domingo, 11 de setembro de 2011

Teimoso

De tanto que tramei em solidão
O verso vai saindo qual espirro,
Falar de poesia e de perdão
Só serve quando, amor, eu já me embirro...
Teimoso como um asno que se empaca
Não deixo mais chegar a ventania...
Nos gumes que conheço dessa faca
Sentidos que se perdem, poesia...
Vagando nas vacantes cercanias,
Cerrando tais fileiras com a sorte,
Encaro assim, portanto as alegrias,
Como um belo prenúncio para a morte...
No fundo faço versos por fazer,
Buscando um bom motivo pra viver!

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