ORVALHO E COLIBRI
Orvalho beija flor de manhã cedo
Deixando um colibri mais enciumado,
Vadia; a rosa entrega sem segredo
O cofre de seu gozo arreganhado.
Abelha que chegou entra no enredo
Bacante, o roseiral belo e safado,
Não tem sequer juízo e não tem medo
Se mostra numa orgia, deslumbrado.
E néctares voando pelo vento
Que ao ver tanta alegria também quer
A rosa topa tudo o que vier,
Sorrindo se abre toda e sem lamento,
Se deixa carregar na correnteza
Com pose de rainha ou de princesa...
MARCOS LOURES
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