OS LAÇOS
Os
laços que talvez ainda unissem
Os elos da corrente se rompendo,
E cada passo dita o dividendo
E nele novos rumos se previssem,
Assim ao caminhar entre estas pedras
Às duras penas sigo sem sentido,
E o quanto inda restara agora olvido
E sei que sem mais nada apenas medras,
E medes tais estradas pelos passos
E vejo que jamais te alcançaria
Não fosse este poder da poesia
Em dias tão vorazes, mas escassos,
Depois de tanta luta laços rotos,
Restando para os cães os seus esgotos.
MARCOS LOURES
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