De tanto que tentasse ser diverso
Dos tantos e diversos que hoje sou,
O pouco que em verdade me restou
Não cabe nem sequer no único verso
E quando tento ou tonto desconverso
O tempo em pleno tédio já passou
E o mundo em vago assédio detonou
Um sonho que se faça audaz, perverso.
E sem qualquer caminho perco o nexo
E sigo um andarilho onde perplexo
Pudesse desenhar qualquer paragem
Seguindo os velhos rastros de outros tempos
Envolto nos engodos, contratempos,
O coração procura uma estalagem...
Nenhum comentário:
Postar um comentário