver das alegrias,
E crer noutro momento
Aonde em heresias
Aos poucos me atormento
E sei que me trarias
Talvez algum alento
E venço as agonias
Entregue ao rude vento,
Buscasse pelo menos
Alguma luz no fim,
E sei dos meus venenos
E bebo até que em mim
Tornassem mais serenos
Os ermos de onde eu vim.

677


Nas almas dessas matas
Diversa caminhada
E quando me arrebatas
A sorte diz do nada
Aponta e me maltratas
A vida em vã lufada
E sei das mais ingratas
Cenas em madrugada
Disperso cada passo
E nada pude em vão
Aonde me desfaço
Encontro a solidão
E sei do descompasso
Tocando o coração.

678


Podando o que puder
Talvez já não mereça
A sorte sem qualquer
Caminho onde se esqueça
Vagando sem sequer
Saber do que ofereça
Nas ânsias do que houver
Mergulho de cabeça
E sei do passo rude
E nada mais se espera
Do quanto se transmude
Matando a primavera
E neste passo mude
O todo desespera.

679

Na seiva que seringo,
O marco de uma vida
E nesta decidida
A história onde me vingo
Do todo e quando eu xingo
A morte resumida
Na face presumida
No caos deste domingo
E sei de tal fornalha
Aonde a vida trama
O passo onde se espalha
Além do velho drama
A vida como palha
O corte enquanto escama.


680

Viver? Quem dera! Sigo
Os rumos mais diversos
E sei dos tantos versos
E neles o perigo
Tramando e assim comigo
Ainda em universos
Diante dos dispersos
Cenários, desabrigo,
Potente solução
As horas mais audazes
E nelas se verão
Apenas o que trazes
Mostrando em sedução
Meus sonhos mais vorazes.


681

Transformar matéria
Aonde nada importa
A vida traz na porta
Além desta miséria
E vejo quanto é séria
A luz que nos transporta
Ousando enquanto corta
Tramando a vã bactéria,
Resumos de passado
Enquanto busco e brado
Tentando muito além
Do quanto inda pudera
Vislumbro a primavera
Inverno atroz, já vem.

682

Quem vem de outras demandas
Depois dos erros tais
Enquanto tu desmandas
E traças rituais
Aonde mais nefandas
As sortes desiguais
Gerassem nestas bandas
Momentos magistrais
E nada se pudera
Vencer após o tanto
Medonhamente a fera
Traduz o quanto espanto
E apenas o quem dera
Deveras eu garanto.

683

Em formas mais gentis,
Pudesse acreditar
E ter bem mais que eu quis
Talvez algum lugar
E nada por um triz
Aonde navegar
Moldando este infeliz
Cenário a se tramar,
Vencendo cada ocaso
No tanto que pudesse
A vida quando atraso
Espera a nova prece
E sei de cada acaso
Enquanto o nada tece.

684

É quase que impossível
Gerar outro momento
E sei do tal desnível
Aonde eu me contento
Vagando em perecível
Caminho enquanto eu tento
Vencer o mais incrível
E tolo, ou vão tormento,
Meu pântano adentrando
E nisto sou assim
E quando fui nefando
Tramando dentro em mim
Apenas desde quando
O rumo traz o fim.

685

Porém a mão do amor
Já não me bastaria
E sei do vão calor
Aonde a fantasia
Gerasse em tal pendor
Apenas novo dia
Traçando em tal valor
A sorte em alegria
Resumos de outros cantos
E neles nada mais
Do quanto em desencantos
Ainda tento e trais
Vagando em vis quebrantos
Mordaças abissais.

686

Moldando em podridão
O rumo mais voraz
Os tempos que virão
Trazendo o quanto faz
A vida imprevisão
Matando aonde traz
Audácia em direção
E nisto sou mordaz,
Vencido navegante
No cais bem que previsse
O tanto que adiante
Marcando esta tolice
E nada se garante
Além do que se disse.

687

Apascentando o passo
Aonde nada espero
O quanto me desfaço
Também sendo sincero
Já nada mais escasso
Que o sonho tão sincero
Vencendo cada traço
Encontro o quanto quero,
Espero num momento
O rumo mais atroz
E sei deste tormento
Enquanto busco a foz,
E nada eu acalento
Gerado em frágeis nós.

688
Do adubo mal cheiroso
Estercos da esperança
Aonde em pleno gozo
A sorte não avança
E marco em majestoso
Caminho enquanto cansa
O passo caprichoso
Gerando a temperança
Marcando com venal
Cenário enquanto busco
O todo desigual
Deveras bem mais brusco
E sei do ritual
Diverso e mais velhusco.

689


Rebentando decerto
O todo em correnteza
Meu canto se desperto
Traduz a mera presa
E a vida em traço aberto
Do todo segue ilesa
Vencendo o que deserto
E sigo em tal surpresa
Navego contra a fúria
Marés intensas, várias
E as noites nesta incúria
São tantas, temerárias
E o passo sem lamúria
Renega as luminárias.

690

Ao entranhar profundo
E vago sentimento
Aonde em paz me inundo
Pudesse mais atento
Vencer cada segundo
E neste tom o vento
Enquanto um vagabundo
E tolo sentimento
Descrevo a cada verso
E nada mais pudera
Vencer este universo
Imerso a cada espera
Gerando o mais disperso
Anseio, leda fera.


691

Amor mostra poderes
Aonde quis bem mais
E sei dos vários seres
Enquanto transformais
Momentos onde teres
Apenas desiguais
Cenários quando os veres
Pudessem magistrais
E nada se comporta
Da forma que podia
Abrindo esta comporta
Em noite atroz e fria,
A vida aquém da porta
Já nada me traria.

692

Embora tanta vez,
Ainda se traduza
O quanto mais confusa
A cena que ora vês
Ousando insensatez
E quando além abusa
A morte tão profusa
Negando esta altivez,
Resumo o verso enquanto
O passo se transforma
E nada mais garanto
Em turva e leda forma
E bebo deste encanto
Audaciosa norma.

693

Quem ama, na verdade,
Já nada mais esboça
E quanto mais degrade
A sorte sendo nossa
Gerasse em liberdade
Matando o quanto possa
Trazer em claridade
E ao fim do nada apossa,
Resumos de outros dias
E nada mais se vendo
Apenas me trarias
As dores, dividendo
De quem em fantasias
Promete além remendo.

694

Recebe, sonhador,
O passo de quem tenta
Vencendo aonde eu for
Diversa e vã tormenta
Marcando com louvor
A vida mais sangrenta
E nada a se propor
Decerto inda se inventa
E rumo para o nada
No caos aonde vejo
A sorte quando invada
Marcando cada ensejo
Na face desolada
De um morto e atroz desejo.

695

Perdoe se não sei
O quanto quis outrora
E o nada traz em lei
O passo aonde ancora
A vida que passei
Decerto desde agora
Não diz do que sonhei
Nem mesmo a paz se aflora
E gero após o caos
Os dias mais doridos,
Cerzindo em sonhos maus
Os rumos decididos
Aposto no passado,
Há tanto desprezado.

696

Às vezes eu confundo
Um dia mais alheio
E sigo neste mundo
Vagando aonde veio
Trazendo este profundo
Caminho sem receio
E sei do quanto inundo
Meu passo em tal anseio,
Depois da queda insana
A sorte não pudera
Vencer a soberana
Essência em rude fera
E o quanto a vida dana
Marcando a tola espera.

697

Procuro insanamente
Um dia mais suave
E sei do quanto mente
A vida em tal entrave,
Bebendo mansamente
O corpo busca a chave
Do quanto se apresente
E nada mais agrave,
Resumos de um passado
Aonde não pudera
Traçar no lapidado
Caminho em tola esfera
E agora quando invado
Matando a primavera…

698

Porém tantas estradas
Enquanto quis um cais
As noites, madrugadas
Ainda que fatais
Pudessem nas lufadas
Trazer em ares tais
As sortes quando bradas
Pousando onde te trais
Escuto a voz do vento
E nada se traduz
Embora tolo; invento
Um rumo em contraluz
E sei deste alimento
Em sonhos turvos, nus.

699

Errante não percebo
O passo além do traço
Amor dito placebo
Enfrenta o que desfaço
E sei quanto concebo
A vida em rumo lasso
E o passo aonde eu bebo
O canto mais escasso,
Visivelmente eu sigo
O todo mais audaz
E sei que vem comigo
O mundo aonde traz
A sorte em tal castigo
Deveras mais tenaz.


700

Que é feita muitas vezes
Da sorte mais atroz
As hordas, velhas reses
Caladas logo após
O canto em tantos meses
Pudesse crer na foz
Os sonhos dos burgueses
Cerceiam cada voz
E o farto caminhar
Negando a comunhão
Cegando algum luar
Em noites que virão
Trazendo devagar
Nefasta direção.

701

Teu rosto emoldurado
Na tela da esperança
Adentra em ledo brado
Aonde o todo alcança
Marcando o meu passado
Ousando em temperança
E quando além eu brado
O sonho em vão se lança,
Vestígios de uma espera
Enquanto pude ver
O quanto se tempera
Nas ânsias de um prazer
Trazendo nesta esfera
O todo em bem querer.

702

Em telas de desejo
Em ânsias mais diversas
O quanto ainda eu vejo
Em mares onde versas
Num ato, num lampejo
Expresso e desconversas
Um sonho em azulejo
Aos poucos tu dispersas,
E sinto a claridade
Que ainda não veria
Embora o sonho brade
Imensa fantasia,
O nada desagrade
Herdeiro da agonia.


703

Bem sei que, meu amor,
Já não mais comportara
A sorte em tal pendor
A nisto a tarde clara,
Gerando este valor
No prazo onde escancara
Matando sem rancor
A vida atroz e rara,
Gestando dentro em nós
Uma esperança alheia,
E sei que cada algoz
Enquanto nos rodeia
Calasse nossa voz
Traçando a velha teia.

704

E tento achar em ti
Apenas qualquer marca
Do quanto mereci
E a vida não abarca
Gerando o que perdi,
A sorte se faz parca
E o canto eu sinto aqui
Minha alma em ermos; arca.
Tramando a solidão
E o passo rumo ao canto
Momentos que virão,
E neles eu garanto
A leda procissão
Num sonho em desencanto.

705

Às vezes se pareço
Um tanto mais feliz
A vida, um adereço
Além do que mais quis
Produz cada tropeço
E gera a cicatriz
Do todo que mereço
A sorte é por um triz,
Refém desta incerteza
Já nada mais teria
Quem segue a correnteza
E sabe a noite fria,
Marcado como presa,
Na sombra que vivia.

706

A culpa é deste intento
Que nada sossegava
Enquanto assim enfrento
A sorte em dor e lava
O sonho segue isento,
Porém uma alma escrava
Enfrenta o forte vento
E ao fim seu passo trava,
Mergulho nos meus erros
E sei do quanto pude
Viver em tais aterros
Aonde em atitude
Os dias são desterros
Da dor que tanto ilude.

707

Que busca num caminho
Apenas solução
E sei do quanto aninho
Em tanta imprecisão
Meu dia mais mesquinho
As trevas desde então
A sorte eu adivinho
Neste ermo coração.
Sonego o passo quando
Presumo a minha sorte
E vejo em contrabando
O quanto me conforte
E sei que se marcando
Espúrio e torpe norte.

708

Saída para o mar
Mineiras esperanças
E nada a se mostrar
Enquanto em vão te cansas,
E vejo no lutar
As velhas temperanças
Matando devagar
As crenças onde lanças
Os olhos no vazio
O tempo além do nada
E quando desafio
Gerando a velha estada
No passo em desvario,
Na sorte desenhada.

709

Mas saiba o quanto espero
Do todo mais atroz
E nada mais sincero
Que ouvir a própria voz,
Gerando o sonho fero
Ou novo ou velho algoz,
E o passo eu destempero
Marcando logo após,
Entoa a liberdade
A sorte mais diversa
E o canto ora se evade
E nada se dispersa
No canto em claridade,
A vã, tosca verdade.

710

Que é mais do que desejo
Apenas um momento
Aonde num lampejo
Encontro o sofrimento
E sei deste azulejo
Toando além do vento
Marcando o quanto vejo
E mesmo até alento,
Vencido pela sorte
Diversa e mais mordaz
Sem nada que comporte
O quanto a vida traz
Gerando a cada corte
A queda mais tenaz.

711

Rompendo estas barreiras.
A vida não pudera
Gerar conforme queiras
A sorte dita fera
E as noites derradeiras
E nelas se tempera
Aquém de tais barreiras
A morte degenera,
Vencido caminhante
Do passo além do tudo,
E quando se agigante
O corte enquanto iludo
A vida doravante
Pudesse em tom agudo.

712

Deitar-me nos teus braços;
E crer noutro cenário
Aonde os dias lassos
Demonstrem o contrário
E vejo apenas traços
Do rito imaginário
Marcando os velhos passos
Em busca deste vário
Anseio enquanto eu possa
Tramar a gratidão
E sei da sorte nossa
Dos dias que virão
Enquanto o tanto endossa
A mesma hibernação.

713

Se eleva flutuando
Além do quanto quis
Vivendo em tempo brando
Ou mesmo em cicatriz
O risco se traçando
No canto feito em giz,
O rumo desenhando
A sorte que desdiz,
Gerando aquém do sonho
O passo em serventia
E o quanto já proponho
Garante o dia a dia,
E nada mais componho,
E nada mais teria.

714

Desnuda a terra fria
E nada mais pudesse
Tramar em fantasia
O quanto se obedece
Gerando a poesia
E nela esta benesse
Vencendo o que viria
Em rude e mera prece
Vislumbro o meu passado
E vejo o meu futuro
O canto desolado
O nada eu asseguro
E sinto do meu lado,
O passo em caos, escuro.

715

Assim também sem ter
Aonde me aportar
Gerando o desprazer
Vontade de lutar
E nada do querer
Pudesse imaginar
Nas ânsias do prazer
Querendo demonstrar
Errático momento
Enquanto nada fiz,
E sei que me alimento
Da vida em mero triz
Refém do desalento
A morte em céu mais gris.

716
Não tendo uma esperança,
Sequer a claridade
O quanto em vão avança
Transforma e logo evade
Deixando a temperança
Em rota e turva grade
No todo em aliança
O medo me degrade,
Ausente do caminho
Apenas procurava
O passo mais daninho
Expresso em medo e lava
Marcando cada espinho
E a morte se tocava.

717


Um coração morrendo
Numa emoção vazia
E o tempo em vão remendo
Um pouco em agonia
O corte percebendo
E a vida se veria
Ousando e comovendo
Marcando em noite fria
A sorte merencória
Aonde nada vejo
A vida sem história
O passo sem desejo
O quanto sendo escória
Ainda em dor festejo.

718

Não vê num novo dia
Sequer o menor traço
Do quanto poderia
E sei que nada faço
O canto em harmonia
O sonho de um regaço
Vagando em poesia
Num tempo mesmo lasso,
Esqueço o verso quando
Pudera acreditar
No tempo se moldando
Na nuvem a mostrar
O rumo se traçando
Na essência de um luar.

719

Perdendo em anemia,
A força que pudera
Traçar o quanto eu via
E nada mais tempera
A sorte em poesia
Ousando contra a fera
Que tanto poderia
Marcar o quanto espera.
Regendo o passo aquém
Do rumo mais audaz
E sei que quando vem
O canto ainda traz
A vida sem desdém
E nisto até voraz.

720

Prepara a tão ingrata
E rude sensação
Que tanto nos maltrata
Enquanto em negação
Pudesse e não resgata
Valores desde então
E o caos adentra e mata
E os dias não trarão
Sequer um passo aonde
O mundo não pedisse
O quanto agora esconde
Ou dita uma mesmice
A história perde o bonde
E vejo esta tolice.

721

Porém ao perceber
Que nada mais se vendo
Traduz cada querer
E neste vão remendo
O passo a se perder
No todo corroendo
O canto a se valer
Da paz nos envolvendo
Resumos tão diversos
De instantes mais audazes,
Presumo em velhos versos
O quanto inda me trazes
Vagando em tons dispersos,
As sortes são mordazes.

722

Adubo das lembranças,
Palavra mais sutil,
Aonde em nada avanças
O todo resumiu
As sortes, alianças
E o corte mais gentil
Tramando em tais mudanças
O quanto permitiu,
Espero num segundo
O cântico mais rude
E quando em paz me inundo
Vencendo esta atitude
Aonde me aprofundo
E nada mais ilude.

723

Um sonho que se espalha
O canto mais feliz
O mundo em cordoalha
A sorte onde se quis,
Ousando na batalha
Um passo por um triz
A vida onde se talha
O corte em ledo gris,
Resulta deste tanto
Aonde pude crer
O mundo em desencanto
Nos sonhos de um querer
E sei e até garanto
Um dia a se verter.

724

Prepara um coração
Aonde nada houvera
E sei que desde então
A sorte se tempera
Marcando os que virão
Em busca desta fera
E nela a solução
Aos poucos nada gera,
Espero algum alento
E vejo a plenitude
Do passo aonde eu tento
E sei que nada mude,
Marcando o desatento
Caminho atroz e rude.

725

E molda uma alegria
Quem tanto quis além
Do quanto poderia
Encanto já não vem,
No pranto o dia a dia
O espanto diz desdém
Enquanto a fantasia
Num canto se provém
Marcando com a voz
Diversa e tão sofrida
O rumo em leda foz
A farsa dita em vida
E o marco mais atroz
Expressa a despedida.

726

Tão logo o teu amor
Pudesse ainda crer
E nada em tal favor
Ousando amanhecer
Vencido em tanto ardor
O mundo a se tecer
Marcando em leda dor
O todo a se perder,
Resumos de outras eras
E quanto mais eu penso
No quanto inda temperas
De um dia audaz e tenso
Traçando as primaveras
Neste cenário imenso.

727

Eu, para amenizar
Feridas do passado
Pudesse te encontrar
E sempre ter ao lado
Quem tanto ao matizar
Mergulha neste enfado
Risonho caminhar
E nele em paz invado,
Mas quando a tempestade
Gerara o desalento
O todo se degrade
E mesmo quando tento
A rota enfim se evade
Palavra solta ao vento.

728

Andei por tantas ruas,
Aonde nada trago
E sei quando flutuas
Num passo rude e mago,
E quantas belas luas
Ainda em vão afago,
Marcando em noites luas
A placidez de um lago,
E sei do meu vazio
E o canto em tom maior
O passo em desafio,
Estrada eu sei de cor,
E tento em desvario
Alguma redenção
E encontro a negação.

729


Bebendo de mil formas
As horas mais sombrias
E quando me transformas
Risonhas poesias
Aos poucos já deformas
O quanto não querias
E sei das tantas normas
Audazes, ledas, frias
E sinto após o canto
Apenas o meu passo
Aonde em desencanto
O nada mais devasso,
O risco eu adianto
E sei do sonho: escasso.

730

Perfume feito em plástico
Das flores que me deste,
O mundo quase espástico
O sonho mais agreste
O tanto quanto elástico
Desejo se reveste
Sorriso tão sarcástico
De quem não mais se investe
Cerzindo esta esperança
Aonde nada houvera
A vida em aliança
Marcando a dura fera
E nada mais se alcança
Sequer o que se espera.

731

Insossos, na verdade,
Os paladares, quando
O tempo se degrade
E vejo em mim nevando
O tanto quanto agrade
O marco se traçando
E nesta tempestade
O vento me levando
Aonde pude ver
O canto a se traçar
Sedento por prazer
Viceja este luar
Marcando o bem querer
Ou mesmo o quanto amar.

732

Porém em frases feitas,
Já não comportaria
As horas satisfeitas
A sorte a cada dia,
E sei que te deleitas
Marcando em fantasia
O quanto não aceitas
E nada mais traria
Sequer outro momento
Ou mesmo a rude luz
E quando em alimento
O passo não conduz
Ao mero sentimento
Em fado, corte e cruz.

733

Em loucas sensações
Diversa noite em paz,
E sei do quanto expões
E gera outro tenaz
Caminho em soluções
Dispersas, quando traz
Nos ledos, vãos porões
O rumo pertinaz,
Servindo a cada toque
O verso mais sutil,
Aonde se provoque
O quanto não previu,
Mantendo em ledo estoque
O vago em torpe ardil.

734

Mentiras sorridentes
Entrave variado
O tempo enquanto mentes
O canto em ledo fado,
E quando penitentes
Caminhos; tento e brado
Olhando em envolventes
Cenários, meu legado,
Presumo o quanto possa
Vencer um rude canto
E sei da sorte nossa
E nisto eu me garanto
Pousando onde se apossa
O dia em ledo espanto.

735

Alugados por hora
Os caos dentro do peito
Enquanto a vida aflora
E em nada me deleito
O sonho revigora
E apenas neste pleito
O todo se apavora
E sigo contrafeito,
Vislumbro muito além
Do canto em tom atroz
E sei do quanto vem
Marcando a minha voz,
Pudesse ser alguém,
Porém sei nada após.

736

Já dando com certeza
Meus dias mais atrozes
E sei da correnteza
Ousando em ledas vozes
E quando em tal surpresa
Presumo os vis algozes
A sorte em sobremesa
O sonho em overdoses.
Vagando pela noite
Aonde nada houvera
Sequer o que me acoite
O olhar da dura fera,
Na sombra do pernoite
O passo destempera.

737

De que o prostituído
Caminho envolto em dores
Aonde decidido
O rumo e nele fores
O quanto dilapido
Gerando tais horrores
E vejo este estampido
Marcando em dissabores,
Legando um passo além
Do quanto poderia
A vida sem desdém
Toando em alegria
E o passo quando vem
Expressa a fantasia.

738

Fui eu, embora reste
Apenas incerteza
Do passo onde celeste
O mundo sem surpresa
Do quanto tu me deste
O medo sobre a mesa
A vida não se preste
Aquém da correnteza
Vencendo cada passo
Aonde poderia
Traçar o que ora traço
Em noite amarga e fria
O quanto sei escasso,
O mundo em agonia.

739

Da pele que se deu
No canto mais atroz
O quanto fora meu
Mantendo a mesma voz
E o rumo dentro em nós
Calando o que verteu
Em cena ou logo após
Num turvo e denso breu,
Nublando cada engano
Aonde eu quis a luz
Se tanto ora me dano,
Apenas vejo a cruz
E nisto o velho plano
Deveras não seduz.

740

Distante do que um dia
Pudesse imaginar
O mundo em fantasia
Traçando a divagar
O quanto não viria
Nem mesmo a se mostrar
Regendo em ironia
O passo a me guiar,
Vestindo esta emoção
Ainda vejo aquém
Dos dias que virão
O passo noutro bem
E assim a solução
Decerto, nunca vem.


741

Dentro do pensamento
O quanto mais pudera
Vencer o desalento
E a dor, imensa fera
No quanto me alimento
E sei que nada espera
A vida num provento
Diverso, destempera.
Marcando cada passo
Aonde nada existe
O ledo e mesmo escasso
Momento atroz e triste
Agora noutro traço
Decerto inda persiste.

742

Ao revolver as sobras
Dos sonhos que trouxeste
Enquanto em vão recobras
O rumo mais agreste
A vida traz nas dobras
O todo que reveste
E assim tanto desdobras
Caminho em que viste
Marcando em consonância
A vida noutro rumo,
E sei desta constância
E nela sempre assumo,
A vida em discrepância
E o tempo em vão, resumo.


743

Percebo que não tenho
Sequer a direção
Do quanto em duro empenho
Os dias mostrarão
O canto de onde eu venho
O mundo desde então
Cerzido em triste cenho
Traduz a ingratidão,
Mergulho no vazio
E bebo cada gole
Enquanto desafio
E o caos deveras bole,
Gerando o desvario
Aonde o nada assole.

744

Das sombras do que fora
O sonho mais audaz
A vida redentora
Deveras não se traz
E sei da sofredora
Imagem sem a paz,
E nada em sonhadora
Loucura satisfaz,
Gerando após o nada
A sorte mais atroz
Pulsando em madrugada
A vida traz em nós
Diversa dor que enfada
E gera a morte após.


745

Nas gretas dos desertos,
Nos rumos já perdidos
Os dias descobertos
As sombras das libidos
Os olhos decididos
E sei que estando abertos
Rumores presumidos
Em céus tão encobertos,
Brumosa realidade
No pouco onde se empresta
A dor que tanto brade
E sei quanto é funesta
Gerando a mesma grade
Adentrando esta fresta.

746

Além do que pensara
Não vejo outro caminho,
A sorte sendo rara
Aonde em paz me alinho,
Demonstra e se escancara
Traçando aonde aninho
A vida se declara
E mostra o tom daninho
Enquanto cada ocaso
Traduz no entardecer
A vida e sempre atraso
Meu passo num querer
Diverso deste acaso
E nada a me envolver.


747


Gargalha de tocaia,
A sorte mais audaz
E quando se distraia
A vida sempre traz
A lenda aonde esvaia
O passo rumo à paz
E o canto enquanto traia
Mortífero e mordaz,
Expresso a cada passo
O rústico cenário
E sei do quanto faço
Ou mesmo em temerário
Caminho atroz e lasso
Moldando o necessário.


748

Oásis da incerteza
O quanto desejei
Vencer a correnteza
E crer em nova grei
Aonde com leveza
Meu passo eu desfilei
Gerando esta proeza
Do amor em leda lei,
Espero após a queda
A sorte mais venal,
E nada mais enreda
Encontro a velha nau
O amor quando nos seda
Presume um novo, igual.

749

Castelo feito areia,
A vida não permite
O quanto me incendeia
Caminho sem limite
E o todo em lua cheia
Ainda em vão palpite
Negando a voz alheia
E nisto se acredite
Até quando se anseia,
Já nada mais pudera
Trazendo no rumo
A vida em tétrica era
Espalha o que consumo
E bebo a imensa espera
Perdendo aos poucos, prumo.

750

Mas sinto o teu bafejo,
E anda mais importa
Aonde o que desejo
Traduz a leda porta
E sei deste azulejo
E nele o sonho corta
Marcando o quanto almejo
E a vida logo aborta
Somando o que não sinto
E tendo logo à frente
O quanto fora instinto
E nada se apresente
O tempo enquanto minto,
Transforma em penitente.


751

Meus sonhos são de ti
Apenas o retrato
E quando o percebi
Num antro onde desato
O passo lá e aqui
Gestando um novo fato
E tudo mais; perdi.
Espero algum alento
Aonde nada houvera
E sei do que alimento
No bote destempera
A sorte em elemento
Diverso; em vã quimera…


752

Inundas de esperança
O sonho mais audaz
E quando a vida lança
Procura e tanto faz
Do canto uma aliança
Às vezes tão tenaz
E o passo sempre cansa
Quem busca a mera paz,
Realço cada instante
E nada poderia
Gerar o que garante
A sorte mesmo fria
E trama num rompante
Além da fantasia.

753

Verdadeira amizade
Aquela que se traça
Enquanto não se evade
Jamais sendo fumaça
Mantendo a claridade
Em noite mesmo escassa
Redime em liberdade
O quanto além se faça,
Tentáculos diversos
Os dias, entre os versos
Os passos no porão
O rumo se desenha
E sei da dura senha
E os erros que virão.

754

Passivamente o pomo
Aonde pude ver
O mundo enquanto tomo
O passo sem querer
E sei do quanto eu domo
Diverso do prazer
E nele não sei como
Pudesse ainda crer,
Espero a redenção
E tento outro caminho
Nos olhos que verão
O céu já desalinho
Marcando a ingratidão
No canto mais mesquinho.


755

Apenas num sorriso
A vida desenhasse
O passo mais preciso
Vencendo algum impasse
E nada em Paraíso
Ainda se mostrasse
Bebendo do conciso
Caminho aonde trace
O rumo sem sentido
Meu canto sem razões
E vejo e até lapido
Diversas ilusões
E bebo e não agrido
O quanto, atroz me expões.


756

Mostrando as diferenças
E nada mais pudesse
Aonde me convenças
Traçando esta benesse
Ousando em desavenças
E nisto o passo esquece
Do todo onde compensas
A fúria que enlouquece,
Resolvo cada engodo
E sei do meu momento
Aonde invés do todo
Apenas alimento
A sorte em luto e lodo,
Um mero e vão tormento.

757

Numa amizade plena,
Já nada mais pensava
A sorte quando acena
Deveras rota e brava
Ainda quando apena
Marcando em fúria e lava
O nada me condena
Uma alma quase escrava,
Enquanto nada trago
Sequer a solução
Buscando algum afago
Nos dias que virão,
Um rumo atroz e mago
Tomando a direção.

758


São feitos com afeto
Os dias mais audazes
E o rumo predileto
Aonde o sonho; trazes
Permite o que completo
Em cenas mais tenazes
Ousando além do veto
Nos riscos entre as fases.
Espalho a voz e tento
Vencer a tempestade
E sei do quanto atento
Pudesse e já degrade
Entregue ao forte vento
Total integridade.

759

Apenas por calar
Em mim tanta saudade
Encontro onde pousar
Diversa liberdade
E sei do caminhar
Enfrento a realidade
E vejo em seu lugar
O quanto toma e brade
Bebendo cada gota
Da vida enquanto eu possa
Traçar uma alma rota
E nada mais; se é nossa
A sorte em bancarrota
Do nada ora se apossa.


760

Correr a sensação
Do medo e do vazio
E sei que não virão
Aonde os desafio
Os dias desde então
E nada mais recrio
Senão a solidão
Pendendo por um fio,
Esgoto o meu caminho
Nas ânsias mais fugazes
E quando eu me avizinho
Do nada que me trazes
Pudesse crer no ninho
Em várias ledas fases.


761

A lua, num momento
Traduz o quanto espero
E sei do desalento
Em dia amargo e fero,
E quanto mais eu tento
Diverso do que quero
Sentindo o forte vento
E sendo mais sincero
Presumo cada passo
Aonde nada existe
E sei do meu cansaço
Embora siga triste
O rumo enquanto o traço
Um sonho outrora em riste.


762

Se entrega ao trovador
A lua enamorada
E vendo em raro amor
A sorte iluminada
Deixando em tal torpor
A vida anunciada
Depois de tal valor
Não resta quase nada,
Sequer a menor fonte
De júbilo e de festa
E quanto mais desponte
A messe onde não presta
Procuro no horizonte
Apenas mera fresta.


763

Num ato de loucura
Pudesse imaginar
O quanto se procura
No sonho a me rondar
E vejo esta ternura
Aonde quis amar,
Marcando com candura
O sonho em vão lugar,
Esbarro nos meus erros
E sei das tempestades
E quando busco em cerros
O todo enquanto evades
E nestes meus desterros
Bebendo as liberdades.



764

Neste canto ao deus Eros
Pudesse ter agora
Em passos mais sinceros
O quanto me devora
Os dias entre os feros
Na sorte onde se aflora
Outrora em sés e cleros,
Visões onde se ancora
A sorte mais medonha
E mesmo até sensata
E quando a vida enfronha
Apenas não constata
A lida aonde sonha
Sem ser cruel e ingrata.

765

Aos poucos sem defesa
Já nada mais restasse
Além desta surpresa
Gerada pelo impasse,
Marcando a correnteza
E nela se encontrasse
O todo sobre a mesa
Mereço o que desgrace?
Apenas consumindo
O tanto quanto eu quis
Um dia agora findo
Transcorre em cicatriz
E o quanto se fez lindo
Somente por um triz.

766

Os dois já caminhando
Em frente ao vendaval
Cenário outrora brando
Hoje fenomenal
O tanto desfrutando
Um novo ritual
E deste desde quando
A vida é sempre igual,
Vestindo esta ilusão
Meu passo não traria
Sequer a direção
Aonde em ousadia
A sorte num verão
Somente o negaria.

767

Ao ver que a ele havia
Além do mero passo
A sorte em fantasia
Cenário amargo e lasso,
Gestando a poesia
E quando ganha espaço
Sem medo, a hipocrisia
Traduz todo o cansaço,
Esqueço o meu caminho
E vejo além do fim
Aonde em vão me alinho
Marcando este estopim
E sei do sol mesquinho
Por onde busco e vim.


768

Sedenta dos carinhos
Pudesse acreditar
Nos rumos mais daninhos
E neles entranhar
Vencendo os mais mesquinhos
Cenários e trilhar
Além destes caminhos
Bebendo em paz, luar,
Esgoto este cenário
E nada mais condiz
Com todo o temerário
Tormento em cicatriz,
Num novo itinerário
Diverso do que eu quis.

