SIGO EM FRENTE
Restando o muito pouco, sigo em frente
Bebericando o sangue em conta-gotas
Apenas quero ser mais transparente
Mostrando minhas roupas velhas, rotas.
Na mão que acaricia; uma serpente,
Venenos que me dás além das cotas
Com fúria e abstinência feito crente
Crivando no meu rosto agulha e botas.
À parte o que pensara, vou vazio
Criando meus fantasmas, teu reflexo
Do nada quando muito o nada crio,
Mas sigo satisfeito mesmo assim.
Sorriso melancólico faz nexo
Tragando o que melhor existe em mim...
MARCOS LOURES
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