MINHA COMPANHEIRA
A morte, minha esquálida parceira,
No beijo que tortura pede lábios...
Fugindo deste vulto a vida inteira,
Perdendo meus caminhos, astrolábios...
Vencido postergando esta videira,
Não posso disfarçar amores sábios...
Procuro por vingança a companheira,
Jamais encontrarei nos alfarrábios
Nos livros de magia ou de presságios.
A morte não permite tais saídas...
Nos olhos, nos momentos, nos adágios,
Pedágios que pagamos, nossas vidas...
Não posso pressupor, isso alucina...
A morte qual a vida é luz divina!
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário