LABAREDAS
Lágrimas, os tormentos, convulsões.
Dilacerados, torpes, tais horrores.
Açoitados, lamentos sangram dores,
Nas cortinas vorazes, meus verões...
Quem soubera servil, são teus perdões,
Quem não vira, viril como os amores,
Não servira, nem vil nem meu pendores.
As margaridas cevam corações...
Passai pelas estrelas, faça o verso,
Receba o simples mártir do universo,
As labaredas queimam todo cerne.
A podridão resulta duma vida,
Aurora traduzindo despedida,
Minha alma parasita atroz e inerme
MARCOS LOURES
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