Saudade, minha companheira
Tremula essa saudade no meu peito
Em versos que dedico a quem foge.
Vergastas que me cortam, contrafeito...
Pesadas as defesas e esse alforje...
No mar tão espumoso da saudade,
Bravios vagalhões, praias desertas.
Perdido nesta louca tempestade
As mãos trazendo chagas, inda abertas...
Olhares de penúria que provoco,
Não valem nem sequer uma desdita.
Os deuses que tão frágil, sempre invoco,
Bem sabem desta vida, sempre aflita...
Saudade que carrego a vida inteira,
Desfraldo no meu peito, esta bandeira...
MARCOS LOURES
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