JARDINE
Nas tramas de um anseio que eu pudesse
Vencer os desafetos costumeiros,
Os dias entre tantos bons luzeiros
Propagam na esperança a rara messe,
De quem tanto deveras se enternece
E bebe destes passos derradeiros,
Cevando com cuidado os seus canteiros,
Um jardineiro em sonhos cria e tece,
O verso mais sublime ora decline
Marcando com ternura o que Jardine
Tramasse em rara sorte, noutra face,
E o vento traz seu nome e sua voz.
O canto que existisse vivo em nós
Aos poucos noutro encanto transformasse.
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