domingo, 26 de agosto de 2012

A LUA SE DERRAMA

A LUA SE DERRAMA

A lua se derrama na calçada
Encontra-me dormindo no relento...
As horas se passando, a madrugada,
Assalta-me um terrível, frio vento...

Teu nome repetindo, não diz nada,
Só sei que me traduz em sofrimento...
A mão da morte mostra-se espalmada,
Não posso nem consigo ter alento...

O parto que me negas, da vergonha,
O gosto tão medonho da saudade...
Não tenho travesseiros e nem fronha,

O tempo que passei, mostra a verdade,
A dor de te perder, já sei medonha,
A lua se derrama na cidade...

MARCOS LOURES

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