769

Aos poucos foi se inflando
O ledo coração
E o tempo em contrabando
Procura a solução
E sei que desde quando
Os dias não virão
O sonho demarcando
E nele a ingratidão,
Gerando novo alento
E todo não pudera
Traçar o quanto tento
E busco e primavera
Espero mais atento
O passo aonde espera.

770

Mostrada pela lua,
Deitando em cada toque
A vida se flutua
Ainda mais provoque
O quanto continua
E toma novo enfoque
Aonde sei que atua
No vago desemboque
E faça da verdade
O todo aonde eu pude
E assim já se degrade
A doce juventude
E o resto quando invade
Marcando em plenitude.

771

Fugindo para o dia,
Da noite mais dorida
A sorte poderia
Ainda em plena vida
Moldar a fantasia
Aonde se provida
A messe em garantia
Trouxesse a despedida,
Não posso e nem quisera
Vencer o descaminho
E sei da dura fera
Enquanto em vão me aninho
Ousando em primavera,
Floresce além do espinho.


772

Amor que me inebria
E traz o raro encanto
Em mera fantasia
Ou mesmo tanto quanto
Pudesse em alegria
E nisto não garanto
Sequer o que viria
Secar o velho pranto
Partícipe da festa
Aonde nada houvera
Sequer a menor fresta
Quem sabe nova espera
Ainda quando resta
A noite destempera.

773

Fazendo-me perder
O quanto imaginara
E nada posso ver
Nem mesmo a noite clara
E o raro amanhecer
Deveras se declara
Tramando em tal prazer
A vida que escancara
Vestindo esta ilusão
Já nada mais restasse
Senão e desde então
O todo me tomasse
Mostrando a solidão
Em turva e fera face.

774

Devora minha história
O passo sem firmeza
E quando esta vanglória
Trouxesse a sobremesa
A vida merencória
Na leda correnteza
Moldando sem memória
O quanto segue ilesa
Vencendo cada enfado
E nada mais pedisse
Senão todo recado
Trazido em vã mesmice
O tempo enquanto brado
Deveras se desdisse.

775

Amor é qual farsante
E nada mais diria
Se nem o que garante
Expressa a fantasia
E sigo doravante
Marcando esta agonia
E nela o provocante
Momento em tez mais fria
Vestindo o medo eu busco
O rumo aonde um canto
Em mero lusco fusco
Decerto eu não garanto
E um passo sempre brusco
Apenas desencanto.


776

Oculta e dissimula
O sonho enquanto o ponho
E nada mais simula
A vida onde proponho
Vencendo enfim a gula
O risco mais bisonho
Aonde a sorte engula
O manto e sempre enfronho,
Vagando sem destino
Buscando a claridade
E quanto me fascino
Marcando o que se evade
Tramando um sol a pino
Imensa liberdade.

777

Sorte se transtornando
O prazo determina
O quanto quis e quando
A vida em nova sina,
O vago se dourando
E nisto sei da mina
Que tanto se moldando
Apenas se extermina,
Nascente da esperança
Espelha em face igual
O todo onde se alcança
A sorte em ritual
Diverso do que me amansa
E trama outro: venal.


778


Um deus que quando fala
Calando ao coração
Trouxesse a imensa sala,
E nela se verão
Os olhos quando exala
Diversa emanação
Ousando além não cala
E molda a direção,
Vencido pelo medo
Agora nada veio
Apenas sigo ledo
E sei do teu receio
Aonde em vão segredo
Presumo o devaneio.


779

Nos vitimando, trama
A sorte mais feroz
E sei do quanto a chama
Espalha a fúria em nós
A vida gera o drama
E neste passo, o algoz
Deveras não reclama
Nem traça o mais atroz
Caminho onde se irrompa
Com toda esta certeza
A sorte em rara pompa
Vencendo a correnteza
E sei do quanto rompa
A leda e vã certeza.


780

Os dotes deste amor
Já não mais comportasse
Quem tanto no sol-pôr
Gerando um novo impasse
Vencendo em tal valor
O quanto demonstrasse
Ousando decompor
O medo onde mostrasse
Meu canto solitário
Meu passo sem destino
Ausente itinerário
Aonde eu mal domino
O passo temerário
E sinto, em desatino.


781

Ainda que pudesse
Vencer a solidão
A vida em reza e prece
Tramando a negação
Do tempo onde se tece
A sórdida ilusão
Marcando o que merece
Apenas a emoção
E crendo no horizonte
Aonde o meu caminho
Deveras não desponte
Ou siga mais sozinho
Gerando a velha fonte
Num canto mais daninho.

782

Apenas caberia
Aos olhos de quem tenta
Vencer esta agonia,
A sorte virulenta
E nada mais viria
Senão velha tormenta
Gerando em alegria
O quanto me alimenta
Cerzindo o vão cenário
Em passo decidido
O caos desnecessário
Deveras dilapido
E vejo o mesmo ou vário
Caminho conhecido.

783

A sorte dita a teia
E nela me entranhando
Percebo o que incendeia
E tento um passo brando
E sinto quando ateia
O fogo em contrabando
Adentra cada veia
E marca em tom nefando,
Esbarro neste engano
E vejo muito além
O quanto ora me dano
E sei que nada vem
Sequer o mais profano
Caminho em tal desdém.

784

Já nada mais comporta
O canto em dor e tédio,
A vida abrindo a porta
E nisto sem remédio
Explode esta comporta
Destrói o grande prédio
E o manso não suporta
Do medo algum assédio,
Viceja a primavera
Numa alma transparente
E o quanto agora gera
E mais do que se tente
Vencendo esta quimera
Num passo mais urgente.


785

Não mais me caberia
Cerzir uma esperança
Enquanto em noite fria
A morte ainda avança
Gerando em heresia
O que se fez lembrança
Marcando em fantasia
O quanto toca e cansa,
Esbarro nos meus cantos
E sei dos ledos passos
E vejo em desencantos
Os dias mais escassos
Tocando em raros mantos
Os dias velhos, lassos.

786

Já nada mais esboço
Sequer a reação
Gerando do destroço
As horas que verão
Apenas se foi nosso
O rumo em divisão
Diversa do que eu posso
Mostrar em solidão,
Espreito na tocaia
O salto, imenso bote
E nada mais contraia
O passo onde se note
A morte quando traia
Tramando o que inda brote.

787

Não quero mais a paz
Que tanto satisfaça
Quem tudo ou nada traz
E gere esta desgraça
A morte mais audaz
O medo toma a praça
E cirzo o quanto faz
A luta mais escassa,
Esbarro nos enganos
E sei dos velhos dias
Aonde em tantos planos
Já nada me trarias
Sequer os mesmos danos
Ou tantas ironias.

788

Resumos de outras eras
Em passos mais audazes
E quando destemperas
No fim já nada trazes
E sei das tantas feras
E nelas os mordazes
Momentos em quimeras
Tragando em várias fases
Os passos no infinito
O canto mais feliz
E sei quando acredito
No todo aonde o fiz
Gerando o mais bonito
Caminho e peço bis.


789

Sonho mirabolante
Aonde pude outrora
O quanto se adiante
E mesmo me apavora
No rumo doravante
O todo se devora
E traça ou me garante
Enquanto desancora
Resumo o meu vazio
E sei quanto pudesse
O todo desafio
Em rito, reza e prece
E nada mais sombrio
Que o canto onde se esquece.


790


Já não comporta a sorte
De quem se fez audaz
E o passo não conforte
Quem tenta e segue atrás
O rumo se deporte
E mostre o quanto traz
No medo sem um norte
Num canto mais mordaz,
Viceja esta esperança
E nada mais pudera
Aonde o vão alcança
E tudo em leda esfera
Marcando esta aliança
Que aos poucos degenera.


791

Resumos do passado
Aonde nada vi
Sequer o desejado
Cenário onde vivi
O passo quando invado
O todo dentro em ti
Esboço novo enfado
E sei que me perdi,
Resulto deste cais
E nada mais se vendo
Sequer os vendavais
A sorte em dividendo
Os dias mais banais
E o tempo em vão remendo.


792

Apenas concebia
O quanto se retira
Em noite mais sombria
E busco a fútil pira
E o manto se escondia
Em prol desta mentira
E vejo a melodia
Aonde o passo atira,
Resumos de outras eras
Diversa penitência
A sorte onde me esperas
Marcando a providência
Do quanto nada geras
Sem dó nem consciência.

793

Um canto aonde eu quis
O rumo mais audaz
E o todo em tal matiz
Aos poucos se desfaz
O canto por um triz
Gerando o que se faz
Marcando em ledo gris
O sonho outrora em paz.
Já nada concebendo
Sequer a liberdade
A vida num adendo
Espera a claridade
E neste canto horrendo,
A morte toma e invade.


794

Reparo o quanto errara
Quem tanto eu desejei
E sei desta seara
Em nova e fútil grei
Pousando onde escancara
A morte que trilhei
Vagando em noite rara
E nisto pouco sei
Matando cada sonho
Já nada mais teria
Além deste medonho
Cenário em fantasia
E o passo enquanto enfronho
Desnuda a poesia.


795

Ouvindo a voz do vento
A sorte não trazia
Sequer o que fomento
Em mera fantasia
E o todo em alimento
Gerando o que seria
A vida em desalento
Ou mesmo atroz e fria,
Resumos do passado
E nada se permite
O quanto ainda enfado
Não vendo este limite
Traduz cada pecado
E nada mais se evite.

796


Roubando sempre a cena
Bufão sem esperança
A vida me condena
E nada mais avança
Aonde se fez plena
A mera confiança
Transborda em tez amena
E traz nova mudança,
Redimo cada engano
E passo muito além
E quando enfim me dano
Vivendo o que convém
Meu passo soberano
Traduzindo ninguém.


797

Acordo o coração
Depois de tantos anos
E sei desta emoção
Em erros, desenganos
Os passos mais profanos
Os dias me trarão
Semente destes danos
E neles tudo em vão,
Esvai cada momento
Em turva realidade
E quando em alimento
A sorte ora me invade
Eu sei do quanto tento
Vencer a tempestade.


798

Apenas conquistasse
A vida noutro rumo
Mostrando a mesma face
Enquanto ali me aprumo,
O prumo se mostrasse
E nele sempre assumo
Gerando além do passe
Amor em supra-sumo
Vencer as minhas dores
E ser além do canto
E quando além te fores
O passo onde garanto
Gestando em tais sabores
O sonho sem quebranto.


799

Houvera o temporal
E nada mais se vira
Sequer este degrau,
A sorte é vã mentira
O todo sempre igual
O canto se retira
E o passo mais venal
A vida além se gira,
E sigo em consonância
O quanto quis e além
A vida em cada estância
Traduz o quanto vem
E marca em ressonância
O encanto sem desdém.

800


Navego em mar imenso
E tento pelo menos
Envoltos em amenos
Momentos onde penso
Gerando o quanto é tenso
O rito em que serenos
Superam tais venenos
Num ato mais intenso,
Vestindo a sorte eu vejo
O quanto pude outrora
O risco benfazejo
Aos poucos sempre ancora
Enquanto além dardejo
A vida sem demora.


801

Rosa branca da paz
Anseios do passado
E quando a vida traz
O sonho aonde eu brado
Marcando o que é capaz
De traçar novo enfado,
O risco mais audaz
Deveras eu invado,
Ousando num momento
O todo sem sentido
O quanto eu alimento
Em passo desprovido
Traçando cada aumento
No canto onde me olvido.

802


Encontro meu desejo
Nas ânsias mais sutis
E sei do que ora almejo
Vivendo o quanto quis
Tentando em azulejo
O céu outrora gris,
E o tanto benfazejo
Expressa o que não fiz,
Encontro a solução
Embora seja brusco
Os dias que virão
Num todo aonde ofusco
Os passos, negação
Do quanto em vão eu busco.


803

Aos sítios de minha infância
Voltando em pensamento
E à velha e tosca estância
O todo eu incremento,
Volvendo com constância
Ao cais neste momento
E sei desta importância
No tanto onde provento,
O pântano desta alma
Vencida pelo medo
E o quanto ora me acalma
Enquanto me concedo,
Vagando trauma em trauma,
O céu se mostra ledo.


804

As asas me levando
Enquanto pude ver
O canto dominando
O sonho em bem querer,
Vestindo desde quando
O mundo eu pude crer
Num passo além ousando
Estranho o que verter
Usando da esperança
A guia que me leva
A sorte ora se alcança
Aonde fora seva,
A vida em temperança
Pudesse ser longeva.


805

Terrível dor profunda
Açoda o pensamento
E quanto mais inunda
A vida aonde eu tento
A porta se oriunda
Do manto aonde invento
O todo se aprofunda
Na vida em um momento,
Vencido pela fúria
Da sorte mais atroz
Apenas esta incúria
Erguendo a sua voz,
Toando como injúria
O que restara em nós.

806

De destruir meus sonhos,
Apenas fui capaz
E sei de tais risonhos
Momentos onde a paz,
Mostrasse mais bisonhos
Os passos, onde audaz
Encontro os meus tristonhos
Cenários, nada faz.
Somente vejo além
O todo se perdendo
E sei que o pouco tem
E nele sem adendo,
O encanto sem refém,
O mundo me envolvendo.


807

Porém esta lembrança
De um tempo mais feliz
Enquanto a vida cansa
Traduz o quanto eu quis
E sei desta aliança
E nela por um triz
A vida sem vingança
O rumo não desdiz,
E sigo em passo firme
Na busca pelo sonho
E quando se confirme
O passo mais bisonho,
A sorte reafirme
A luz que ora proponho.


808

Folguedos e brinquedos
Os tempos sorridentes,
Agora os vejo ledos
E nada mais pressentes
Senão velhos segredos
Envoltos, penitentes,
Marcando estes rochedos
Em ritos consistentes,
Vestindo a fantasia
Do quanto pude crer
E neste dia a dia
Os cacos recolher
A vida não teria
Sequer o que fazer.

809

Eu era tão feliz
E nada impediria
O quanto além eu fiz
E gero a fantasia,
Marcando todo bis
Na sorte amarga ou fria
E o passo contradiz
O quanto poderia
Viver em luz suave
Ou mesmo sob a lua
No sonho onde se agrave
O todo continua
Liberta vejo esta ave
Na luz sobeja e nua.

810


A terra da poesia
Em tons maravilhosos
A sorte me envolvia
Em raros, majestosos
Cenários, fantasia
Em dias caprichosos
Mergulho em alegria
Além dos dolorosos.
Esqueço cada passo
E bebo integralmente
O quanto tento e traço
Num rumo onde a semente
Moldando um tempo escasso
Jamais denigre e mente.


811

Sonhando com amor
Pudesse além de tudo
Vencer qualquer rancor
E mesmo estando mudo
A vida em seu valor
Aos poucos eu transmudo
E tento no calor
O passo onde me iludo,
Vestindo esta incerteza
De um tempo mais sutil
A imensa correnteza
No todo permitiu
O canto sem surpresa
E o sonho mais gentil.


812


Estrelas, tantas vejo
Num céu aonde eu possa
Viver cada desejo
Da sorte audaz e nossa,
O passo benfazejo
Dos sonhos já se apossa
E sei que ora vicejo
Ultrapassando a troça
Vencendo esta agonia
E nada mais importa
Traçando em alegria
O quanto em leda porta
Deveras poderia
No sonho onde se aporta.

813

A rosa branca, rosa
O tempo mais sutil
A estrada majestosa
O quanto se previu
A vida maviosa
O preço repartiu
O todo onde se glosa
O passo bem mais vil,
Ousando desde quando
O mundo poderia
Vencer o mais nefando
Matando o dia a dia,
E o coração nevando
Em noite amarga e fria.


814


Ensina-me a viver
O quanto ainda tento
E sei do meu prazer
Deveras desatento,
Marcando o bem querer
Aonde eu me alimento
Matando o que faz crer
No caos deste momento,
Cerzindo um passo além
Do quanto pude então
E a vida quando vem
Transforma a direção
E os erros num desdém,
Tramando a negação.

815

Tal qual um diamante,
O olhar de quem fascina
Tomando num rompante
A vida que ilumina
Vencendo a cada instante
Gerando a nova sina,
E nada se garante
Enquanto determina.
Ousasse por um tanto
Marcante sensação
Aonde eu me garanto
E vejo desde então
O dia sem quebranto
As horas que virão.


816

Nas pérolas, marfins,
Nos olhos de quem amo,
A sorte dita os fins
E os passos novo ramo,
E quando sem motins
O passo além eu tramo
Viceja em meus jardins
O quanto quero e clamo,
Vestindo a primavera
Numa alma em duro inverno
E todo o quanto espera
Nos ermos eu me interno
E sei da imensa fera
Aonde eu quis mais terno.

817

Iluminando os dias
O imenso e belo sol,
Tramando em poesias
Os sonhos no arrebol,
E tudo o que trarias
No olhar feito farol,
Envolve em alegrias
A vida em raro escol,
Mergulho cada passo
E vejo além do tudo
O todo aonde traço
E gero a paz, contudo
Vencendo o meu cansaço,
Aos poucos desiludo.

818

Beleza que se vê
No canto de quem tenta
Vencer e sem por que
A sorte mais sangrenta
O quando ainda crê
Quem vive e logo alenta
O mundo em que revê
A porta mais sedenta
Resumo o verso em luz
E tanto poderia
No passo em que conduz
Viver a fantasia
E nela reproduz
A vida em alegria.


819

Tal qual um diamante
O mundo trouxe a mim
A paz a cada instante
E sei enquanto eu vim,
Ousando onde garante
O todo e sendo assim,
O rumo se adiante
Marcando o todo enfim,
Resumos de outras eras
E nelas sei tão bem
Do quanto ainda esperas
E mesmo quando vem
Deveras destemperas
E sou do amor refém.

820

Força de sedução
Caminho em paz ou guerra
As horas mostrarão
O quanto em mim se encerra
Vagando em solidão,
A porta já se cerra
E os dias desde então
A lua se desterra
E sei do descaminho
Aonde o vão encerra
O passo mais daninho
E a vida em plena guerra
Provoca o desalinho.


821

Lembrando a cada instante
O quanto quis outrora
A vida se garante
E sei que já demora
O passo degradante
E nele quando ancora
A sorte num rompante
Marcando cada escora
Escórias mais diversas
E os ermos de minha alma
Aonde desconversas
E geras novo trauma
A vida enquanto versas
Deveras não acalma.


822

Quem dera se eu pudesse
Em plena tempestade
Ousar além da prece
No passo onde se invade
A vida me obedece
E trama o que degrade
Vencendo o que se esquece
Supera o passo e agrade
Quem tanto pôde ver
O mundo em direção
Diversa ao desprazer
E sei que desde então
A sorte em bem querer
Encontra a tradução.


823

Cantar o meu amor
E nada mais pudera
Vencer o que em pudor
A vida destempera
Ousando com valor
Diverso da pantera
Marcando em tal sabor
O quanto ainda espera
Vestindo uma ilusão
Promessa de futuro
Os dias que virão
Num ato mais escuro
Trazendo a ingratidão
Num solo agreste e duro.


824

Pintar tua magia
No olhar sutil e claro
De quem não poderia
Viver o que declaro
E tanto esta alegria
Pudesse em raro amparo
Trazer a fantasia
No amor que sei e aclaro
Ousando muito além
Do passo mais suave
E a vida quando vem
Comanda a leda nave
E sei do mesmo alguém
Que nada mais entrave.


825

Esculpir num marmóreo
Cenário alabastrino
O quanto determino
E mesmo merencório
O mundo este ilusório
Caminho onde fascino
E bebo ou determino
A senda noutro empório
Vestindo esta promessa
De um dia mais feliz
O tanto recomeça
Além do quanto eu quis
E o passo já tropeça
Aonde o nada eu fiz.

826

Quem dera ser poeta
E ter esta certeza
Da vida que repleta
Imensa correnteza
Gerando esta completa
E frágil, vã beleza
O passo numa reta
Enfrenta sem surpresa
O corte mais profundo
A sorte delegada
E o quanto ora me inundo
Traduz o mesmo nada
E nisto o ledo mundo
Invade a madrugada.

827

Louvando teu sorriso
Apenas pude ver
O dia, onde preciso
O passo a se tecer
Trouxesse o Paraíso
E nele eu posso crer
Vagando em tom conciso
Num marco a oferecer
O dito mais suave
O canto mais audaz
E o quanto nada agrave
O mundo onde se faz
O risco sem entrave
Da vida em plena paz.

828

Eu te amo bem além
Do quanto pude outrora
E sei que quando vem
A vida sem demora
Prepara sempre alguém
No passo aonde ancora
A sorte em raro bem
E nada mais devora
Meu canto onde pudesse
Vencer a tempestade
E crer no quanto existe
Ainda quando brade
A voz dorida e triste
De quem decerto agrade
O medo enquanto insiste.

829
Com toda uma esperança
Aonde não houvera
Sequer o que me amansa
Ou mesmo noutra esfera
A vida que se cansa
E trama a dor mais fera
Gerando a confiança
Que aos poucos destempera
Ousando num momento
Vencer os meus anseios
E sei que me alimento
Dos riscos, velhos veios
E os dias num tormento
Prossigo em tons alheios.


830


Ouvindo em tua voz
Resposta para o sonho
Aonde vejo em nós
O quanto não proponho
Resumo em passo atroz
O tempo mais medonho,
E sei de cada algoz
Num todo mais tristonho,
Esbarro nos enganos
E vejo além do cais
A vida em ledos danos
E sei dos vendavais
Moldando os velhos planos
Em rumos abissais.


831


Mentiras são disfarces dos temores,
Ousasse um pouco mais e tu verias
As faces mais diversas, fantasias
E neste caminhar em dissabores
Destarte, prosseguindo aonde fores
Vencendo as mais complexas agonias
Indômito cenário; enfim trarias
Matando em primaveras frágeis flores,
No quanto a vida traça a plenitude
E molda o quanto quis e se transmude
Gerando após o caos, outro momento,
Diversa sensação se faz presente
Aonde o meu caminho se alimente
Do tanto quanto quero ou mesmo tento.


832

Prefiro que me digas o que sentes,
E saiba muito bem do quanto possa
A sorte desdenhada em mera troça
Em rumos tão diversos, penitentes,
E sei dos meus cenários envolventes
Na velha solidão que ora se endossa
Gerando após o medo a imensa fossa
Co’a faca sempre presa entre os meus dentes,
O nada se apodera e deveras
Os cantos emolduram cada acerto,
E o tanto quanto quis em raro aperto
Marcando entre meus dias, as quimeras
E deste caminhar envolto em luz,
Apenas outro instante se produz.


833


Se trazes no teu peito esta verdade
Por vezes variável ou constante
No quanto a nossa vida se garante
E o todo noutro rumo em paz se evade,
O dito se transforma em realidade
E o passo se moldando neste instante
Refuga o meu caminho e doravante
Apenas novo intento aonde agrade,
Viceja dentro da alma uma esperança
E o todo em alegria agora lança
O rumo no vazio embora seja
Destarte o sonhador enamorado,
O corte tantas vezes num traçado
Diverso da alegria benfazeja.

834

Se as dores que te tocam são diversas
E as horas; não pudeste adivinhar
A sorte muda aos poucos de lugar
E neste desenhar além tu versas,
Vagando sem destino, quando imersas
Nas ânsias de quem possa mergulhar
Ousando tantas vezes caminhar
Envolto nestas nuvens mais dispersas,
Resumos de outros tempos, solidões
E o caos se transformando em tal constância
Que tanto poderia noutra instância
Gerar o que deveras sempre pões
Nos antros mais vorazes, melodias
Aonde em novos cantos me trarias.


835
Ou mesmo transformadas em cenários
Diversos dos que tanto conduzira
A vida se transforma e em tal mentira
Os dias são deveras necessários,
Ousando noutros passos temerários
O quanto deste todo se retira
E nada mais deveras interfira
Gerindo com ternura os adversários,
Esparramando o canto sem contê-lo
E sei de cada dia em pesadelo
Arcando com meus erros costumeiros
E sinto após o nada se espraiando
O rumo noutro passo desde quando
Ainda quis floridos tais canteiros.


836


Não traga a faca sempre entre teus dedos
Nem mesmo o teu olhar sem mais proveito
E quando na verdade eu me deleito
Ousando desvendar caminhos ledos,
A vida se tramando em desenredos
O canto sem sentido e quando deito
Presumo sem audácia o quanto aceito
Dos ermos de minha alma em tantos medos,
Resumo de outros tantos envolvendo
A sorte desenhando em tal remendo
O quanto quis talvez acreditar
E sei dos meus engodos e promessas
E quando logo à frente tu tropeças
As coisas vão sumindo do lugar.





837

Perceba que inda restam, mesmo, passos
Diversos dos caminhos mais audazes
E quando novos tempos tu me trazes
Eu vejo os descaminhos sempre escassos
E sinto o mais terrível entre os lassos
Anseios onde tudo; já refazes
Marcando a nossa vida em ledas fazes
Seguindo da esperança seus espaços,
Mergulho em tal vontade e sem constante
Caminho aonde o nada se garante
Vestindo esta quimera: alegoria
A morte se atocaia e desta espreita
Minha alma sem sentido se deleita
E nada mais pudesse ou já faria.

838


Estou sempre contigo e nunca nego,
O rumo se desenha em consonância
A vida se traduz em tal estância
Alimentando sempre em paz meu ego,
E o quanto mais desejo e já renego
Esbarra no vazio em militância
Diversa da que possa em discrepância
E sigo este caminho num nó cego,
Esbarro nos meus erros e derrotas
E quando outro cenário em vão tu notas
Esbaldo-me na fúria mais atroz,
E sinto desvalido o dia a dia
Matando o que pudesse em agonia
Roubando da esperança a leda foz.

839

Meu passo é par em par, junto com teu
Caminho entre os rochedos, rocas, mar
O todo aonde possa caminhar
Há muito sem destino se perdeu,
E o quanto desejara percebeu
Como é difícil sempre o relutar
Deitando sob os raios do luar
Nascendo deste encanto o que foi meu,
E o caos gerando após a tempestade
Marcando aonde o canto sempre brade
Num equilíbrio tosco ou mesmo vago,
E quando me percebo em alegria
A vida se transcorre e moldaria
Enquanto noutro rumo eu já divago.

840

Perceba que te tenho uma amizade
E sei desta importância mais além
E todo o meu caminho me provém
Do fato mais sensível onde agrade
O rumo noutro passo não invade
E gera o que pudesse sem desdém
E nada no final ainda vem
Marcando com ternura a torpe grade,
Essências tão diversas, nada domas
E sinto dos teus lábios tais aromas
Tomando em carmesim o Paraíso,
E o quanto mais pudera acreditar
Gerando novo instante a me tocar,
Deixando no passado algum granizo…



841

Que jamais deixará teu rumo enquanto
A vida se presume em tom diverso
Do quanto poderia estar imerso
No passo aonde o rumo eu não garanto,
Viceja dentro da alma o que inda espanto
E quando noutro encanto ainda verso
Gestando dentro da alma este universo
Marcando com ternura e sem quebranto
Ousasse em plenitude o quanto eu quis
E sei do meu caminho em cicatriz
Gerada pela fúria do abandono,
E o tanto quanto pude ou não quisesse
Tateio no futuro em nova messe
E apenas do vazio ora me adono.


842

A noite se escondendo em triste ocaso
O canto não permite a poesia
E quando a realidade me traria
A sorte aonde em paz eu sei que atraso
O passo se mostrando e não me aprazo
Marcando o dia a dia em ironia
Versando sobre o todo em agonia
E nisto a imprecisão ditando o acaso,
Vencendo os meus temores, sigo além
Do parto desenhado e quando vem
O rústico cenário se aproxima
Arpoa a fantasia em tom venal
E o manto se mostrara desigual
Apenas referido em turva estima.


843

Encontra um claro lume em madrugada
Deitando sobre a terra a lua prata
E assim cada momento se resgata
Na sorte de tal forma demonstrada
Vencendo cada passo aonde o nada
Pudesse desenhar em face ingrata
A morte desdenhosa em tal cascata
Moldando cada fase emaranhada,
Esbarro nos meus erros e presumo
Do todo desejado o vão resumo
Matando o quanto pude e não tivera
Espero a discordância mais atroz
E cedo o meu caminho em turva voz,
Inverna com certeza a primavera.

844

Um rio que das terras mais diversas
Adentram fozes várias e cerzindo
Um dia mais feliz e até se infindo
O rumo aonde em paz ainda versas
E o quanto poderia, desconversas
Marcando este cenário outrora lindo
Num ato sem sentido, se esvaindo
O passo em tal cenário em que dispersas,
As sortes são mordazes e medonhas
E quando noutro fato tu te oponhas
Matando em nascedouro esta esperança
Vencendo o puro caos aonde um dia
A sorte se mostrara e não traria
Sequer o quanto busco e em vão se lança.

845

Há tempos mergulhou em pleno mar,
O sonho aonde um dia acreditara
E a noite não se fez jamais tão clara
Nem mesmo outro caminho a se traçar
Vestindo esta ilusão ao navegar
Invado com temor cada seara
E quando a realidade se escancara
Trafego sem destino em tal vagar,
E espero após a queda em consonância
A vida se mostrando em tal instância
Enquanto soam rudes as palavras
Embora em solo agreste este cultivo
Aonde se mostrara o quanto vivo
E nisto ao fim de tudo teimas, lavras.


846

As águas deste rio, soberanas,
Invadem suas margens num segundo
E neste alagamento me aprofundo
Enquanto noutro lado tanto danas,
E vendo aonde posso e desenganas
O marco se desenha e se me inundo
Do medo mais arcaico em ledo mundo
As horas são deveras mais profanas,
Escassos dias vejo após o cais
E quando eu mergulhara em abissais
Ousando nestas grandes profundezas
As sortes se presumem muito aquém
Do quanto poderia e nada vem,
Vencendo dentro da alma as correntezas.

847

Depois de um oceano aonde um dia
A vida não sonegue qualquer chance
A sorte se desenha e num relance
O passo se transborda em alegria
O todo novamente me traria
O quanto a cada instante sempre avance
E nada mais pudesse num nuance
Marcando com ternura a alegoria
De um tempo mais audaz e mais sincero
E neste desvendar o quanto eu quero
Esboça muito além do que pudera
Meu canto mais constante se mostrando
No todo dentro da alma e desde quando
Matasse a todo instante a vã quimera.


848

Chegaram nesta costa em velhas rocas
As ânsias mais atrozes de quem tenta
Sabendo da procela e da tormenta
Vencer o que deveras tu provocas,
E quando novos rumos; já deslocas
Seguindo a mesma história virulenta
E neste navegar tudo se alenta
Até o quanto possa e não mais tocas,
Esbarro nos enganos e sutis
Momentos onde o todo contradiz
Gestando dentro em mim o dia a dia
No passo sem sentido e sem razão
As horas mais diversas me trarão
O quanto desejara e não teria.


849

Subiram cordilheiras da esperança
Meus olhos no horizonte feito em glória
E a sorte que julgara merencória
Agora noutro passo em paz alcança
Mergulho nos caminhos, temperança
E o rumo se traduz em leda história
Marcando cada engodo na memória
De quem se fez além de uma aliança
Amortalhando passos entre enganos
Acumulando assim os velhos danos
Esvaio num alento sem demora,
E o todo desenhando alguma messe
E neste caminhar o que se tece
Deveras noutro instante ainda ancora.


850

Na terra mais bonita ainda vejo
Reflexos de uma vida tão injusta
E o quanto da ilusão decerto custa
Marcando cada passo em vago ensejo,
Mergulho neste caos quando dardejo
E sei da melodia aonde incrusta
Minha alma na medida sempre justa
E nela outro cenário em azulejo
Depois da tempestade em tez brumosa
Esta alma num sentido onde antegoza
Momento que decerto não virá
O engodo se reflete em desvario
E o passo noutro instante eu desafio
E sei do descaminho desde já.

851

Partiu-se em magistrais
Diverso coração
E vendo tais cristais
Na vária direção
Ousando sempre mais
Os dias moldarão
Em meio aos desiguais
A sorte em sedução
Pudesse numa sorte
Dispersa melodia
E quando me conforte
Traslada o dia a dia
E o quanto já comporte
Jamais em vão se adia.

