MINHAS LÁGRIMAS
Contidas, minhas lágrimas não caem.
Simplesmente se calam, abortadas;
Mas caladas, profundamente traem
Quem sempre quis conter as alvoradas...
De minha alma, servidas, sempre saem;
Mas meus olhos contêm as rebeladas.
Vez em quando, fingidas sim, atraem
As dores que escondiam madrugadas.
Mesmo nas amarguras que retive,
As lágrimas tocaiam, escondidas
A força gigantesca sobrevive,
Ludibriando todo sofrimento;
Minhas senzalas, nunca mais vertidas
Num pranto que disfarço e ao menos tento...
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário