domingo, 15 de abril de 2018

ADORMECIDA - TÂNIA

Relembro-me de tudo o que passei

Nesta busca infrutífera e sem fim

De tudo que guardei dentro de mim,

O mundo delicado que sonhei.


O resto de esperança que guardei

Num canto, abandonado, do jardim.

As horas se escorrendo vão assim

Como se fossem corpos que deixei...


Carrego tanta morte em meu passado

O coração bandeia e vai de lado,

Amores num rosário que desfio.


E Tânia, adormecida já ressurge

A dor que me causara sempre ruge

E me faz, novamente, o dia frio...


MARCOS LOURES


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