segunda-feira, 1 de outubro de 2012

RUMO INCERTO

RUMO INCERTO

Meus néscios versos vagam sem destino
Morrendo assim dispersos; como espuma
Que se perde na praia. Eu imagino
Um sonho que mal chega já se esfuma

E vaga simplesmente sem paragem.
Atravessando um mar teme o naufrágio
Embora inda pressinta a nova aragem
Que o torne bem mais forte, ou menos frágil...

Meus versos são boçais, às vezes ermos,
Palavras escolhidas ao revés
Mudando de sentido, noutros termos,
Às vezes vão raspando, de viés...

Escravo de meus versos, me liberto
Atando o sentimento em rumo incerto...

MARCOS LOURES

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