quarta-feira, 17 de outubro de 2012

MALABARISMO

MALABARISMO

Às vezes faço algum malabarismo
Tentando descobrir a solução,
Que possa me salvar do antigo abismo,
O amor não necessita devoção.

E enquanto houver nos olhos, romantismo,
Eu bebo desta mesma ingratidão,
E até me inebriando no lirismo
Que toca bem mais fundo o coração,

Arranco este espinho, dou-te a rosa,
E faço do soneto, o verso e a prosa,
Apenas uma forma de cantar

O quanto te desejo e não me queres,
Banquete sem comida e sem talheres,
A noite que imagino, sem luar...

MARCOS LOURES

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