CORTANDO QUAL SAÚVA
Meu coração seguindo uma boiada
Que desce do sertão para encontrar
A noite tão sonhada, iluminada
Nos braços da morena a me esperar.
Meu verso se perdendo não diz nada
Somente como é bom poder plantar
Semente de uma flor apaixonada
Que um dia noutro peito vai brotar.
Boiada vai passando mais ligeira
Encontra nos caminhos, secas, rios.
Assim também a vida feiticeira
Nas montanhas e várzeas, sol e chuva
Às vezes os meus dias são vazios,
A solidão cortando qual saúva...
MARCOS LOURES
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