NUMA DIVINA EXPLOSÃO
Desnudo-te querida, num louvor,
E vejo neste altar, divinamente
Um corpo delicado e sedutor,
Tomado por desejo mais premente.
E vou sem perguntar, explorador,
Que trama seu prazer inconsequente.
Depois de tanto amor, quase em torpor
No ardor que o corpo exala, entorpecente.
Vontades indecentes e profanas,
Na cama, no quintal ou no motel,
As horas sem te ter são desumanas,
Tu és toda a certeza de que ao céu
Irei com toda a força e excitação,
Numa explosão divina –sedução...
MARCOS LOURES
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