O QUANTO POSSA
A força dividindo o quanto possa
A vida sem segredo e sem ventura
E quando neste infausto se assegura
A luta passa a ser somente nossa,
Enquanto a vã batalha nos destroça
Procuro sem sentido uma ternura,
E vejo o quanto possa em vã brandura
E nisto a solidão nega a palhoça
E o bêbado caminho, escravidão,
Tramando cada engano desde então
A ferros nos tratando a cada dia,
Marcando com temor e virulência
Deixando para trás a consequência
Matando o que tentara e não veria.
MARCOS LOURES
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