O VÍCIO E O CAOS
Nesta
interdependência o vício e o caos,
Assim se preparando o que não traz
Nem mesmo algum momento mais audaz
E mata sem sentir velhos degraus,
Os dias em distantes passos, maus,
Os olhos desta fúria tão tenaz
O quanto se deixara para trás
E os cantos noutros ermos, vários graus.
E sendo bacurau nesta esperança
Noctívago fantoche, garatuja
Ainda que deveras seja suja
Uma alma no vazio não se lança
E alcança qualquer porto, duro ou belo,
E nisto sem defesas me revelo.
MARCOS LOURES
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