MALABARISMO
Às vezes faço algum malabarismo
Tentando descobrir a solução,
Que possa me salvar do antigo abismo,
O amor não necessita devoção.
E enquanto houver nos olhos, romantismo,
Eu bebo desta mesma ingratidão,
E até me inebriando no lirismo
Que toca bem mais fundo o coração,
Arranco este espinho, dou-te a rosa,
E faço do soneto, o verso e a prosa,
Apenas uma forma de cantar
O quanto te desejo e não me queres,
Banquete sem comida e sem talheres,
A noite que imagino, sem luar...
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário