segunda-feira, 5 de setembro de 2011

05/09/2011

Jamais imaginando quando a vida
Traduza sem saber nova saída
Ou mesmo se presuma noutro fato,
Apenas solidão inda constato
E sei do quanto a sorte é dividida,
Galgando outro cenário não divida
Sequer em afluência este regato
E nele o velho sonho ora resgato.
Presumíveis anseios de um poeta
Somente novo encanto me completa
E sinto em tempestade o dia a dia.
Marcando o que pudesse em fantasia
A marca se desenha e se repleta
Do quanto na verdade mal queria,


2

Liberto coração já se apresente
No tanto quanto quero em pertinente
Momento onde a rudeza deste sonho
Expressa a lealdade que proponho,
E tanto que deveras se consente
Gerando o quanto a vida não desmente
Marcando o meu momento mais bisonho
Gestando cada voz que em vão proponho.
Negando tão somente o que se visse
Trazendo com certeza esta mesmice
Regendo com ternura ou mesmo até
Ao transgredir decerto a nossa fé
Percebo este caminho e se desdisse
Sabendo no final por quem já se é.

3

Cerzindo cada frase aonde eu possa
Traçar além da sorte outrora nossa
A sorte que se molda num instante
E nada do caminho ora garante
Grassando enquanto o todo não endossa
A chuva que caíra bem mais grossa
Marcando nosso rumo e doravante
Trouxera esta verdade insinuante.
Prevejo o quanto tenha e na verdade
O medo se traduz e já degrade
O passo sem sentido ou direção
Trazendo tão somente a solidão.
Meu canto no vazio se formando
Tentando desenhar um mundo quando
As horas noutro tanto mostrarão
O verso sem poder insinuando.

4

Vagando em noite escura sem ninguém
O preço a se pagar deveras vem
E mostra a solidão que me entranhasse
Gerando tão somente o mesmo impasse
E nisto se anuncia este desdém
Marcando o que decerto não convém
A quem novo caminho desenhasse
Mostrando o quanto possa em rude face.
Já mais distante agora do que outrora
A vida me atormenta e assim devora
O passo sem sentido e nada traz
O tanto que se visse nega a paz
E a solidão enquanto a vida aflora
Expressa este sentido tão mordaz.

5

Buscando tão somente o quanto traga
A vida na incerteza desta vaga
Ousando acreditar em farto mar,
E nada se pudesse desenhar
Ainda quando a sorte não afaga
O velho coração expressa a praga
Que tanto noutro ponto fui buscar
Podendo no vazio navegar,
Espero cada infausto e me aproximo
O tanto se desenha além num cimo
E pude deste vale resumir
O todo que trouxera do porvir
Grassando sobre a sorte em rude limo
Deixando outro caminho em vão cerzir.

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