852

As águas deste rio
Invadem emoções
E quando desafio
Traçando aonde expões
O tanto desvario
Marcando as ilusões
E neste passo o frio
Tramando em negações
Os rumos variando
De cena a cada instante
Um mundo bem mais brando
Aos poucos sonegando
O rumo desde quando
Pudesse se moldando.


853

Unidas num destino
Aonde pude além
Vencer e determino
O quanto ainda vem
Marcando o cristalino
Caminho sem desdém
E sei que me alucino
Enquanto o pouco tem
Vestindo a sorte imensa
E nela tudo eu vejo
Enquanto o que compensa
Traduz a cada ensejo
A sorte mesmo imensa
Transcende ao azulejo.

854

Não deixe esta amizade
Apenas no papel
Que nada nos degrade
E impeça o pleno céu
A vida rompe a grade
E gera além do véu,
O tanto que me agrade
E trace a vida em mel,
O passo em concordância
Gerando este horizonte
Aonde em abundância
A vida nos aponte
Um mundo em tal instância
De uma esperança, a fonte.

855

Em atos de total
E rara plenitude
O quanto em desigual
Cenário se transmude
E gere um virtual
Caminho aonde eu pude
Vencer o mais banal
Gestando uma atitude
Diversa da que vira
Há tanto, desenhada
E quando vejo a pira
Etérea, iluminada
A sorte sem mentira
Parindo esta alvorada.

856

Difícil tanta vez
Acreditar no sonho
Aonde o que se fez
Deveras não componho
Da doce insensatez
Ou mesmo de um medonho
Caminho em altivez
Resumo do que oponho,
Espero atocaiada
A noite em rara espreita
A vida agora brada
Enquanto se deleita
E depois deste nada,
A sorte enfim se aceita.

857
A dura expectativa
Do tempo que viria
Marcando o quanto viva
Em franca poesia,
A morte não se priva
Do gozo em alegria
Assim como a cativa
Vontade em agonia
Do tempo mais suave
Do verso em plena luz
O quanto não se agrave
E ao todo nos conduz
Ousando como uma ave
Liberdade produz.


858


Não queira transformar
A queda em solução
Nem mesmo neste mar
As horas mostrarão
O quanto quis amar
E sei que não virão
Sequer noutro luar
As dores do senão,
Expresso em verso e canto
O todo que pudera
E sei de cada encanto
Audaz da primavera
E nada mais garanto
Nem mesmo o que me espera.


859

Uma amizade é rara
E tanto necessária
Enquanto se escancara
E marca a temerária
Estrela bem mais clara
Embora visionária
A vida se declara
Além do todo, pária,
Escassas noites vagas
E tanto quis além
Resumo destas plagas
Aonde o que contém
Enquanto além divagas
Presumo o que inda vem.


860

Depois que houver ruptura,
Já nada mais conserta
A sorte se moldura
E deixa a cena aberta
Enquanto se perdura
A porta agora alerta
Marcando a noite escura
E tudo em vão deserta
Deixando para trás
As marcas de um passado
E nada que se faz
Permite o quanto evado
E gera este mordaz
Cenário desolado.


861

Rebenta essa barragem,
E nada mais se vendo
Aonde em abordagem
Diversa do remendo
Pudesse noutra aragem
O mundo se provendo,
E sei quando é bobagem
O canto mais horrendo,
Vestígios de outras eras
Ainda cultuando
O sonho onde temeras
O canto mais infando
Apenas desesperas
Um verso em contrabando.

862

Amigo, como é bom
Poder ter a certeza
Da vida em raro tom,
E assim na correnteza
Ouvindo o claro som
E dele sendo presa
Amar é raro dom,
E a sorte traz à mesa,
Invisto cada passo
No todo aonde um dia
Pudesse enquanto traço
Viver a fantasia
E o tempo, mesmo escasso
Gerasse uma alegria.


863

Palavra que me adoça
O tempo em que procuro
Vencer a sorte, a troça
Em tempo menos duro
E o todo aonde apossa
A vida além do muro,
E o canto se destroça
E nele em paz perduro,
Vencido caminheiro
Das noites mais sutis
Adentro este canteiro
E peço enquanto quis
O sonho derradeiro
Que agora e em vão desfiz.

864

Mas se perder sentido,
Já nada mais coubera
O quanto eu dilapido
Ou mato em mim a fera
Marcando cada olvido
Com tudo o que tempera
No canto dolorido
Ou mesmo nesta esfera
Audaciosamente
Tentara no passado
O rumo que desmente
A sorte em tal traçado
Vivendo o que se sente
Embora enfim, evado.


865


É queda que jamais
Eu pude presumir
Depois dos magistrais
Delírios de um porvir
E neles outros tais
E nada a mais sentir,
Senão velhos cristais
Ou tanto a redimir
Errático cometa
Aonde quis a sorte
O todo se arremeta
E nada mais conforte
O nada se prometa
E faço dele o norte.

866

Por isso, companheiro,
A vida só se dá
A quem se por inteiro
Invade e desde já,
Não teme o derradeiro
Caminho que virá
Gerando este canteiro
Que enfim florescerá.
Esvaio em cada instante
E gero noutro canto
O todo onde garante
O mundo sem quebranto
E sei deste brilhante
Momento em raro manto.

867


Te peço, que esta casa
Jamais seja diversa
Do sonho onde se abrasa
Do passo onde se versa
A vida traz e embasa
Além da vã conversa
A sorte enquanto apraza
O todo; e não dispersa.
Espero a paz e vejo
O raio que inda venha
Mantendo o meu desejo
E dele a velha senha
Realço este azulejo
No quanto me convenha.

868

Eu quero que tu sejas
Além de meramente
A deusa em benfazejas
Vontades, plenamente
E quando me azulejas
A vida se apresente
Em tantas mais sobejas
Belezas que aparente.
Vencendo as tempestades
Em ritos mais diversos
Aonde não degrades
Ousando em raros versos
Supero velhas grades
E vago em universos.


869


Tua felicidade
É tudo o que eu anseio
E sei do quanto brade
O amor em claro veio,
E sei desta verdade
Ousando em devaneio
Viver o que me agrade
E nisto não receio
Sequer a menor queda
E o passo mais audaz
E a sorte se envereda
No quanto a sorte traz
Marcando enquanto seda
O rumo em plena paz.


870

Amar é se fazer
Além do pleno passo
Ousando no querer
Viver o que inda traço
Gerando com prazer
O mundo em novo espaço
Vagando eu posso ver
Bem mais que este cansaço,
Espalho a minha voz
E sinto o quanto possa
Sentir além da foz
Esta verdade, nossa
E o canto mais atroz
Distante não me acossa.


871

Abrir, cada momento,
E nada mais pudesse
Aonde eu me alimento
E busco a cada prece
O quanto me atormento
E a vida se obedece
Ousando num momento
E nele a trama, a messe,
Vencido noutro instante
Depois de tanta luta
O passo se garante
E nada mais refuta
O corte penetrante
Da vida, mais astuta.

872

Sorrir pelo sorriso
E nada mais pudera
Vencer o mais preciso
Caminho onde se espera
O corte sem juízo
E a vida em vã quimera
Trazendo este granizo
Em leda e dura esfera
Resumos do passado
Aonde poderia
Viver este legado
Em farta sincronia,
Mas quanto mais invado
Destino se perdia.

873

E ter prazer no gozo
Embora saiba bem
Do dia majestoso
Que sei, jamais contém
O todo pedregoso
Enquanto a sorte vem,
Ousando em caprichoso
Caminho sem desdém,
Mergulho no vazio
E gero além do cais
O todo desafio
E sei dos magistrais
Cenários onde o rio
Encontra os terminais.


874

Te responder da forma
Aonde nada mude
E a vida se transforma
Bem mais do que eu já pude
Vencendo a velha norma
E nela esta atitude
Do quanto se reforma
E mesmo desilude,
Esbarro nos meus passos
E sinto a previsão
Dos dias, velhos laços
E neles se verão
Os cantos mais escassos
E a dura imprecisão.

875

Fazer o mesmo mel
E crer na eternidade,
Vagando sempre ao léu
Do passo aonde invade
E risca em tom cruel
O todo em vã saudade,
Aprendo além do véu
O tanto que se evade,
Bradando com firmeza
A sorte merecendo
O dia em tal beleza
Supera o canto horrendo
E sem qualquer surpresa
O passo além remendo.

876

Tornar meu pensamento
E nada mais se faz
Ainda quando invento
Um mundo feito em paz,
Já nada mais sangrento
Embora seja audaz
O passo aonde eu tento
E sigo em vão, tenaz.
Restauro cada engano
E teimo contra a fúria
E quando assim me dano,
Arcando co’a penúria
O tanto soberano
Retrata esta lamúria.


877

Te dar e receber
O amor que tanto quis
Vencendo o desprazer
Tentando ser feliz
A vida num querer
Tramando o que ora fiz,
Vertendo em bel prazer
O mundo por um triz,
Resumos de outras eras,
E nada mais podia
Enquanto destemperas
Marcando em agonia
A sorte aonde esperas
O renascer do dia.


878

Viver em pleno amor,
E nada mais seguir
Senão o quanto pôr
Meu passo em teu porvir
Resumo além da flor
O todo num florir
Diverso do valor
Que tento redimir,
Esbarro nos meus erros
E sinto quanto ilude
Além destes desterros
Os cantos onde é rude
Cenário adentra os cerros
E muda esta atitude.


879


Saber que sou feliz
E nada mais tentasse
Senão do quanto eu quis
Gerando novo impasse
A vida por um triz
Decerto sempre grasse
Ousando em ledo gris
O todo que moldasse
O limo onde se vendo
A queda anunciada
O passo num horrendo
Cenário aonde em nada
A sorte decorrendo
Marcando cada estrada.


880

Do brilho que te traz
Um dia após a queda
O canto mais audaz
Além já se envereda
E nisto o que foi paz
Agora ainda seda
E vejo contumaz
O passo onde se enreda
E sigo sem saber
Dos erros mais profusos
E neste meu querer
Os dias tão confusos
A vida sem se ver
Perdendo em tais abusos.


881

Quem fala deste amor
Sem nada a desejar
Senão velho calor
Ou mesmo algum luar
Traçando em multicor
Caminho a se trilhar
Vencendo algum pudor,
Podendo se entregar
Sem medo e sem limite
Sem caos e sem tempesta
O quanto se permite
Regendo a rara festa
Do todo onde acredite
A sorte em paz, se empresta.


882

Sabendo que somente
O sonho nos transforma
O quanto se apresente
E nisto em nova forma
A vida mais contente
Encara qualquer norma
E bebe da clemente
Vontade onde se informa
O sonho em plena luz
E tanto vicejando
O mundo onde compus
O dia ameno e brando
E nisto reproduz
Meu canto em paz, moldando.


883

Quem sabe no final
Após a tempestade
Vencendo o vendaval
Minha alma em luz já brade
Ousando sem igual
Caminho onde se evade
O sonho em ritual
Diversa claridade
Já nada mais pudesse
Quem tanto quis além
O passo dita a messe
E o todo quando vem
Domina o que se tece
Na vida sem desdém.


884

De tanto sofrimento
A vida se traduz
Na paz onde alimento
O sonho feito em luz
Vencendo o quanto tento
E sei da força em jus
Momento aonde invento
O quanto me conduz
Resumo cada verso
No todo onde pudera
Vencer o mais diverso
Desenho em qual esta era
Pudesse no universo
Matar em vida a fera.


885

Desfilas nesta noite
O corpo em raro brilho
A cada bom pernoite
Decerto em ti palmilho
Além do quanto açoite
O vento eu compartilho,
O sonho onde se acoite
A lua onde polvilho
Em argentinos tons
As cenas mais audazes,
Teus lábios, teus batons
O carmesim que trazes
Ousando em novos tons,
A vida em raras fases.


886

Desnuda em minha cama
A deusa desejada
A vida tanto clama
E adentra a madrugada,
Ousando após o drama
A história demarcada
No todo aonde trama
A sorte desenhada,
Vacante coração
Enfrenta o dolorido
Cenário aonde em vão
Esqueço o que lapido
E vejo a sensação
Do tanto e nada olvido.


887

Uma constelação
Em cores variadas
As noites que virão
Deveras estreladas
Luares no sertão
Noites imaginadas
E quanto em precisão
Decerto o sonho invadas,
Marcando em consonância
Meu passo rumo a ti,
Encontro em abundância
O bem que outrora vi,
E nesta leda estância
Em paz eu ressurgi.

888


Estrelas derramadas,
Na cama onde me deito
Atravessando os nadas,
E neles o perfeito
Cenário em alvoradas
Marcando cada pleito
E tramo enquanto enfadas
As horas, satisfeito.
Mergulho em abissais
E sinto a cada passo
O tanto ou mesmo mais
Do sonho aonde traço
Sem medos, vendavais
Na luta sem cansaço.

889

Permitem que se tenha
A sorte traz o tanto
E sei do quanto venha
Marcando e até garanto
O passo e nisto empenho
Além do medo e pranto,
Mantendo acesa a lenha
E nisto sem quebranto,
Viceja dentro em mim
O brilho mais audaz
Trazendo desde o fim,
Aonde quero a paz,
E sinto o amor: enfim.

890


Em cores, explosão.
Momentos delicados
E neles se verão
Os sóis mal desenhados
E os dias que virão
Mudando tais traçados
E neles a emoção
Traduz velhos enfados,
Moldando o dia a dia
E nada mais pedisse
Quem tanto bem queria
Além desta tolice
Marcando em ironia
O quanto contradisse.


891

Explodem em desejo,
Vontades mais diversas
E quando além eu vejo
O rumo enquanto versas
Vagando em tom sobejo
As tramas que dispersas
Ousando num andejo
Cenário sem conversas
Confessas; cada engano
Presume um novo igual
E quanto mais me dano,
Resumo noutro tal
O canto soberano
Em verso triunfal.

892

A fome se permite
Enquanto a sorte muda
O todo sem limite
E nada traz a ajuda
A quem não se acredite
E nisto desiluda
A sorte num palpite
E o caos jamais acuda
Quem busca pelo menos
Momento mais feliz
E sei dos tão serenos
Cenários onde eu fiz
O passo em teus venenos,
Atroz, ledo e infeliz.


893

Já não suportaria
Sequer o quanto resta
Da noite amarga e fria
Em sombra mais funesta,
Aonde quis um dia
Em luta imensa e festa
Na dura hipocrisia
Verdade em mera fresta,
Sacrílego este anseio
Traçando um ar impuro
E quando a vida veio
Tramando o que perduro
Gerando o cais alheio
E o passo onde o conjuro.


894

Jorrando dentro da alma esta ilusão
Os erros mais comuns já se observando
E o todo imaginário, um dia brando
Agora noutro rumo em expansão,
Alçando cada dia dos que vão
Transito entre o vazio e o mais infando,
A sorte se desenha em contrabando
E o passo se perdendo, imprecisão.
Esbarro nos meus erros e sei bem
Do quanto poderia e não tivera
A vida se desenha em leda fera
E apenas esta bruma nos contém
Resumo de passado ledo e vago
Aonde sem destino, eu só divago.

895

Errático cenário aonde eu quis
Seguir a estrela guia que não veio
E o todo se desenha mais alheio
Traçando este momento em tom mais gris,
O canto se desdenha e este infeliz
Tramando o dia a dia em devaneio
Apenas outro passo em vão receio
E gero outro momento e peço bis.
Espalho o vendaval dentro do peito
E rasgo cada engodo do passado
E quando imaginara audaz eu brado,
E o todo se mostrara enquanto aceito
Vagando sem destino, imensidão
Apenas encontrando a negação.

896

Expresso a cada engano outro momento
E quando a sorte encontro, já não há
Sequer outro caminho e desde lá
O caos sem mais proveito eu alimento,
Aprendo com meus erros e lamento
O tanto quanto pude e não virá
Marcando este cenário e tocará
O todo num instante em vão tormento,
Esbarro nos meus passos sem descanso
E sei de cada engodo enquanto avanço
Matando uma esperança dentro em mim,
Meu canto se traduz em leda cena
E o tanto quanto eu quis tanto condena
Trazendo em ledo estio o meu jardim.

