sábado, 25 de dezembro de 2010

Não possa acreditar noutra saída
E nisto nada trama outro caminho
O mundo tantas vezes mais mesquinho
Traduz a sorte amarga e dividida,

Meu canto na verdade sem saída
E o tempo se apresenta em cada espinho,
E quando no vazio enfim me aninho
A luta noutra face resumida,

O medo de quem tanto quis a paz
E o rumo com certeza se desfaz
Gerando esta ilusão e nada além

Do quanto poderia e não soubera
Ousando ao enfrentar a dura fera
Enquanto na verdade o mal contém.


---------------------------------------x------------------------------------


Bebendo cada gota deste sonho
E nada mais pudesse acreditar
Gerando o quanto tento caminhar
E trago meu caminho onde o componho,

Vencendo o dia a dia eu me proponho
E sei do quanto possa navegar
Ousando na incerteza do lutar
E nisto outro cenário onde me ponho,

Ascendo ao que tentasse ser melhor
Apenas cada passo diz suor
E o manto se puindo noutro engano,

A vida se desenha em tom cruel
Somente procurando um novo céu
E nisto com certeza enfim me dano.


-------------------------------- x -----------------------------


Meu passo se traduz em nada além
Do quanto quis no mundo sem sentido
E nada mais pudesse e quando olvido
Bebendo este cenário aonde vem,

E trago o que seguisse e sei tão bem
Marcando com ternura o que lapido
E gera sem saber o manto ungido
No caso que deveras dita alguém,

Aquele que pudesse ser melhor
O mundo se apresenta num maior
Caminho mais feliz ou mesmo rude,

A vida não traduz tranqüilidade
E quando o mundo perde ou se degrade
Apenas a saudade enfim me ilude.


------------------------------x----------------------------


Ainda que pudesse acreditar
Nas ânsias costumeiras de quem sonha
E ter em minhas mãos a mais risonha
Vontade de viver e de lutar,

A sorte se desenha devagar
E o todo se demonstra aonde o ponha
E em cada novo verso que componha
Beber um claro raio de luar,

Singrar pelo passado e ter nas mãos
Além do que pudera em raros grãos
Sentidos sem proveito, noites ocas,

E quando percebesse o fim de tudo,
Galgando esta emoção, tanto me iludo
Unindo em frágil beijo as nossas bocas.



---------------------------- x -----------------------------


Já não me cabe apenas o que sinto
Tampouco poderiam ser diversos
Do quanto imaginara em poucos versos
E sigo o que me traz o velho instinto

Vulcânica expressão de um tempo extinto
E nele outros caminhos e universos
Os rumos tantas vezes são perversos
E deles com firmeza eu teimo e minto.

Vencido caminheiro das estrelas
Pudesse nos meus dias recolhê-las
E crer noutro momento em plena paz.

Mas quando se aproxima do futuro
Distante do que tento e mais procuro
Apenas o não ser me satisfaz.


--------------------------------- x --------------------------------



Mentiras entre engodos e não mais,
A senda mais audaz se trama aquém
Do quanto na verdade ainda vem
Marcando o meu destino em temporais,

Diversas ilusões em desiguais
Cenários onde o corte traz também
A senda aonde o mundo quis alguém
E os ermos de meus sonhos são banais

Pudesse acreditar em novo dia,
Tocando com ternura o que viria
Gerando meus momentos entre os medos,

Os dias se afastando dos meus olhos,
Aonde imaginei colheita, abrolhos
E os passos com certeza sempre ledos.



-------------------------------------x-------------------------------


Meus dias entre tantos sentimentos
Minha alma em erros tantos não pedisse
Sequer o que pudesse na mesmice
Viver entre os diversos pensamentos,

Expresso o coração e enfrento os ventos
A sorte se desdenha, uma tolice,
E o corte se anuncia enquanto o visse
Jogado contra as pedras, sofrimentos

E bebo destes goles com fartura
A vida não traduz outra procura
Senão a que se trama dia a dia

Depois de certo tempo o que me resta
Imagem tantas vezes mais funesta
E nada mais deveras eu teria.


--------------------------x------------------------



No fim de certo tempo, solidão
Encontra o que pudesse em novo dia
E a sorte com certeza não viria
E sei da luta imensa e indecisão,

Meus dias noutros erros moldarão
O quanto tantas vezes mais queria,
Revoltas dentro da alma e a fantasia
Expressa o que tentasse em direção.

Agora pouco resta do que sou,
Apenas o que tanto mergulhou
Nos ermos desta furna sem proveito,

E o quanto poderia ser diverso
Somente ultrapassando em cada verso
O sonho que em verdade quero e aceito.

---------------------------- x ----------------------------


Já não me caberia qualquer sorte
Nem mesmo a que trouxesse novo sonho
E quando na verdade eu me proponho
Vencendo o quanto pôde ser a morte

Aprofundando assim o imenso corte
Gerado pelo passo mais bisonho,
No fundo este momento onde me oponho
Transcende ao que talvez inda suporte,

Vestígios de um passado sem razão
As lutas noutra senda moverão
Os braços já cansados; velho embate

E quanto mais procuro algum alento
Maior o meu desejo e não invento
Senão este delírio que arrebate.


------------------------------x--------------------------



Já não me comportasse outro cenário
Tampouco o quanto resta dentro da alma,
A vida tantas vezes se me acalma
Não traz este caminho imaginário,

Vencendo a solidão, guardo no armário
A solidão de quem se fez em trauma
E bebo da incerteza em cada palma
E sei do meu viver e itinerário.

Depois de certo tempo, a negação
Dos ermos que deveras moldarão
A cena mais dorida em vida e pranto,

Após o descaminho mais ousado,
O corte me aproxima do passado
E ao nada que inda reste eu me adianto.

----------------------- x -------------------


Meu tempo de sonhar já se findara
E nada mais pudesse senão isto
E quando na verdade enfim desisto
A vida se apresenta mais amara,

E apenas poderia em tal seara
Viver o quanto quero e não insisto,
Mergulho no passado e se persisto
O tempo noutra face se escancara.

Jogado sobre o solo, nada levo
Senão este caminho duro e sevo
Resquícios de uma vida sem razão,

Ao menos poderia acreditar
No quanto meu momento a se moldar
Traria com certeza a direção.


------------------------- x ----------------------

Jazigo da esperança o desamor
Expressa o que tu sentes e destarte
O quanto de um desejo não reparte
Traduzindo nesta alma algum rancor,

A sorte dita espinho e mata a flor,
O canto se traduz e não comparte,
A luta se desenha em toda parte
E traça o que pudesse em rara dor,

Não tento uma saída que não tem,
Seguindo tantas vezes sem ninguém
Apenas o vazio diz do rumo,

E quantas vezes tento a solução
Dos ermos que pudesse em direção
Ao todo quanto tento e em vão consumo.


-------------------------- x ---------------------


Não tento novo passo e nem queria
Ousando dentro da alma um novo verso
O mundo se pudesse ser disperso
E trago o quanto é rude a sintonia,

Vagando sem saber o que teria
O manto mais audaz, rude e perverso
Navego sem saber e sigo imerso
Na noite sem sentido e mais sombria,

Meu canto se perdendo ao longe dita
A noite que pudesse ser bendita
Finita sensação de sonho e paz,

Ainda que tentasse novo rumo,
Aos poucos sem certeza eu me resumo
No quanto poderia ser capaz.


----------------------------- x ------------------------


Quisera tão somente um novo dia
E ver com minha luta o que virá
O todo se aproxima e desde já
A sorte com certeza não veria,

Apenas o que dita a fantasia
E nela uma esperança diz maná
O rumo sem sentido moldará
O quanto a noite invade e assim porfia,

Esbarro nos engodos de um passado
E quando solitário ainda brado
Tentando com certeza outro momento

Destarte a sensação de liberdade
Aos poucos meu caminho já degrade
E apenas o meu medo hora fomento.


