quarta-feira, 7 de maio de 2014

SOLITÁRIA NOITE



SOLITÁRIA NOITE

Como falar de amor na solitária
Noite sem sequer brilhos de um luar
Abandonado noutro mundo sem lugar
Onde ancorar a luz imaginária?

Como falar de amor na visionária
Vontade sem lugar onde ancorar
O barco feito do eterno naufragar
Na sorte sem sentido e temerária?

Como falar dos sonhos de um poeta
Que morrem nas esquinas em cometas
Deitando seus brilhos nas sarjetas

Da sorte sem sentido, ora incompleta
Vivendo do que possa sem sentido
Jogado num oceano dividido?

MARCOS LOURES

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