quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

SEARA DESTE SONHO

SEARA DESTE SONHO


Seara deste sonho; tão formosa;
Verdade que talvez nada mais cale
O quanto esta esperança como um xale
Protege numa noite caprichosa,

O tempo noutro instante se antegoza
E gera o que pudera e sempre exale
A luta que talvez desça e no vale
Esqueça esta viagem pedregosa.

Reparo o que tentasse de tal forma
Que a própria persistência nos deforma
Marcando com temor esta ironia.

O vértice dos sonhos dita o quanto
A vida se pudesse quando canto
E bebo o que decerto eu não veria.

MLOURES

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