TREVAS
Andasse em noite escura, enquanto nevas
A bruma sonegando a imensa lua
Que sempre, qual atriz divina e nua
Impera sobre a terra, invade trevas,
Mas quando se imaginam mais longevas
As dores que minha alma ora cultua
Reflexos de neons tomando a rua,
E dela, outra impressão, inócua levas...
Distante do que possa desenhar
A prata derramada sobre o mar,
Eu alimento em sonhos, o temor
De nunca mais poder ter em meus dias,
As luzes tão sublime que trarias,
Ao derramares farto e raro amor...
MARCOS LOURES e RAMON EMERY
Nenhum comentário:
Postar um comentário