NIGROMANTES
Aonde nigromantes, sacrifícios
Ditavam os meus dias em quebranto,
Ainda se procura a cada canto,
Diversos e medonhos vãos ofícios
Entregue à profusão de vários vícios
E deles sei deveras quando e quanto
Mereço cada queda e se levanto,
Os ossos são beirais de precipícios
Mecânica da vida se traduz
Na falta terminal de qualquer luz,
A terra recobrindo a dura ossada,
E tanto que sonhei, fiz versos, cri,
E agora o que restara vês aqui
Medonho e caricato, vago, nada...
MARCOS LOURES
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