O AMOR
O amor que, na
verdade, vede o passo
De quem buscasse ao
menos ter em paz
O quanto se imagina
e quando o faz
Resume em suas mãos
o imenso espaço,
Erguendo na
esperança o manso traço
Versando sobre o
tanto que se faz
Ainda que pudesse
ser audaz,
Negasse o que se fez;
outrora, escasso.
Restando finalmente
algum degredo,
O mundo sem sentido
ora concedo,
Conservo dentro da
alma uma certeza.
Marcantes ironias,
velhas sendas,
E quando entre delírios
nada entendas,
Prepara-se no fundo
outra surpresa...
MARCOS LOURES
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