Das distantes quimeras de minha alma
A luz sempre escondida, nunca brilha...
Meu pensamento, louco sempre trilha
Embora tanta dor não traga calma.
Futuro que se esconde em minha palma
Talvez inda prometa a maravilha
Atada no meu pé a triste anilha
Mostra-me que o futuro não acalma...
A minha sorte, embalde tanto insista
Não posso permitir que a morte assista
Sem ter nenhum clarão de tal beleza.
O canto que me trazem as sereias
Morrendo tresloucados nas areias
Dos desertos, se foram com Teresa...
MARCOS LOURES
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