897

Esqueço cada passo aonde eu pude
Vestir a fantasia mais atroz
E sei do quanto resta vivo em nós
E tomo noutro passo outra atitude
E o tanto quanto quis me desilude
Matando em nascedouro onde quis foz
Ninguém mais ouviria a minha voz,
Nem mesmo o que deveras nos saúde.
O caos inominável se transforma
E gera do improvável cada forma
Marcando em discordância o meu futuro,
E o nada adivinhado dentro da alma
Deveras com certeza não me acalma
E apenas o vazio ora asseguro.

898

Já não comportaria uma saudade
No peito de quem busca apenas paz,
E o todo se traduz ou se desfaz
No tanto quanto possa e ora se evade,
O rumo se perdeu, sinceridade
E o canto noutro passo pertinaz,
Vencido pelo engodo mais tenaz
Encontra no final disparidade,
Ousando caminhar contra a tempesta
Do todo que pudesse nada resta
Sequer a mera imagem construída
Nos ermos de minha alma em luz e brilho
E quando noutro passo inda palmilho
Perdendo pouco a pouco a minha vida.


899


Já nada mais resume o quanto espero
Dos erros costumeiros de quem sonha
E sei da face escusa e mais tristonha
De um mundo tão diverso e mesmo austero,
Vencido pelo embate aonde eu quero
Apenas a figura que proponha
A sorte desenhada e nela enfronha
Meu passo num caminho mais sincero,
Contráteis ilusões e nada além
Do errático cenário enquanto vem
A vida num alento ou mero tom,
E bêbado dos sonhos sigo em frente
E nada mais permite o que se sente
Tramando a cada passo o mesmo tom.

900

Apenas um cigarro e nada mais
A vida se resume em mero brilho
E quando me percebo, um andarilho
Vagando entre diversos vendavais
Ousando conhecer os teus cristais
E neles cada instante onde palmilho
Toando dentro da alma este estribilho
Em erros contumazes e venais,
Presumo após a queda o desvario
E sei do quanto quero e não pudera
Vencido em artimanhas pela fera
Apenas outro tanto eu desafio
E bebo cada gota deste fel,
De um mundo tão atroz quanto cruel.

901

Meu canto sem saber qualquer sentido
Aonde a vida traça tão somente
O quanto noutro rumo ainda tente
E neste passo um novo inda lapido
E sinto cada passo enquanto olvido
Tentando ver o mundo novamente
E gero cada grão, leda semente
Marcando o solo atroz e desvalido,
E sei do meu momento em dor e medo,
E quando num instante assim procedo
Pousando esta esperança no além mar
Pudesse ter apenas a certeza
Da vida sem temor, tédio ou surpresa
Num tanto e belo passo a me entregar.


902

Já não comportaria este universo
Distante dos meus olhos, no infinito
E sei que mesmo quando eu acredito
Ousando noutro passo e nele imerso
Vagando sem sentido e assim disperso
Meu passo rumo ao nada, e se bendito
Cenário se moldasse sei do rito
E nele sem proveito eu vou submerso,
Expresso cada passo em tom audaz
E o nada que pudesse e não se faz
Traduz o medo enquanto não retenho,
A cada novo traço se aprofunda
A morte doutro engodo, nauseabunda
Verdade já tornando amargo o cenho.


903

Pousando na janela o sabiá
Cantando em belos sons, diversidade
A vida se transborda e quando invade
Traduz o que deveras tomará
A sorte num momento e desde já
O rumo noutro tom, felicidade
E o nada se mostrara quanto agrade
O passo sem destino mudará,
E o caos dentro do peito de quem sonha
Vestindo a inusitada e vã vergonha
Pudores nada dizem do que eu sinto,
E vejo o meu caminho em tal pecado
Ousando noutro rumo e quando brado
O todo se esvaindo em puro instinto.


904

Resumo de uma vida aonde outrora
Já não coubera mais o quanto eu quis
E sigo o meu caminho por um triz
Enquanto a solidão já me devora,
Marcando o dia a dia sem demora
Vivendo e com certeza peço bis
E sinto o quanto pude; um aprendiz
Do todo enquanto o passo desancora
Resumos de momentos mais audazes
E nestes tons os dias que me trazes
São vários e decerto nada pude
Vencido pelo medo e tanto faz
O passo aonde o quis bem mais tenaz,
Mudando a cada instante de atitude.


905

Proponho pelo menos um segundo
Em paz ou plenitude de um anseio
E quando este caminho eu devaneio
Dos ermos de minha alma agora inundo
E sinto este momento mais profundo
Pousando num alento mesmo alheio
E sei do quanto posso e não receio
Gerando o coração mais vagabundo,
Audaciosamente quis no tanto
A sorte mais audaz e nada vinha,
A paz que tanto quis nunca foi minha
E o nada após o sonho em vão garanto,
Resumos de outras eras tão medonhas
Diversos deste alento que proponhas.


906

O medo se mostrando em cada instante
E nada mais pudesse acreditar
Sequer no manso raio de um luar
E a vida noutro engodo não garante
Talvez o que pudesse e me adiante
Matando cada passo devagar
Gerando dentro da alma o imenso mar
E deste sou apenas navegante,
Esboço reações embora saiba
Que tudo na verdade não mais caiba
No coração atroz de quem, vencido
Jamais pudesse crer noutro momento
E quando dos meus erros me alimento,
O canto noutro infausto eu dilapido.


907

No vórtice dos sonhos, pesadelos,
Alcanço tão somente o fim enquanto
No nada aonde o raro inda garanto
Momentos tão diversos; posso vê-los
E sinto tão somente tais desvelos
E nada mais soubera e deste tanto
O rústico cenário gera espanto
E trama dentro da alma tais novelos,
Esgoto qualquer chance de amanhã
Na face mais venal e sei malsã,
Do passo em plenitude desandado,
E o risco se mostrando na incerteza
Do medo na verdade mera presa,
O passo noutro rumo enquanto evado.


908

Volúpias onde quis a mansidão
E nada se aproxima do real
Os dias noutro encontro triunfal
Esboçam erros tantos que virão,
Gestando tão somente a solidão
E subo este cenário em vão degrau
Errático cometa em desigual
Nesta orbital loucura, imprecisão.
Mergulho toscamente no passado
E sinto cada engodo enquanto evado
Meu rumo original e nada vindo,
Apenas se presume o ledo engodo
E quando quis a sorte veio o lodo
E o passo se mostrara agora, findo.

909

Já não mais há razão para lutar
O tempo não condiz com o meu sonho
E quando a cada passo em vão me enfronho
Mergulho neste insano; torpe mar.
Pudesse noutro rumo navegar
E sei do quanto possa e sei bisonho
Meu cais aonde o barco quando o ponho
Apenas se presume o naufragar,
Arcando com meus erros, nada mais
Enfrento sem temor os vendavais
E os ritos noutros tantos me revelas,
Depois desta figura solitária
A vida se mostrara; vã corsária
Abrindo sempre a toda, as suas velas.


910

Não mais comportaria qualquer chance
De ter ou mesmo ver a solução
E nisto os novos tempos mostrarão
Ao quanto meu caminho em vão se lance,
E nada mais deveras sei que alcance
O passo sem sentido ou direção
Sabendo da resposta, eterno não
O sonho não passando de um nuance,
Mergulho neste infausto e sei do vago
Cenário desatento onde divago
E castro cada sonho em vil tormenta
Apenas o vazio dita esta alma
E nada do que pude ainda acalma
Nem mesmo uma emoção já me alimenta.


911

Aonde quis a sorte e nada mais havia
Sequer o quanto possa ainda acreditar
O passo se perdeu e quando sem luar
Apenas outro instante além desta ironia
Gerando dentro da alma a dura fantasia
E nela o que procuro em tolo caminhar
Transforma de repente o quanto quis amar
Em nova face escusa e gesta a alegoria
Esbarro neste engano e sigo contra a fúria
Do todo que pudesse e sei que sem lamúria
A vida não trouxera apenas esperança
E o vândalo cenário além do imaginário
Esbanja em tom sutil o canto temerário
E nada mais em paz, a vida agora alcança.


912

Encontro cada passo aonde o quis
E sei do meu desenho em tom atroz
Quisera desenhar do sonho a foz
E ter noutro momento em cicatriz
O quanto não pudera por um triz
Tentando adivinhar a leda voz
Gerada pelo ocaso, rude algoz
E nisto o meu caminho se desdiz,
Vencido pelo engodo mais fatal
A sorte se desenha em bem e mal
E o canto se anuncia em tom maior,
Apenas poderia ver deveras
As sortes entre tantas, vagas eras,
E o corpo se traduz em mais suor.


913

O pensamento voa libertário
Cerzindo o quanto pude ou mais quisera
E a sorte desenhando a face fera
De quem se fez agora em adversário,
O manto se mostrara temerário
E o dia mata logo a primavera
O quanto na verdade destempera
E marca sem sentido itinerário,
Esbarro nos engodos costumeiros
E tento novos dias em luzeiros
E sei das esperanças quais lanternas,
E nada do que possa ainda sinto
Matando a solidão em ledo instinto
E as dores mais atrozes logo externas.


914

O passo noutro rumo, desalento
O canto mais agudo em voz suave
E quando a solidão ainda agrave
O que procuro, insano e mesmo invento,
Vagando sem destino contra o vento
E nada mais pudera e já se entrave
Cerzindo em liberdade como uma ave
O olhar sem direção, ainda enfrento,
E sigo contratempos mais audazes
E sinto contraluzes que me trazes
Matando pouco a pouco uma ilusão
Gerando dentro da alma esta esperança
Meu passo no vazio ora se lança
E sabe dos tormentos que virão.


915

Na queda prometida apenas isso,
O rastro que deixaste sobre o solo,
E quando imaginando em duro dolo
O canto enquanto eu tento e jamais viço,
O todo se desenha mais mortiço
E apenas tão distante do teu colo,
O mundo sem sentido quando imolo
O todo num instante movediço,
Esbarro nos meus erros e procuro
Vencer este momento aonde é duro
O olhar de quem se fez mais inclemente
Pudesse desejar um novo dia
Marcando com ternura o que eu traria,
Porém a minha vida cala e mente.


916

Olhando para trás vejo somente
O todo mais diverso e nada fiz
O quanto se pudesse por um triz
No passo tão audaz quanto inclemente
E o rumo se desenha de repente
E nada do que eu possa e peço bis
Gerando o dia a dia mais feliz
A sorte noutro engodo, penitente,
Expresso a hipocrisia enquanto vira
A morte transformada em tal mentira
E o lodo se presume em tom venal,
Apenas desdenhando esta quimera
A vida noutro rumo destempera
E traça outro momento, desigual.


917

Já não comportaria outro caminho
E sei dos meus enganos quando tento
Vencer o mais diverso sentimento
E nele com certeza ora me aninho,
Vagando sem destino eu vou sozinho
Entregue o coração exposto ao vento
E sei do quanto custa o sofrimento
E tramo a cada engodo um novo espinho,
Na flórea sensação se presumindo
O todo quando o vejo e sei do infindo
Caminho aonde eu possa desvendar
Os erros costumeiros; quando traz
A vida num momento mais tenaz
Ousando em plena Terra este luar.


918

O manto mais audaz pudesse ver
E nada poderia me calar
Ousando noutro passo devagar
A vida traz em si o amanhecer
E vejo o quanto pude merecer
E nada se desenha no luar
E quando a solidão se desnudar
Eu posso simplesmente esvaecer.
Escândalos diversos, motes vários
E os âmagos dos sonhos, adversários
Dos erros costumeiros de minha alma
A sorte na verdade se transforma
E nada obedecendo à velha norma
O todo noutro ponto em paz me acalma…


919

O verso não permite a tradução
Do sentimento imenso que me guia
E neste delirar a fantasia
Esbarra noutro tempo em vão senão,
E sei dos meus momentos que trarão
Apenas o que rege em ironia
Marcando cada passo, esta agonia
Esvai sem ter deveras tradição,
Escassos dias dizem do abandono
E quando do vazio ora me adono
Restauro meus enganos, me condeno,
Bebendo cada gole deste infausto
Amor não permitira um holocausto
Tampouco um ar temido em tal veneno.

920

Já nada mais comporta o que pudera
Traçar a cada passo ou mesmo até
Enfrento a tempestade e na maré
Gigante onda me invade e dita a fera
Resumo dentro em mim sem primavera
O todo aonde pude em leda fé
Traçando cada passo e por quem é,
Meu canto em todo engodo destempera,
Urgindo esta palavra: liberdade
O passo sem destino quando evade
Mergulha nos erráticos cenários,
E os dias se perdendo noutro rumo,
Os erros cometidos, quando assumo
Esbarram noutros cais, imaginários.


921

Já nada poderia enquanto tento
Vencer a dor diversa que me aflige
E o todo se pudesse quando exige
O passo em mais completo desalento
E o sonho noutro rumo nada erige
Sequer o ledo altar onde atormento
O canto se mostrasse e não contento
O todo que deveras não redige
O rústico cenário deste engano
E o quanto deveria e assim me dano
Matando em nascedouro uma esperança
Assim a cada instante degradado
O sonho enquanto em vida, agora evado
Apenas no vazio enfim se lança.


922


Esvai em cada engodo o presumido
Cardápio em iguarias mais sutis,
E o todo que pudera contradiz
E nada em seu lugar inda lapido,
O passo noutro canto eu dilapido
E tento pelo menos ser feliz,
Mas cada nova queda, a cicatriz
Transcende ao que pudesse e não duvido,
Divido meu momento entre dois ermos
E sei dos meus caminhos nestes termos
Aonde a vida trouxe cada medo,
E o rumo se aproxima do final,
Aonde se deseja vejo a nau
E dela todo cais, distante e ledo.


923

Já não comportaria a melhor sorte
O sonho de um poeta tão cansado
E quando noutro rumo enfim me evado
Sem nada que pudesse ou me conforte,
Marcando este cenário sem um norte
E vibro enquanto teimo e do passado
O manto noutro canto desenhado
Esboça o quanto pude e não comporte
Sequer a menor chance de um futuro
E desta forma errático eu procuro
Apenas vislumbrar qualquer acento
Da vida sem sentido e sem razão
Os olhos no vazio mostrarão
O quanto mais desejo e até invento.

924

Loucuras entranhando cada passo
Aonde se pudesse adivinhar
A cor deste caminho em tal luar
Marcando com ternura o que ora traço
Esbarro noutro rumo e sei do laço
Que tanto poderia nos atar,
A vida se perdendo devagar
E o canto se mostrara mais escasso
Vislumbro após a queda o nada além
E o todo noutro rumo quando vem
Esboça a realidade mais atroz
E o nada se mostrasse em desafeto
O passo aonde em paz eu me repleto
Transcende ao que pudesse em viva voz.


925

Nos erros costumeiros de quem trama
Vencer as tempestades com a paz,
O rústico cenário já se faz
E nada manteria acesa a chama
E o passo noutro rumo gera o drama
Deveras num engodo contumaz,
O canto se mostrasse mais tenaz
E o todo noutro encanto se reclama,
Na vívida expressão da melodia
O quanto na verdade não veria
Quem busca a plenitude e nada vendo,
Escassas noites dizem do futuro
E quando no vazio eu me asseguro
Sou mero e sem sentido, triste e horrendo.


926

Legados que carrego deste tanto
Aonde nada houvera nem pedisse
A vida se transforma em tal mesmice
E o caos dentro de mim ora garanto,
Secando com ternura cada pranto
A sorte não resume mais tolice
E o passo noutro engodo se desdisse
Marcando o que busco e não me espanto,
Gerando dentro em mim a solitude
O quanto deste mundo desilude
Quem busca a claridade que não há,
O cais se apresentando mais distante
O manto noutro rumo se adiante
E mate o que tentara desde já.


927

Salvando os meus enganos, noutro passo,
Esqueço cada falso diamante
E quando a solidão nada garante
Adentro todo o rumo em que desfaço
Esbarro nos meus erros, sigo lasso
Vagando sem saber o que adiante
E sinto o mesmo encanto doravante
Marcando com ternura este regaço,
Viceja uma alegria sem igual
E nada do que fora bom ou mau
Apenas extraindo cada verso
E nasço do vazio ou me confesso
E neste caminhar onde eu tropeço
Encontro o desengano mais disperso.

928

Olhando para trás o que inda vejo
Já não coubera mesmo neste olhar
E neste meu caminho o navegar
Traduz o que pudesse em vão desejo
O vento poderia benfazejo
E o tanto quanto possa caminhar
Gerando o meu cenário em teu luar
E nele o meu amor claro ou andejo,
Resíduos de outras eras que percebes
Invadem tais momentos, novas sebes
E sigo sem cansaço e sem proveito
Errático momento me atordoa
A vida se mostrara sempre à toa
E neste mar imenso eu me deleito.