-------------------------------x----------------------------


Não mais me caberia qualquer canto
Nem mesmo o que pudesse ainda ter
A vida se aproxima em desprazer
E nada mais deveras eu garanto,

E sei do quanto possa e se me espanto
Bebendo o que pudesse mais conter
No rumo desdenhoso passo a crer
E o mundo se desenha em dor e pranto,

Apenas o que tenho dentro em mim
Expressa o que pudesse até o fim,
Marcando com ternura um verso nobre,

Assim ao se moldar em ilusão
O tempo muda a velha direção
E o sonho noutro tanto nos recobre.


-------------------------------- x -----------------------


Um tempo após o tempo da existência
Gerasse novo rumo em nossa vida,
E quando se aproxima a despedida
Eu vejo no final a permanência

E o todo se transforma em tal ciência
E gera a mesma estrada repartida
E nisto o que pudesse e não duvida
Trazer dentro do olhar rara clemência,

O canto mais audaz, o vento manso,
A tempestade imensa quando avanço
E o ranço de um passado vivo ainda,

E nada do que possa ser diverso
Reinando sem limites no universo
Deveras com firmeza já nos blinda.


--------------------------- x --------------------------


O manto consagrado da esperança
Gerasse a proteção que tanto quero
E sei que de tal forma sou sincero
Enquanto o tempo mesmo sempre avança

Ainda quando pude em aliança
Vencer o descaminho atroz e fero,
O mundo sem sentido, quando espero
Gerasse no final desconfiança,

A rústica lembrança de um passado
O tempo no vazio anunciado
E o corte sem sentido do que tento,

Invisto cada verso no meu erro
E sei do quanto possa em tal desterro
Viver o meu imenso sofrimento.


--------------------------- x ------------------------


Olhando para trás já não percebes
Sequer o quanto pude acreditar
E nada mais se traça em teu luar
Ainda que invadisse as mesmas sebes

O quanto da esperança tu recebes
E o medo noutro rumo a se tomar
A luta não cansando de buscar
Os dias que doridos tu concebes.

Ascendo ao que pude e nada veio
Apenas meu olhar em tal anseio
Jogado sobre as pedras deste cais,

E quando me percebo solitário
Ainda sem saber do necessário
Cenário me aproximo em vendavais.


--------------- x ----------------------


Não tento outra saída e nem pudera
A vida em avidez dita o futuro
E quando na verdade eu configuro
O passo mais feroz da leda fera

Ainda que pudesse nesta esfera
Gerar outro momento atroz e duro,
Apenas do vazio eu me asseguro
E nada mais ditasse a primavera.

Espero o que inda resta e não mais veio
O mundo se aproxima e sigo alheio
Ao quanto na verdade não teria

Sequer o que pudesse noutro rumo
Bebendo com terror o que consumo
Vibrando a solidão tosca e sombria.

------------------------ x ------------------


Espraia o pensamento e bebe o sol
Tramando com terror o dia a dia
E nada do que possa me traria
Sinais do quanto existe em arrebol,

A vida se desenha e em tal farol
O quanto da emoção deveras guia
Marcando o que pudesse em utopia
Gerando amor que eu quis em raro escol.

Vacante coração já não comporta
E deixa sempre aberta a velha porta
E nada mais pudera além do vago,

E quando no final a sorte dita
O quanto se presume e se acredita
Traçando esta emoção enquanto a afago.


------------------------ x----------------------

2


No mar imenso aonde pude ver
As procelárias tantas e sequer
Ainda se imagina o quanto quer
Quem vive neste mundo em desprazer,

O manto se recobre e posso crer
No todo que decerto se vier
Trará o meu caminho onde qualquer
Manhã já renegasse o frágil ser,

Ao menos ser feliz quem sabe um dia,
E o mundo noutra face se veria
Gerando dentro da alma algum instante

E nada do que eu quis já se aproxima
Do tanto quanto pude e mata a rima
Aonde o meu vazio se garante.

--------------------------- x -------------

Nenhum comentário: