Há tempos que não sinto esta presença
Incômoda da vida a se mostrar
Desnuda realidade a me tocar,
Da morte em plena vida me convença...
Enquanto sigo a sanha torpe e tensa,
Sem ter sequer talvez algum lugar,
A noite renegando outro luar,
Somente solidão, decerto imensa.
Não quis e não pudesse ter nas mãos
Sequer outros caminhos, pois são vãos
Os dias entre tantos que vivi,
O todo anunciado na esperança
De tanta espera à toa já se cansa,
Não deixa nem sinais que estive aqui.
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