929

Encontro a solidão a cada passo
E nesta nova curva uma ironia
Vestindo o que deveras me traria
Apenas este mundo em vão cansaço
E quando a solidão decerto eu traço
Risível madrugada em agonia
Matando o que pudera em tez sombria
Deixando para trás o mero espaço
Resumos de outros sumos, liberdade,
O manto se tornara enquanto evade
Gerando esta insensata e vã procura,
Do todo que pudesse noutro fato
Somente este vazio ora constato
E sei do quanto a vida me amargura.


930

Não vejo mais a farsa que montaste
E o plano se transforma em nova senda
A sorte na verdade não desvenda
Senão tanto tormento em vil desgaste,
E sei do quanto engano tu moldaste
A luta mais feroz, mera contenda,
E nada do que eu possa ainda atenda
O rumo sem saber de algum contraste,
Vagando sem destino vida afora,
O todo noutro instante se evapora
E marca com terror o que eu busquei,
E ledo caminheiro do passado,
Aos poucos o futuro eu não invado
E sinto desolada a bela grei.


931

O quanto suavemente me tocasse
O sonho; aonde o pude desenhar
Marcando cada raio do luar
Traçando com ternura a bela face
Daquela que vencendo se mostrasse
Reinando sobre o todo a divagar
Gerando outro caminho e emoldurar
Vencendo o que pudesse num impasse,
O tento mais atroz em verso e gozo,
Um mundo sem sentido ou prazeroso
Espraio quando tento logo além
Sacrílego desenho se emoldura
E a sorte se transforma e sendo escura
Somente este vazio em nós contém.

932

Já não comportaria uma esperança
Sequer quem desejara novo rumo,
E o quanto me perdendo enquanto esfumo
Traçando qualquer medo e lá se lança
Vagando sem saber desta mudança
E nisto em todo engodo se me esfumo
Aos poucos entregando inteiro o sumo,
A morte a cada dia mais me alcança,
Vestindo a fantasia aonde eu pude
Tentar com sobriedade esta atitude
E nada se mostrara além do vão
E o medo se desenha sem sentido,
E o canto noutro rumo eu dilapido
Vivendo os velhos erros que virão.


933

Ourives da esperança a fantasia
Espelha o que carrego dentro em mim
E sei do meu cenário enquanto eu vim
Vencendo o que decerto eu poderia
Gerando a cada engodo o novo dia,
Matando em nascedouro o meu jardim,
O passo sem cansaço vive em mim
E trama sem saber mera agonia,
Vislumbro apenas nada e vivo aquém
Do todo que desenha enquanto vem
A sorte em mais distante lua e medo,
O todo se mostrara muito ou nada,
E a morte a cada engano anunciada
Apenas no momento agora cedo.


934

Pudesse nos milagres da esperança
Acreditar e ter a cada olhar
O sol imaginário a se mostrar
E nisto a minha vida ao vão se lança
A sorte se desenha e sem mudança
Pudesse noutro canto adivinhar
E sinto este cenário a se mostrar
Tramando o que pudera em temperança
A vida se presume noutro pasto
E a cada novo engodo ora me afasto
Tentando pelo menos novo canto,
E sei do meu vazio e nada mais,
Enfrento os dias vários, temporais
E nisto alguma sorte enfim garanto.


935

Ao longe no horizonte, em todo porto
Aonde o meu momento quis após
A vida sonegando sempre a foz
Deixando o dia a dia semimorto,
E quando se imagina novo aborto
A sorte não permite em rara voz,
O quanto poderia mais atroz
E sei da minha vida sem conforto
Esbarro nos enganos contumazes
E sei que no final já nada trazes
Sequer o quanto pude e mesmo quis,
O rumo se perdendo sem sentido,
Aonde apenas vejo e dilapido
O mundo gera nova cicatriz.

936

O louco caminhante do passado
Translada em vão futuro este presente
E o quanto na verdade se apresente
No canto sem sentido, agora brado,
E quando todo passo, em vão evado
E o nada noutro encanto me alimente
Vencendo o que deveras atormente
Marcando com terror o ledo fado,
Viceja esta vontade e nada vem,
Olhando para os lados, no desdém
De quem se fez audaz e não pudera
Vencer o quanto tento e não mais pude,
A sorte se mostrando em plenitude
Alimentando enfim a turva fera.,


937

Insensato caminho a se mostrar
E nele não entendo qualquer rumo,
Vencendo o que pudesse eu me resumo
Na ausência rara e dura do luar,
Vagando sem poder mais descansar
Aos poucos neste vago eu me acostumo
E tento procurar o supra-sumo
Cenário aonde o dia a desnudar,
No outono desta vida vejo aquém
Do todo mitigável, o que tem
E traça em amigável tom, meu canto,
No rastro que deixaste sobre o chão,
Os dias mais atrozes moldarão
O parto aonde o nada enfim, garanto.


938

Não deixe que este caos se transformando
No todo onde pudera amenizar
O passo sem sentido e sem lugar
Ao menos num momento bem mais brando
O canto se mostrara desde quando
A sorte não pudera mais traçar
Vagando sem destino, relutar
Embora dentro da alma vá nevando
O corte se mostrara mais profundo
E singro navegante imenso mundo
No porto mais atroz, dito a saudade,
E a paz que desejara nada vendo
Apenas dos meus passos um remendo
E o todo noutro engodo se degrade.


939

Enfrento os vendavais e posso além
Vestindo a plenitude em verso e prosa
A vida poderia majestosa
E nada na verdade me detém,
O quanto do passado ainda tem
E diz da mesma estrada pedregosa,
Vencido caminheiro se antegoza
Nas ânsias mais doridas do desdém,
E sei dos meus escassos dias quando
O todo noutro rumo emoldurando
Apenas o vazio aonde eu pude
Cerzir deste caminho um rumo, um cais,
E tanto poderia em desiguais
Cenários desvendar nova atitude.

940

Resumos de outros dias, num só dia
E nada mais traduz a sensação
Dos cantos mais diversos que virão
Tramando o quanto quis e não podia,
Vencendo num instante a hipocrisia
E o passo se mostrando em emoção
Erráticos cenários me trarão
O quanto na verdade não queria,
O pranto se desenha em leda face,
Especular momento em tom diverso
E sei da sensação em cada verso
Aonde meu delírio se mostrasse
Marcando sem sentido o que pudera
Matando a cada instante a primavera.


941

Aonde houvesse a luz eu poderia
Traçar o quanto quero e não viceja
Nesta alma sem sentido, em bruma andeja
Marcada por total hipocrisia
E sinto tão somente esta ironia
E o passo sem sentido inda dardeja
Aonde a minha vida se negreja
Resumo cada caos em agonia,
Esbarro nos meus erros e prossigo
O velho caminhante mais antigo
Abalroando apenas a ilusão
O todo desejado agora é vão
E o cais dentro do peito eu não consigo
Nem mesmo novos dias se verão.


942


O canto; aonde tento a claridade
Num manto feito em dor e nada mais
O rumo se desenha em temporais
E neles todo o passo agora brade

O pranto se traduz realidade
E vejo entre diversos vendavais
Os erros onde vivo os mais fatais
Momentos em cruel ansiedade,

E o passo sem sentido e sem final
O caos gerando em nós esta brumosa
Verdade aonde o todo se antegoza

E mostra o mesmo engano virtual,
Legados de outras eras no futuro
E sinto enquanto o nada eu asseguro.


943

Escalo a cordilheira mais fugaz
E nela adivinhando a charqueada
A sorte se traduz em quase nada
E o canto se mostrara e nada faz
Sequer o que pudesse em rumo e paz
A porta; há tanto tempo destroçada
A morte no caminho anunciada
Mostrando a face dura e tão mordaz,
Espelhos do vazio em esperança
A cândida ilusão já nada alcança
Nem mesmo o mero engano, ledo rastro,
E o pânico produz outro momento
E quando na verdade eu me atormento
Aos poucos sem sentido, em vão me alastro.

944

Já não mais caberia qualquer luz
A quem se fez diverso deste sonho
E o todo noutro passo recomponho
Sabendo aonde tento e nada pus,
Vencendo este cenário, faço jus
Ao quanto poderia e se me exponho
Ao virulento passo onde componho
A vida se transforma em leda cruz,
Reparo cada engano e sigo em frente
Aonde o meu caminho sempre tente
Vestindo esta emoção sobeja e rara,
Ao canto mais diverso da alegria
Meu mundo noutro passo se faria
Enquanto a solidão teima e escancara.


945

Apenas poderia acreditar
Nos erros de quem tenta novo passo
E sei do meu caminho eu traço
Apenas o vazio a se moldar
O quanto poderia devagar
E o mundo se transforma noutro espaço
E sei do meu viver em tal cansaço
Aonde não se vê sequer luar
Lutando contra a face da injustiça
A sorte noutro enredo se cobiça
E vence qualquer caos dentro do vago
Escasso desenhar onde eu pudera
Apascentar assim leda quimera
Enquanto sem destino ora divago.


946

Adentro as ilusões e sei que um dia
Meu canto não pudera ser ouvido
E sei deste cenário e não duvido
Do caos gerado em tons de alegoria,
Matando o que pudera e mostraria
O risco noutro tom já presumido,
Apenas o meu canto sem sentido
Marcando o que pudera e não teria,
Escassos sonhos vejo quando pude
Tramar a minha vida em solitude
E bebo deste caos onde enveneno
O passo sem saber de qualquer risco
E quando na verdade em vão me arrisco,
Esbarro no meu canto mais sereno.


947

As brumas desta tarde, anoitecendo
O canto sem sentido e sem razão
Os erros na verdade mostrarão
O olhar sem mais proveito, e quase horrendo
O todo se traduz sem dividendo
E mata esta esperança em solidão,
Encontro a mais distante direção
E nela um novo mundo eu não desvendo,
Esbanja dentro da alma o caos sem fim,
E sei da discordância em tal jardim
Matando em nascedouro uma esperança
O caso mais audaz, atroz e rude
Aonde na verdade nunca pude
Sequer ao meu caminho a paz se lança.


948

Não quero que tu sofras, companheira
Nem mesmo se pudesse acreditar
Na vida em novo rumo a se traçar
Ousando numa paz mais verdadeira,
E quanto além de tudo ainda queira
Marcando o que pudesse a desenhar
A sorte sem saber de outro lugar
Numa esperança trago esta bandeira,
E o pranto se transforma em alegria
E mesmo quando a vida se degrade
Enfrento mansamente a tempestade
E o todo noutro encanto eu poderia
Vencer sem ter sequer o mero medo,
E neste caminhar eu me concedo.


949

Bem sei quanto te quero. Isso é que vale
E deixo para trás qualquer engano
E sei que na verdade se ora me dano
O todo se desenha e sempre embale,
Vagando sem destino, nada cale
E trama este caminho soberano,
Vestindo a fantasia, em ledo pano,
A sorte não permite um velho xale,
Esbaldo-me deveras na emoção
E sei das sortes várias que virão
Toando dentro da alma em solilóquio
O todo mais atroz aonde eu vinha
Traçando esta ilusão somente minha
O mundo sem ter nada que inda invoque-o.


950

Tristeza se é demais sempre deforma
O passo de quem quis a liberdade
E o todo noutro engodo agora invade
E toma da esperança a rude forma,
E sei do caminhar onde se informa
Do tanto quanto pude e se degrade
A vida noutro canto ora se evade
E o passo sem sentido muda a norma,
Esbelta maravilha, esta sereia
E quando esta vontade me incendeia
Gerando o desafio aonde eu pude
Marcar com toda a sorte outro momento
E nisto com certeza eu me alimento
Além da mais etérea juventude.


951

A quem sempre se deu e não cobraste
Sequer alguma luz ou nada além
Do quanto na verdade sempre vem
Tramando a cada engano este desgaste
A vida se permite em tal contraste
E deste desejar mero refém
Mergulho no vazio de um desdém
E busco cada passo onde negaste
O todo desejado ou mesmo a mera
E louca fantasia onde se espera
A sorte sem segredos, plenamente,
Mas quando me percebo em tal receio,
O manto se retalha e nada veio
Senão este delírio que ora mente.


952


A quem sempre se fez e não propaga,
A sorte não deseja qualquer luz
E trama enquanto tenta e reproduz
Da imensa tempestade a enorme vaga,

Esbarro nos meus erros, se divaga
A rústica presença em contraluz
Gerando o quanto quero ou nunca pus
Trazendo nos teus olhos cada adaga,

Vestindo esta quimera, uma ilusão
Os erros costumeiros de quem sonha,
A face mais atroz, mesmo medonha

Dos erros mais comuns, a tradução.
Já nada mais deveras se componha
Sequer as horas mansas que virão.


953


A quem tanto carinho a vida traz
Esbarro nos meus erros e sei bem
Do quanto na verdade nunca vem
E o passo noutro rumo mais tenaz,

Vencido pelo caos, procuro a paz
E nada com certeza ora contém
Quem sabe da esperança o todo bem
E nisto em todo passo satisfaz,

Mergulho nos teus braços, esperança
E a vida neste instante ainda alcança
Bem mais do que pudera no passado,

E sinto a minha luz em raro e farto
Momento aonde o todo eu não descarto
E sem sentido ou medo, além eu brado.

954

Não deixa essa emoção ficar atrás
Dos dias mais felizes que virão
E sei do meu caminho em ilusão
E nada mais pudera ou satisfaz,
O quanto se desenha mais tenaz
Procura vencer sempre a solidão
E neste mais audaz, a sensação
Do quanto poderia e nada faz,
A vida não presume senão isso,
E o passo noutro rumo movediço
Impede a caminhada, e mesmo enquanto
O manto mais sublime se desfia
Marcando com ternura o que eu queria
E ao fim de certo tempo eu não garanto.


955

Se eu pudesse sofrer aonde tentas
Vencer as horas duras, sem juízo
O mundo quando em luzes eu matizo
Ousando além dos mares, das tormentas
E nada mais deveras atormentas
E sinto o meu caminho mais preciso
E nisto se desenha o mais conciso
Cenário aonde to todo ainda inventas,
Vestindo esta ilusão de quem pudera
Traçar a imensidão em nova esfera
Marcando em concordância o quanto eu quis,
Gerando a fantasia em luz suave
E a sorte na verdade nada agrave
Tramando o meu caminho além do gris.


956


Mas isso não seria proveitoso,
Sequer algum momento aonde eu possa
Vencer esta ilusão somente nossa
E crer noutro momento majestoso,
O rumo se desenha caprichoso
E nada do que eu quero ainda apossa
E quando a solidão somente endossa
O medo se mostrando pegajoso,
Toando dentro da alma esta ironia
A morte noutro passo me traria
Somente a negação do quanto eu quis
E o parto se sonega e não me traz
Sequer o que desejo em mera paz,
E nisto prosseguindo por um triz.


957

A dor sempre tem muito pra mostrar
A quem só desejara uma esperança
E o passo se mostrando enquanto dança
A vida noutro caos, a navegar,
E sei do quanto pude em tal lugar
Traçar somente a morte em temperança
O corte traduzindo tal mudança
Matando cada sonho devagar,
Ousasse noutro rumo, quem me dera
Pudesse adivinhar a primavera
Aonde se invernara em medo e sorte
Sem nada que deveras me alivia
A morte traduzida em ironia
Sequer alguma luz inda conforte.


958


A gente nunca cresce e quem me dera
Ainda permaneça de tal forma
Aonde cada passo se transforma
Voltando deste outono à primavera
E sei apascentar velha pantera
E nela sem juízo medo ou norma,
O passo noutro rumo me deforma
E o canto novamente destempera,
Espasmos corriqueiros de quem sonha,
A vida não se mostra tão medonha
E nem sequer pudesse ser assim,
Cenário mais atroz gerando o caos
E nele desenhando em mortes, naus
Gerando do começo o mesmo fim.

959

Por isso, por te amar e te sentir
Diversa da emoção que um dia vira
Mantendo dentro da alma a velha pira
O todo se desenha no porvir,

E quando mergulhara a resumir
O quanto se pudera e se interfira
Gestando enquanto a vida sempre gira
E trama o meu caminho a presumir

Vencendo cada passo sem engodo
O mudo se desenha neste lodo
E traça além do cais a negação

Pudera acreditar noutro momento
E sei do quanto busco e me alimento
Marcando a cada instante a imprevisão.

