domingo, 15 de abril de 2018

VALDETE

Percebo meu futuro da janela

Espero mas não posso mais contar

Com a luz, com o brilho do luar

Já que nem toda noite se revela.


Meu barco vai sem quilha e perde a vela

Dentro de pouco tempo, naufragar.

Não quero ser sozinho e peço par,

Amor que me liberta desta cela


Por onde nem a luz deu sua cara,

Corcel que voa solto já dispara

Em busca de outro céu não se repete.


No risco que permite minha caça

Amor que não consigo se esvoaça

E dorme nos teus braços, ó Valdete!


MARCOS LOURES

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