ATEIA PLATEIA
Não quero mais saber nem mesmo quando
Tampouco se pudesse ser feliz,
A lua, desvairada meretriz,
Por entre mil cometas vai bailando,
O verso feito faca penetrando,
O sonho se perdendo por um triz,
A chama serpenteia e a velha atriz
Esperança entre fúrias se matando.
Resquícios do que fora alguma sorte
Tramitam entre pontas e fagulhas,
As horas entremeiam norte e morte,
O corte perpetua mil agulhas,
E o gozo do cantor se faz ausente
Nas mãos do deus desnudo e impertinente...
MARCOS LOURES
Um comentário:
Eu estava saudosa de ler seus Sonetos!
Deixo um convite para seguir meu novo blog,
abraços,
Efigenia
http://efigeniacoutinho-duetos.blogspot.com.br/
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