960


Não posso, em teu lugar, a dor e o caos
A sorte não me ilude e nem conquista
Meu barco sem saber jamais avista
O porto aonde quis as velhas naus

E ascendo ao meu cenário em vãos degraus
E o todo na verdade não resista
Não vejo deste amor a menor pista
Os dias se desenham sempre maus,

Escassa realidade em tom venal
O dia se mostrara triunfal
No olhar de quem buscasse a paz enfim

O mundo se presume e nada trago
Senão este momento atroz e vago
Matando o quanto resta em meu jardim.

971

Sem ti a morte sempre poderia
Trazer além da dor, a tempestade
E o quanto em solidão ainda brade
Marcando a minha sorte em agonia,
Vestindo o que deveras caberia
E nisto não mais sei felicidade
E o rumo se perdendo na verdade
Narcotizando a vida em heresia,
Mergulho nos meus erros costumeiros
E sei dos dias vagos em canteiros
Aonde cada estio em aridez
Não deixa a florescência da esperança
E o passo sem sentido agora avança
E nem o meu retrato em paz tu vês.


972

Te quero desde sempre, e nada pude
Vestindo cada engano e sei do fim
Aonde na verdade enquanto eu vim
Matando em nascedouro a juventude
O passo sem sentido desilude
E marca o que pudesse dentro em mim
Vestígios de um passado trago enfim
E nada mais pudera e sei do rude
Cenário aonde o canto se transforma
E a vida noutro engodo perde a forma
E trata com terror o quanto eu quis,
E o manto se transforma em tez sombria,
Marcando com angústia o dia a dia
E neste vão cenário este matiz.


973

Sou servidor dileto deste sonho
Aonde pude crer felicidade
E o quanto poderia e na verdade
Apenas se desenha em tom medonho,
O mundo se mostrara e me envergonho
Do passo enquanto a vida se degrade
E mate sem sentido a realidade
Num ato sem porvir, mero e enfadonho,
Vencido caminhante sem futuro
Apenas no vazio eu me asseguro
E sigo sem sentido e direção
Ousando noutro instante o quanto quis
Toando dentro da alma a cicatriz
E nela novos tempos não virão.


974

Meu canto predileto a ausência trama
E gera sem saber novo momento
Enquanto a cada engano eu me atormento
Apenas o vazio dita a chama
E vendo da esperança a leda rama
O quanto mais queria em desalento
O morto delirar gera o provento
E nada na verdade ainda clama,
Matando a sensação de ser feliz
Ousando muito além do que mais quis
Esbarro nos meus erros contumazes
E sei do quanto possa ou nada trago
E quando a solidão fazendo afago
Somente em rumos ledos tu me trazes.


975


No vício de quem fora e até talvez
Meu canto na verdade nada esconde
A vida se desenha em leda fronde
Marcada pela espúria estupidez,
E o todo na verdade ainda vês
Toando desde já e corresponde
Ao quanto com certeza não responde
E trama tão somente insensatez,
Numa constante luz em claros tons,
Os dias no passado foram bons,
Ocasos entre quedas, nada mais,
E os erros costumeiros de quem tenta
Vencer a cada passo outra tormenta
E bebe sem saber dos temporais.


976

Respiro o sentimento em tom diverso
E sinto a plenitude mais audaz
E nada na verdade satisfaz
Gerando dentro da alma este universo
E quando a cada engodo eu me disperso
E sei do dia a dia mais tenaz
E o todo num instante se desfaz
Matando o quanto pude e sigo imerso
Vagando sem sentido em ledo engano
E sei desta verdade onde me dano
E tento além do todo novo rumo,
E quanto mais audaz pudesse ser
Vivendo cada passo com prazer
Os erros dia a dia, em vão assumo.


977

Imerso na amplitude mais atroz
O canto se mostrara em tom sutil,
E o manto na verdade não previu
O engodo mais gentil em firme voz
Eu quero acreditar além do algoz
Num centro com certeza menos vil
E o quanto da esperança se reviu,
No todo desenhado em leda foz,
Esbarro nos vazios e sei bem
Do pranto quando a vida cedo vem
Marcando com ternura o quanto possa
A sorte desenhada noutro engodo
Matando o quanto quis em ledo lodo
E a vida se transforma em turva fossa.


978

Sou véspera do sido e não tentado
O caos em plenitude e nada mais,
Os olhos entre tantos vendavais
O passo sem destino agora evado,
E o caos aonde fora até gerado
Desenha novos dias, temporais
E sei dos meus antigos rituais
Vencendo o quanto pude em ledo prado,
Mergulho no vazio e sei do bem
Enquanto na verdade o que inda vem
Expressa tão somente o quanto eu quis
Meu verso traduzisse esta esperança
Enquanto a solidão já não amansa
Gerando esta emoção, turva e infeliz.


979


O quadro que pintamos noutra tela
A sorte se desdenha enquanto luto
E sei do meu caminho mesmo bruto
Enquanto o dia a dia não revela
E o todo no vazio ainda atrela
Matando o quanto possa e até reluto
O muito se desenha em tom astuto
E nada mais do sol encontra a vela,
A sorte se transforma a cada engano
E quando me percebo ora me dano
Vagando sem destino ou direção,
Errático caminho se traduz
Aonde desejara em contraluz
Os dias que sem rumo inda virão.


980

Na tez emoldurada em dor e medo
A face sem sentido se esvaíra
E o quanto se pudesse em nova mira
Da forma mais sutil como eu procedo
E o tanto que sentisse bem mais ledo
Pousando noutro caos, leda mentira
O todo sem sentido se retira
E sei do meu caminho em tal degredo,
Vestindo a fantasia aonde eu pude
Trazer a cada passo a solitude
Marcando os meus enganos desde já,
O passo sem destino e sem razão
Expressa os dias tolos que verão
O quanto do meu sol não brilhará.


981

Nas ordenanças todas pude ver
Somente o quanto quis e não teria
E o manto se mostraria em poesia
E nisto cada passo diz prazer
E o canto se evadindo a se perder
Na noite mais atroz e mesmo fria
A vida na verdade não sabia
Do canto sem destino a se tolher,
Vacante coração adentra aonde
O todo com certeza; enquanto esconde
Apenas corresponde ao nada em mim,
Cerzindo esta esperança aonde eu possa
Vencer o meu caminho em plena fossa
Vagando deste instante até o fim.


982


Do que não mais quiseste ou mesmo até
Desenhe sem proveito em luz suave
O todo na verdade não se agrave
A vida em sutileza dita a fé
E o passo se transforma e sei quem é
O tanto aonde pude e nada grave
Sequer imaginando a mera trave
Caminho se desenha em vão sopé,
Errático cometa, a plenitude
Sangrando na verdade desilude
E mata a sensação de ser feliz,
Vestindo esta ilusão em tom venal
O rumo se perdendo em ledo astral
O todo na verdade se desdiz.


983

Caramanchão imenso aonde um dia
Pudesse acreditar noutro momento
E quando no vazio eu me alimento
Meu passo noutro engodo se traria
E vejo a sorte amarga, hipocrisia
E neste desenhar eu não fomento
Sequer o que pudesse em tal tormento
E nele novo rumo não veria,
Esbarro sem sentido e sem razão
No engano desprovido de visão
Audaciosamente quis a paz,
Cerzindo cada passo aonde iludo
O mundo poderia vir com tudo,
Porém a cada instante se desfaz.


984


Dourado por milhares de momentos
E neles outros tantos; busco a paz
A face mais atroz, mesmo mordaz
Gerasse tão somente os desalentos
Invado sem sentido os sofrimentos
E bebo o quanto pude e sei tenaz
O dito mais alegre e contumaz
Gestando dentro da alma os excrementos,
Aonde vicejasse uma esperança
A vida sem sentido agora lança
Meu passo noutro rumo e nada vejo,
Senão a mesma angústia e nada tendo
Apenas descrevendo este remendo
Aonde poderia ser sobejo.


985

Os fios dos meus nervos irritáveis
Os tão diversos erros costumeiros
E sei dos meus caminhos derradeiros
E neles outros tantos imutáveis,
As sortes noutro rumo são tragáveis
E os cantos invadindo os meus canteiros
Os sonhos são deveras mensageiros
Dos dias mais audazes e notáveis,
Escassa realidade dita a forma
E nada do que possa me conforma
Sequer o dia em vão que nunca veio,
Apenas resumindo em mero verso
O todo que decerto inda disperso
Marcando com ternura o passo alheio.


986

Perfumem a minha alma teus aromas
E digas do que posso ou mesmo quero
E sei do meu caminho mesmo austero
Enquanto os sonhos ledos sempre domas,
As sortes se desenham quando somas
O rústico cenário enquanto fero
Matando o que decerto ainda espero
E neste caminhar nada mais tomas
Audazes dias ditam liberdade
E o passo noutro rumo agora evade
Marcando o que mais quis e nunca vinha
A dita desdenhada num revés
As horas enfrentando tais marés
A vida na verdade nunca é minha.

987

Ao ver o teu desejo sem limites
O passo sem caminho traduzira
A vida quando o tempo diz mentira
E nisto sem saber tanto acredites,
O canto na verdade delimites
Marcando o que pudesse e se interfira
Gerando o quanto quero e sempre gira
Matando o quanto posso ou necessites,
Esbarro nos enganos mais sutis
E tendo muito além do que mais quis
A perda da esperança se anuncia
Marcando em tom venal a voz que tenta
Vencer em plenitude esta tormenta
Deixando para trás a hipocrisia.


988

Os fetos que abortaste no vazio
Desta alma sem caminho ou previsão,
Pasmando nos momentos que verão
Apenas solidão quando porfio,
E sei do ledo engano em desafio
E os passos noutro rumo e direção
Vagando sem saber da precisão
Gestando após a chuva o novo rio,
E o vasto desejar já não pudera
Traçar o meu caminho em tal quimera
Marcando com ternura esta incerteza
Das iguarias todas, lauto prato
E sei do quanto possa e mais constato
Vencendo o meu caminho em correnteza.

989

A vida destinou cada segundo
À luta mais insana, mas constante
E o passo noutro todo se garante
Enquanto no vazio eu me aprofundo,
Vestindo a sensação de um novo mundo
E nele cada engano degradante
Marcando com ternura o que adiante
E deste desenhar eu já me inundo,
Espero cada engodo e nada vejo
Somente o que deveras no verdejo
Desta alma em paz pudera constatar,
Volvendo num instante ao quanto pude
O passo na verdade em solitude
Vagando sem destino em teu luar.


990

De ter esta alegria dentro em mim
Depois de muita luta vida afora
O todo na verdade comemora
Apenas o que busco e sei enfim,
O rústico cenário de onde eu vim
A fonte se calando não demora
E traça o que pudesse desde agora
No quanto desejara carmesim,
Os lábios delicados desta diva
A sorte com certeza não me priva
Desta delícia audaz e delicada
A vida se renova num instante
E o tanto quanto quero já garante
A vida noutro passo em nova estrada.


991

A sorte que já veio noutro instante
E o passo sem sentido ou mesmo rumo,
O quanto da verdade ora resumo
E o nada desprovido não garante
O passo enquanto pude doravante
Ousar noutro momento e me consumo
Vestindo a solidão em ledo prumo
Vagando sem saber do que adiante
O pântano cerzido em vaga luz
O manto se transforma e não seduz
Resulta do vazio dentro da alma
E o corte se anuncia num engano
E a cada novo encanto se eu me dano
Apenas solidão ainda acalma.

992

Em tua fantasia vejo o quanto
Pudera e nada veio nem a luz
E sei do fato aonde reproduz
O que deveras busco e não garanto
Cerzindo da esperança um novo manto
A vida sem remédio não faz jus
Ao quanto poderia e em contraluz
Espalha sem sentido o mero canto,
E vejo desprovido de esperança
O passo mais além do quanto alcança
Cenário se tornando mais cruel,
Vencendo a tempestade, nada posso
E sinto que pudera além destroço
Vagar sem ilusões, sem rumo, ao léu.


993

Minha alma te procura em noite vaga
E sinto sem saber o quanto eu quero
E mesmo que pudesse ser sincero
A solidão deveras não indaga
E segue em sortilégio cada adaga
Vestindo o meu caminho amargo e fero
E sei do quanto possa e desespero
Marcando a minha vida aonde alaga,
Esvaio num vazio e sei do tanto
Aonde meu caminho eu adianto
E mostro a minha face mais sensata,
Invisto neste todo e sigo além
Do manto desenhado e quando vem
A sorte noutro todo se constata.


994
Sabendo que algum dia ainda venha
Ousando com ternura um passo em paz,
O quanto poderia e fui capaz
Alçando sem sentido a velha lenha,
Quisesse penetrar, tivesse a senha
E neste meu cenário mais audaz
Pusesse meu olhar em rara paz
E nada na verdade se desdenha,
Gerando a plenitude aonde eu possa
Vencer o que deveras dita a troça
Resumos de outras eras mais sombrias
E o tanto quanto pude e nada vinha
Traduz a realidade aonde é minha
O fato que em verdade não querias.


995


Vivendo do teu lado a cada instante
O mundo se desenha sem sentido
E quando a cada engodo o dilapido
O passo se tornara radiante,
Mergulho no vazio e provocante
Assisto à derrocada da libido
Hedônico cenário desprovido
Do todo aonde pude e não se espante
Gestando esta emoção já sem caminho
O tanto quanto pude mais sozinho
Esbarra nos enganos mais cruéis
E sinto sem saber o quanto pude
O caos aonde vejo a solitude
Tramando a vida em duros, ledos féis.


996


Na mão que com desejo aprofundasse
Meu canto sem sentido e sem razão
As horas se mostrando em direção
Diversa do caminho onde se trace
Vagando sem sentido algum, no impasse
Gerando a mesma sorte em divisão
Momentos dolorosos se verão
E nestes cada engodo se mostrasse,
Vencendo o descaminho mais sutil,
O todo na verdade se previu
E trama o que deveras tento e quis
E sei do meu anseio quando vejo
O todo noutro rumo em cada ensejo
Tentando pelo menos ser feliz.


997

Erguido da paixão neste momento
Meu passo se mostrara em consonância
E trama com certeza a nova instância
Aonde com ternura eu me alimento
E bebo deste todo enquanto alento
O mundo com ternura e mais constância
Na parte que me cabe, a ressonância
Gestando o quanto quero e sem tormento
Vagando sem sentido e sem razão
Matando desde sempre a solidão
Invisto cada passo no futuro
E sei do que pudera sem temores
E sinto quando além de tudo fores
Deixando para trás o passo escuro.


998

Andar o mundo inteiro e ver após
A sorte desejada e mais provida
No quanto poderia em plena vida
Matar o desespero, velho algoz,
A vida se enlaçando em tantos nós
E nela cada passo não se olvida
E a imagem mais audaz e distorcida
Marcando o quanto possa em turva voz,
Esbarro nos meus erros e promessas
Diversas das que tanto me endereças
Ousassem num alento mais sutil,
E o canto se desenha desde então,
Momentos mais sensatos se verão
E neles o meu passo resumiu.


999




Querida, é o que desejo quando eu tenho
No olhar esta certeza em luz suave
E o tanto quanto busco não agrave
A sorte nem transmude este desenho,
E quando noutro encanto desempenho
A liberdade exposta feito uma ave
E nada mais deveras inda trave
O rumo enquanto posso e ainda venho
Cerzindo esta esperança mais audaz
Meu canto na verdade satisfaz
E gera esta certeza em plena luz,
O todo que pudera se traçando
Num ato mais suave e mesmo brando
Gerando o que se espera e me conduz.



1000


Assolam-me nas fráguas desta senda
As horas mais sutis em tez cigana
E a vida na verdade não mais dana
Enquanto cada passo em paz desvenda
E sei do meu caminho onde se acenda
A sorte mais diversa e soberana
A porta se mostrara e não se engana
Vencendo desde já qualquer contenda,
Poeta se desenha em luz enquanto
A vida noutro rumo não garanto,
Apenas cobiçando a mera paz,
E o passo se cansando da promessa
Aos poucos noutro rumo recomeça
E traça o quanto quero e a vida traz.

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