BEBER DAS FONTES
Não vais beber da fonte das quimeras,
As hastes, ramos, folhas mutiladas...
Amores que sonhavas, nas taperas,
Encontras nas cadeiras nas calçadas...
Vencidos tantos dias, priscas eras,
As luas que pensavas desmaiadas,
Escondem-se nas nuvens sem esperas.
Amores destroçados matam fadas...
Não queres mais sutis as velhas chamas.
Nos ramos destas flores, sem espinho...
Percebo que deveras não reclamas.
O sonho foi deixado no caminho.
A dama que se veste de dourado,
Matou doce menina do passado...
MARCOS LOURES
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